queixa-se o poeta da plebe ignorante e perseguidora de virtudes

GREGÓRIO DE MATOS QUEIXA-SE O POETA DA PLEBE IGNORANTE E PERSEGUIDORA DAS VIRTUDES Que me quer o Brasil que me persegu e? Que me querem pagastes que me invejam? Não veem que os entendidos me cortejam, E que os nobres é gente que me segue? Com seu ódio a canalha que consegue? Com sua inveja os néscios que motejam? Se quando os néscios por meu mal mourejam Fazem os sábios que a meu mal me entregue. Isto posto, ignorantes e canalha, Se ficam por canalha e ignorantes No sol das bestas a roerem a palha: E se os Senhores nobres e elegantes Não querem que o soneto vá de valha, Não vá, que tem terríveis consoantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . soneto típico do estilo "boca-do-inferno" de gregório eu lírico se incomoda com as críticas e perseguições e, então, diminui a classe e a intelectualidade daqueles que o criticam, tratando-os...