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sexta-feira, 30 de junho de 2017

lô borges & clube da esquina





música que faz história da mpb.
marcio borges, lô borges, toninho horta, telo borges, flávio venturini, nivaldo ornelas, ronaldo bastos, milton nascimento, fernando brant, beto guedes e tantos outros que, desde a década de 1960 ilustram nossa cultura com universalidade, assim como a bossa nova e o samba.

show em campinas, 2017. no sesc.

saber mais ?

assista-me!




quarta-feira, 28 de junho de 2017

conversa de bois




nunca me interessei pelo que os bois conversam. se é que conversam...
nunca vi, pra ser sincero, um grupo desses quadrúpedes batendo boca sobre a maciez da grama ou o futuro das expedições intergalácticas.
imagino que bois se entendam. admiro pessoas que repetem ditado popular mais ou menos assim: quanto mais conheço os homens, mais gosto dos bichos. acho terrível. bicho é bicho, gente é gente. se as pessoas não gostam de gente, isso é problema da pessoa. 
voltando à conversa bovina.
em minas gerais, provavelmente no comecinho do século 20, alguns bois -- dentre eles "brilhante" e "dançador" -- ajudaram um garoto a ver a vida de outro modo...

saber mais?
assista-me!




segunda-feira, 29 de maio de 2017

claro enigma - carlos drummond







claro enigma é um conjunto de poemas de carlos drummond. mais um, dentro de sua vastísisma produção. aqui, por vezes verborrágico, insiste no tema da angústia, o que o torna um tanto repetitivo, já que o livro é curto. pretensioso até o talo, um de seus poemas se chama "a máquina do mundo", uma clara referência ao evento de mesmo nome, em "os lusíadas". vai vendo.
são seis partes: "entre lobo e cão", "o menino e os homens, "selo de minas", "notícias amorosas", "lábios cerrados" e "a máquina do mundo".
prevalecem versos livres, mas há um e outro soneto, além dos 96 versos decassílabos deste "...máquina..."
verso livre predomina, embora haja sonetos -- é a tal pretensão clássica. ficar atento a "oficina irritada", poema que traz a expressão "claro enigma". veja vídeo abaixo.
solidão, renúncia, saudade de um tempo que não viveu, contrastes soltos como art nouveau mal espalhados... não sei... são temas vagos para assuntos cotidianos. drummond de sempre. mas está no vestibular, aqui em são paulo, creiam (e fernando pessoa de fora).
mas dois poemas se salvam : "sonetilho falso a fernando pessoa" e "III - mercês de cima".
mais que isso, só me assistindo.






terça-feira, 8 de novembro de 2016

mais que um duelo




"duelo" é um dos nove contos do livro "sagarana", do mineiro joão guimarães rosa.
são três elementos importantes : turíbio, cassiano e timpim. minas gerais, primeira metade do século 20.
descubra como se desenvolve a trama e o estilo do autor assistindo-me !


domingo, 2 de outubro de 2016

a hora e a vez de augusto matraga





“Eu sou pobre, pobre, pobre,
 vou-me embora, vou-me embora
......................................................

Eu sou rica, rica, rica, vou-me embora, daqui!...”
(Cantiga antiga)

“Sapo não pula por boniteza,
 mas porém por precisão.”

(Provérbio capiau) 


a hora e vez de augusto matraga recria uma verdadeira saga do homem na travessia por este mundo. matraga é, de um modo mais amplo, o homem no sentido universal. o conto é uma tragédia, digamos, bem à moda grega. apolo e dioniso estão em xeque. ia dizer "choque", desisti. xeque. sua trajetória recria a passagem evolutiva em busca do aprendizado do viver e da ascensão espiritual em plenitude. seu objetivo será ter sua hora e vez de entrar no céu, "mesmo que seja a porrete". é uma história de redenção e espiritualidade. depois da epifania, vem a vontade de matar novamente...
aliás, "epifânio" é nome de um dos jagunços de joãozinho.
atenção às referências bíblicas: o título do conto é uma fala do padre... e a cena próxima ao final é releitura do novo testamento, jesus e a mula etc.
"matraga" é o último texto do livro "sagarana". nele, neste conto, há uma miscelânea de praticamente todos os temas que temperaram os outros oito textos, como religiosidade, vingança, animais poderosos, amor. veja que o burrinho que salva francolim, no primeiro conto ("o burrinho pedrês") parece repetir a cena, agora, em "matraga", com uma função diferente: salvar para a morte. 




quinta-feira, 11 de agosto de 2016

oficina irritada (claro enigma)




"oficina irritada" é o mais emblemático poema do livro "claro enigma", embora muita gente eleja "a máquina do mundo" como destaque maior. não tem problema. vou ficar com este e explico o motivo.
o poema está em forma fixa, é um soneto decassílabo, fato que vai se repetir mais vezes, no livro, não só com o soneto mas com quartetos e versos de métrica regular. aqui o poeta parece fazer um pedido de mais responsabilidade para com o uso do verso. na metalinguagem explícita (tratar do texto enquanto o faz). leia. vai te fazer bem, e olhe que é drummond heim.

OFICINA IRRITADA

Eu quero compor um soneto duro
como poeta algum ousara escrever
Eu quero pintar um soneto escuro
seco, abafado, difícil

Quero que meu soneto, no futuro
não desperte em ninguém nenhum prazer
E que, no seu maligno ar imaturo
saiba ser, não ser

Esse meu verbo antipático
há de pungir, há de fazer sofrer
tendão de Vênus sob o pedicuro

Ninguém o lembrará: tiro no muro
cão mijando no caos, enquanto Arturo,
claro enigma, se deixa surpreender




primeira metade do soneto: poeta quer causar impacto, deixa recado claro. quer soneto duro, difícil de ler, que seja doído até pra reler, no futuro. e esse futuro bem pode ser hoje. segue.
"oficina irritada" lembra "profissão de fé", do parnasiano bilac e também "poética", do bandeira, dois metalinguísticos poemas que se pretendem indicadores de caminho a novos poetas. o primeiro direcionado aos antirromânticos,  o segundo aos modernistas iniciantes. 
aqui, o eu lírico brinca com shakespeare, pura ironia abaixo da média dos escritores de seu tempo (drummond) mas serve para causar um distanciamento necessário da poesia mundana que, a meu ver, ele quer criticar. shakespeare é um clássico, vale lembrar.
os tercetos: poeta insiste que os versos não têm pretensão de agradar. como se o poeta fosse a manicure que vai machucar a deusa ao invés de cuidar. e ninguém vai lembrar... como um tiro no muro -- barulhento, mas sem ser letal; ou cão mijando no caos, uma constatação de desordem. o poema não se pretende clichê, não se pretende lugar comum. vejam, arcturo é uma estrela de primeira grandeza, na constelação de boieiro, uma extensão de ursa maior. então, o soneto vai ser impactante e quer instalar uma ordem nova, mais série, mais cuidadosa da linguagem. divina, portanto, porque lavada pela imagem de arcturo, ao final. 

quer mais do livro do mineiro de copacabana? (ironia, ironia)









quinta-feira, 7 de julho de 2016

claro enigma - drummond






claro enigma é um conjunto de poemas de carlos drummond. mais um, dentro de sua vastísisma produção. aqui, por vezes verborrágico, insiste no tema da angústia, o que o torna um tanto repetitivo, já que o livro é curto. pretensioso até o talo, um de seus poemas se chama "a máquina do mundo", uma clara referência ao evento de mesmo nome, em "os lusíadas". vai vendo.
são seis partes: "entre lobo e cão", "o menino e os homens, "selo de minas", "notícias amorosas", "lábios cerrados" e "a máquina do mundo".
prevalecem versos livres, mas há um e outro soneto, além dos 96 versos decassílabos deste "...máquina..."
verso livre predomina, embora haja sonetos -- é a tal pretensão clássica. ficar atento a "oficina irritada", poema que traz a expressão "claro enigma". veja vídeo abaixo.
solidão, renúncia, saudade de um tempo que não viveu, contrastes soltos como art nouveau mal espalhados... não sei... são temas vagos para assuntos cotidianos. drummond de sempre. mas está no vestibular, aqui em são paulo, creiam (e fernando pessoa de fora).
mas dois poemas se salvam : "sonetilho falso a fernando pessoa" e "III - mercês de cima".
mais que isso, só me assistindo.






quinta-feira, 19 de maio de 2016

o burrinho pedrês




chico chato, sete de ouros, brinquinho e rolete foram alguns dos nomes que o buirrinho recebeu durante sua vida. e que vida!
trata-se do primeiro conto da série "sagarana", de joão guimarães rosa.
veja-me!