pessoas, fiz este texto em 2008, achei que podia colocar aqui, então vai.
2008. século 21. homenagens estão sendo feitas a três escritores importantes, de
nossa língua: pessoa (1888-1935), guimarães rosa (1908-67) e machado de assis
(1839-1908). ano de 2008 é data redonda para se relembrar gigantes da
literatura. relembrar, reler, mas não colocá-los em disputa, como fez a folha de s paulo, neste domingo, 22, com um caderno em que opinaram umas dezenas de supostos
críticos, alguns até querendo fugir do páreo e conclamando euclides da cunha
(era melhor então não ter aceitado convite do jornal). nem vou dizer quem
venceu a enquete, seria dar corda à falta de pauta do jornalão.
gente, vale a pena comparar rosa e machado? paulinho da viola e noel? mário faustino e joão cabral? carolina de jesus e conceição evaristo? zico e sócrates? mano brown e emicida? porsche e ferrari? feijoada e caipirinha?...
numa pesquisa publicada em maio de 2008, a mesma folha de s paulo
fez crer que o escritor preferido do grande público era monteiro lobato,
seguido por paulo coelho e jorge amado. três escritores diferentes demonstram
que o leitor brasileiro lê de tudo, menos os livros do sarney, mas isso já é
outra estante.
coloco aqui, trecho do artigo de ana rosa, na folha de s paulo 2021:
"Algoritmos têm se mostrado ferramentas de reprodução de preconceito,
injustiça e discriminação. Num ambiente automatizado, questões de gênero
e de raça podem resultar em exclusão ou perpetuação de desvantagens (...) Algoritmos são códigos com instruções para execução de uma tarefa ou
solução de um problema e, na atualidade, representam a forma mais
eficiente para identificar, organizar e atingir um mercado. Assim como
podem ser inclusivos, está comprovado que são também absurdamente
excludentes.
Por isso, uma questão relevante é quem os programa, como e com que
motivação. Conscientemente ou não, preconceitos são embutidos nos
algoritmos e reproduzidas pelas máquinas”. [ folha de s paulo, 23 maio 2021 ]
olhem, o assunto é mais do que grave. falei, em 2020, sobre o tema -- ver vídeo abaixo -- e resvalei nessa questão. já adianto: não vale a pena demonizar redes sociais e os tais esquemas de algoritmos. hoje, não dá pra simplesmente deletá-los do planeta. o que se deve pensar é na melhoria deles. eu ja deixei o twitter por não ver utilidade naquilo e, mais recentemente, saí do facebook por puro cansaço. os incomodados que se mudem. agora, o que faz do ser humano médio figura tão dependente desse cordão umbilical tecnológico? como utilizar vias digitais para melhorar cotidiano da humanidade e da natureza? parece que boa parte ddessa história, hoje, passa pelo consumismo. daí pergunto: como discutir o consumismo dentro de um universo capitalista? o mesmo que debater técnicas de mergulho com quem não sabe nadar. ou uma plenária de maioria masculina, no brasil, tratando do aborto. não resolve. com a palavra, educadores e tecnólogos.
pela internet a gente encontra esse tipo de brincadeira: objetos inúteis.
alguns até engraçados.
mas não há invenção mais odiosa, tosca e ridícula, neste século 21, que osoprador de folha a combustível. existem os elétricos, igualmente odiosos.
polui o ar. polui o som. não resolve o problema a que se destina. é um clássico da distopia.
quando o trabalho é feito em condomínio de apartamentos, piora. o som sobe e se instensifica entre os prédios, invade apartamentos... não se descansa, não se trabalha. insisto: não resolve o problema!
FORA SOPRADOR DE FOLHA! VOLTA VASSOURA!
nem o guardador de banana, patético e idiota é mais odioso... vejam: