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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

proibir celular em sala de aula sem debate é absurdo

 


ideia trazida de um dos países mais conservadores do ocidente -- os estados unidos -- uma bolsa que tranca telefones celulares de estudantes, nas escolas, está em vigor, por aqui. olhem, é tremendo erro proibir celulares sem educar. mas isso é coerente com o ritmo da nossa educação. ela sempre foi conservadora. questões como  bullying, violência contra mulher, respeito à comunidade lgbt ou mesmo o racismo, raramente entram em sala. no máximo, numas postagens em mídia eletrônica ou nas pífias reuniões com professores, antes do ano letivo começar. nossas escolas ainda respiram o ensino jesúitico do brasil colônia e império: professor é autoridade. pune.
olhem, vou insistir: não resolve proibir, porque a relação professor-estudante não irá mudar só com isso. é esta relação, aliás, que faz estudantes quererem escapulir daquele ambiente, daquela rotina. por quê? porque a maioria dos assuntos tratados em sala não corresponde à realidade de humanos jovens. há muita erudição, diletantismo, nos currículos. assuntos que fariam sentido para quem já estivesse na universidade. para além de assuntos distantes da realidade, é urgente que outras ações entrem em sala também, como estas que listei acima: bullying; cidadania, política etc.

pra quem não entendeu: não prego a liberação total de uso dos tais aparelhos durante as aulas, mas sim discutir e argumentar com estudantes por que os aparelhinhos devem ficar na mochila ou desligados. precisa ser simples. muitos educadores não querem este trabalho e preferem apenas proibir. cansa.

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clica pra ver matéria sobre celular proibido na escola 2024

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

discutir literatura de homens ou mulheres no vestibular mascara o mais importante

 


figuras importantes da literatura, por aqui, não vêem com bons olhos a escolha de uma lista de leitura composta apenas por mulheres, para o vestibular da usp (fuvest), em 2026. de certa forma, uma lista só feminina pode mascarar o machismo inerente à cultura do país, principalmente nos século 19 e 20. concorda-se.
direito reconhecido em criticar o que quer que seja, tudo certo também. agora, sinto que se dá importância demais a um exame que não pretende medir o grau de conhecimento de estudantes. se fuvest escolhe este ou aquele, esta ou aquela, não vai alterar o preço do feijão. a literatura dos homens -- excluídos da lista -- não será excluída do mundo, eles continuarão aí. vestibular é exame, não é prova. vestibular não premia o bom esudante, a boa estudante. quem passa no vestibular xis só prova que foi bem naquele tipo de exame. passar em vestibulares, por aqui, não é tarefa apenas para quem estuda muito, mas sim, quem treina aquele tipo de prova.   
repito: legal discutir literatura, machismo, racismo etc. agora, não dá pra dar tanta moral pra uma prova (fuvest) que, de fato não busca medir conhecimento de modo pedagógico. quem faz isso é escola. pelo menos, deveria fazer. vestibular é exame. exclui, elimina, não gera aprendizado de fato. compare com a prova da carteira de motorista: fazer baliza e saber ler placas de trânsito não faz da pessoa -- necessariamente -- excelente motorista. educação no trânsito é outra coisa.
essa discussão sobre mais homens ou mais mulheres, no vestibular encobre o principal: leitura na escola (ens médio e fundamental). o debate de verdade precisa morar dentro das escolas. como estão as leituras nas salas de aula?

    clique aqui e veja a lista 2026 fuvest

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quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

cruzes

                                             

                                                                   [ bill watterson ]

há vestibulares por aqui, à minha volta. usp, getúlio vargas, federal do abc, puc, unesp, unicamp, ita e mais uma dezena de médias ou nanicas. o método é o mesmo: acertar a alternativa mágica. são as provas de múltipla escolha. nome é cruel: escolhas. são várias possibilidades, então pode-se marcar qualquer uma. dá-lhe cruzinha.  
fazer prova é tormento porque, de repente, num par de folhas de papel decidem-se anos de esforço... vestibulares aqui da região de são paulo -- que consigo acompanhar -- têm valorizado assuntos como: negritude e racismo; violência contra mulher; imigrantes e refugiados; a própria educação e afins. excelente. agora, são assuntos que geralmene passam longe de bancos escolares, principalmente rede privada. ali, o que se escolhe é um pacote de informações -- a maioria eruditas -- e isso é vendido ao estudante como o graal da prova e o possível acesso à universidade. às vezes dá certo. livros didáticos, apostilas, vídeos, resenhas, musiquinhas, recursos de memorização, tudo vale para saber o delta-esse sobre delta-tê; ou reconhecer as causas da guerra dos cem anos; o modo de escravização na grécia; estilo literário de um joão-ninguém ou a importância da vegetação na sibéria. estudantes de ensino médio, quando bons, se especializam em assuntos gerais. agora, ética, reforma agrária, violência contra mulher, interrupção da gravidez, preservar natureza em sua cidade ou a política atual quase nunca entram no baile dos debates, nas rodinhas da cantina ou na voz do cansado professor. elitizar o ensino dá frutos amargos, a gente sabe. pessoas sem fundo histórico e científico -- pra ficar em dois itens -- acabam valorizando o individualismo, a ambição, aporofobia, homofobia e por aí vai.
olhem, na interação professor-estudante-comunidade está a base da boa educação. e o que mais? isto: atividades em grupo, interdisciplinaridade, produção de texto em todas as áreas, mostras culturais, feiras de ciência, grêmio estudantil e sistemas de avaliação coerentes. ah, e interpretação de texto. muita.

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domingo, 26 de novembro de 2023

é simples melhorar a vida da gente

 


[ dahmer ]

violência contra mulher, racismo, discurso de ódio, homofobia, terraplanismo, enfim, o que pode haver de pior numa sociedade, está espalhado por aí. e já estamos no fim de 2023. piora quando nos voltamos para a natureza. desmatamento, poluição, uso pífio de energia solar, nada de ferrovias novas para diminuir fluxo de caminhões etc etc...

uma saída, no curto prazo para esse caos, existe: eleições.

para legislativo, apoiar grupos políticos cujas pautas sejam pela saúde, o valor à educação, direitos trabalhistas, a natureza preservada e não à violência. por legislativo, entenda-se: deputados estaduais, federais e senado, além, claro de vereadores. parece simples. e é.
quando se lê pelo país a expressão "voto consciente", pode-se prerguntar: consicente de quê? pois bem, consicente da responsabilidade desse gesto, elegendo gestores para o brasil que é pobre. votar em figuras comprometidas com o óbvio: a lista que você leu acima: natureza, saúde, educação etc. 

a questão não é a figura individual de cada político (no legislativo), mas sim a qual partido pertence a candidatura. olhem, se o partido tem um hitórico de defesa de direitos humanos, qualquer candidato(a) vai seguir o que o partido ditar. 
pesquise, em sua cidade, seu estado, quais partidos (siglas) defendem causas que destacamos acima... anote a sigla (dois números) do partido, guarde. na eleição, procure saber de candidatos e candidatas que pertençam a tal partido e os apoie. vote. participe. só a população muda.



quinta-feira, 3 de agosto de 2023

são paulo tem um grande passado pela frente

 


governo do estado de são paulo, neste agosto de 2023, baixou portaria determinando que diretores devem observar aulas de professores(as) duas vezes por semana, pelo menos. a direção deve enviar relatórios à secretaria de educação. a portaria, no entanto, não diz o que será feito depois que tais relatórios chegarem à secretaria...
olhem, sabidamente, a escola é alvo da extrema-direita há séculos. a escola ou quem estuda. vide casos como giordano bruno, galileu, graciliano ramos, aracy rosa (esposa de g. rosa), rachel de queiroz, lelia gonzalez e tantos e tantas outras que ousaram usar o cérebro para melhorar vida de pessoas e transmitir conhecimento. 
questões básicas como combater o racismo, combater violência contra mulher, valorizar acolhimento e respeito à comunidade lgbt são alvo sim desse povo que se diz "por deus" ou "pela família". tenebroso. infelizmente, não é maioria que está pela democracia e educação, em são paulo. são poucos, mas precisam de apoio. principalmente educadores e educadoras.
verdade, ciência, história e arte são coluna vertebral de cidadania. se isso for cerceado -- como nas ditaduras militar e vargas --, teremos um grande passado pela frente. este governador é sim apoiado por essa gente preconceituosa, ignorante e antidemocrática. 

professores e professoras de são paulo, por favor, lutemos. 

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quarta-feira, 12 de abril de 2023

escola segura: educadores que acolhem

 



tenho conversado com colegas de diferentes escolas, entre campinas, vinhedo, amparo, valinhos e outras tantas, sobre violência nas escolas, claro. é consenso -- concordo em parte -- que não se deve dar muita corda ao tema, evita certo descontrole.
mas, podemos tratar de um assunto afim -- ou mais -- sem causar dano colateral.
neste caso, primeiro semestre de 2023, o tema é delicado: escolas em santa catarina, goiás e outras estão traumatizadas. entendo. agora, do assunto "violência" a gente pode tratar. também podemos lidar com o assunto "usos das redes sociais", assim como "relação adulto-criança" diante das novas tecnologias, tudo isso pode. devemos sim, como educadores, educadoras, tratar de questões que envolvam um mínimo de empatia e anunciem acolhimento do estudante. se a criança não se sente acolhida pelo mundo adulto, a internet acolhe, óbvio. e o que fazer? proibir celular, internet? não. é ingenuidade, sinto muito. educar é mais seguro, porque tudo se esclarece quando se tem certeza daquilo com que estamos lidando. então, educadores, educadoras, por favor, tratem de questões envolvendo bullying, uso da tecnologia, funções da comunicação... por favor. não se apequenem! não se omitam!

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sexta-feira, 3 de março de 2023

podcast do carneiro: ouça já!

 


neste primeiro podcast da vida, falo em nove minutos sobre minhas escolhas para leitura, no ensino médio. são dez minutinhos.

estou usando a plataforma do youtube

  podcast - carneiro    [ clica ]

  ouça, me diz o que achou!

-  se puder, deixe recado no ytbe, é importante
-  e, também, divulgue ! agradeço muito!

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

vai bater o sinal: vestibular não é tudo

 

a notícia é de 2007. charles, hoje, deve estar pelos 30 anos. escrevi o texto abaixo, logo que a notícia se deu, na época. 

foi assim: 

vejo no jornal desta semana que um jovem de 14 anos, no paraná, foi aprovado para ingresso em faculdade. teoricamente, alcançou vaga bem antes de terminar o ensino médio. charles ribeiro é seu nome. a faculdade é a puc de curitiba. família pleiteia, na justiça, direito de cursar a faculdade, pulando o ensino médio. 
ultimamente, tenho percebido muita pressa dos jovens em seguir logo em uma carreira, fazer cursos de especialização, idiomas, mais pós-graduações, correr, correr... não é bom. e por que continuam tentando pular etapas? pressão da comunidade? pressão do mercado? modismo? medo?
não sei quanto de precocidade há na mente de charles, o menino de quatorze anos que quer fazer faculdade, convivendo com mais velhos, respirando clima de gente que busca emprego e prazeres que só a privacidade de uma vida adulta e independente darão. tenho medo dessa pressa. dizem que, na época, charles era superdotado. pode ser. se considerado assim, apenas porque foi bem num exame vestibular, há controvérsia. os exames para faculdade não atestam, necessariamente, conhecimento profundo. não é uma avaliação, mas um exame. tem diferença. então, não é coisa de outro mundo um jovem de 14 anos conseguir fazer o exame. não duvido se muita gente, antes dos 15, estudasse um tanto, pudesse vencer um vestibular de faculdade. mas existe a vida a vencer e, para ela, não há prova antecipada. a maturidade é a experiência. a felicidade vem quase sempre junto.
a
proveito o espaço, aqui, para insistir: muito se pode fazer pelo planeta, pela reciclagem, economia de água etc. agora, é bom pensar um tanto na felicidade, com calma e responsabilidade.

domingo, 6 de novembro de 2022

patriota no caminhão é chamado para justiça agir contra antidemocratas

 

                       retrato do mundo paralelo em que vivem bolsonaristas
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milly lacombe escreve muito próximo do que eu gostaria de assinar. como sei que a ideia é multiplicar chance de melhorar a vida, coloco aqui trechos de seu artigo, de novembro, 2022:

Bolsonaro perdeu e seu bando tomou as ruas. Homens e mulheres vestidos em amarelo deixaram claro desde o domingo (30/11) à noite que seguiriam as ordens de seu mito e aguardavam coordenadas (...)
As coordenadas dadas a partir de Brasília foram cifradas e cada um interpretou como quis. Entre marchas com bandeira em punho e cantorias de hino nacional com saudação nazista, os patriotas berravam que a direita veio para ficar. Leia-se extrema-direita, evidentemente.
A anistia geral e irrestrita na década de 80, deixando sem punição os torturadores da ditadura, nos trouxe até esse estado alucinado e violento de coisas. Não podemos mais errar assim. (...) É preciso haver punição aos golpistas, aos policiais rodoviários prevaricadores, aos empresários que estão financiando a baderna. (...) Punir todos os responsáveis de forma categórica e exemplar. Em seguida, investigar as inúmeras suspeitas de crimes de responsabilidade cometidos por Bolsonaro (...)

leia o texto de milly lacombe - clica

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a cena do patriota pendurado no caminhão, lá em pernambuco, é ilustração do golpe que não deu certo. aliás, não se dá golpe do dia pra noite. 
olhem, gente cantando hino nacional pra pneu na estrada, outros carregando bandeira do brasil no carro e buzinando pra lombadas ou mesmo os alucinados pedindo ditadura, ofendendo e ameaçando, são figuras manipuláveis, são os ilegais, principalmente quando pedem militares no poder, pedem a morte a lideranças que chamam de "esquerda", tudo em nome de algo que nem eles mesmos sabem.
sim, é uma alegria desmedida saber que foi tirado do poder uma figura atroz. é um alívio. economia parece estabilizar-se e há acenos da política internacional em prol do país e de sua saúde. o terrível é lidar com seus alucinados seguidores que chutam a lei e ameçam ordem pública.
milly tem razão quando diz que a anistia da década de 1980 deixou de banir torturadores e defensores de genocídios, aqueles praticados pelos militares e apoiadores, por 21 anos, entre 1964 e 85. a anistia perdoou essa gente. o resultado é claro e, hoje, e não se pode errar mais.
vejam: ex-ministros, o próprio jair, filhos, aquela gente que repassou notícia falsa, propagou cloroquina, que desdenhou da vacina e das máscaras, gente que queimou floresta, pediu propina para vacinação, estuprou indígenas, comprou voto com orçamento secreto etc etc, essa gente precisa pagar, precisa ser presa. do contrário, amanhã, não será um patriota pendurado num caminhão... será uma frota gigante de patriotas atropelando a vida de verdade.
a história não perdoa deslizes.

domingo, 30 de outubro de 2022

escolas precisam assumir seu papel na história do país

 


o tempo dos vestibulares estressantes e do caminho estreito para universidades pode -- finalmente -- estar se extinguindo. não que os vestibulares terminarão logo. mas haverá mais opções, mais vagas, é isso que tento dizer. daí, menos estresse, penso eu. pode ser que essa guinada chamada "novo ensino médio" apenas reforce que tudo ficará como está, no quesito acesso à universidade. esperar pra ver.
olhem, os vestibulares de hoje e de tempos passados ainda insistem em cobrar quase sempre apenas informação e não conhecimento. lamentavelmente, esse tipo de exame norteia quase todas as escolas de ensino médio, no país, principalmente as particulares. estudantes saem dessas escolas sabendo o número atômico do hidrogênio, a fórmula de bahskara, o sistema econômico da itália na idade média ... daí, quando estão na rua, votam em anti-vacina, em terraplanista ou naqueles que destroem natureza. é o caos. é quase um meme.
a escola deve tratar das necessidades da comunidade, tratar do combate ao racismo, à valorização da natureza, a ciência, a leitura, a arte e o esporte... e, principalmente, como funciona a política de sua cidade, de seu país. 

já escrevi mais sobre essa questão da escola na vida da comunidade em que está inserida. clique abaixo, me diz o que acha.
importância da escola - clica



sábado, 1 de outubro de 2022

política não é entretenimento

                               

fernanda magnota deu a letra e publicou texto de respeito: por um brasil que não trate política como entretenimento.

coloco aqui um trecho : 
"Chegamos às vésperas da eleição presidencial no Brasil, todos de ressaca, exaustos pela exposição à tanta baixaria. (...) A culpa disso é de todos aqueles que estimulam os próprios líderes a se comportarem como apresentadores de programa de auditório. Presidente não é feito para 'mitar', é feito para conceber, negociar e implementar políticas públicas que beneficiem o interesse coletivo.(...)"
                      F. Magnotta, setembro 2022

 texto está no site uol.
política não é entretenimento - fernanda [clica]
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olhem, brasileiro, em geral, encara política com negligência, com descaso. um tanto da culpa é a postura de muitos políticos que, quando candidatos, se mostram midiáticos, palhaços, verborrágicos. não dá. mas o brasieiro já votou na xuxa (sem que fosse candidata), já votou no cacareco (rinoceronte), no tiririca, bolsonaro, pastores em geral e uma infinidade de outras figuras desprezíveis, que mereciam distância do poder público. muitos eleitores fazem isso por pura farra ou falta de estudo mesmo; e são incentivados por parcela da política que procura capturar justamente esses eleitores iletrados.
escolas brasileiras perdem excelente oportunidade de começar a resolver o problema quando fingem que nada acontece para além dos muros da sala de aula. uma pena. as públicas levam ligeira vantagem sobre as privadas, via de regra, porque podem trabalhar sobre projetos, já as privadas estão assentadas em conteúdos teóricos. em geral, estudantes saem das escolas  sabendo o que é barroco, as leis de newton, a fotossíntese e a economia na roma antiga... mas depois, elegem políticos anti-povo; elegem políticos que desmatam amazônia, que se vangloriam da corrupção. é quase um meme. é o caos.
simular eleição, explicar como funciona o congresso, mostrar do que o país necessita e qual seu papel na onu, por exemplo, são ações tão básicas quanto existência de bebedouro no corredor ou banheiro no fim dele. tratar de temas da política local, do bairro onde a escola se insere também deveriam nortear os princípios da boa educação. 
passou da hora das escolas tratarem de questões substantivas assim como tratam da vida no egito antigo ou como se forma a palavra sambódromo.



terça-feira, 3 de maio de 2022

escola precisa olhar mais para a rua

 


   [ carlos ruas ]

numa certa altura do  sermão da sexagésima, pe. vieira ilumina :

"se o lavrador semeara primeiro trigo, e sobre o trigo semeara centeio, e sobre o centeio semeara milho grosso e miúdo, e sobre o milho semeara cevada, que havia de nascer? uma mata brava, uma confusão verde".
é o século 17, só pra constar.

em toda escola que se quer consistente, há conselhos, reuniões, balanço geral pedagógico sobre o que cada área fez, quais resultados esperados, como foram os pesos das provas e se alguma área arriscou métodos diferentes de avaliação, além do famoso lápis com papel.
todos temos o que dizer a respeito de rendimento e objetivos a se alcançar, quando saímos de uma sala de aula... há de haver reuniões, há de haver balanço. e autoavaliação.
claro está que a escola precisa também olhar para a rua e fomentar, em sala de aula, questões a respeito do óbvio: racismo, moradia, orientação sexual, violência contra mulher, necessidades da comunidade em que ela -- a escola -- se insere, arte para salvar o mundo, soluções para a fome, importância da leitura, ciência para melhorar o presente etc.
o aluno também deve se perguntar: eu aprendi? consegui produzir algo além daquilo a que fui levado a fazer, em dias de avaliação? participei das aulas? 
quando se busca excelência em uma instituição educativa, necessário é a transparência do projeto da escola, quer seja ele apenas trampolim para vestibular, quer seja o da formação intelectual desde a alfabetização.
quando há muito discurso diferente sobre educar, dentro da instituição, só nasce mata brava. confusão. 

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  para usar na escola :




domingo, 27 de fevereiro de 2022

para salvar povo brasileiro


   SALVAR DA INDIGÊNCIA CULTURAL

- - livros de história
- - livros de literatura
- - livros de ciência
- - orientação sexual
- - combater violência de qualquer ordem

  CONTRA IGNORÂNCIA E NEGACIONISMO

- - escolas estruturadas
- - professor(a) assistido(a)
- - comunidade integrada à escola
- - interpretação de texto
- - cesta básica
- - povo vacinado e esclarecido

- - eleger quem apoia tudo isso - -

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

aula de literatura -- ensino médio -- professor oferece revisão grátis

 


aulas de revisão de história da literatura.
para ensino médio e pré-vestibulandos.

por quê ?  - -  alcançar quem precisa; atingir quem tem dificuldade para estudar, seguir em seu curso

quando ?  -- agora ! a primeira aula já saiu! inscreva-se no canal! 

veja como é! clica no vídeo abaixo

[ tem pergunta pra você responder, na descrição, depois de asssitir ]



terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

semana de arte moderna: cem anos 1922-2022

 

                                                [lustre original - instalado em 1911]

a construção do teatro muncipal de são paulo demorou cerca de seis anos, mais ou menos, para ser terminada. uma estrutura de estilos diferentes, contendo art nouveau e o neoclássico, pelo menos. sua inauguração foi em 1911.
di cavalcanti, mario de andrade, villa lobos, oswald de andrade, renê thiollier, anita malfatti, brecheret, ronald de carvalho, graça aranha, dentre outros, são os artistas dessa história marcante para nossa sociedade.
patrono do espaço é mesmo carlos gomes, maestro nascido em campinas, s paulo.
na praça ramos de azevedo, ao lado do prédio, há estátua dele. e, dentro do teatro, sobre o palco, também sua efígie está impressa, como se vê na imagem aqui.


                                    [ teatro municipal - são paulo ]

 saiba mais sobre o evento!

                           



quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

educação sempre liberta -- principalmente na escola

 

                                                [ imagem clichê pra atrair mais gente ]

não existem duendes que atacarão seu pudim de leite, assim como inexistem fórmulas mágicas para melhorar a vida de estudantes, em sala ou fora dela. quando a questão é deficiência de aprendizado, muito se lê sobre desatenção, timidez ou livros com poucas figuras. pode ser, pode não ser. e a avaliação, como vai? e a relação professor(a)-estudante existe?
numa viagem sem planejamento, todo motorista é cego. 
cego ou aventureiro. 
penso assim:
reuniões entre áreas; canal aberto, direto entre professores e direção, entre professores e coordenadores de nível (médio/ fundamental). existir avaliação de todo corpo docente e direção.
toda a comunidade precisa estar ciente das metas e objetivos das aulas de cada matéria. quando tudo se expõe, no início do ano, todos ganham. dar voz ao aluno é básico. não há quem suporte meia dúzia de aulas apenas anotando e ouvindo. o professor deve interagir com sua sala, transmitindo um mínimo de segurança, baseando seus conceitos na ciência e na cidadania. tratar de temas como ética, gênero, democracia e saúde é dever de todos.
não deve haver prato proibido no restaurante da educação.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

homofobia revela como ser humano é ignorante

 


o caso do jogador de vôlei, afastado do minas tênis por postagem considerada homofóbica, no dia das crianças, em 2021.

milly lacombe foi na ferida e clareou:

"(...) Vejam: se sexualidade fosse absorvida por aprendizado seríamos todos heterossexuais. É isso o que nos ensinam há séculos: a heterossexualidade. Nas TVs, nos livros, nos filmes, nas escolas, nas igrejas. (...) Mas que medo é esse da homossexualidade? Tratam dois homens se beijando como se fosse a coisa mais tentadora do mundo. (...) chamar atenção para o fato de que ao tratarem a homossexualidade como alguma coisa tão suculenta a ponto de não poder ser mostrada a uma criança eles estão elevando a relação amorosa entre pessoas do mesmo sexo a uma categoria maior e melhor do que a heterossexualidade. (...) uma relação homossexual é feita das mesmas dores, dos mesmos prazeres, dos mesmos conflitos, das mesmas fragilidades e belezas de qualquer outra relação. Não somos melhores, parem de nos consagrar."  [ uol ]

nem precisa fazer desenho. HOMOFOBIA É CRIME. está na lei.
escolas em geral deveriam fazer lição de casa e tratar de assuntos como este, assim como de violência doméstica, feminicídio e estupro. é melhor do que postar  sinal de luto ou emoji de lágrima em rede social, quando alguém morre por isso.

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veja texto de milly lacombe - na íntegra clica

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

de onde saem os professores

 


de onde vêm professores e professoras de nossos ensinos fundamental e médio?
recém-formada (às vezes nem isso), a pessoa chega numa escola básica e, com sorte, consegue estágio, o que equivale a dar algumas aulas de graça e ser observado, às vezes, apenas por alunos... quem sabe um outro professor de folga. e a vida segue.
autodidatismo e susto são uma norma, na vida escolar de quem quer iniciar vida profissional, em sala de aula. até a pessoa pegar o jeito da coisa, lá se vão anos. alguns passam a vida de costas a seus alunos dando aula para si mesmos, apagando e rabiscando lousa... 
já pensaram se fosse assim com seu dentista ou ginecologista? se eles precisassem errar um tanto por anos, arriscar novidades no escuro, solitários, até achar o jeito?...
recomedação: os mais velhos na casa ou os de mais idade devem sim oferecer apoio, dicas, assistir aulas daquele(a) que está iniciando. e o iniciante poderia sim estar aberto a esse tipo de relação... sei que é difícil pra muita gente essa coisa de empatia, humildade... fica bem nos livros... ou numa croniqueta chata dessas. fui.

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quinta-feira, 22 de julho de 2021

educar é preciso: viver, mais ainda

                    

passar de ano é o grande barato de nossos estudantes, desde a criação do colégio de jesuítas, na bahia, do século 16.

o que se quer é ser aprovado, ter diplominha. o resto é conversa.
nunca a aprovação foi menos importante que o aprendizado. nunca.

professores dos mais variados matizes têm sido experts nessa postura de buscar suposto aprendizado pela ameaça da avaliação. "vai cair na prova" é expressão gasta e muito útil para 99,99% dos professores e professoras que vivem aqui. o restante? os outros 0,01%, estão de parabéns.

educar não é tarefa fácil, todo mundo sabe. assim como não é fácil fazer uma cirurgia, cozinhar feijão, trocar pneu de carro ou construir um computador portátil. tudo se aprende. tudo se ensina.
escolas que sustentam essa máxima de que a prova é o que importa estão fadadas a serem trocadas à primeira oferta de provas mais baratas. escolas que passam o ano letivo cobrando apenas conteúdo acadêmico em suas aulas vão sim perder credibilidade porque só conteúdo acadêmico e a insossa promessa de acesso à universidade não faz mais verão como antigamente.
daí, quando se fala em homeschooling,  professores, filósofos e donos de cantina clamam por coerência e os benefícios da vida em comunidade. certíssimos. também sou contra essa tal "escola-em-casa". contudo, precisava existir mais verdade e menos hipocrisia nos processos educativos, tanto na rede privada como na pública. 

saiba mais, assista, por favor!