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Mostrando postagens com o rótulo professor

fantasmas - chimamanda adichie

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  " fantasmas ": conto de chimamanda adichie, no livro "no seu pescoço" em "fantasmas", professor de matemática james nwoye -- aposentado da universidade --, reencontra outro porfessor: ikenna, da área de sociologia. no passado, era combativo, exigia direitos melhores aos funcionários da universidade. james o vira pela última vez 37 anos antes, durante a guerra da biafra. era dado como morto, mas ikenna conta que foi para suécia. a ausência do amigo ikenna okoro pode representar para o professor james uma lacuna em sua própria história e identidade. a ausência de ikenna não é apenas a falta de um amigo, mas simboliza também a perda de um passado que foi devastado pela guerra, pelas mortes e pelas mudanças irreversíveis. a memória de ikenna pode estar associada a um tempo mais estável e promissor, antes da guerra transformar tudo em ruínas. assim, a ausência dele -- o professo ikenna -- funciona como um lembrete silencioso do que foi perdido: amigos, famili...

professor desmotivado é quase rotina

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  um dos pilares da desmotivação de professores e professoras, por aqui, é a percepção de que se está aprisionado em um sistema "fordista" de trabalho em sala, ou seja, a divisão sumária do processo de ensino em categorias engessadas de aulas, como "matemática", "gramática", "geografia" etc... ou seja, para  cada educador, só resta a tarefa de reproduzir o material didático sem poder se voltar também a temas atuais ( racismo, política, preservação da natureza, homofobia, interrupção de gravidez etc ) -- mesmo que relacionados à matéria -- sob pena de atraso no conteúdo. é triste. sobram poucas opções: 1. reconsiderar o número de aulas por matéria (melhora até planejamento) 2. rever o material didático 3. união com outras áreas para lidar com atualidades 4. chorar  olhem, no limite, também é possível propor tarefas extraclasse aos estudantes envolvendo aqueles temas citados que geralmente ficam de fora da sala por conta desse aprisionamento de age...

proibir celular em sala de aula sem debate é absurdo

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  ideia trazida de um dos países mais conservadores do ocidente -- os estados unidos -- uma bolsa que tranca telefones celulares de estudantes, nas escolas, está em vigor, por aqui. olhem, é tremendo erro proibir celulares sem educar. mas isso é coerente com o ritmo da nossa educação. ela sempre foi conservadora. questões como  bullying, violência contra mulher, respeito à comunidade lgbt ou mesmo o racismo, raramente entram em sala. no máximo, numas postagens em mídia eletrônica ou nas pífias reuniões com professores, antes do ano letivo começar. nossas escolas ainda respiram o ensino jesuítico do brasil colônia e império: professor é autoridade. pune. e ponto. olhem, vou insistir: não resolve proibir, porque a relação professor-estudante não irá mudar só com isso. é esta relação, aliás, que faz estudantes quererem escapulir daquele ambiente, daquela rotina. por quê? porque a maioria dos assuntos tratados em sala não corresponde à realidade de humanos jovens. há muita erudiçã...

são paulo tem um grande passado pela frente

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  governo do estado de são paulo, neste agosto de 2023, baixou portaria determinando que diretores devem observar aulas de professores(as) duas vezes por semana, pelo menos. a direção deve enviar relatórios à secretaria de educação. a portaria, no entanto, não diz o que será feito depois que tais relatórios chegarem à secretaria... olhem, sabidamente, a escola é alvo da extrema-direita há séculos. a escola ou quem estuda. vide casos como giordano bruno, galileu, graciliano ramos, aracy rosa (esposa de g. rosa), rachel de queiroz, lelia gonzalez e tantos e tantas outras que ousaram usar o cérebro para melhorar vida de pessoas e transmitir conhecimento.  questões básicas como combater o racismo, combater violência contra mulher, valorizar acolhimento e respeito à comunidade lgbt são alvo sim desse povo que se diz "por deus" ou "pela família". tenebroso. infelizmente, não é maioria que está pela democracia e educação, em são paulo. são poucos, mas precisam de apoio. pr...

educação sempre liberta -- principalmente na escola

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                                                  [ imagem clichê pra atrair mais gente ] não existem duendes que atacarão seu pudim de leite, assim como inexistem fórmulas mágicas para melhorar a vida de estudantes, em sala ou fora dela. quando a questão é deficiência de aprendizado, muito se lê sobre desatenção, timidez ou livros com poucas figuras. pode ser, pode não ser. e a avaliação, como vai? e a relação professor(a)-estudante  existe? numa viagem sem planejamento, todo motorista é cego.  cego ou aventureiro.  penso assim: reuniões  entre áreas;  canal aberto, direto entre professores e direção, entre professores e coordenadores de nível (médio/ fundamental). existir avaliação de todo corpo docente e direção. toda a comunidade precisa estar ciente das metas e objetivos das aulas de cada matéria. quando tudo se ...

maçã na mesa de professor não mata fome de verdade

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  maçã, na mesa do professor é imagem gasta mas infelizmente duradoura, na rotina iconográfica das escolas. maçã caiu na cabeça de newton, dizem os românticos. pura lenda. pouca gente acredita nisso.  isaac tinha mais o que fazer do que ficar debaixo de um tufo de folhas, comido por formigas, alvo de uma maçã, provavelmente podre, em sua testa glabra.  claro que vou lembrar o "gênesis", da bíblia, a quem a maçã é símbolo de pecado, prazer e sabedoria. mas isso é outra conversa. o que é um professor? o emissor de conhecimentos? pessoa que garante a disciplina da sala? o chato que não dá nota boa? há muito desrespeito com educadores, sim senhor! nas escolas é preciso fazer provocação sim, fazer perguntas sobre a vida cotidiana, desde como economizar água, até o caminho para as próximas eleições, sem melindres.  professor é herói sim e precisa ser agregador. contudo, há solidão demais no processo educativo, porque os professores pouco falam entre si. só a maçã não ...

de onde saem os professores

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  de onde vêm professores e professoras de nossos ensinos fundamental e médio? recém-formada ( às vezes nem isso ), a pessoa chega numa escola básica e, com sorte, consegue estágio, o que equivale a dar algumas aulas de graça e ser observado, às vezes, apenas por alunos... quem sabe um outro professor de folga.  e a vida segue. autodidatismo e susto são uma norma, na vida escolar de quem quer iniciar vida profissional, em sala de aula. até a pessoa pegar o jeito da coisa, lá se vão anos. alguns passam a vida de costas a seus alunos dando aula para si mesmos, apagando e rabiscando lousa...  já pensaram se fosse assim com seu dentista ou ginecologista? se eles precisassem errar um tanto por anos, arriscar novidades no escuro, solitários, até achar o jeito?... recomedação: os mais velhos na casa ou os de mais idade devem sim oferecer apoio, dicas, assistir aulas daquele(a) que está iniciando. e o iniciante poderia sim estar aberto a esse tipo de rela...

meu professor polvo - documentário

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  meu professor polvo, documentário na plataforma netflix. lançado em 2020, é produção sul-africana. indicação da natália carneiro. direção : pippa ehrlich e jamess reed   o documentário trata dos mergulhos de craig foster que acompanha a rotina de um polvo fêmea, suas aventuras com tubarão, métodos de caça, maneiras de se camuflar e, principalmente, a relação que ela cria com o mergulhador. tudo isso em mais de trezentos dias. tempo mais que suficiente para que craig descubra -- em sua relação com a natureza --, o lado instintivo de existir e, também, a sintonia necessária para perceber que o oceano pode ser uma grande mente. na escola, sugerir que estudantes -- desde o meio do ensino fundamental 2 até o médio -- façam uma resenha, um comentário e descubram que não se trata apenas de uma temática científica. não é algo específico da área de biologia, por exemplo.  conceito de inteligência; tempo para respirar; ciclo da natureza a se respeitar; métodos de comunicaçã...

necessidade da escrita

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muitos professores de áreas chamadas "exatas" e "biológicas" reclamam que estudantes, via de regra, pecam na interpretação de texto. na escola, muito comum, produções de texto em aulas de português, redação, às vezes, literatura, às vezes nas aulas de língua estrangeira. é pouco. agora, por que apenas o professor de português precisa fazer este exercício de trabalho com leitura e produção com estudantes? teria o professor de redação de fazer toda a tarefa da área de física, matemática ou química, por exemplo?  é comum encontrar professores de produção de texto, em geral, estafados com o descaso de muitos estudantes com o ato de redigir. por quê ? porque não é comum, não é cotidiano, nas escolas, a produção de texto. apenas professores de portguês -- e suas variantes -- seriam responsáveis por gerenciar atividade de produção de texto. é pouco. está na hora de rever planejamentos e desencaixotar essas matérias todas, principlamente nas séries finais do ...

união pela educação é sobrevivência do país democrático

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converso com estudantes, colegas, nesse mundo da educação. sou professor de ensino médio e pré-vestibular. em 2021, serão 35 anos em salas de aula.  a idade e a diversidade de escolas, me fizeram conhecer muita gente e suas realidades. para não me alongar: o estudante, no brasil, nunca foi protagonista. o tipo de ensino ainda é estilo jesuítico, ou seja, um fala, os demais escutam e têm de agradecer. quase nunca podem questionar. e o que for diferente disso é exceção. nesta pandemia, em 2020, fica claro que o jogo virou para o aluno. o esquema de estudo via internet torna o estudante protagonista porque ele pode, agora sim, decidir por ficar ou não diante da tela que transmite a aula. é dele o controle. o sistema de interação escola-estudante está capenga. já disse meu amigo joão ardoino que nosso sistema educacional equivale a uma parede mofada. tentamos pintar, mas logo o mofo retorna... precisa limpeza. raspar. começar de novo. começa por melhorar a aula.  não vo...

bolsonarismo convoca estudantes a filmar professores -- veja como se defender

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saiu da boca do eleito, neste 2018, que professores devem ter suas aulas filmadas. professor deve ser constrangido e dizer apenas o que seguidores de jair querem. e a gente sabe bem o que se quer: calar a verdade e censurar espírito crítico. veja o que fazer. primeiro : ninguém pode filmar aula do professor sem autorização. é crime. se filmar e ainda publicar com críticas -- sem autorização -- é calúnia, passível de pena. é crime. segundo : em caso de ameaça ou ofensa, registre o episódio, assegure-se de testemunhas, comunique direção da escola e faça boletim de ocorrência. procure ajuda jurídica do sindicato de sua região. e eu aqui lembrando quantos professores e professoras conheci que jogavam -- e ainda jogam -- pedra no sindicato... voltando: tenha perto de si o telefone do sindicato. evite sair da sala se seu pedido para não filmar não for atendido. algumas instituições de ensino possuem câmeras, na sala, o que facilita essa relação.  terceiro : se o pedido para...

aula expositiva o tempo todo é desperdício

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é comum, na área do ensino, aqui pelo meu mundo, o desconforto da clientela com determinado professor, professora. muitas das vezes a culpa é do próprio aluno, porque quem tem a última palavra é sempre o adulto da relação, pelo menos como pede  a carteira de identidade. quando alunos se dispersam ou vão mal nas avaliações ( que muita gente insiste em chamar de prova ) é comum cravar que a culpa é do aluno. olhem, se a maioria, na sala, usa de artifícios para fugir da aula, mesmo de corpo presente, há algo errado sim com a aula e os métodos de quem a ministra. se a maioria vai mal numa avaliação, é preciso considerar umas tantas variáveis para se achar a causa, como: não se reforçou a data do evento; as questões tratadas na avaliação foram retiradas de manuais de vestibular ( nada de própria autoria ); professor(a) não explicou como estudar o conteúdo; professor(a) nunca fez ou propôs tarefas condizentes com os objetivos das aulas ou a emília, do sítio, embaralhou as perguntas...

interação constante permite aula mais produtiva

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quando o assunto é sala de aula, no brasil, sabe-se que há muita gente que se arrepia. incluindo professores. não vou posar de olimpo e ditar regras de sucesso nesse campo. mas, por estar nele desde 1986, dá pra sugerir algumas coisas 1. disciplina pedir ajuda ao centro pedagógico ou orientação quando perceber dispersão ou desmotivação; dividir a inquietação com colegas e, necessariamente, mudar a estratégia de aula sugestão: o foco deve ser o aluno, mais do que aquilo que se está tratando; aula-palestra não produz, necessariamente, aprendizado; questione seus alunos a cada momento da aula, pergunte o que acham, se estão entendendo, se estão com material sobre as mesas etc etc... um dos motivos da desmotivação e dispersão é a aula ruim, isso é fato. não exite aula interessante por si só. é preciso conquistar isso, ao invés de demonizar a família, o fato da aula acontecer no fim da tarde ou a culpa é das estrelas. professor precisa sim encarar seus alunos e colocá-los como agen...

ascensão da intolerância é omissão da educação

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não é de hoje que se sabe que o processo educativo vem sendo solapado pelo tecnicismo, pela setorização do conhecimento. e não me venham com história que a rede privada é melhor que a pública porque não cola. a rede particular, na real, é quem perde mais porque menos autônoma que a pública. mal e mal, a pública pode viver de projetos. mas isso é outra conversa. professores das duas últimas gerações -- anos 1980 e 2000 -- omitiram-se demais na questão social, ética e cidadã. não bastou o exame nacional do ensino médio (enem) ter cobrado, em suas redações, temas humanitários como violência contra mulher, poder da leitura, inclusão ou indivíduo frente a ética ... etc... não bastou porque muitos professores, coordenadores, diretores e afins se recusaram a lidar com trabalhos interdisciplinares, não promoveram café filosófico, não fizeram seminários para tratar do cotidiano da comunidade jovem preferindo insistir na importância do movimento uniformemente variado, as funções da conjun...

alunos e o celular: até quando só eles serão culpados?

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e sta é uma imagem típica dos século 21 e vem servindo de  sustentação para discursos geralmente conservadores que demonizam a juventude e, por consequência, a tecnologia. vamos direto ao ponto. por que o senso comum vai afirmar que a partir desta imagem os jovens nada querem saber da arte e sim da internet? porque há adultos com preguiça de entrar nesse debate. é sempre assim? sempre alunos com preguiça? respondo: os estudantes só irão se distair se não houver projeto, se não houver motivo para sustentar ida ao museu. antes do educador reclamar do possível descaso com a arte, deixar claro o que será feito nesse museu. de início, parar de chamar a atividade de "passeio" e sim "estudo do meio". bolar atividade para o dia da visita e outra para a sala de aula. dá trabalho. isso se chama "educar".   outra coisa: é bem possível que, na imagem acima, os alunos estejam completando um trabalho a pedido da escola. eles têm um blog? rede social? eles pod...

conto de escola e as relações com a sala de aula

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narrativa curta um conflito o debate está na corrupção, na delação e no modo como o professor conduz seu processo educativo pilar é o narrador e recorda um momento vivido, na escola, quando tinha por volta de 10 anos ou nove. a relação professor-aluno é posta em xeque. a relação custo-benefício da corrupção também. o que dizer, depois de centena de anos? o que mudou na escola ? saiba mais assistindo-me !

humano, demasiado gente

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nunca gostei da autoajuda.... primeiro porque é um eufemismo da religião ocidental que, nada, nada, conduz a pessoa... limita, prevê derrotas se não seguir o caminho xis, enfim, mais doutrina que liberta. segundo porque cria outros problemas (chamados "metas") para o indivíduo continuar sempre procurando um novo livro.... expressões como "sucesso"; "vitória" ou "felicidade" são como um mantra, nessa sub-literatura que, nada, nada, é isso mesmo, má ficção. ler esse artigo só fez melhorar minha consciência a respeito disso aplaudi de pé se vc curte autoajuda e afins, melhor não abrir o link abaixo filósofo dinamarquês detona autoajuda - imperdível  - clica autoajuda vs. schopenhauer  - hilário

cola na escola - tema para redação

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nesses tempos em que muito se fala sobre corrupção, vale a reflexão a respeito desta que é uma das mais tradicionais da vida de um estudante: a cola. a mim, está claro que a cola é mais um recurso para conseguir vantagem em um exame que, claramente, está mal feito. uma avaliação cujas respostas cabem entre os dedos da mão ou em bilhetes milimétricos não merece respeito mesmo. professores e orientadores devem sim colocar na ordem do dia a avaliação como meio e não como fim de um processo de aprendizagem. colar não é só a consequência de uma avaliação feita sem critério, mas também em função do espírito de nossa classe média a quem interessa apenas o benefício próprio pelo menor esforço. a classe média, em geral, não gosta de estudar e nem sabe governar-se. dá pena. eles sofrem o tempo todo, falam em crise, corrupção, mas estão sempre prontos a sonegar impostos, parar carro em fila dupla, comprar produtos sem nota ... uma tristeza.