domingo, 21 de abril de 2024
céu líquido
terça-feira, 16 de abril de 2024
o que é seu fica nos livros
o que é
seu, fica nos livros. a frase é minha mesmo, pode aparecer em alguma publicaçao, de
repente… depende de muita coisa, mas a frase é boa. nicolau é o nome de hoje. polônia, maio de 2010, finalmente fizeram
enterro oficial dele, o nicolau copérnico (1473-1543), chamado pai da astronomia. não
é bem certo, porque os gregos, os egípcios ou os incas já faziam muitas coisas
bem antes de nicolau engatinhar, mas como tudo na vida é marketing, alguém
ficou dizendo ele era o pai, então fica sendo.
o polonês,
além da formação em matemática, também estudou medicina e foi ordenado padre. a questão, para quem não sabe, é que nunca se conheceu, ao certo, o local, na
igreja, onde estaria o corpo do matemático. ele estaria na catedral de frombork,
junto a dezenas de outras pessoas, sem identificação precisa, desde o século 16. então, fuçando
em algumas ossadas e combinando com dna encontrado num livro que ele manuseava
– havia fiapo de cabelo nele –, chegou-se a uma conclusão: alguns ossos
encontrados, em 2010, na catedral de frombork, polônia, eram mesmo de copérnico.
o que era dele, tinha ficado nos livros.
quarta-feira, 10 de abril de 2024
água corrente: a fonte que salva
um
arquiteto italiano, lá no século 18, dirigiu e organizou a construção da famosa
fonte de água, em roma. a tal fontana de trevi. muitos arquitetos trabalharam
ali por trinta anos, até ficar tudo pronto. a fonte não só refresca a vida de
quem passa por ali, como inspira as pessoas a pensar a respeito dos símbolos
erguidos: cavalos, mitos, colunatas de inspiração grega... ah, o nome do
italiano: nicola salvi. foi quem começou a coisa.
pois
é, aqui, no país tropical, o calor castiga. não há muito o que salvar, nem reclamar
porque, lá atrás, avisaram. queimadas, especulação imobiliária, ganância,
combustíveis fósseis etc, tudo traria problemas graves. é o que estamos
vivendo.
no conto "a terceira margem do rio", do rosa, um homem sobe num
barquinho reles e parte para o meio da água para nunca mais voltar. dizem que foi
o cansaço da vida em terra. outros falam do calor... alguns citam loucura. outros afirmam que era cruzeirense. não
importa. eu queria mesmo é a fonte.
quinta-feira, 4 de abril de 2024
para viver um grande quadro
[Vinícius de Moraes, 1938 – óleo – 56 x 47 cm - Portinari]
[Maria L Proença, 1938 –
óleo – 60 x 73 cm - Portinari]
durante
muito tempo, não soube que cândido portinari tinha feito retrato do poetinha. e
ainda jovem. folheando "para viver um grande amor", do
vinícius, achei uma crônica em que ele reclama com a filha susana, a posse do
quadro. ela, prestes a casar-se, levaria consigo a peça de portinari. a questão
era coerente: a nova namorada de vinícius (futura esposa) tinha sido também
retratada por portinari: maria lúcia proença. o traço do pintor traz uma
sobriedade que talvez não combinasse com ele, mas quem sabe do que se passa em
mente de artista? se susana devolveu-lhe o quadro, não sei. só garanto
que tenho um tanto de inveja desses anos 1930, 40, 50, no rio de janeiro,
por onde passaram figuraças da música, arquitetura, cinema, literatura… de
drummond a guimarães rosa, de vinícius a tom jobim... também clarice, maria martins, niemeyer, garrincha, cariocas ou não, estavam por lá, através do mundo da
política, arte ou simplesmente pela boemia. dizem que tempo bom é o que a
gente faz, então me acalmo… daí, não penso mais em um retrato meu, feito por
portinari… difícil. primeiro, o pintor está morto; segundo, vinícius não me emprestaria a camisa rosada.
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[ supreenda-se com uma personagem de lobato no meio de tudo ]