[ bienal do livro, s paulo, 2004, lançamento de "raposa" ]
carlos henrique carneiro, nascido em ribeirão preto, sp - formação: letras, universidade estadual de campinas, 1984 a 88
[ aos 17 anos, é personagem de "deus me livre", puntel, ed ática ]
inciou profissionalmente no colégio graphos, 1986, nas cidades de são josé do rio pardo, mococa, itapira e esp. s. pinhal, todas no estado de são paulo. professor de literatura e redação. trabalhou na rede objetivo, em campinas, mogi-mirim, mogi-gauçu e bragança paulista, tudo isso entre 1986 e 95. por quase vinte anos, trabalhou no colégio visconde de porto seguro -- 1992 a 2010 (coordenador e professor), em valinhos. é professor de literatura e história da arte, no curso alethus, rede poliedro, valinhos. mora em campinas, desde 1984.
escritor:"poeta em construção", 1982; "raposa", 2004; "camões em perigo", 2015; "determinada mandioca", 2013; "literatura não autorizada", 2014; "abolição via vargas", 2021 ; "atlântida" (monólogo - não publicado), 1998 e artigos sobre literatura no ensino médio, resenhas de obras literárias e afins, nesses últimos trinta anos.
1989: publica artigos aos sábados no jornal "diário do povo", campinas. 1998: junho, dia 21 -- com manuela soares --, monólogo "atlântida", escreveu e dirigiu. campinas, sp. apoio editora costa-flosi. assessoria de marcelo campos.
entre 1996 e 2003: professor convidado da pontifícia universidade católica de campinas, para cursos de extensão, na semana de letras da entidade. entre 1993 e 2009 autor e encenador, teatro estudantil. trabalhos iniciados dentro do colégio visconde porto seguro, valinhos, ensino médio. 2003 : casado com bia balau -- quatro filhos: fabiana, carolina e felipe. cristiana chegou em 2017.
2004: palestra na casa do artista flávio de carvalho (1899-1973), a convite da prefeitura de valinhos
2004: lançamento do romance "raposa", na bienal do livro, s paulo
2005: palestra faculdade de paulínia, com o tema: gosto, valor e leitura, a convite do professor olivo bedin
2007: valinhos, abril, palestra sobre arte na galeria joão do monte -- homenagem ao artista
2011 até 2018: colégio asther, campinas. professor de literatura e, especificamente, em 2018, também de história da arte. conhece mariana copertino, karen davini, regina ribeiro, adriano lacerda e leonardo crevelario. sintonia. reencontra alexandre souza, professor de biologia que fora seu aluno, em 1989, em mogi-guaçu.
2011: passa a morar definitivamente com beatriz balau.
2011 até 2015, professor de literatura e redação, colégio julio chevalier, campinas. conhece robson orzari, gustavo pansani e silvana rett, referências.
2012, novembro, no papel, casa-se com bia balau.
2021 março: começa a escrever novo livro: "abolição via vargas"
2021 dezembro, dia 7, sai "abolição via vargas", ed clube de autores 2022 março: rede globo -- eptv campinas -- faz matéria sobre "abolição via vargas" (vídeo abaixo)
está no canalyoutube;com/letradeletra (clica)com resenhas de artes plásticas, música brasileira e obras literárias do brasil e do mundo:mia couto, fernando pessoa, paulina chiziane, borges, cortázar, carolina de jesus, leroux, machado, clarice, mário de andrade, thiago queiroz, kiusam oliveira, ailton krenak, elliot, tom jobim, florbela espanca, di cavalcanti, eduardo galeano, cartola, valter hugo mãe, chico buarque, edgar a. poe, guimarães rosa, kafka, conceição evaristo, camões, ishiguro, emicida, mestre vitalino, eduardo kobra, coleridge, edson capellato, marcos siscar, alencar, adélia prado, augusto dos anjos, luci collin, dentre tantos outros. tem até drummond e jorge amado, acreditem.
Vivendo para a morte, alegre da tristeza, Temendo o fogo eterno e a danação sulfúrea, Gelaste no cilício, em ascética fúria, A alma ridente, o sangue em esto, a carne acesa. Foste mártir e herói da própria natureza. Intacto de ambição, de desejo ou de injúria, Para ganhar o céu, venceste a ira, a luxúria, A gula, a inveja, o orgulho, a preguiça e a avareza. Mas não amaste! E, além do Inferno, um outro existe, Onde é mais alto o choro e o horror dos renegados: Ali, penando, tu, que o amor nunca sentiste, Pagarás sem amor os dias dissipados! Esqueceste o pecado oitavo: e era o mais triste, Mortal, entre os mortais, de todos os pecados!
[ in: Tarde, 1918 ]
notas: esto - calor; paixão ascética - a que defende abstenção ante prazeres físicos cilício - veste ou faixa carregada de metal para ferir a pele
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soneto alexandrino : doze sílabas poéticas por verso e 14 versos ao todo
poema revela que existe quem teme o fogo eterno (inferno, segundo cristãos), daí a necessidade de penintância para buscar o céu (paraíso) repare o paradoxo do verso 1: "alegre da tristeza", ou seja, saber da morte é uma tristeza, mas o penitente está justamente buscando isto, portanto, também alegre, já que poderá ir ao paraíso se sofrer
leia-se: é necessário gelar -- via penitência do cilício -- o desejo sexual, a "carne acesa" ...
o eu lírico lista os pecados capitais do universo cristão e faz crítica àquele que se penitenciou -- sem amar -- para conseguir o tal paraíso: eis o oitavo pecado. diz o penúltimo verso: "esqueceste o pecado oitavo", ou seja, não amar.
a letra de capítulo 4 versículo três mostra mais de um gênero literário, além, claro do lírico. relatório e o litúrgico são apresentados números da violência e exclusão social
"60% dos jovens de periferia Sem antecedentes criminais Já sofreram violência policial
A cada quatro pessoas mortas pela policia, três são negras Nas universidades brasileiras Apenas 2% dos alunos são negros A cada quatro horas um jovem negro morre violentamente em São Paulo (...)"
há momentos em que a letra se liga a discurso religioso
"E ah profecia se fez como previsto (1997) depois de Cristo a fúria negra ressuscita outra vez Racionais, capitulo quatro versículo três
(...)
Irmão o demônio fode tudo ao seu redor Pelo radio, jornal, revista e outdoor Te oferece dinheiro, conversa com calma Contamina seu caráter, rouba sua alma (...)" existe o desabafo, existem pequenas narrativas sobre vida na periferia arranjo da
música é pontuado por uma voz feminina que canta a palavra “aleluia” no refrão,
trecho extraído da canção “pearls”, gravada pela britânica sade e termina com o
som de um sino de igreja é a raiva diante das diferenças de classe e o racismo
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as listas de leitura de unicamp e fuvest permitem aproximações temáticas que levantam discussões importantes que, não só ajudam no dia do exame, como servem de ilustração para possível produção de texto
1. o gênero "DIÁRIO" está em três obras, entre estas duas listas (fuvest & unicamp)
DIÁRIO DE UM DETENTO - racionais mc's MINHA VIDA DE MENINA - helena morley QUARTO DE DESPEJO - carolina de jesus
2. a questão RELIGIOSA "A RELÍQUIA" - eça - se aproximaria do soneto "A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR", gregório de matos : "Pequei, Senhor; mas não porque hei
pecado / Da vossa alta clemência me despido / Antes, quanto mais tenho delinquido / Vos tenho a perdoar mais empenhado. (...)
- - aqui e em eça de queiroz, a igreja enquanto instituição, é tratada com sarcasmo ainda em "A RELÍQUIA", a viagem surreal de raposão e topsius, até dia da morte de cristo pode ficar perto de "EVOCAÇÃO MARIANA", drummond, em "CLARO ENIGMA": dois episódios surreais... em eça, soa como paródia do novo testamento; em drummond, fantasia ligada à fuga da realidade mesmo... o eu lírico, em "claro enigma", é muito fraco
3. figura FEMININA
vários são os olhares possíveis à figura feminina, nas leituras de fuvest ou unicamp
mas aquela que sofre chama atenção
escolhi algumas
CAROLINA - diário de uma favelada MARINA - angústia TINA - caminhos cruzados CAMILA - a falência BERTOLEZA - o cortiço
releia as histórias citadas e veja de que sofrem essas mulheres, cada uma a seu modo: violência física, sexual, moral, violência social, racismo, desprezo, assédio sexual... a lista é grande
babel – bíblico: torre inacabada por
castigo divino, daí seus idiomas se confundiram; caos
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"labirinto confuso", no título, indica um pleonasmo e intensifica o estado conflituoso do eu lírico
- tema do texto pode muito bem combinar com estado de luís da silva, em angústia ou mesmo rubião, lá do quincas borba - estilo barroco se revela nas ocorrências de contradições ao longo do texto
narrado em primeira
pessoa, luís da silva relata sua vida, em alagoas, como funcionário de
repartição pública e de um jornal, ligado ao governo do estado, onde faz
crítica literária, em maceió. século 20. década de 30.
muitos crimes
depois da revolução de 30. valeria a pena escrever isto? impossível, porque eu
trabalhava em jornal do governo.
órfão do pai -- camilo -- luís se mostra, na
vida adulta, muito rejeitado. solitário profissional. seus companheiros são moisés e pimentel.
vivo agitado, cheio de terrores, uma tremura nas mãos
(...) dão-me um ofício, um relatório, para datilografar, na repartição. até dez
linhas vou bem. daí em diante a cara balofa do julião tavares aparece em cima
do original, e os meus dedos encontram no teclado uma resistência mole de carne
gorda. (...)
em duas horas escrevo uma palavra: marina. depois,
aproveitando as letras desse nome, arranjo coisas absurdas: “ar”, “mar”,
“rima”, “ira”, “amar”. uns vinte
nomes.(...) o artigo que me pediram afasta-se do papel. é verdade que tenho cigarro e tenho
o álcool, mas quando bebo demais ou fumo demais, a minha tristeza cresce. tristeza e raiva. “ar”, “mar”, “ria”, “arma”, “ira”. passatempo estúpido.
trinta e cinco anos de
idade, luís se ressente da vida que leva, recebendo ordens para escrever
artigos, ora datilografando relatórios, sempre de cabeça baixa.
numa tarde, durante a
leitura de um romance, divisou a vizinha, unhas pintadas.
eu estava debaixo da mangueira, de onde via através da
cerca baixa o banheiro da casa vizinha, paredes pegadas com o meu, algumas
roseiras, algumas roseiras e um vulto que se mexia (...) era uma sujeitinha
vermelhaça, de olhos azuis e cabelos tão amarelos que pareciam oxigenados. não
havia nada interessante nela. devia ser moradora nova. cabelos pegando fogo e a
cara pintada. lambisgóia, falei comigo mesmo. depois notei que ela me
observava. encabulei. sou tímido. sei que sou feio. olhos, braços e boca muito
grande, além de um nariz grosso. (...)
a tal moça vermelha
era marina
naturalmente gastei meses construindo esta marina que vive dentro de mim, que é diferente da outra, mas se confunde com
ela. antes de eu conhecer a mocinha dos cabelos de fogo, ela me parecia
dividida numa grande quantidade de pedaços de mulher, e às vezes os pedaços não
se combinavam bem, davam-me a impressão de que a vizinha estava desconjuntada.
Agora mesmo temo deixar aqui uma sucessão de peças e de qualidades: nádegas,
coxas, olhos, braços, inquietação, vivacidade, amor ao luxo, quentura,
admiração a d. mercedes. (...) além disso ela era meiga, muito limpa. (...) passava uma hora no banheiro, e a roupa branca que vestia cheirava. (...)
á memória de luís,
conforme o relato caminha, aparecem tanto a figura do pai, camilo pereira da silva, como a de josé baía, contador de histórias de onça, além de outras
passagens do tempo de menino, como assistir ao trato com o gado, por mestre amaro ou lembrar o dia em que uma cobra se enrodilhou no pescoço do velho trajano.
o tempo passa e o
narrador percebe que seria patética uma disputa com tavares, mais rico, mais
poderoso. além do mais, marina estava pendendo para o lado do sujeito, roupas
bem cortadas, indo a passeios, teatro e cinema.
do seu próprio banheiro,
tempos mais tarde, percebe que a moça cuspia no chão e a voz de d. amélia, preocupada:
ela estava grávida e tavares não aparecia mais como antes... possuído de raiva
pensa em matar julião.
se marina voltasse... por que não? se voltasse
inteiramente esquecida de julião tavares, seríamos felizes. Absurdo pretender
que uma pessoa passe a vida com olhos fechados e vá abri-los exatamente na hora
em que aparecemos diante dela.
compõem o dia-a-dia de luís, a figura de ivo, homem simplório, às vezes bêbado; antônia, moça que vive
procurando homem; rosália e seus gemidos ouvidos de seu quarto, quando chega o
marido que ele nunca vira; as histórias repetidas de seu ramalho, como a do
moleque, retalhado à faca por ter deflorado uma moça; além do café onde, quase
sempre, esbarra no próprio ex-amante de marina.
medo da opinião pública? não existe opinião pública. o leitor de jornais admite uma chusma de opiniões desencontradas, assevera isto,
assevera aquilo, atrapalha-se e não sabe para que banda vai. (...) penso no
tempo em que os homens não liam jornais. penso em filipe benigno, que tinha um
certo número de ideias bastante seguras, no velho trajano, que tinha ideias
muito reduzidas, em mestre domingos, que era privado de ideias e vivia feliz. e lamento essa balbúrdia, essa torre de babel em que se atarantam os frequentadores
do café. quero bradar:
— eles escrevem assim porque receberam ordem
para escreverem assim. depois escreverão de outra forma. é tapeação, é safadeza
sem muito esforço, descobre que tavares estava tendo
um caso com uma moça que trabalhava numa loja de miudezas. pela madrugada,
seguiu-o até a casa, nas cercanias da cidade. esperou que saísse e o atacou com
uma corda, sufocando-o. influenciado pela visão do velho evaristo, enforcado, luís tenta transformar o crime em suicídio e procura pendurar o corpo na árvore,
mas acaba se machucando nas mãos e rasgando parte da roupa. desiste, quase
esquece o chapéu, tenciona voltar, mas acaba mesmo no rumo de casa. lá, mal
descansa, fica assustado.
falta ao trabalho no dia seguinte, assusta-se com um
pedinte, à porta, acreditando ser a polícia. cai de cama, com delírios, vendo
fatos passados, misturados, vagando por sua mente.
a narrativa inicia-se cerca de trinta dias após o narrador recuperar-se do
assassinato de tavares, e dura praticamente um ano — no tempo da narrativa,
apesar de prevalecer o tempo psicológico. luís vive num cenário por onde
passeiam prostitutas, velhacos, aproveitadores, pobres de espírito, enfim, um beco
sem saídas. vez por outra, surgem imagens de afogamentos, pesadelos com figuras
enforcadas ou a cobra enrolada no pescoço de trajano. quanto ao tempo,
confundem-se o psicológico e o cronológico. misturam-se. da primeira à última
página, dura o romance cerca de um ano. este é o tempo que cobre desde o
conhecimento de marina até a morte de julião. contudo sobram memória,
reminiscência e dor. referências à infância, o momento presente é evocado com a
tensão que os comunistas sofreram, na era vargas. a auto-estima baixa do
narrador traz à tona cenas da vida na época da adolescência, no campo, sua
relação curta e “inaugural” com berta, as imagens da fazenda, na época do avô e
a escola do antônio justino. pois bem, em meio ao dia-a-dia sofrido, cujo ponto
principal de dor é o rompimento com Marina, pululam imagens do passado, desde o
homem enforcado, o pai morto ou a tal cobra no pescoço do avô trajano. há quem
diga que a dor de luís mora na sua extrema carga de realidade que suporta na
frente dos olhos, mas isso é conversa de psicanalista
repare num trecho -- registrado acima -- quando luís se refere à imprensa: muita gente é enganada, acaba acreditando na realidade que lhes entregam... é tapeação, diz luis... imprensa é paga (comprada) para favorecer coronéis, acobertar crimes
a técnica do monólogo interior,é, aqui, motivo de comoção junto ao leitor. a alternância do uso do tempo, em planos diferentes, dá ao texto uma intensidade
e carga emotiva que poucos neste século XX conseguiram... talvez lúcio cardoso,
talvez clarice... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
muita gente apresenta dificuldade para inciar uma redação, principalmente quando o texto é um exame vestibular ou uma prova escolar.
vamos lá!
aristóteles já dizia: "a introdução é aquilo que
não pede nada antes, mas que exige algo depois".
ele tinha razão, pois a
introdução inicia o leitor no assunto
na introdução
APRESENTAR AO LEITOR - -
1 - assunto a ser abordado, localizá-lo no tempo e no espaço
2 - contextualizar
3- apresentar sua tese
(ideia) a respeito do tema sugerido
se o tema para sua redação for, por exemplo, o lixo e a necessidade de cuidados com reciclagem, vai a sugestão: nunca use clichês! são expressões de autoria universal, são praticamente ditos populares, de domínio público, não vale. começar um texto com "era uma vez uma garrafa pet boiando no riacho" não dá. muito menos "numa linda manhã, o bueiro chorava com a chuva e os detritos", não. pior é "no mundo em que vivemos". é de moer o pâncreas de quem lê
se não está seguro quanto a termos que não sejam considerados clichê, use o tema como sujeito de seu discurso
assim:
"os cuidados com o reaproveitamento do que se descarta, na vida urbana, são importantes ..."
ou
"lixo pode ser reaproveitado. nele mora uma série de ações que geram emprego ..."
contextualizar significa colocar sua frase em algum lugar no tempo e espaço. não seja genérico, usando termos como "mundo", "universo" ... particularize. se o tem é lixo, com certeza tratamos das relações dos humanos com ele na vida urbana.
assim:
"os cuidados com aproveitamento do que se descarta, na vida urbana, são importantes, uma vez que desde o final do século 20 até aqui, a atividade da reciclagem gera emprego e diminui índices de poluição ..."
na sequência, em sua introdução, faça uma afirmação segura a respeito do tema
ela -- a afirmação -- é sua tese, sua ideia
qual sua ideia? num rascunho, arrisque, por exemplo: lixo reciclado é saúde
pronto: basta juntar a tese à introdução
desta forma:
"os cuidados com aproveitamento do que se descarta, na vida urbana, são importantes, uma vez que desde o final do século 20 até aqui, a atividade da reciclagem gera emprego e diminui índices de poluição [ parágrafo ] importante destacar que, nesse sentido, reaproveitar o lixo é atividade saudável em uma sociedade organizada"
antes do século XIX, crônica erauma
compilação
de fatos históricos apresentados segundo a ordem de sucessão no tempo
cronos-
relativo ao tempo
MODERNAMENTE
CONSIDERA-SE CRÔNICA
●narrativa curta - prosa
●linguagem simples
●crítica à hipocrisia da classe média urbana
●crítica ao conservadorismo moral da sociedade
●recorte de realidade
●temporal
"cabra vadia" é coleção do que ele mesmo chamou de "confissões". relatos da vida urbana carioca recheadas de episódios históricos. vejam, na crônica "festa de cabeças cortadas" importante reparar:
●Alexandre Dumas - escritor
francês-séc 19 “Os três mosqueteiros”
●Revolução de 1789 versus 1968
●Cronista entediado com certo
caráter oficial da manifestação e das greves
●Por esse clima um tanto
artificial, idiotas estariam à frente do movimento, daí o tédio
●Idiotas e imbecis são maioria
●Faz ressalva, elogia o idioma com
certa bajulação… o idiota francês não é trivial
●Ao final, diz que viu Sartre ao
lado dos grevistas, fingindo-se de idiota para sobreviver
●J P Sartre (1905-1980) filósofo
existencialista, escritor, ativista social progressista