dom casmurro
romance do século 19, quase tão famoso quanto arroz com feijão.quanto custa ? clica abaixo e escolha!
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criação arte: carlos h carneiro
na
crônica "sobre morte e morrer", machado registra: "qualquer
de nós teria organizado este mundo bem melhor do que saiu". é a
primeira linha. queria ter escrito isso, embora todo mundo diz tal
coisa com outras palavras, gestos ou até silêncio. organizar
o mundo é necessário, a começar pela vida própria. e pensar na morte esvazia um
pouco a ansiedade, acreditem. dá ideia de que algo pode ficar como legado. algo bom ou ruim, não importa. falando nisso, mortes na literatura: pode-se
começar por aquela quase suave em "iracema"; ou a sanguinolenta de
"a hora a e a vez de augusto matraga" ou ainda a intensa de madalena,
em "são bernardo". há outros tantos textos que passam pelo assunto
“morte”, como em "o cortiço" (efeitos da miséria), "noite na
taverna" (efeitos do álcool) ou "nove noites" (efeitos da
angústia).
numa
outra crônica "considerações sobre o suicídio", o mesmo machado
dispara: "(...) a questão do suicídio é antes resolvida no sentido da
fraqueza que no da coragem. é um problema psicológico fácil de tratar entre o largo do machado e o da carioca. se o bond for elétrico, a solução é achada em
metade do caminho".
discordo. quem bota fim na existência tem muita coragem.
uma
pilhéria ácida esse machado de assis (1839-1908).
* o nome "largo do machado" faz referência ao oleiro andré machado que, no século 18, era dono de terras no lugar
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casa velha é narrativa relativamente curta, em prosa, e chamamos de "novela". o trabalho de machado saiu na revsita "estação", entre 1885 e 86.
o que tem nessa história:
destaques:
padre narrador - 32 anos
félix - filho de antônia
antônia - viúva, dona da casa
cláudia - 17 anos, órfã, cuidada por tia mafalda, educada na casa velha
vitorino - moço humilde pretendente de cláudia (lalau)
sinhazinha - futura esposa de félix
a trama: padre narrador quer escrever uma história sobre política nos tempos de pedro I. por indicação, vai até uma casa velha porque lá há documentos que podem ajudar a pesquisa, uma vez que o dono da casa, já falecido, foi ministro do rei. na casa velha, o padre desconfia de um amor entre félix (filho de antônia) e cláudia (lalau).
leitor fica sabendo que a mãe de félix não quer a relação pelo fato da moça ser pobre. por insistência na liberação da relação entre ambos, o padre acaba descobrindo -- via d. antônia -- que os jovens podem ser irmãos, porque o tal ministro teve um caso extraconjugal com mãe de lalau. os jovens tomam ciência do fato, ficam tristes, separam-se.
mais tarde, o padre faz novas pesquisas e acaba sabendo que o filho que o minsitro teve com a mãe de cláudia faleceu com meses de idade. não era lalau, então, a irmã de félix: ela já era nascida quando o caso extraconjugal do marido de antônia se deu. tudo parecia resolver-se, quando o padre descobre que antônia inventou mesmo a história da possibilidade dos jovens serem irmãos justamente para separá-los. antônia tinha noção de que lalau não era irmã de félix... o tal padre narrador tenta reaproximar os dois, mas não dá certo: a jovem prefere ficar longe da casa pois o tal ministro envergonhou sua família. fim.
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[ visconde de mauá, 2010, foto do autor ]
comecei a escrever "abolição via vargas" em fins de março, 2021.
é um romance.
a história nasceu por conta de exercícios terapêuticos, durante sessões de análise.
empolgado com os resultados, juntei pedaços desses textos e desenvolvi uma trama.
mais ou menos assim: narrador personagem sai do local de trabalho apenas uma vez por semana, passeia pela cidade.
o cenário é campinas.
um certo domingo, passando pela rua barão de jaguara, e leitor fica sabendo fatos sobre o maestro carlos gomes, cuja estátua ali se encontra.
figuras como bierrenbach e santos dumont (que morou na cidade) tornam-se destaques, assim como o francês hercules florence.
não vou estragar a leitura dando corda e clarear o conflito.
você precisa ler.
mas adianto: além dos gajos citados acima, a deusa iara, machado de assis, luisa xavier de andrade, miguel do carmo, índia moema e washington luiz são figuras igualmente essenciais para a trama toda.
quando sai o romance?
dezembro 2021, via amazon e clube de autores.
revisão da amiga professora ana dias vitale
aguarde!
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