terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

em seis palavras




já aconteceu, janeiro 2020, mas queria dividir essa história.
em janeiro, recebo email da editora que publica três de meus livros, achei que era mala direta com alguma publicidade, mas mesmo assim abri.
li isto:

Como você contaria uma história em apenas seis palavras?
O conceito de “Six Words Stories (em português, “histórias de seis palavras”) foi criado por Ernest Hemingway, escritor norte-americano e autor do livro Por Quem Os Sinos Dobram. Não se sabe ao certo como a ideia surgiu – se em uma conversa de bar ou um desafio entre amigos – apenas que a primeira flash storie de 6 palavras foi escrita por ninguém menos que o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1954. 

Vende-se: sapatos de bebês, nunca usados, escreveu Ernest Hemingway, enfileirando seis palavras em uma frase que, apesar de inofensivas, são pauta para longas horas de discussão. 
  • Quem está vendendo?
  • Por que os sapatos nunca foram usados? 
  • De que cor são os sapatos? 
  • Quanto custa o par?
A história acaba, mas as possibilidades são infinitas. 
Os detalhes, como a causa da morte e o momento, ficam livres para imaginação. E é isso que torna o formato 6×6 tão interessante: prova que não é necessário contar tudo ao leitor, basta acender a faísca.
veja mais informações aqui

pois bem, eu entrei nessa. 
não para ganhar concurso, mas o nobel, como ernest, citado acima.
lá vai minha frase que enviei :

Então, tudo começa nesse vão medonho

não foi suficiente pra animar o júri. perdi.

agora olhem, saiu a lista dos ganhadores do prêmio da editora clube de autores e suas respectivas micro narrativas

O juri do CDA suou a camisa e trabalhou incansavelmente nessa última semana para formar o nosso ranking de queridinhos. Confira na lista abaixo os 10 ganhadores do Desafio CDA:
  1. Léo Ottesen com "Marido morto, ela presa. Estava livre!"
  2. Marcelo Ribeiro da Silva com "MOSCA: Zoom, zoom, zoom, 24h. Fim."
  3. Jorge Souza Oliveira dos Santos com "NÃO TEM MAIS AMANHECER, APENAS GRADES"
  4. Cleonaldo Pereira Cidade com "Entregou, chorando, os pertences à sogra."
  5. Gyorgy Laszlo Gyuricza com "Nadando pelado. Piranha. Ai, meu pênis!"
  6. Elias Pedroso com "Diagnóstico? COT! TOC? Sim, alfabeticamente ordenado!"
  7. Jota Carino com "Duvidam? Olhem como eu atravesso... Aaai!"
  8. Adriana Guimarães Costa com "Chorei de saudade; ela, de cebola."
  9. Adriano Vox com "Promoção: casacos de pele, edição limitada..."
  10. Renato Alves com "Fez fortuna vendendo espetinhos; odiava gatos."
Parabéns a todos! 

sábado, 22 de fevereiro de 2020

leituras para debater cidadania na escola




muito importante que haja interdisciplinaridade, nas escolas. a mistura favorece o desengessar desse método fordista-taylorista de ensinar. ensina-se mas pouco se aprende. ou quase anda se aprende, na verdade. essa divisão mesquinha entre "humanas", "biológicas" e "exatas" é muito mesquinha, estéril. já deu esse papo de matemática ser diferente de português ou história distante da química. 

enfim, aqui, continuo alardeando o que chamo de boas leituras para fomentar debate interdisciplinar, ou seja, professor não precisa ser "o de química", "a de história", "geografia" ou "arte". basta ser professor(a) e se propor a comentar, abrir espaço no planejamento para temas sociais e artísticos, sem perder o fio daquilo que é assunto de sua aula.

educar também é propor debate, assim como transmitir conteúdo.

é bom que haja coordenação em torno disso, porque sem um catalisador o verso desanda.

aqui vão seis (6) leituras que podem ajudar este debate, principalmente, entre final do fundamental 2  e ensino médio.

assista-me, leia os livros e fique à vontade para criar a partir dos temas que brotam.














segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

figuras de linguagem - destaques






figuras de linguagem


ferramentas do discurso para dar mais significados a uma mensagem

é um recurso da língua para transmitir ideias complexas, engraçadas, sentimentais...





SAIBA MAIS ! assista!




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

fuvest: últimos temas de redação



temas dos últimos vestibulares!


as propostas da universidade estadual de são paulo (usp) têm sido no gênero argumentativo.

estrutura básica :  tese  - -  argumentos  - -  conclusão

treine; faça projetos de texto, leia bastante sobre atualidades

veja comentários das últimas redações, nos vídeos aqui!

janeiro 2020


janeiro 2019



janeiro 2018



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

interdisciplinar e feliz



rosana hermann nunca deixou a física nuclear para ser roteirista de programas televisivos.
ela é multifacetada porque usa de artifícios do fazer científico para criar e reinventar histórias.
é simples.

em um universo em que a onda é ser específico e saber seu nicho, vai aqui mais uma figura que, a meu ver, expõe o óbvio: não existe diferença entre "exatas", "humanas" e "biológicas" como ingenuamente repetem como mantra muita gente que está na educação, como numa sala de visita alheia e nunca tocou em nada. a divisão em plataformas é o pior do fordismo... se é que há algo de bom nisso, enfim.
há exceções, eu sei, eu sei... mas, exceção não é regra. 

e enquanto uma entrevista sobre alguém feliz com o que faz continuar causando impacto, espanto, é porque muita coisa está errada.

a entrevista é de 2017.
não sei quanto tempo esse vídeo suporta ficar público, acessível, enfim, mas vou insistir e divulgar.



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

romanceiro da inconfidência - cecília meireles






ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA  - -  -
narrativa que revê, no século 20, as atrocidades e frustrações do movimento libertário do século 18, em minas gerais.

prevalece o tom evocativo e espiritualista, estilo da poetisa.

há clima de ansiedade e mistério

apesar da subjetividade inerente ao estilo da autora, há marcas do gênero épico, que se percebem no caráter nacionalista e histórico. além, claro, de certo teor heroico na caracterização dos chamados "inconfidentes".

já escrevi, mas repito: "inconfidente" é designação que portugueses deram aos brasileiros que reclamavam das cobranças injustas de impostos sobre o ouro -- dentre outras questões. "confidente"é quem confia. "inconfidente" é traidor. logo, brasileiros chamarem outros brasileiros de "traidores" é incoerente. 
contudo, esse nome -- título do livro de cecília -- está absorvido pela cultura brasileira, parece difícil mudar. prefiro usar "conjura".

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SAIBA MAIS
- assista !