Mostrando postagens com marcador escola. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador escola. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

proibir celular em sala de aula sem debate é absurdo

 


ideia trazida de um dos países mais conservadores do ocidente -- os estados unidos -- uma bolsa que tranca telefones celulares de estudantes, nas escolas, está em vigor, por aqui. olhem, é tremendo erro proibir celulares sem educar. mas isso é coerente com o ritmo da nossa educação. ela sempre foi conservadora. questões como  bullying, violência contra mulher, respeito à comunidade lgbt ou mesmo o racismo, raramente entram em sala. no máximo, numas postagens em mídia eletrônica ou nas pífias reuniões com professores, antes do ano letivo começar. nossas escolas ainda respiram o ensino jesúitico do brasil colônia e império: professor é autoridade. pune.
olhem, vou insistir: não resolve proibir, porque a relação professor-estudante não irá mudar só com isso. é esta relação, aliás, que faz estudantes quererem escapulir daquele ambiente, daquela rotina. por quê? porque a maioria dos assuntos tratados em sala não corresponde à realidade de humanos jovens. há muita erudição, diletantismo, nos currículos. assuntos que fariam sentido para quem já estivesse na universidade. para além de assuntos distantes da realidade, é urgente que outras ações entrem em sala também, como estas que listei acima: bullying; cidadania, política etc.

pra quem não entendeu: não prego a liberação total de uso dos tais aparelhos durante as aulas, mas sim discutir e argumentar com estudantes por que os aparelhinhos devem ficar na mochila ou desligados. precisa ser simples. muitos educadores não querem este trabalho e preferem apenas proibir. cansa.

  . . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .   .   .    .

clica pra ver matéria sobre celular proibido na escola 2024

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

ribeirão preto 1981 ensino médio

 


lembro desta foto, era novembro, últimos dias de aula. 1981,  segunda série "g", ensino médio. escola: curso oswaldo cruz, na rua américo brasiliense, ribeirão preto. falta mais gente aí, lembro fernando, katia, ligia... e outros tantos mais.
a foto: da esquerda para direita, ao fundo, francisco, eu (camisa escura) e paulo sérgio (camisa branca); no segundo degrau: taís (blusa vermelha) -- fazendo chifrinho na coleguinha --, alessandra, ivana, maria e washington; sentadas: cristiane, agnes e miriam manini (in memorian).
os nomes peguei no verso da fotografia porque, na ocasião, eu mesmo tive o cuidado de colocar.
não sei o rumo de quase todos, com exceção de miriam (falecida, 2020) e eu mesmo, por aqui, campinas, com aulas de literatura. os demais, será que viram esta foto, na época? era tão difícil -- e caro -- fazer cópias... eu gostava de praticamente todo mundo, achava tudo lindo porque também era meu segundo ano em uma escola privada, começava a gostar mesmo de escrever, embora não tão tímido quanto a maioria, nesta escadaria que era um prédio em frente à escola.
esta imagem é achado recente, em meio a memórias guardadas em caixas de papelão. entre o surpreso e o comovido, resolvi correr risco e publicar. será que verão isto?... como estarão, vocês?...

                     miriam p. manini (joaq. egydio, década 1990)

                            o verso da primeira fotografia


quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

discutir literatura de homens ou mulheres no vestibular mascara o mais importante

 


figuras importantes da literatura, por aqui, não vêem com bons olhos a escolha de uma lista de leitura composta apenas por mulheres, para o vestibular da usp (fuvest), em 2026. de certa forma, uma lista só feminina pode mascarar o machismo inerente à cultura do país, principalmente nos século 19 e 20. concorda-se.
direito reconhecido em criticar o que quer que seja, tudo certo também. agora, sinto que se dá importância demais a um exame que não pretende medir o grau de conhecimento de estudantes. se fuvest escolhe este ou aquele, esta ou aquela, não vai alterar o preço do feijão. a literatura dos homens -- excluídos da lista -- não será excluída do mundo, eles continuarão aí. vestibular é exame, não é prova. vestibular não premia o bom esudante, a boa estudante. quem passa no vestibular xis só prova que foi bem naquele tipo de exame. passar em vestibulares, por aqui, não é tarefa apenas para quem estuda muito, mas sim, quem treina aquele tipo de prova.   
repito: legal discutir literatura, machismo, racismo etc. agora, não dá pra dar tanta moral pra uma prova (fuvest) que, de fato não busca medir conhecimento de modo pedagógico. quem faz isso é escola. pelo menos, deveria fazer. vestibular é exame. exclui, elimina, não gera aprendizado de fato. compare com a prova da carteira de motorista: fazer baliza e saber ler placas de trânsito não faz da pessoa -- necessariamente -- excelente motorista. educação no trânsito é outra coisa.
essa discussão sobre mais homens ou mais mulheres, no vestibular encobre o principal: leitura na escola (ens médio e fundamental). o debate de verdade precisa morar dentro das escolas. como estão as leituras nas salas de aula?

    clique aqui e veja a lista 2026 fuvest

  . . . . . .  .  .  .   .   .    .     .






quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

cruzes

                                             

                                                                   [ bill watterson ]

há vestibulares por aqui, à minha volta. usp, getúlio vargas, federal do abc, puc, unesp, unicamp, ita e mais uma dezena de médias ou nanicas. o método é o mesmo: acertar a alternativa mágica. são as provas de múltipla escolha. nome é cruel: escolhas. são várias possibilidades, então pode-se marcar qualquer uma. dá-lhe cruzinha.  
fazer prova é tormento porque, de repente, num par de folhas de papel decidem-se anos de esforço... vestibulares aqui da região de são paulo -- que consigo acompanhar -- têm valorizado assuntos como: negritude e racismo; violência contra mulher; imigrantes e refugiados; a própria educação e afins. excelente. agora, são assuntos que geralmene passam longe de bancos escolares, principalmente rede privada. ali, o que se escolhe é um pacote de informações -- a maioria eruditas -- e isso é vendido ao estudante como o graal da prova e o possível acesso à universidade. às vezes dá certo. livros didáticos, apostilas, vídeos, resenhas, musiquinhas, recursos de memorização, tudo vale para saber o delta-esse sobre delta-tê; ou reconhecer as causas da guerra dos cem anos; o modo de escravização na grécia; estilo literário de um joão-ninguém ou a importância da vegetação na sibéria. estudantes de ensino médio, quando bons, se especializam em assuntos gerais. agora, ética, reforma agrária, violência contra mulher, interrupção da gravidez, preservar natureza em sua cidade ou a política atual quase nunca entram no baile dos debates, nas rodinhas da cantina ou na voz do cansado professor. elitizar o ensino dá frutos amargos, a gente sabe. pessoas sem fundo histórico e científico -- pra ficar em dois itens -- acabam valorizando o individualismo, a ambição, aporofobia, homofobia e por aí vai.
olhem, na interação professor-estudante-comunidade está a base da boa educação. e o que mais? isto: atividades em grupo, interdisciplinaridade, produção de texto em todas as áreas, mostras culturais, feiras de ciência, grêmio estudantil e sistemas de avaliação coerentes. ah, e interpretação de texto. muita.

  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .





segunda-feira, 23 de outubro de 2023

omissão causa morte sim: escolas agonizam

 

[ escola estadual sapopemba, s paulo, zona leste ]

mais um caso de violência em escolas, neste 2023. mais uma morte.
em abril deste ano, escrevi:  
se a criança não se sente acolhida pelo mundo adulto, a internet acolhe, óbvio. e o que fazer? proibir celular, internet? não. é ingenuidade, sinto muito. educar é mais seguro, porque tudo se esclarece quando se tem certeza daquilo com que estamos lidando. então, educadores, educadoras, por favor, tratem de questões envolvendo bullying, uso da tecnologia, funções da comunicação... não se omitam!    

                                                       - clica para ler o texto todo -

o país não sabe lidar com essa profusão de casos de violência porque culturalmente homem não fala de sentimento, nem em casa, nem na escola. em lugar nenhum. é um tabu. por isso, é necessário sim que haja profissional de saúde para lidar com a questão mental, nas escolas. a responsabilidade é também do governo do estado. claro que as escolas podem minimizar a situação na medida que educadores e educadoras tratem do tema "violência", em sala de aula. educadores e educadoras devem lidar mais com a questão das redes digitais em todos as áreas. urgente. está provado: omissão causa morte sim.


quinta-feira, 3 de agosto de 2023

são paulo tem um grande passado pela frente

 


governo do estado de são paulo, neste agosto de 2023, baixou portaria determinando que diretores devem observar aulas de professores(as) duas vezes por semana, pelo menos. a direção deve enviar relatórios à secretaria de educação. a portaria, no entanto, não diz o que será feito depois que tais relatórios chegarem à secretaria...
olhem, sabidamente, a escola é alvo da extrema-direita há séculos. a escola ou quem estuda. vide casos como giordano bruno, galileu, graciliano ramos, aracy rosa (esposa de g. rosa), rachel de queiroz, lelia gonzalez e tantos e tantas outras que ousaram usar o cérebro para melhorar vida de pessoas e transmitir conhecimento. 
questões básicas como combater o racismo, combater violência contra mulher, valorizar acolhimento e respeito à comunidade lgbt são alvo sim desse povo que se diz "por deus" ou "pela família". tenebroso. infelizmente, não é maioria que está pela democracia e educação, em são paulo. são poucos, mas precisam de apoio. principalmente educadores e educadoras.
verdade, ciência, história e arte são coluna vertebral de cidadania. se isso for cerceado -- como nas ditaduras militar e vargas --, teremos um grande passado pela frente. este governador é sim apoiado por essa gente preconceituosa, ignorante e antidemocrática. 

professores e professoras de são paulo, por favor, lutemos. 

  . . . . . . . .  .  .  .  .  .   .   .


.  .  .  . . . . . . . . . . .  .  .  .  



quarta-feira, 12 de abril de 2023

escola segura: educadores que acolhem

 



tenho conversado com colegas de diferentes escolas, entre campinas, vinhedo, amparo, valinhos e outras tantas, sobre violência nas escolas, claro. é consenso -- concordo em parte -- que não se deve dar muita corda ao tema, evita certo descontrole.
mas, podemos tratar de um assunto afim -- ou mais -- sem causar dano colateral.
neste caso, primeiro semestre de 2023, o tema é delicado: escolas em santa catarina, goiás e outras estão traumatizadas. entendo. agora, do assunto "violência" a gente pode tratar. também podemos lidar com o assunto "usos das redes sociais", assim como "relação adulto-criança" diante das novas tecnologias, tudo isso pode. devemos sim, como educadores, educadoras, tratar de questões que envolvam um mínimo de empatia e anunciem acolhimento do estudante. se a criança não se sente acolhida pelo mundo adulto, a internet acolhe, óbvio. e o que fazer? proibir celular, internet? não. é ingenuidade, sinto muito. educar é mais seguro, porque tudo se esclarece quando se tem certeza daquilo com que estamos lidando. então, educadores, educadoras, por favor, tratem de questões envolvendo bullying, uso da tecnologia, funções da comunicação... por favor. não se apequenem! não se omitam!

  . . . . . . . .  .  .  .  .   .   .


 

quinta-feira, 6 de abril de 2023

casa velha - machado de assis - resumo

                                                 

casa velha é narrativa relativamente curta, em prosa, e chamamos de "novela". o trabalho de machado saiu na revsita "estação", entre 1885 e 86.

o que tem nessa história:

rio de janeiro: 1839 é o tempo da narrativa. um casarão já antigo -- a casa velha -- com antônia, a viúva do ministro de d pedro I, no comando do lugar. há uma capela, no espaço externo.

 destaques
  padre narrador - 32 anos
  félix - filho de antônia
  antônia - viúva, dona da casa
  cláudia - 17 anos, órfã, cuidada por tia mafalda, educada na casa velha
  vitorino - moço humilde pretendente de cláudia (lalau)
  sinhazinha - futura esposa de félix

a trama : padre narrador quer escrever uma história sobre política nos tempos de pedro I. por indicação, vai até uma casa velha porque lá há documentos que podem ajudar a pesquisa, uma vez que o dono da casa, já falecido, foi ministro do rei. na casa velha, o padre desconfia de um amor entre félix (filho de antônia) e cláudia (lalau).
leitor fica sabendo que a mãe de félix não quer a relação pelo fato da moça ser pobre. por insistência na liberação da relação entre ambos, o padre acaba descobrindo -- via d. antônia -- que os jovens podem ser irmãos, porque o tal ministro teve um caso extraconjugal com mãe de lalau. os jovens tomam ciência do fato, ficam tristes, separam-se.

mais tarde, o padre faz novas pesquisas e acaba sabendo que o filho que o minsitro teve com a mãe de cláudia faleceu com meses de idade. não era lalau, então, a irmã de félix: ela já era nascida quando o caso extraconjugal do marido de antônia se deu. tudo parecia resolver-se, quando o padre descobre que antônia inventou mesmo a história da possibilidade dos jovens serem irmãos justamente para separá-los. antônia tinha noção de que lalau não era irmã de félix... o tal padre narrador tenta reaproximar os dois, mas não dá certo: a jovem prefere ficar longe da casa pois o tal ministro envergonhou sua família. fim.

   . . . . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .   .   .   .

a "casa velha" pode sim ser uma representação figurada do império brasileiro da época. existe a dona do espaço (antônia), existe o clero (narrador) e existe um pedro II querendo a maioridade (félix).
assuntos como a guerrados farrapos e a maioridade iminente do filho de pedro I permeiam a narrativa, é bom saber: eles são citados sim, daí ser relativamente fácil fazer o paralelo entre o casarão de antônia e o império brasileiro.
há uma outra questão importante, envolvendo padre narrador e sua personalidade, por conta da citação de um livro, visto dentro da casa: "storia fiorentina" e mostra uma nova visão sobre a relação do religioso com os dois jovens -- o que torna a capa do livro, no alto deste post, bem mais significativa.
agora, pra saber tudo, você precisa ver o vídeo abaixo.

sexta-feira, 3 de março de 2023

podcast do carneiro: ouça já!

 


neste primeiro podcast da vida, falo em nove minutos sobre minhas escolhas para leitura, no ensino médio. são dez minutinhos.

estou usando a plataforma do youtube

  podcast - carneiro    [ clica ]

  ouça, me diz o que achou!

-  se puder, deixe recado no ytbe, é importante
-  e, também, divulgue ! agradeço muito!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

tragédia no litoral: efeito colateral da ganância e inação política

 

                                                   [ litoral de s paulo, fevereiro 2023 ]

tragédia no litoral de são paulo, neste fevereiro 2023, está longe de ser a última. é especulação imobiliária atacando a natureza, industrialização desenfreada que ofende o ar que se respira... e por aí vai. 

dentre outros problemas, o planeta continua esquentando e se isso se mantiver, mais caótica ficará nossa vida; mais tragédias virão. existe também a tal ganância que constrói casas e prédios, destruindo o pouco de natureza que resta...

então, o que dá pra fazer:

1. poder está nas mãos das pessoas: reconhecer partidos que são a favor da ciência; que são contra o desmatamento e gostam da educação... daí, nas proximas eleições, eleger essa gente, principalmente para o legislativo: vereadores, deputados estudais e federais, principalmente,  além do senado -- pois são eles que fiscalizam e propõem leis 

2. nas escolas, o debate sobre economia de energia e busca de saídas sustentáveis ao aquecimento global devem estar na mesma prateleria onde se encontram questões do valor à democracia e combate ao racismo, ou seja, na primeira

3. apoiar sites, páginas e meios digitais que combatem fake news e são a favor dos mesmos temas do item 1 -- isso colabora para que algoritimos trabalhem nesse sentido, favorecendo o alcance desse tipo de matéria

  . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .  .   .   .   .   .

     ateão!

  clica nos endereços abaixo para a vida clarear

      radar do congresso nacional  clica

     economia de energia em casa  clica

     esquerda e direita - entenda  clica

     por uma escola acolhedora  clica

se você concorda com o que leu, por favor, divulgue o link desta postagem! agradecemos muito

sábado, 8 de outubro de 2022

dicas de leitura - ensino fundamental e médio

 



      LEITURAS PARA SALVAR O MUNDO

dentro desse mundo repleto de barbárie, há de se começar por algum lugar e, como trabalho em escolas, achei que poderia compartilhar o que pretendo fazer ano que vem com meus estudantes, todos do ensino médio.  de repente ajuda, no mínimo, a combater essa enxurrada de violência, ódio e racismo. quiçá, mudar o mundo pra melhor, de uma vez. 

 1. "a vida não é útil" (krenak) 

sugestão: 9o (fund2) e ensino médio

-- cuidar do planeta
-- relação do humano com a tecnologia
. . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .   .   .

 2. "olhos d'água" (conceição evaristo)

sugestão: ensino médio

- - pelo menos dois contos: o primeiro e mais um

-- debate sobre racismo estrutural; amor; passado da negritude

. . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .   .   .

 3. "pequeno manual antirracista" (djamila)

-- racismo institucional e estrutural

sugestão: ensino médio, 8o. e 9o. anos

. . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .   .   .

 4.  "campo geral" (g rosa)

sugestão: ensino médio 

-- família o que é; infância; ética; busca de felicidade

. . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .   .   .

 5. "o conto da ilha desconhecida" (saramago)

sugestão: ensino médio

-- busca de felicidade; rei versus povo; sonhar; coletividade; viajar

. . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .   .   .

 6. "ideias para adiar o fim do mundo", krenak

sugestão: 9o. ano e ensino médio

-- ambiente; futuro; comunidades indígenas; tecnologia

. . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .   .   .

 7. "o visconde partido ao meio" (calvino)

sugestão: 9o ano e  1a. série ensino médio

-- maniqueísmo; bem e mal; preconceito; democracia

. . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .   .   .

8. "cartola - dez sambas" (agenor de oliveira / música)

-- lirismo na literatura, desde idade média; questão social; identidade

sugestão: 8o. e 9o. anos; ensino médio

  . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .  .   .   .    .

as leituras precisam ser compartilhadas com pelo menos mais um educador, educadora... ideal era que toda classe docente, em algum momento do ano, tratasse de um tema -- pelo menos -- dentro da leitura escolhida; mesmo no caso das chamadas "exatas" é possível ter um instante pra discutir, por exemplo, como a ciência, pode colaborar para acabar com racismo, preservar mais a natureza etc. olhem, em "conto da ilha..." o tema é a busca de um lugar novo que muito bem pode estar dentro de cada um... navegar é preciso, diz um ditado luso... por isso, unir música, história e física pode tornar a leitura de saramago (item 5) algo surpreendente.  é possível sim, juntar as áreas de matemática, arte e língua portuguesa para discutir economia, poluição, mundo digital, espírito colaborativo, reciclagem... ideia não falta.
olhe, se você acha que não dá pra salvar o mundo todo agora,  a gente pode tentar salvar uma pessoa de cada vez, mês a mês, ano a ano.


domingo, 2 de outubro de 2022

luta contra barbárie continua!

 


sensacionalismo em parte da imprensa; o racismo institucional e instalações pelo país ligadas a pseudo-religiosos -- somem-se aí canais de tv que vendem reza -- colaboraram sim para expressiva votação de jair, neste primeiro turno, 2022. o atual presidente teve 43% dos votos contra 48% de lula.
olhem, figuras conservadoras e distantes de questões -- por exemplo -- ambientais, como ronaldo caiado (mato grosso), castro (rio de janeiro) ou ratinho júnior (paraná) dão o tom de como a influência dessas insituições (uma boa parte da imprensa; pseudo igrejas) atrapalha desenvolvimento de questões substantivas como natureza, fome, desemprego, democracia, ciência, arte, não-violência etc... acrescente-se a enxurrada de mentiras sobre humanidade, desde terra plana, cloroquina contra covid, comunismo no brasil e outras bizarrices nessa linha. barbárie. são as fake news a todo vapor. 
é assustador que mesmo depois das mais de 600 mil mortes na pandemia, crise dos combustíveis, as "rachadinhas" e discurso de ódio de políticos como jair não fizeram o brasileiro médio se render à realidade... e acabaram elegendo, hoje, o pazzuello, a damares, zema, o astroanauta, o eduardo bolsonaro, mourão, além de outros tantos conservadores e vendilhões para cargos no senado, congresso e governo. estarrecedor. 
volto a insistir: escolas têm chance de manter viva ideia de humanidade.
como: debatendo questões sociais, em sala de aula, desde voluntariado, horta comunitária, transporte público, poluição, orientação sexual (sim!) e acesso a informação decente ou acesso decente a informação. debatendo política nacional, lógico! também discutir respeito às diferenças; racismo; mais leitura. é a civilização com alguma chance. 

 . . . . . .  .  .  .  .   .   .   .



sábado, 1 de outubro de 2022

política não é entretenimento

                               

fernanda magnota deu a letra e publicou texto de respeito: por um brasil que não trate política como entretenimento.

coloco aqui um trecho : 
"Chegamos às vésperas da eleição presidencial no Brasil, todos de ressaca, exaustos pela exposição à tanta baixaria. (...) A culpa disso é de todos aqueles que estimulam os próprios líderes a se comportarem como apresentadores de programa de auditório. Presidente não é feito para 'mitar', é feito para conceber, negociar e implementar políticas públicas que beneficiem o interesse coletivo.(...)"
                      F. Magnotta, setembro 2022

 texto está no site uol.
política não é entretenimento - fernanda [clica]
. . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .  .   .   .   .
olhem, brasileiro, em geral, encara política com negligência, com descaso. um tanto da culpa é a postura de muitos políticos que, quando candidatos, se mostram midiáticos, palhaços, verborrágicos. não dá. mas o brasieiro já votou na xuxa (sem que fosse candidata), já votou no cacareco (rinoceronte), no tiririca, bolsonaro, pastores em geral e uma infinidade de outras figuras desprezíveis, que mereciam distância do poder público. muitos eleitores fazem isso por pura farra ou falta de estudo mesmo; e são incentivados por parcela da política que procura capturar justamente esses eleitores iletrados.
escolas brasileiras perdem excelente oportunidade de começar a resolver o problema quando fingem que nada acontece para além dos muros da sala de aula. uma pena. as públicas levam ligeira vantagem sobre as privadas, via de regra, porque podem trabalhar sobre projetos, já as privadas estão assentadas em conteúdos teóricos. em geral, estudantes saem das escolas  sabendo o que é barroco, as leis de newton, a fotossíntese e a economia na roma antiga... mas depois, elegem políticos anti-povo; elegem políticos que desmatam amazônia, que se vangloriam da corrupção. é quase um meme. é o caos.
simular eleição, explicar como funciona o congresso, mostrar do que o país necessita e qual seu papel na onu, por exemplo, são ações tão básicas quanto existência de bebedouro no corredor ou banheiro no fim dele. tratar de temas da política local, do bairro onde a escola se insere também deveriam nortear os princípios da boa educação. 
passou da hora das escolas tratarem de questões substantivas assim como tratam da vida no egito antigo ou como se forma a palavra sambódromo.



sexta-feira, 16 de setembro de 2022

democarcia, vera magalhães e a eleição de 2022

 

milly lacombe, mais uma vez, deixando claro o mundo atual:

"Vera Magalhães virou alvo da violência Bolsonarista. Não são lobos solitários que investem contra o corpo e a dignidade da jornalista. São agentes bem orientados por um tipo de lógica de morte que há mais de quatro anos controla esse país em todos os níveis. O Bolsonarismo precisa da violência de gênero como um vampiro precisa de sangue. Esse é um dos pilares que estruturam a sociedade que bolsonaristas querem erguer (...) Nesse projeto de sociedade, florestas viram pó, corrupção está liberada (chamam rachadinha que é para não assustar), pessoas negras não apitam muito, LGBTQs podem morrer porque não fazem falta. Nessa sociedade, a lógica é miliciana do começo ao fim. Vera Magalhães foi escolhida por essa turma covarde para virar, literal e simbolicamente, o rosto do inimigo (...)[ portal UOL ]

clique para ler o texto todo de milly

olhem, esse atual governo (2019-22) já causou muita trinca na vida brasileira, muita vergonha em que tem mais de um neurônio, por isso, esse tipo de governança precisa acabar. precisa acabar não porque seja uma opinião minha, mas é defesa de humanidade. 
vejam que mesmo vera magalhães, em passado recente, fez deboche da violência sofrida pela ex-ministra damares, além destilar escárnio sobre  a visita de lula ao velório de sua então esposa marisa. claro, nada justifica a violência por ela sofrida. registro isso pra que se tenha ideia do estado de horror e violência em que nos encontramos.
o que fazer: não se deixar contaminar pelo discurso de ódio; não compactuar com quem faz campanha pelo armamento de civis; valorizar o debate sobre atualidades, nas escolas; divulgar ações a respeito do meio ambiente, a respeito da democracia; apoiar candidatos de partidos que são a favor da educação e respeito à diversidade... juro, não é difícil.
vejam, a questão não é votar no fulano, na fulana, mas sim saber a qual plataforma pertencem... porque são os princípios do partido que valem na hora de votar ou barrar projetos, nas assembleias estaduais e na federal, em brasília.
então, sabendo qual é a plataforma (
partido) do candididato ou candidata fica simples perceber se vale a pena ou não apoiar.

terça-feira, 10 de maio de 2022

beethoven do barulho

 

                                                                             [ beethoven 1770-1827 ]

meus alunos das segundas séries, ensino médio, têm tarefa auditiva, neste bimeste: ouvir  beethoven e arriscar conhecer apelo "romântico" na sinfonia mais famosa do alemão. 
apresentada pela primeira vez, em 1824, austria, a sinfonia n.9, de ludwig van beethoven, corre o planeta pois marca um apelo à harmonia do gosto popular, para época, e vai durando até agora. muita gente se refere à obra simplesmente como a “nona”. som retumbante, passagens em modo “piano” e “alegro ma non troppo” dão ao ouvinte a sensação de aventura e algum dinamismo.a  passagem mais conhecida está no quarto movimento. a sinfonia também é conhecida como “coral”.  apesar do quarto movimento ser o mais famoso, o segundo dá o caráter tenso da obra, com velocidade, cordas, sopro e percussão.prevalece um certo tumulto de tom aventureiro e heróico, durante a obra, uma necessidade de mostrar a grandiosidade do ser humano, vivendo em sociedade e buscando a elevação divina. sobra o sonho de um mundo com as pessoas unidas. hoje isso é clichê. na época, era romantismo.na parte final, o tom agudo do coro marca a necessidade de ascensão, homens, amigos, unidos junto ao criador.imerso na surdez, a obra é a última do compositor que ficou praticamente todo o ano de 1823 ocupado em sua construção. uma espécie de síntese de obras clássicas passadas, a “nona” remete o ouvinte também a um futuro talvez grandioso, como se percebe pela união do poema de schiller aos acordes de beethoven.


domingo, 27 de fevereiro de 2022

para salvar povo brasileiro


   SALVAR DA INDIGÊNCIA CULTURAL

- - livros de história
- - livros de literatura
- - livros de ciência
- - orientação sexual
- - combater violência de qualquer ordem

  CONTRA IGNORÂNCIA E NEGACIONISMO

- - escolas estruturadas
- - professor(a) assistido(a)
- - comunidade integrada à escola
- - interpretação de texto
- - cesta básica
- - povo vacinado e esclarecido

- - eleger quem apoia tudo isso - -

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

já é fevereiro de 2022 - combater o negacionismo

 

os casos de ômicron, gripe influenza e outras doenças respiratórias estão aumentando. negacionistas são -- em boa parte -- responsáveis por essas contaminações. 
dados do governo do estado e da imprensa, em são paulo, dão conta de que a maioria das internações -- janeiro e fevereiro, 2022 -- é causada por falta de vacina ou, no mínimo, imunização com uma dose apenas. é o horror da ignorância e a falta de políticas claras quanto a frequência de não-vacinados em determinados locais. 
combater o negacionismo é urgente! 
divulgue campanhas de vacinação e oriente crianças, principalmente em escolas. vacinação salva vidas. quem não toma está ficando doente e morrendo. pior: contamina outros.

- USAR MÁSCARA (corretamente - cobrir nariz ao queixo)
- HIGIENIZAR AS MÃOS
- NÃO AGLOMERAR
- ÁLCOOL 70
- VACINAÇÃO

no estado de são paulo haverá fiscalização quanto a vacinados em escolas públicas, já neste semestre. escolas exigirão comprovante de vacinação, neste ano. é pouco, mas importante. é preciso dar respaldo a empresas em geral (restaurantes, escolas, casas de eventos, lojas, hotéis etc) para que possam não receber pessoas sem vacina.
as mortes estão aumentando neste início de 2022.
infelizmente, era previsto. 

 PRECISAMOS AGIR: VALORIZAR CIÊNCIA E A EDUCAÇÃO!


quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

educação sempre liberta -- principalmente na escola

 

                                                [ imagem clichê pra atrair mais gente ]

não existem duendes que atacarão seu pudim de leite, assim como inexistem fórmulas mágicas para melhorar a vida de estudantes, em sala ou fora dela. quando a questão é deficiência de aprendizado, muito se lê sobre desatenção, timidez ou livros com poucas figuras. pode ser, pode não ser. e a avaliação, como vai? e a relação professor(a)-estudante existe?
numa viagem sem planejamento, todo motorista é cego. 
cego ou aventureiro. 
penso assim:
reuniões entre áreas; canal aberto, direto entre professores e direção, entre professores e coordenadores de nível (médio/ fundamental). existir avaliação de todo corpo docente e direção.
toda a comunidade precisa estar ciente das metas e objetivos das aulas de cada matéria. quando tudo se expõe, no início do ano, todos ganham. dar voz ao aluno é básico. não há quem suporte meia dúzia de aulas apenas anotando e ouvindo. o professor deve interagir com sua sala, transmitindo um mínimo de segurança, baseando seus conceitos na ciência e na cidadania. tratar de temas como ética, gênero, democracia e saúde é dever de todos.
não deve haver prato proibido no restaurante da educação.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

maçã na mesa de professor não mata fome de verdade

 


maçã, na mesa do professor é imagem gasta mas infelizmente duradoura, na rotina iconográfica das escolas.
maçã caiu na cabeça de newton, dizem os românticos. pura lenda.
pouca gente acredita nisso. isaac tinha mais o que fazer do que ficar debaixo de um tufo de folhas, comido por formigas, alvo de uma maçã, provavelmente podre, em sua testa glabra. claro que vou lembrar o "gênesis", da bíblia, a quem a maçã é símbolo de pecado, prazer e sabedoria. mas isso é outra conversa.
o que é um professor? o emissor de conhecimentos? pessoa que garante a disciplina da sala? o chato que não dá nota boa? há muito desrespeito com educadores, sim senhor!

nas escolas é preciso fazer provocação sim, fazer perguntas sobre a vida cotidiana, desde como economizar água, até o caminho para as próximas eleições, sem melindres. 
professor é herói sim e precisa ser agregador.
contudo, há solidão demais no processo educativo, porque os professores pouco falam entre si. só a maçã não alimenta.