sábado, 26 de abril de 2025

robô selvagem - animação

 


assisti "robô selvagem" (peter brown), 2024, animação que contém as vozes de pedro pascal  -- para a raposa -- e mark hamill -- urso pardo -- dentre outros. lupita nyong'o faz a voz do robô. 

fábula quase distópica, "robô selvagem" navega entre a esperança e o caos com rara leveza, porque é dado ao robô a capacidade de aprender alguma coisa, graças a "astuto" -- a raposa -- e ao ganso "bico vivo", figuras que, em princípio, repelem o robô que caiu na floresta por acaso, mas depois o que se vê é uma simbiose entre esses três e, mais tarde, com todos da floresta.  com o tempo, os animais vão demonstrando que, apesar das diferenças, estão ali para ajudas mútuas. é um aprendizado que se dá graças às funções do robô. estranho, mas é verdade. é ficção, enfim.

com final previsível, "robô selvagem" sugere debate não só sobre preservação da natureza, como a necessidade de convivência com essas tais inteligências artificiais que, na verdade, apenas imitam poses e condutas de humanos. esses "robôs" -- desde "metrópolis" (lang, 1927) -- são feitos imagem e semelhança de humanos, o que, no limite, é a mesma coisa que o homem fez ao criar religiões. mas pouca gente está preparada pra esta conversa.

vale a pena ver "robô selvagem" como também ler "frankenstein" (shelley).

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veja o trailer oficial de "robô selvagem"



quarta-feira, 23 de abril de 2025

amor é um fogo que arde sem se ver - camões - comentário

 

                                 
                                    [ luiz vaz de camões 1524 - 80 ]


  
Amor é um fogo que arde sem se ver;
  É ferida que dói, e não se sente; 
  É um contentamento descontente;
  É dor que desatina sem doer. 

  É um não querer mais que bem querer;
  É um andar solitário entre a gente; 
  É nunca contentar-se e contente; 
  É um cuidar que ganha em se perder;

  É querer estar preso por vontade; 
  É servir a quem vence, o vencedor;
  É ter com quem nos mata, lealdade. 

  Mas como causar pode seu favor 
  Nos corações humanos amizade,
  Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

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soneto publicado no livro "rimas", século 16. luís vaz de camões (1524-80)
texto mais famoso da língua portuguesa, até aqui. não arrisco dizer que é o melhor, mas o mais famoso sim.

e o que há neste poema? a busca de definição do amor. repleto de antíteses e paradoxos, o poema reúne contradições, opostos, para definir o sentimento amoroso que, no limite, seria algo turbulento, uma  mistura de razão e emoção. nas três primeiras estrofes, há uma lista de contradições. daí, a última estrofe traz a pergunta retórica instigante: se o amor é tão repleto de contradições, como alguém é capaz de buscar amizade (sossego) dentro dele? ou seja, como procurar serenidade em algo tão intensamente contraditório?
muitas leituras críticas deste poema insistem em afirmar que o texto não traz uma definição do amor porque o poeta está cheio de dúvidas. errado. os versos afirmam! o tempo todo afirmam que é uma comunhão de opostos! logo, a definição do amor está dada: é um jogo de contrários. o amor -- segundo o poema -- é um conjunto de sensações contraditórias. simples assim.

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segunda-feira, 21 de abril de 2025

uma historiadora obstinada - chimamanda adichie

 


" uma historiadora obstinada"  -  conto do livro "no seu pescoço" de chimamanda adichie

"Muitos anos depois que seu marido morreu, Nwamgba ainda fechava os olhos de vez em quando para reviver suas visitas noturnas à cabana dela e as manhãs seguintes, quando ela caminhava até o riacho cantando uma melodia, pensando no cheiro de fumo dele, na firmeza de seu peso, (...) Outras lembranças de Obierika continuavam claras — seus dedos grossos envolvendo a flauta quando ele tocava à noite, seu deleite quando ela servia suas tigelas de comida, suas costas suadas quando ele voltava com cestos cheios de argila fresca  (...) Okafo e Okoye, os primos de Obierika, faziam visitas demais. Eles ficavam maravilhados com a habilidade de Anikwenwa para tocar flauta (...) mas Nwamgba via a malevolência incandescente que seus sorrisos não conseguiam esconder. Ela temia pelo filho e pelo marido e, quando Obierika morreu — um homem que estava saudável, rindo (...) — ela soube que eles o tinham matado com feitiçaria. (...) A morte de Obierika a deixou num desespero interminável. (...)

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o conto narra trajetória de nwamgba, mulher determinada da etnia igbo, na nigéria colonial. ela se casa com obierika, apesar da desaprovação de sua família, e enfrenta desafios como abortos espontâneos e a inveja dos primos do marido. quando obierika morre subitamente, nwamgba se vê sozinha para proteger seu filho anikwenwa dos tais parentes gananciosos. temendo que ele fosse vendido como escravizado, nwamgba decide enviá-lo para uma escola missionária católica. lá, recebe o nome cristão de michael. com o tempo, ele (anikwenwa/michael) se afasta das tradições da mãe, tornando-se um cristão rígido. ele rejeita os costumes igbo e até mesmo a comida de sua mãe. o tempo da narrativa se dá entre as décadas de 1940 e 70. século 20.

(...) Seus companheiros eram homens normais, mas também pareciam estrangeiros, e apenas um falava igbo, mas com um sotaque estranho. Ele disse que era de Elele; os outros homens normais eram de Serra Leoa, (...) Eram todos da Congregação do Espírito Santo; (...) estavam construindo sua escola e sua igreja lá. Nwamgba foi a primeira a fazer uma pergunta: Eles por acaso haviam trazido suas armas, aquelas que tinham usado para destruir o povo de Agueke, e ela podia ver uma? O homem disse que infelizmente eram os soldados do governo britânico e os mercadores da Royal Niger Company que destruíam aldeias; já eles traziam boas novas. Ele falou de seu deus, que viera ao mundo para morrer, e que tinha um filho, mas não tinha esposa, e que era três, mas também era um. Muitas das pessoas que estavam perto de Nwamgba riram alto. (...)

michael tem uma filha. a neta de nwamgba se chamava afamefuna -- batizada grace, nos costumes católicos --; ela herda o espírito questionador da avó. educada na cultura britânica, ela, mais tarde, percebe a importância de sua própria história e decide estudá-la. divorcia-se do marido que demonstrava não ter interesse nas raízes históricas da nigéria. tornando-se historiadora, grace investiga o passado de seu povo e escreve um livro desafiando a visão colonial. no final da vida, ela resgata suas raízes ao mudar legalmente seu nome para afamefuna, reafirmando sua identidade e homenageando a avó.

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segunda-feira, 14 de abril de 2025

marinar pernil com osso

 


os amigos tati e henrique precisam fazer um pernil suíno. assado, creio eu. pediram dicas. aqui vão.

em um aparelho de som qualquer, selecionar músicas do milton nascimento, lô borges, natiruts, anavitória, melin, os gilsons e liniker.

marinar o bicho: numa vasilha grande, a mais funda possível, colocar o porco dentro. se conheço pernil vendido por aí, costuma ter 1 kg e xis... então,  para este volume, recomendo um copo americano de azeite ou similar.  

dá pra espremer um limão inteiro também, de preferência o siciliano. 

despejar um copo e meio, pelo menos, de vinho branco. 

polvilhar páprica defumada, algo perto de duas colheres de sopa cheias. 

lemon pepper vai também. quanto de lemon pepper? não sei. um tanto bom.

sal também vai, claro. enquanto pensa no tanto de sal, vire o bicho no meio dessa gororoba que se constriuiu na vasilha.  

feito isso, o sal:  melhor é polvilhar  o equivalente a umas três colheres de sopa não muito cheais de sal... depois, espalhar sem cuidado a canela em pó: uma colher de sopa dá. continuar revirando o bicho nessa marinada. 

se for do gosto familiar, descascaria uns sete ou oito dentes de alho pra jogar na vasilha também. 

chame um dos filhos pra conferir a marinada. encoste a vasilha perto do nariz deles. se fizerem cara de tragédia, é porque está ótimo! o azedume do limão, com vinho já está contaminando todo o resto e é aí que mora a felicidade.

cobrir tudo com papel alumínio. embalar bem. pode usar um saco plástico pra envover 100%. , a vasilha e o papel laminado. botar na parte baixa da geladeira, de um dia pro outro. 

não esquecer a lista de músicas de mpb.

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  leitoras e leitores, querem saber mais sobre culinária despótica?

  -  clique aqui e conheça o "determinada mandioca" -


sábado, 12 de abril de 2025

aparição - sophia de mello bryener andresen - comentário

                                    

 
     Aparição

  Devagar devagar um homem morre
  Escura no jardim a noite se abre
  A noite com miríades de estrelas
  Cintilantes límpidas sem mácula

  Veloz veloz o sangue foge
  Já não ouve cantar o moribundo
  Sua interior exaltação antiga
  Uma ferida no seu flanco o mata

  Somente em sua frente vê paredes
  Paredes onde o branco se retrata
  Seus olhos devagar ficam de vidro
  Uma ferida no seu flanco o mata
 
  Já não tem esplendor nem tem beleza
  Já não é semelhante ao sol e à lua
  Seu corpo já não lembra uma coluna
  É feito de suor o seu vestido
  A sua face é dor e morte crua

  E devagar devagar o rosto surge
  O rosto onde outro rosto se retrata
  O rosto desde sempre pressentido
  Por aquele que ao viver o mata

  Seus traços seu perfil mostra
  A morte como um escultor
  Os traços e o perfil
  Da semelhança interior.

         [ O Cristo cigano, Sophia de M B Andresen, 1961 ]

poema relata a morte de cristo, com um golpe no flanco, como descreve o novo testamento, quando da crucificação. contudo, o poema traz o nome "aparição". ou seja, alguma ressurreição.

agora, se liga nessa história: sophia breyner encontrou-se com joão cabral de melo neto, em sevilha, espanha, onde vivia o brasileiro que era também diplomata. lá, ela ouviu a lenda de que o escultor espanhol francisco gijón, no final do século 17, recebera uma encomenda de um cristo em agonia. para este fim, o tal artista buscou uma cena que pudesse ver alguém morrendo para conseguir inspiração e fazer seu trabalho. para isso, presenciou o esfaqueamento de um cigano e, assim, obteve material visual que precisava. depois de pronta a peça de madeira, muita gente reconheceu o cigano -- apelidado  "cachorro" -- e passaram então a chamar a capela onde a escultura está de "capela do cachorro". a obra é o "cristo de la expiración" ou "el cachorro de triana". 
na sequência, ele ressurge, já sem beleza nem esplendor. o rosto divino surge, porque é o rosto esperado pelo escultor do início do livro.  quanto mais vivia o anterior, humano, mais este que aparece ficaria morto. ou seja, era necessária a morte do primeiro para que o segundo rosto viesse, feito de dor, sangue, suor, que é o rosto mais conhecido pelas pessoas, os ditos fiéis e os nem tanto. quem esculpiu o novo rosto "de morte crua" foi a própria morte. ela, que já morava no primeiro cristo todo o tempo.

a influência no estilo, diz a própria poetisa, é de joão cabral -- citado nominalmente, no primeiro poema do livro, "a palavra faca". porém, a densidade é bem fernando pessoa, convenhamos. 

logo, de quem se fala em "aparição"? quem aparece?
sim, é a morte. nada mais.


segunda-feira, 7 de abril de 2025

teatro de bonecos popular potiguar - andré carrico

                                       

                   "o boneco quanto mais feio, mais bonito fica"
                                      
[ shicó do mamulengo ]


teatro de bonecos popular potiguar, editora escribas

andré carrico lançou seu livro em 2024. natal, rio grande do norte.
professor na universidade federal, andré -- além de doutor em artes cênicias -- é estudioso desta arte popular: o teatro de formas animadas. arte típica do nordeste. esses bonecos -- as formas animadas -- são conhecidos também como mamulengos e, quem os manipula, os brincantes ou calungueiros(as). basicamente, o material mais usado para criação dos bonecos é a madeira do mulungu, árvore do nordeste.

"Ele é feito , geralmente, por meio da manipulação de bonecos de luva ou vareta que podem apresentar articulações. (...) Os enredos envolvem quiprocós, pancadarias, piadas, danças, canções, loas, poemas de cordel e, às vezes, a presença de personagens históricos e mitológicos do repertório conhecido como cultura popular nordestina."    [ trecho ]

o livro contém vasto material de anos de estudo de andré carrico, desde as origens desta arte, com registros de possíveis ações de bonequeiros nas caravelas portuguesas do século 16, passando pela período da escravização negra do brasil colônia, até o séclo 21. 

teatro de bonecos é a brincadeira e a resistência, elementos marcantes na vida da cultura popular brasileira. acredito eu que, não só no nordeste, mas no país todo, arte popular é mais do que entretenimento ou ganha-pão. é resistência mesmo. uma defesa. 

"O teatro de bonecos potiguar é uma arte feita para acertar. Seu espetáculo, portanto, é criado para fazer rir e alegrar. Sua dramaturgia, via de regra, é constituída por esquetes sucessivos cuja duração é proporcional ao interesse da plateia. (...) Contam os mestres que antigamente as apresentações em bares da zona rural podiam durar de seis a oito horas".      [ trecho ]

uma das partes do livro de que gostei foi sobre shico do maumlengo, assim, com "s" mesmo. nascido em 1980, apaixonou-se pela arte do mestre chico daniel que ele conheceu ao ver um "dvd" de apresentações dele. shico se destaca porque expõe seus cinco sentidos na arte da manipulação dos bonecos. ele diz que ter conhecido a capoeira o ajudou nessa empreitada como calungueiro (brincante). como foi isso? ah, você vai precisar ler o livro.

"Cabe é refletir  a respeito das transformações e permanências, ganhos e perdas, que atravessam as brincadeiras populares e que fazem sobreviver em sintonia com seu tempo. Mudanças enriquecem as brincadeiras, desde que venham de dentro pra fora, e sejam sem concessões àqueles que, visando apenas o lucro, as descaracterizem ou as banalizem. (...) Pois, como escreveu Luís Antônio Simas, "A gente não brinca porque a vida é mole. A gente faz festa porque a vida é dura".    [ trecho ]

outras figuras marcantes desta arte como chico daniel, mestre felipe de riachuelo, mestra dadi, zé relampo, meste felipe, heraldo lins, emmanuel bonequeiro, genildo mateus e tantos outros -- vivos ou encantados -- compõem este livro cheio de história e documentação, abraçando a arte do mamulengo e, por causa disso, abraçando parte de nossa identidade. parabéns, calungueiros e calungueiras. parabéns, andré. 
ah, antes que me esqueça: esse moço autor do livro, andré carrico, foi meu aluno no ensino médio, no comecinho dos anos 1990, em campinas. isso é gratificante. 

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[ andré carrico ]

  saiba mais sobre o livro - clica
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  veja o que comentei - -


sábado, 5 de abril de 2025

começo do fim

 

               
                         [ arte c. h. carneiro - via i. a. - 2025 ]


ultimamente, rotina da vida é me desculpar.
fiz isso algumas vezes, em conversa direta com quem eu acreditava que deveria pedir desculpas. com outras pessoas não consegui... por isso, tenho pedido desculpas mentalmente. parece hipocrisia. deve ser.  faço isso com certa regularidade: a cada vez que respiro, mais ou menos. 
noutras situações, tento desculpar a mim mesmo, porque também sou vítima de minhas escolhas.
tudo fica difícil quanto mais elaboro a coisa toda dentro da cabeça. fora dela, tento pedir desculpas.  
deve haver quem sinta raiva ainda ou quem quer simplesmente que eu me exploda. entendo. errei com várias pessoas. escolhas minhas. buscava acolhimento ou algo similar que, talvez, nunca me deram no início da vida, fazer o que. nunca me deram ou eu nunca busquei. veredas.
desse jeito, olhar pra vida e achar quase tudo um fracasso é normal, dentro do nó de marinheiro que criei justamente buscando não fazer da vida um fracasso. nessa trajetória, fui individualista e infeliz. por isso, a rotina desta vida é me desculpar. então peço.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

a rosa - narcisa amália - comentário

 



          A ROSA    -   
Narcisa Amália

 

      Que ímpia mão te ceifou no ardor da sesta

         Rosa d'amor, rosa purpurea e bela?

                           Almeida Garrett

 

 

Um dia em que perdida nas trevas da existência

Sem risos festivais, sem crenças de futuro,

Tentava do passado entrar no templo escuro,

Fitando a torva aurora de minha adolescência.


Volvi meu passo incerto à solidão do campo.

Lá onde não penetra o estrepitar do mundo:

Lá onde doura a luz o báratro profundo,

E a pálida lanterna acende o pirilampo.


E vi airosa erguer-se, por sobre a mole alfombra.

De uma roseira agreste a mais brilhante filha!

De púrpura e perfumes - a ignota maravilhal!

Sentindo-se formosa, fugia à meiga sombra!


Ai, louca! Procurando o sol que abrasa tudo

Gazil se desatava à beira do caminho;

E o sol, ébrio de amor, no férvido carinho

Crestava-lhe o matiz do colo de veludo!


A flor dizia exausta à viração perdida:

"Ah! minha doce amiga abranda o ardor do raio

Não vês? Jovem e bela eu sinto que desmaio

E em breve rolarei no solo já sem vida!


"Ao casto peito uni a abelha em mil delírios

Sedenta de esplendor, vaidosa de meu brilho;

E agora embalde invejo o viço do junquilho,

E agora embalde imploro a candidez dos lírios


"Só me resta morrer! Ditosa a borboleta

Que agita as áureas asas e paira sobre a fonte;

Na onda perfumosa embebe a linda fronte

E goza almo frescor na balsa predileta!"


E a viração passou. E a flor abandonada

Ao sol tentou velar a face amortecida;

Mas do cálix gentil a pétala ressequida

Sobre a espiral de olores rolou no pó da estrada!

Assim da juventude se rasga o flóreo véu

E do talento a estátua no pedestal vacila;

Assim da mente esvai-se a ideia que cintila

E apenas resta ao crente - extremo asilo - o céu!

 

                    [ nebulosas, 1872 ]


     notas_

 ímpia - não respeita o sagrado

 estrepitar - fazer barulho; vibrar com estrondo

 alfombra  -  extensão de relva

 gazil  -  elegante; de cores vivas

 crestava  -  queimava; tostava

 viço  -  força, vigor

 ébrio  -  que é tomado de sentimento intenso; bêbado

 ditosa  -  de boa sorte; bom destino

 báratro  -  local com grande profundidade

 junquilho  -  planta aromática

 embalde  -  em vão; inutilmente

 olor  -   cheiro; odor

 almo  -  bom; venerável

   . . . . .  .  .  .   .   .


eu lírico está melancólico. procurou no tempo da juventude alguma comepensação a esta tristeza do momento. mas encontrou uma flor morrendo. a conclusão, ao final, é que só resta ao crente aceitar o fim e ir ao céu. é uma esperança, na verdade. esta flor que morre é a representação da transitoriedade da juventude. apesar do viço, da beleza, ela acabará logo. é triste. é o romantismo.

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saiba mais - - 



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  no livro " f elicidade ", gianetti expõe que no século 18, o período iluminista apresentava uma equação que pressupunha uma harm...

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