Mostrando postagens com marcador ribeirão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ribeirão. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

ribeirão preto 1981 ensino médio

 


lembro desta foto, era novembro, últimos dias de aula. 1981,  segunda série "g", ensino médio. escola: curso oswaldo cruz, na rua américo brasiliense, ribeirão preto. falta mais gente aí, lembro fernando, katia, ligia... e outros tantos mais.
na foto: da esquerda para direita, ao fundo, francisco, eu (camisa escura) e paulo sérgio (camisa branca); no segundo degrau: taís (blusa vermelha) -- fazendo chifrinho na coleguinha --, alessandra, ivana, maria e washington; sentadas: cristiane, agnes e miriam manini (in memorian).
os nomes peguei no verso da fotografia porque, na ocasião, eu mesmo tive o cuidado de colocar.
não sei o rumo de quase todos, com exceção de miriam (falecida, 2020) e eu mesmo, por aqui, campinas, com aulas de literatura. os demais, será que viram esta foto, na época? era tão difícil -- e caro -- fazer cópias... eu gostava de praticamente todo mundo, achava tudo lindo porque também era meu segundo ano em uma escola privada, começava a gostar mesmo de escrever, embora não tão tímido quanto a maioria, nesta escadaria que era um prédio em frente à escola.
esta imagem é achado recente, em meio a memórias guardadas em caixas de papelão. entre o surpreso e o comovido, resolvi correr risco e publicar. será que verão isto?... como estarão, vocês?...

             miriam p. manini (joaq. egydio, década 1990)

                    o verso da primeira fotografia


terça-feira, 26 de outubro de 2021

altino arantes 543

 

  
                              [um dos poucos buracos no mundo com memória ]

em frente a casa de meus pais, em ribeirão preto, havia um terreno grande, com uns buracos cheios de formiga e pequenos lagartos cinza e verde, alvos perfeitos para nossas pedradas. era o começo dos anos 1970. chamávamos um dos buracos de "base". eu e irmão renato íamos pra lá e olhávamos o mundo de outro jeito, pelo menos de baixo pra cima.
brinquei ali na rua altino arantes, com dimas, roque (um cachorro preto e branco), jussara, quenia e mais uns outros moleques de uma vila, na mesma quadra. do cachorro, na verdade, eu tinha medo, mas não faz diferença agora.

as pessoas perdi com o tempo; a "base" não existe mais porque demoliram o terreno, que agora se chama "conjunto de casas". aliás, várias casas, nessas últimas décadas foram feitas sobre nossa base. já tive vontade de voltar pra lá, tempos atrás, meter-me num buraco, qem sabe de repente sairia como personagem de livro de guimarães rosa. ele gostava de um furo no chão, uma vereda escura... mas rosa já morreu e buracos não costumam ter memória.
um dia ainda caio em um.
todos caem.

-- -

siga-nos  @carneiro_liter