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proibir celular em sala de aula sem debate é absurdo

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  ideia trazida de um dos países mais conservadores do ocidente -- os estados unidos -- uma bolsa que tranca telefones celulares de estudantes, nas escolas, está em vigor, por aqui. olhem, é tremendo erro proibir celulares sem educar. mas isso é coerente com o ritmo da nossa educação. ela sempre foi conservadora. questões como  bullying, violência contra mulher, respeito à comunidade lgbt ou mesmo o racismo, raramente entram em sala. no máximo, numas postagens em mídia eletrônica ou nas pífias reuniões com professores, antes do ano letivo começar. nossas escolas ainda respiram o ensino jesuítico do brasil colônia e império: professor é autoridade. pune. e ponto. olhem, vou insistir: não resolve proibir, porque a relação professor-estudante não irá mudar só com isso. é esta relação, aliás, que faz estudantes quererem escapulir daquele ambiente, daquela rotina. por quê? porque a maioria dos assuntos tratados em sala não corresponde à realidade de humanos jovens. há muita erudiçã...

8 de março é dia de...

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  hoje foi meu primeiro dia, na sala do curso pré-vestibular. teria sido semana passada, mas foi feriado. é o início do curso de literatura. revisão de tudo, foco nos vestibulares do fim do ano. nada de novo aí. mas calhou de ser no dia 8 de março a aula. então, abri minha caixa de ferramentas, peguei uma das mais pesadas -- o aborto -- e fui com ela pra sala.  mostrei poemas de camões, drummond, até bilac. tirinha do calvin também foi. caminho parecia seguro mesmo. quando mostrei a letra da iza, "dona de mim", já senti que seria um dia bom. a letra é de resistência, é de protesto e bem combina com esse momento em que a violência contra mulheres continua. foi ótimo ler os versos da cantora e compositora. "eu que fiquei quieta, agora vou falar" (iza). em seguida, coloquei uns títulos na tela que envolvem a questão da violência contra mulher. primeiro: "semana de arte moderna 1922" -- que remete à exposição de anita malfatti, cinco anos antes e a crítica fer...