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segunda-feira, 3 de março de 2025

em nome do cinema e do país: ainda estamos aqui


"Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir... Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro" 

[W Salles, março 2025, diretor de Ainda estou aqui]

 veja o que mais disse w salles - clica aqui

sim, é o filme de salles sobre o assassinato e tortura de rubens paiva (1971) -- pela ditadura militar -- que venceu mais uma premiação: oscar de melhor filme estrangeiro, 2025, nos estados unidos. o prêmio acadêmico e o reconhecimento público são a unanimidade que todo artista quer. poucos conseguem. elis regina, tom jobim, clarice lispector, fernanda montenegro, milton nascimento, guimarães rosa, antônio lisboa (aleijadinho), carolina de jesus e mais dois ou três. e agora, "ainda estou aqui" com a impagável fernanda torres interpretando eunice paiva, viúva de rubens. 

o filme é um libelo contra censura, tanto aquela dos 21 anos de ditadura (1964-85), como a sofrida entre 2018 e 2022: época de tentativa de desmonte de nossa arte. o filme é um grito de justiça, apelo à memória e valorização da história de resistência por que passaram e passam brasileiros em geral, ante a ambição e o autoritarismo da casa grande, desde cabral. desde cabral estamos nos defendendo. há brasileiros e brasileiras que, por dilemas acadêmcos (caráter), reproduzem discurso de ódio contra nossa tradição cultural. este filme é um levante contra a ignorância. é um pedido para que continuemos estudando para não repetir atrocidades de passados distantes e não tão distantes. parabéns, salles, marcelo paiva, selton, fernanda, fernanda-mãe e a todos os que continuam se emocionando com arte que impacta e acolhe.



 obrigado!




domingo, 5 de janeiro de 2025

não passe pela direita

 

[ stefania, bril - são paulo, 1974 ]

foto da stefania bril, em 1974, do elevado "costa e silva" -- o general ditador, que bancou o AI - 5, dentre outras atrocidades.

conhecido como minhocão, ele foi rebatizado "joão goulart", tempos depois.

a foto, hoje, é tragicamente poética. e necessária. 
para frear a sanha ambiciosa e violenta desta extrema direita é necessário algo simples: votar. daí, fica mais fácil respirar.
basta reconhecer, em sua cidade, políticos (homens, mulheres) que apoiem a natureza, educação e democracia. o básico!

então, eleger essa gente! 

no dia da eleição, lembrar que política é do povo e para ele, e não um prêmio pra supostas celebridades.





sexta-feira, 29 de março de 2024

lembrar para não repetir - 31 de março

 

                                                                    arte : caio gomez

o golpe militar, no brasil, aconteceu em 1964. faz tempo... deposto presidente joão goulart, em primeiro de abril tínhamos novo presidente, agora general. começou um período horripilante em nossa história, com tortura, mortes, censura e o fim do voto direto à presidência, dentre outras privações. a coisa toda durou mais de vinte anos e ainda ecoa. é importante relembrar. é importante tratar do assunto sim, principalmente, na escola. indico os filmes "pra frente brasil" (1983) e "zuzu angel" (2006), para ficar em dois, retratam com maestria o período. agora, há um outro, mais poético – se  cabe poesia aqui – é "o ano em que meus pais saíram de férias" (2006), de cao hamburger, cuja narrativa se passa no primeiro semestre de 1970, já no governo médici. parte das filmagens se deu em campinas, são paulo. é o último filme de paulo autran. nele, o jovem mauro, uns oito anos, espera os pais voltarem, foragidos que estão em função da ditadura. duas imensas expectativas se apoderam do garoto: a volta dos pais e poder assistir, pela primeira vez, a seleção masculina de futebol, na copa do mundo, pela televisão. lembrar pelé, tostão, rivellino e companhia, necessariamente, é saudar também outros heróis, anônimos ou não, que morreram ou foram torturados em nome da liberdade civil.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

o meu amigo pintor - veja!

 

obra maiúscula de lygia bojunga

narração em primeira pessoa: cláudio, onze anos

época: ditadura militar, no brasil

garoto conta sobre sua relação com o vizinho artista plástico e como lidou com a morte deste seu parceiro de gamão.

saiba mais, veja-me!



quinta-feira, 21 de julho de 2016

a maldição do preconceito (escola sem partido)






os tais homofóbicos, que cultuam a cultura do estupro, racistas e intolerantes em geral já descobriram que quanto mais se estuda, mais se quer conhecer o movimento da humanidade e, por isso, a tendência é busca de harmonia, de paz, de vida coletiva, conhecido vulgarmente como "bem-comum". 
a direita que sustenta a ideia de que pode haver escola sem ideologia se mostra uma aberração sem tamanho. não existe situação de troca de ideias em que não haja caráter ideológico. e nem digo que o tal caráter deva ser "de esquerda" ou "direita". 
quando se ataca a escola supostamente partidária o alvo é o discernimento. o alvo é poder de argumentar. quem não argumenta, deixa para outros fazerem. quem não lê, precisa acreditar no que outros dizem. é o que ocorre exatamente com o crescimento da bancada evangélica, no congresso, em sua maioria conservadora e nunca apresentaram projetos sociais que defendessem a população brasileira como um todo. ela é manipuladora. usa do nome dos mitos (no caso o deus cristão) para amealhar votos e ludibriar fiéis. além de tudo, são, hoje, golpistas.
não é possível que se esteja discutindo proibição de pensamento, em pleno século 21. a democracia facilita a manifestação de todo mundo, inclusive os de extrema-direita. agora, é de uma burrice tamanha que se queira discutir formalmente a censura, em escolas, quando o que se tem dentro delas é justamente o debate e o pensamento crítico. como dar aula de história sem condenar o nazismo? como ler "navio negreiro" (séc 19) sem falar do racismo de hoje? o que será das aulas de literatura ou história, filosofia, ciência, tudo, com essa merda de projeto?
"o primo basílio"por exemplo, será apenas um romance sobre adultério? -- e por isso vai ser banido das escolas, ahã --, assim como "dom casmurro"? e "hamlet"? e "othelo"? felizmente, mesmo que o projeto passe, duvido que alguém de direita consiga ler literatura sem dormir na segunda página de qualquer livro. apoiar um projeto desses é vergonhoso. 


pedras no sapato

  no livro " f elicidade ", gianetti expõe que no século 18, o período iluminista apresentava uma equação que pressupunha uma harm...

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