segunda-feira, 25 de novembro de 2019

artigo de opinião




NOÇÕES GERAIS


artigo de opinião é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual.

texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis.

característica deste tipo de gênero textual é a persuasão, que consiste na tentativa do emissor de convencer o leitor, a adotar a opinião apresentada

O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar.

PRODUZINDO

a) linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor

b) tese clara
c) argumentos podem usar como fonte as impressões do autor



quarta-feira, 20 de novembro de 2019

vestibular fuvest tem a cara de angústia e quincas borba




sim, domingo, 24 de novembro, tem mais vestibular
FUVEST

a quem interessar possa

os livros "angústia" - graciliano e "quincas borba" - machado, têm minha preferência para este primeiro round

dois romances de caráter crítico
o primeiro, modernista, década de 1930; o segundo, realista, final do século 19.

temas ?
veja :


  • interrupção da gravidez
  • loucura
  • ascensão social via relacionamento amoroso
  • existencialismo
  • coronelismo
  • comunismo



fica a dica - veja mais sugestões !




terça-feira, 12 de novembro de 2019

constituição pisoteada é penúltimo passo para golpe institucional



a eleição que empossou esse grupo mal-intencionado no poder, em janeiro 2019, é a maior catástrofe, desde a quartelada de 31 de março de 1964. uma tragédia que aponta para o desmanche da educação -- já anêmica -- nesse período de ditadura militar.
esse grupo eleito em janeiro 2019 pratica a pior política porque oficializam a mentira, demonizam a miséria e perseguem -- para matar -- quem pensa diferente ou, simplesmente, critica as posturas neofascistas dessa gente.
sangrar ministério ligado a arte e educação, liberar agrotóxicos, flexibilizar uso de armas, apoiar outros governantes (como no rio e s paulo) que usam da polícia para matar suspeitos e não suspeitos de delitos, como se isso fosse a salvação do planeta. no episódio do carandiru, em 1992, foram 111 mortos em poucas horas. polícia militar entrou para o extermínio daqueles que a sociedade branca rotulava de escória e vagabundos. serviu pra quê? nada. criminalidade não diminui porque o estado tem fuzis. na verdade, o que essa comunidade branca queria era só exterminar gente pobre e de maioria negra. carandiru foi demolido e pouca gente cumpre pena pelo massacre.
agora, em novembro 2019, um juiz em itajaí, santa catarina, acaba de liberar grupos nazistas que comemoravam aniversário de hitler espalhando cartazes pela cidade! isso mesmo. o juiz atende por augusto césar. não é ironia. veja notícia abaixo. augusto césar aguiar, da 1a vara.

a plataforma desumana que brasileiro brincalhão deseducado elegeu dá aval a essas duas ações: exaltar racismo, através da imagem de hitler, e permitir que um juiz faça contorcionismo e pisoteie a constituição liberando injúrias. é distopia pura. é o caos.

de novo: a saída é a educação. só ela salva. criar um senso de pertencimento e respeito à ciência. valorizar cidadania. mais do que aprender quando usar crase ou fazer regra de três. a escola deve proporcionar ambiente para empatia e construção de cidadania. pode-se usar outra via, como a digital para espalhar humanidade: podcast, youtube, manifestação na rua, atividades cívicas para o bem comum, como caminhada ou corrida pela bairro arrecadando alimento, agasalho etc. 
esse não é um artigo para o blog. é pedido de socorro.



segunda-feira, 11 de novembro de 2019

2019: vestibular unicamp terá reacionário e progressista








nelson rodrigues e guimarães rosa. de um lado, o conservadorismo de direita, e de outro, uma apelo à raiz do brasileiro que nasceu no sertão, primeiro como índio -- isso não está sem "sagarana" -- depois vieram bandeirantes e o resto a gente conhece: coronéis, escravidão, cangaceiros....

vale a pena ler e pensar "a hora e a vez de augusto matraga" por esta canção de geraldo vandré
matraga morre e melhora a vida de mimita e dionora -- no mínimo
"você que não entendeu" ... é um chamamento àquilo que se viu em "sobrevivendo no inferno" (racionais): bíblia véia e pistola automática ("gênenis"). é um chamamento à prontidão para defesa

os tempos são sombrios... muita gente, de verdade, faz pose de "bem-bem" ... mas...

nelson publica mais de oitenta crônicas cujo foco é o rio de janeiro dos anos 1960, 50 e 40, basicamente

critica o progresso, a evolução da postura feminina dentro da sociedade e, claro, critica dom hélder câmara, arcebispo do brasil, na época, a quem chama de "ex-católico"

enfim, fiz uma arriscadíssima lista ideológica e visceral só pra divertir
é a lista de autores para prova unicamp, novembro 2019

se não concordar, faça a sua e bota nos comentários aí

nelson rodrigues  - - direita

machado de assis  - - centro direita

carolina de jesus - - oprimida

racionais mc's  - - esquerda cristã

érico veríssimo - - esquerda

padre vieira  - -  moralista

camões  - - isentão

guimarães rosa - - progressista

ana c cesar  - - centro

dias gomes  - - esquerda

josé saramago - - marxista

julia lopes - - progressista


domingo, 3 de novembro de 2019

o cortiço - teste múltipla escolha






Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
Os sinos da vizinhança começaram a badalar.
E tudo era um clamor.
A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca. Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas.

[AZEVEDO, Aluísio. O cortiço, ed Moderna]

Em O cortiço, o narrador está em terceira pessoa, onisciente, preocupado em oferecer uma visão crítico-analítica dos fatos. A sugestão de que o narrador é testemunha pessoal e muito próxima dos acontecimentos narrados aparece de modo mais direto e explícito em:

a) Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo.

b) Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.


c) Da casa do Barão saíam clamores apopléticos.


d) A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa.


e) Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada.


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resposta 
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E

[ a palavra "cá" indica o local de onde parte o discurso do narrador ]