descreve com galharda propriedade o labirinto confuso de suas desconfianças - gregório de matos
Descreve com galharda propriedade o labirinto
confuso de suas desconfianças
Ó
caos confuso, labirinto horrendo,
Onde não topo luz, nem fio achando,
Lugar de glória, aonde estou penando,
Casa da morte, aonde estou vivendo!
Ó voz sem distinção, Babel tremendo,
Pesada fantasia, sono brando,
Onde o mesmo, que toco, estou sonhando,
Onde o próprio, que escuto, não entendo!
Sempre és certeza, nunca desengano,
E a ambas propensões, com igualdade
No bem te não penetro, nem no dano.
És ciúme martírio da vontade,
Verdadeiro tormento para engano,
E cega presunção para verdade.
Onde não topo luz, nem fio achando,
Lugar de glória, aonde estou penando,
Casa da morte, aonde estou vivendo!
Ó voz sem distinção, Babel tremendo,
Pesada fantasia, sono brando,
Onde o mesmo, que toco, estou sonhando,
Onde o próprio, que escuto, não entendo!
Sempre és certeza, nunca desengano,
E a ambas propensões, com igualdade
No bem te não penetro, nem no dano.
És ciúme martírio da vontade,
Verdadeiro tormento para engano,
E cega presunção para verdade.
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babel – bíblico: torre inacabada por castigo divino, daí seus idiomas se confundiram; caos
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"labirinto confuso", no título, indica um pleonasmo e intensifica o estado conflituoso do eu lírico
- tema do texto pode muito bem combinar com estado de luís da silva, em angústia ou mesmo rubião, lá do quincas borba
- estilo barroco se revela nas ocorrências de contradições ao longo do texto
Paradoxos
2. morte
e vida – verso 4
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