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Mostrando postagens com o rótulo educa

escola precisa olhar mais para a rua

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     [ carlos ruas ] numa certa altura do  sermão da sexagésima, pe. vieira ilumina : " se o lavrador semeara primeiro trigo, e sobre o trigo semeara centeio, e sobre o centeio semeara milho grosso e miúdo, e sobre o milho semeara cevada, que havia de nascer? uma mata brava, uma confusão verde ". é o século 17, só pra constar. em toda escola que se quer consistente, há conselhos, reuniões, balanço geral pedagógico sobre o que cada área fez, quais resultados esperados, como foram os pesos das provas e se alguma área arriscou métodos diferentes de avaliação, além do famoso lápis com papel. todos temos o que dizer a respeito de rendimento e objetivos a se alcançar, quando saímos de uma sala de aula... há de haver reuniões, há de haver balanço. e autoavaliação. claro está que a escola precisa também olhar para a rua e fomentar, em sala de aula, questões a respeito do óbvio: racismo, moradia, orientação sexual, violência contra mulher, necessidades da comunidade em que e...

para salvar povo brasileiro

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   SALVAR DA INDIGÊNCIA CULTURAL - - livros de história - - livros de literatura - - livros de ciência - - orientação sexual - - combater violência de qualquer ordem   CONTRA IGNORÂNCIA E NEGACIONISMO - - escolas estruturadas - - professor(a) assistido(a) - - comunidade integrada à escola - - interpretação de texto - - cesta básica - - povo vacinado e esclarecido - - eleger quem apoia tudo isso - -

educação sempre liberta -- principalmente na escola

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                                                  [ imagem clichê pra atrair mais gente ] não existem duendes que atacarão seu pudim de leite, assim como inexistem fórmulas mágicas para melhorar a vida de estudantes, em sala ou fora dela. quando a questão é deficiência de aprendizado, muito se lê sobre desatenção, timidez ou livros com poucas figuras. pode ser, pode não ser. e a avaliação, como vai? e a relação professor(a)-estudante  existe? numa viagem sem planejamento, todo motorista é cego.  cego ou aventureiro.  penso assim: reuniões  entre áreas;  canal aberto, direto entre professores e direção, entre professores e coordenadores de nível (médio/ fundamental). existir avaliação de todo corpo docente e direção. toda a comunidade precisa estar ciente das metas e objetivos das aulas de cada matéria. quando tudo se ...

maçã na mesa de professor não mata fome de verdade

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  maçã, na mesa do professor é imagem gasta mas infelizmente duradoura, na rotina iconográfica das escolas. maçã caiu na cabeça de newton, dizem os românticos. pura lenda. pouca gente acredita nisso.  isaac tinha mais o que fazer do que ficar debaixo de um tufo de folhas, comido por formigas, alvo de uma maçã, provavelmente podre, em sua testa glabra.  claro que vou lembrar o "gênesis", da bíblia, a quem a maçã é símbolo de pecado, prazer e sabedoria. mas isso é outra conversa. o que é um professor? o emissor de conhecimentos? pessoa que garante a disciplina da sala? o chato que não dá nota boa? há muito desrespeito com educadores, sim senhor! nas escolas é preciso fazer provocação sim, fazer perguntas sobre a vida cotidiana, desde como economizar água, até o caminho para as próximas eleições, sem melindres.  professor é herói sim e precisa ser agregador. contudo, há solidão demais no processo educativo, porque os professores pouco falam entre si. só a maçã não ...

união pela educação é sobrevivência do país democrático

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converso com estudantes, colegas, nesse mundo da educação. sou professor de ensino médio e pré-vestibular. em 2021, serão 35 anos em salas de aula.  a idade e a diversidade de escolas, me fizeram conhecer muita gente e suas realidades. para não me alongar: o estudante, no brasil, nunca foi protagonista. o tipo de ensino ainda é estilo jesuítico, ou seja, um fala, os demais escutam e têm de agradecer. quase nunca podem questionar. e o que for diferente disso é exceção. nesta pandemia, em 2020, fica claro que o jogo virou para o aluno. o esquema de estudo via internet torna o estudante protagonista porque ele pode, agora sim, decidir por ficar ou não diante da tela que transmite a aula. é dele o controle. o sistema de interação escola-estudante está capenga. já disse meu amigo joão ardoino que nosso sistema educacional equivale a uma parede mofada. tentamos pintar, mas logo o mofo retorna... precisa limpeza. raspar. começar de novo. começa por melhorar a aula.  não vo...

capítulo 4 versículo 3 - racionais mc's

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racionais mc's sobrevivendo no inferno, 1997 a letra de capítulo 4 versículo três mostra mais de um gênero literário, além, claro do lírico. relatório e o litúrgico  são apresentados números da violência e exclusão social "60% dos jovens de periferia Sem antecedentes criminais Já sofreram violência policial A cada quatro pessoas mortas pela policia, três são negras Nas universidades brasileiras Apenas 2% dos alunos são negros A cada quatro horas um jovem negro morre violentamente em São Paulo (...)" há momentos em que a letra se liga a discurso religioso "E ah profecia se fez como previsto (1997) depois de Cristo a fúria negra ressuscita outra vez Racionais, capitulo quatro versículo três (...) Irmão o demônio fode tudo ao seu redor Pelo radio, jornal, revista e outdoor Te oferece dinheiro, conversa com calma Contamina seu caráter, rouba sua alma  (...)" existe o desabafo, existem pequenas narrativas sobre vida na periferia arranjo d...

entre a educação e a barbárie

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sim, abril de 2020, dia 20. mais um dia de quarentena. já começou uma movimentação pelo retorno do comércio e outras atividades, pelas cidades. tomara que não vingue, neste mês, pelo menos.  houve manifestação, em s paulo, neste fim de semana, pregando que vírus covid-19 é fraude, uma invenção.  as mortes, segundo as gentes, são causadas por h1n1. terrível. difícil pedir coerência a quem é ignorante e quer continuar na treva. a ciência tem exposto à exaustão hospitais sem leito, covas anônimas, choro, solidão, horror. mas há quem faça manifestação pelo retorno às ruas.  são ambiciosas,  dinheiristas, incapazes de compreender o que vai adiante do nariz.  como é claro de onde vem a indicação da quarentena, a insensatez ataca cientistas, meios de informação e até o governador igualmente de direita por causa do isolamento que se prolonga.  para azar dessa gente, o governo federal brasileiro é também de extrema direita e, com medo do impeachment,...

interdisciplinar e feliz

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rosana hermann nunca deixou a física nuclear para ser roteirista de programas televisivos. ela é multifacetada porque usa de artifícios do fazer científico para criar e reinventar histórias. é simples. em um universo em que a onda é ser específico e saber seu nicho, vai aqui mais uma figura que, a meu ver, expõe o óbvio: não existe diferença entre "exatas", "humanas" e "biológicas" como ingenuamente repetem como mantra muita gente que está na educação, como numa sala de visita alheia e nunca tocou em nada. a divisão em plataformas é o pior do fordismo... se é que há algo de bom nisso, enfim. há exceções, eu sei, eu sei... mas, exceção não é regra.  e enquanto uma entrevista sobre alguém feliz com o que faz continuar causando impacto, espanto, é porque muita coisa está errada. a entrevista é de 2017. não sei quanto tempo esse vídeo suporta ficar público, acessível, enfim, mas vou insistir e divulgar.

capivaras com sobrenome

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leio o interessante " enfim, capivaras ", da luisa geisler, gaúcha, premiada e aplaudida nos meio das literaturas. merecido. pesquisa rápida pela internet, vejo que uma cidade do rio grande do sul, nova hertz, expõe ao mundo nova cena de constrangimento da espécie: vereador xis vociferando contra o livro de luisa por conta de linguagem supostamente ofensiva. a escritora teria sido desconvidada de um evento para estudantes que leram seu livro. olhem, a lista de truculência e estupidez é vasta e tem nome e sobrenome: censura. criminalizar arte. perseguir intelectualidade. a gente sabe que não é "pela família", "pelas crianças" ou o raio que os parta. é criminalizar a educação, a liberdade, a criatividade e a cidadania. por quê? porque quem produz, consome ou divulga arte corre sério risco de compreender melhor o universo e, com certeza, desprezar e condenar essa gente que assume cargo público para benefício próprio. tanto quem está próximo ao ...

educação é antídoto para o medo

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uma nova revolução está pelo horizonte. o cinza e o barulho que se formam não permitem distinguir, hoje, se é o começo ou o fim de uma era. mas a situação é clara: quem possui trânsito junto a livros, laboratório, raciocínio criador e noções de trabalho em grupo devia ficar alerta.  para vencer essa onda de idiotice, ódio, ignorância e preconceito, existe a educação.  não falo aula sobre xis assunto. qualquer um faz, nem precisa diploma.  educar é a questão. muitas escolas -- geralmente as privadas -- se esmeraram no quesito aula, supostamente respaldados pelo tal vestibular. muitos desses alunos que engoliram a fórmula de  bhaskara , as razões para o fim do império romano ou as fases da meiose foram pra avenida paulista, recentemente, aplaudir pato amarelo e eleger jair bolsonaro.  sim, é preciso ir direto ao ponto. não se trata de criticar quem tenha opinião diferente da minha, não é isso. é condenar o apoio ao fascismo, à violência, à ...