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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

aula - hoje ela só quer paz - e casemiro de abreu


                                                                             [ banksy ]

hoje ela só quer paz

ela é um filme de ação com vários finais
ela é política aplicada e conversas banais
se ela tiver muito afim seja perspicaz
ela nunca vai deixar claro
então entenda sinais
é o paraíso, suas curvas são cartões postais
não tem juízo, ou se já teve, hoje não tem mais
ela é o barco mais bolado que aportou no seu cais
as outras falam, falam, ela chega e faz
ela não cansa, não cansa, não cansa jamais
ela dança, dança, dança demais
ela já acreditou no amor, mas não sabe mais
ela é um disco do nirvana de 20 anos atrás
não quer cinco minutos no seu banco de trás
só quer um jeans rasgado e uns quarenta reais
ela é uma letra do caetano com flow do racionais
hoje pode até chover porque 
ela só quer paz
hoje ela só quer paz
noticias boas pra se ler nos jornais
amores reais, amizades leais
ela entende de flores, ama os animais
coisas simples pra ela, são as coisas principais
sem cantada, ela prefere os originais
conheceu caras legais, mas nunca sensacionais
ela não é a suas negas rapaz
pagar bebida é fácil, difícil apresentar pros pais
(...)
essa mina é uma daquelas fenomenais
vitamina, é proteína e sais minerais
ela é a vida, após a vida despedida
pros seus dias mais normais 

(...)
                                [ projota, 2016 ]

* "flow" se liga a ritmo; envolvimento; verso bem encaixado

hip hop de projota, lançado em 2016, dialoga tanto com a imagem do grafite (banksy, inglaterra), como com esse poema do casemiro de abreu, "amor e medo":

       Quando eu te fujo e me desvio, cauto        
        Da luz de fogo que te cerca, oh! bela,
        Contigo dizes, suspirando amores:
        “Meu Deus! que gelo, que frieza aquela
        Como te enganas! meu amor é chama
        Que alimenta no voraz segredo,
        E se te fujo é que te adoro louco...
        És bela -  eu moço; tens amor - eu medo!...
         Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
       Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes,
        Das folhas secas, do chorar das fontes,
        Das horas longas a correr velozes.
        ......................................................................

        Ai! se eu te visse, Madalena pura,
        Sobre o veludo reclinada a meio,
       Olhos cerrados na volúpia doce,
        Os braços frouxos - palpitante o seio!...
         Ai! se eu te visse em languidez sublime,
        Na face as rosas virginais do pejo.
        Trêmula a fala a protestar baixinho...
       Vermelha a boca, soluçando um beijo!...
         Diz: - que seria da pureza d’anjo,
        Das vestes alvas, do cantor das asas?
        -  Tu te queimaras, a pisar descalça,
        -  Criança louca, - sobre o chão de brasas!
         (...)
                                 [ casemiro de abreu, século 19 ]

quando o eu lírico diz, na letra do hip hop, "não é pra tuas negas não", claramente, foge do politicamente correto e, por tabela, de uma norma padrão. o verso diz mais ou menos que a garota em questão não se compara a outras que se envolveram com o eu lírico. a ideia, contudo, não é simplesmente jogar fora a letra toda por conta de um suposto deslize linguístico, mas valorizar também um jeito diferente de dizer algo que é marca da poesia de língua portuguesa: o lirismo de tom confessional. desde o trovadorismo é assim. tradição forte. eu ia escrever "dor de cotovelo", desisti. mostre a seus alunos que o texto de casemiro é de estilo romântico, usa da norma padrão mas atesta que há uma certa temerosidade na figura idealizada. "tenho medo de mim, de ti...". veja em projota, no hip hop: "ela é o barco mais bolado que já aportou no seu cais". há outros versos que também se equiparam aos de casemiro, mas a ideia, enfim, é lidar com a relação amorosa em que um é mais austero que outro. peça a seus alunos que reconheçam as semelhanças entre os dois textos. cá pra nós, projota é mais legal.

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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

aula memórias póstumas de brás cubas - machado




* converse com seus alunos sobre o período literário: decadência do romantismo; ascensão do realismo  [ matéria psicológica; crítica social; norma culta ]

* a tirinha de angeli, acima, abre chance de se falar das correntes de pensamento, na segunda metade do século 19: darwnismo [há também o marxismo, positivismo e determinismo]

* excelente oportunidade para continuar valorizando a saúde do estado laico; deixar para escolas confessionais a crença em mitos etc. e mesmo nas confessionais,  diante de qualquer assunto, há de se respeitar a ciência

* "mem póstumas de brás cubas", 1881, é considerado o início do período realista, no brasil

* mostre o prefácio :

"Que Stendhal confessas haver escrito um de seus livros para cem leitores, coisa é que admira e consterna. O que não admira nem provavelmente consternará é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal. Nem cinquenta, nem vinte e, quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. (...) Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso, mas nimiamente extenso, e aliás desnecessário ao entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus." [ Machado de Assis ]
  
* destacar o caráter prepotente, ácido, arrogante do narrador

* se houver tempo, leia o início do capítulo "o menino é pai do homem"; reforce a ideia de que o caráter científico domina a época... o narrador irá deixar claro, ao leitor, que aquilo que se viveu e aprendeu, na infância, será a base para o adulto... daí a licença poética "menino que é pai do homem", ou seja, é a criança que determina o que o adulto será

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professor(a),  
a ideia, aqui no blog, nesta série, não é ser definitivo, com algo muito extenso, em cada post... mas sim deixar material suficiente para uns 50 ou 40 minutos

algo para, de repente, um exercício, depois do seu debate, uma avaliação, uma tarefa de casa...
use este material como lhe convier!

acompanhe, toda semana, uma aula diferente
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siga-me!
@literaturapretensiosa
@carneiro_liter

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mais sobre machado :






sexta-feira, 21 de julho de 2017

angra verde atlântico




agora, o passeio é em angra dos reis, aqui no continente, nada de ilha grande, mas um recanto com vista legal. 
aqui, na praia vermelha.
preparando vídeo sobre literatura interdisciplinar e outro sobre o grupo de rock "angra".
já vi tartaruga na água esverdeada dos cariocas. espero encontrar alguma garrafa boiando com mapa de tesouro dentro, tem um monte de ilhas aqui, uma inclusive com água doce -- a do "sandri" --, bem destacada, na foto abaixo. e isso favorece a existência de pouso para corsários...
pois que vi no noticiário que exumaram o corpo do revolucionário e terno vanguardista dali, morto em 1989.
descobriram que seus bigodes estavam intactos. tem quem goste. tiraram o coração do santos dumont, do pedro primeiro, cabelos do napoleão... e do rasputin... ah, esquece.

[meia sim, estava 18 graus, paciência]

segunda-feira, 17 de abril de 2017

aprendendo redação #9 [ cola na escola ]






texto 1

REFLEXÕES SOBRE A COLA
André Luiz dos Santos

Estou plenamente convencido de que a cola tanto aumenta quanto maior é o descrédito do aluno pela prova. A cola justamente contesta o sistema de avaliação de provas, sobre o qual debruça-se grande parte de nosso ensino. A prova é uma avaliação das capacidades individuais do aluno entregue aos seus próprios conhecimentos. A cola perverte essa avaliação, suprindo o aluno por outras fontes. 
O aluno já sabe que a carreira de engenheiro é imensamente diferente de uma prova, daí seu ceticismo. Um problema real não possui nem sequer a sombra de semelhança com uma avaliação de faculdade. O engenheiro trabalha em equipe, possui a sua disposição consulta a literatura, estará livre para pensar em várias soluções, e sempre haverá revisões de seu trabalho final. Sua ferramenta é a capacidade de análise, não a memória. Em contrapartida, o ambiente de uma prova é artificial: Ser cobrado em duas horas a fazer manipulações complexas e específicas de matérias extensas, enclausurado e incomunicável preso numa carteira nem sempre confortável sob a vigilância de alguém pronto a suspeitar de seus menores movimentos. E a correção posterior não é mais justa, pressupõe a pergunta: “O aluno teve capacidade de guardar (não importa se decorado e memorizado ou aprendido e assimilado) a resolução destes n exercícios dos quais uma fração nem sempre amostral lhe será cobrada totalizando um índice de desempenho de 0 a 10?”.
Essa contestação vem desde o estudo. “Estudar para a prova” é uma grande elucubração, verdadeiramente forçar nos dias que antecedem o teste conhecimento no cérebro para demonstrá-lo na prova. Depois, se algo não for esquecido, tanto maior o lucro. E a isto se chama aprendizado. Verdadeiramente uma osmose reversa, usa-se uma pressão artificial e mecânica para fazer algum conhecimento penetrar na mente quando o contrário é o natural. Se permitem uma experiência minha, não me lembro de haver aprendido menos nas matérias sem prova (cuja avaliação era feita pela presença e trabalhos, com eventualmente alguma breve provinha) do que nas exaustivas sessões de esgotamento e desestímulo que antecediam a grandes provas de disciplinas pesadíssimas. (...)

http://www.hottopos.com/regeq9/andre.htm

texto 2

    COLA NA ESCOLA
 Em março de 2006, um grupo de estudantes da Mount Saint Vincent University em Bedford, Nova Scotia, Canadá, convenceram a reitoria da instituição a proibir que os professores usem qualquer auxílio informatizado anti-plágio. O pretexto da solicitação dos alunos? Para o líder do diretório acadêmico daMount San Vincent, o esforço dos docentes em desvendar casos de trabalhos copiados de outros textos disponíveis na rede mundial de computadores “cria na universidade uma cultura da desconfiança”.
Na Bósnia, os alunos da Universidade de Banja Luka protestaram, em fevereiro de 2006, contra a decisão da direção da faculdade de Economia de instalar câmeras de segurança nas salas de aula no intuito de vigiar os alunos durante a realização das provas. A justificativa dos líderes do protesto? Para eles, “colar nas provas é parte da mentalidade dos Bálcãs e seriam necessários muitos anos para que os alunos mudassem de atitude.”
Aqui no Brasil, Vicente Martins, professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Ceará, declarou na edição da Revista Espaço Acadêmico de junho de 2004, que vê “a cola como liberdade de aprender, (…)não como fraude ou ato clandestino do aluno, mas como manifestação ou recurso de liberdade de aprender do aluno e estratégia de recuperação dos alunos de baixo rendimento”. Para ele, a cola é uma solução para o baixo rendimento escolar dos alunos e para os altos índices de reprovação; em sua questionável visão de educação, Martins vê no “procedimento da cola um instrumento para assegurar, na verificação do rendimento escolar, um princípio de ensino como preconiza a Constituição Federal, no seu inciso II, do artigo 206, que enumera, entre os princípios de ensino, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”. Em sua defesa da cola como expressão da indignação dos alunos diante de um sistema escolar opressor, “o poder reconhecido aos alunos, pelos estabelecimentos de ensino, de só aprenderem aquilo que quiserem e como quiserem”, Martins esboça um pequeno código de direitos dos colantes, abaixo reproduzido em sua totalidade:

http://locutorio.blog.com/2006/04/07/cola-e-escola/


texto 3




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A partir das leituras que fez aqui e em seu próprio conhecimento,
redija um texto argumentativo com o tema :

                            “ Por que colar ? ”

Lembre-se: todo texto argumentativo-dissertativo deve conter uma tese, a introdução, os argumentos e uma conclusão.
Não use 1ª pessoa.
Não esquecer título.

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comentário post anterior #8

sugestões para um texto argumentativo a partir da proposta abaixo
[ use suas palavras e construa seu texto, em 30 linhas ]

tese (sua opinião sobre a proposta):  ócio é necessário / ócio contribui com a criatividade

- foi tratado como inação, como vadiagem, pois desde a colonização, nativos e escravos vindos de áfrica foram obrigados a construir o país com as mãos

- conceito de trabalho, para nobreza de elite, até hoje, passa pelo movimento, passa pelo suor

-  o trabalho intelectual acaba entrando nesse conceito ... em "vidas secas" o próprio fabiano criticava o patrão tomás por "estragar os olhos" em cima dos livros

conclusão:
- ócio é necessário porque permite diálogo consigo próprio / permite criatividade


terça-feira, 11 de abril de 2017

literatura na redação dica #2





é relativamente fácil enriquecer sua argumentação, dentro de sua redação dissertativa.
temas como "reforma agrária"; "individualismo" ou mesmo "religiosidade" podem ser ilustrados por obras como "vidas secas" (graciliano) ; "o espelho" (machado) ou mesmo "corpo fechado" (rosa).

assista e melhore seu texto!



segunda-feira, 3 de abril de 2017

sermão da quarta-feira de cinza - 1673 - padre vieira






sermão pregado em roma, século 17, é uma extensão daquele de 1672, na mesma celebração do início da quaresma

a questão, aqui, é morrer duas vezes. morrer bem é antencipar-se à morte.

"Os que morrem já mortos têm o céu" // "Os que morrem vivos vão inferno"

outro trecho fundamental :
"Como diz logo a voz do céu a S. João: Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor? Mortos que morrem? Que mortos são estes? São aqueles mortos que acabam a vida antes de morrer.
Os que acabam a vida com a morte, são vivos que morrem, porque os tomou a morte vivos; os que acabam a vida antes de morrer, são mortos que morrem, porque os achou a morte já mortos. Estes são os mortos que morrem; (...); estes são os que a voz do céu canoniza por bem-aventurados: Beati mortui. E se os que morrem mortos são bem-aventurados, os que morrem vivos, que serão? Sem dúvida mal-aventurados."

morrer duas vezes? como ?

assista-me!


segunda-feira, 13 de março de 2017

aprendendo redação #4 [ bullying ]




texto 1


Já está na hora de abandonar os termos "digital" e "eletrônico" no que diz respeito às relações mediadas por computadores e afins. Da mesma forma que não se usam os termos "elétrico", "mecânico" ou "químico" para se referir a questões de infraestrutura, a classificação de um ato como "digital" coloca a ênfase no componente errado do processo. E pode minimizar a sua importância.
Digital não é sinônimo de tecnologia. É uma forma de relacionamento. Uma discussão por WhatsApp não é melhor nem pior do que uma discussão por carta (...)

                                                                      Luli Hadfahrer    [ Crime digital é crime ]

texto 2

­ A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, 15, projeto de lei que estabelece a criação do Programa de Combate à Intimidação Sistemática, que, na prática, obriga escolas, clubes e agremiações recreativas a adotarem medidas de prevenção e combate ao bullying. No entanto, a proposta não prevê punição aos agressores. O texto segue para a sanção da presidenta Dilma Rousseff. O texto aprovado define bullying como “ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima (...)
                                                       
                                                   [ Estado de S Paulo ]

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como se vê, o tema é a violência, conhecida também como bullying. elaborar texto argumentativo aqui precisa ser tarefa simples. seja objetivo. na argumentação, use elementos de áreas diferentes do conhecimento (ciência, arte, esporte, educação, culinária etc)

sabido o tema, a proposta é elaborar um texto, então, vamos a ele.


rascunho

projeto de texto [ três partes ]



1) introdução  [ contexto e sua ideia, sua tese ]

2) desenvolvimento [ as argumentações ]
3) conclusão  [ reforçar a tese ]
* não esquecer título

evite repetir palavras. não use clichês.


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sugestão para um texto argumentativo 

projeto de texto [ expressões-chave para você desenvolver ]

1) final século 20 em diante / violência via digital ou eletrônica / bullying é danoso à saude pessoal e social

2) a violência intimida a vítima / causa depressão / 

2.1) vítimas de bullying podem tornar-se violentas, como nos casos de assassinatos em escolas, nos e.u.a., nos últimos anos

3) a violência é prejudicial e precisa ser combatida via educação e também com a lei


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resposta ao post #3

texto de até três parágrafos com opinião a respeito da ação do prefeito de s paulo, janeiro 2017

A ação do prefeito Doria Jr, em S Paulo, não parece saudável, uma vez que não soluciona nem minimiza a questão da grafitagem (ou pichação), Apagar um ou dois muros de uma cidade com mais de 12 milhões de habitantes não causa impacto, muito menos sugere solução para o caso.
O prefeito, ao pintar s grafites cria um clima de embate, confronto, sugerindo que tudo aqjuilo é um crime.
Reunir-se com grafiteiros, propor um espaço de exercício, reeducar os artistas, enfim, há inúmeras saídas para essa circunstância que, de certa forma, pode incomodar este ou aquele.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

aprendendo redação #1




para que uma boa redação funcione, é preciso norma padrão. é o que os exames vestibulares exigem -- e com razão. nada parecido com o que faço aqui, usando minúsculas e tropeçando na pontuação, porque isso que você lê agora é um blog e não um documento oficial etc etc.
feita a observação, vamos ao que interessa:

o que você vai precisar

a) rascunho
b) lápis ou caneta
c) tema
d) coletânea de textos e imagens
e) um orientador (eu)

primeiros passos

são três os tipos de texto (gêneros) que encontramos mais comumente:

* descrição  * narração  * dissertação 

para os exames vestibulares, muito comum o último item, "dissertar"

vamos começar com textos curtos.
dissertar engloba vários tipos de texto: aula, resenha, editorial, redação argumentativa, seminário, carta aberta etc.

pois bem, veja esta charge do angeli:




1) escreva um parágrafo (duas ou três frases) descrevendo a cena acima.

2) o que a cena sugere, do ponto de vista social ?

3) qual público-alvo o cartunista procurou atingir? justifique.


[ respostas no próximo post "aprendendo redação #2 ]


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

heitor dos prazeres - arte brasileira




heitor é artista plural. carioca, negro, sambista, pintor, tinha um papagaio e fez parceria com noel rosa. para poucos. 
o que significa sua obra? por que é chamada de "arte naif" ?

assista-me !

:)


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

fuvest 1a fase 27 novembro






a avaliação de literatura, neste domingo, 27 -- fuvest -- cobrou "mem póstumas de brás cubas" (machado), "claro enigma" (drummond), "mayombe" (peptela) e "iracema" (alencar) - este último, aliás, de previsível aparição, este ano, pois era o livro novo na lista.
considerei enfadonhas as questões... levara em conta situações laterais da história da literatura. na real, curti a de história da arte, com picasso em primeiro plano. bem legal. agora, na questão envolvendo drummond e a igreja barroca, o pedido era que o aluno levasse em consideração uma das característica menos contundentes do modernismo de fase 1 (isso mesmo, década de 1920) que era a valorização da arte passada brasileira. drummod, oswald, bandeira e mais alguns, empreenderam expedição até ouro preto e região e isso serviu de destaque em suas biografias, só isso. se o aluno mais atento sabe que drummond e seu "claro enigma" são da fase 2, já se fazia possível que o vestibulando se confundisse ante o enunciado que pedia a ele que se reportasse às características da 1a. e, dentre elas, uma das menos contundentes. uma pena.
outra questão que induzia ao erro envolvia "iracema". na referida questão, o vestibulando precisava analisar três afirmações a respeito do livro e, uma delas, falava do "bom selvagem". a expressão, de origem iluminista (rousseau) e cabe bem em "iracema". porém, na mesma afirmação, se dizia que havia marca do tal "bom selvagem" em "iracema" e que tudo se ligava a narrativas medievais de capa e espada. como heroísmo à moda medieval" não é a cara do romance de alencar, a tal afirmação perdia veracidade. outra pena.

para a segunda fase, em janeiro, vou pedir especial atenção a "sagarana" (g rosa) e "o cortiço" (azevedo)










terça-feira, 8 de novembro de 2016

mais que um duelo




"duelo" é um dos nove contos do livro "sagarana", do mineiro joão guimarães rosa.
são três elementos importantes : turíbio, cassiano e timpim. minas gerais, primeira metade do século 20.
descubra como se desenvolve a trama e o estilo do autor assistindo-me !


sábado, 29 de outubro de 2016

a matéria é energia aprisionada




carlos drummond de andrade  -- de cuja obra pouco gosto --, em “rosa do povo”, nos escreve que uma flor nascera na rua. feia, mas flor. vinícius, mais violento e não menos poético, escreve "rosa de hiroshima"... que tipo de energia expõem?
é fácil responder quando se tem a mão “albert einstein e seu universo inflável”. divertido mas exige do leitor leigo um tanto de paciência para compreender a linguagem dinâmica da ciência matemática e da própria física, a respeito da luz, movimento, dimensões, buraco negro, tempo.
enfim, um chamado “quebra-cabeças” do universo. esse nome, aliás, me irrita, porque só seria capaz de montar um “quebra-cabeças” alguém com a cabeça quebrada, eu não gosto dessa lógica comum que trata quem não é cientista como uma larva em coma. fernando pessoa, marx ou mesmo sócrates tentaram explicar o mundo, mas não ganharam tanto sucesso quanto cientistas como newton, galileu ou einstein que, aos olhos das larvas, fizeram coisas difíceis, “cabeludas”, como diz o singelo volume da coleção "mortos de fama”. gosto do livro mesmo assim, creiam.
einstein lutou contra a guerra. de origem judaica, o cientista esteve em países da europa e nos estados unidos sempre usando de sua fama como cientista para ser ouvido, no que diz respeito à luta contra o nazi-fascismo, por exemplo.
e o livro ajuda a desmistificar a figura do cientista que sempre foi mostrado nos meios de comunicação como alguém fora da razão. qual o interesse de se rotular alguém estudioso como amalucado? estudar é algo que provoca; ilumina. isso, por si, já diz tudo. vem da era medieval essa mania de se tratar cientista como doente. galileu, que viveu fora da idade média, continuou sentindo na pele essa perseguição... einstein foi perseguido por ser judeu, menos pela inteligência, mas a caricatura do "pensador-maluco" lhe pegou e, como poucos, albert usou disto para divulgar ainda mais suas descobertas.
eleito homem do século, pela revista norte-americana "time", einstein é um dos caras que ajudou a humanidade a, pelo menos, tomar ciência de que pouco se  sabe. 
viva sócrates.
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em tempo: o amigo mercelo teixeira, físico, já me alertou para o caso simples que é o encontro -- aqui no ocidente -- da humanidade com a ciência, com as matemáticas, que se dá, em média, após dos dez anos de idade, no mínimo. às vezes, nem isso. é mais cotidiano e simples, tratar do tempo, das borboletas, da chuva e do cantar bem antes dessa idade. é natural. agora, equações, astronomia, átomos, gravitação ou mecânica são temas que necessitam mesmo tutorial, daí essa celebração maior a cientistas do que, por exemplo, poetas ou pintores, ao longo do período escolar, por exemplo.
aceitei. 


terça-feira, 25 de outubro de 2016

são marcos - sagarana - resumo




josé é uma figura que, em princípio, destoa do lugar em que se encontra -- o calango-frito --, sertão mineiro, início do século 20. apresenta alguma erudição, consome literatura, escreve e aprecia a contemplação da natureza
contudo, ele desdenha e zomba de joão mangolô por dois motivos: ser negro e feiticeiro.
o que vai acontecer nesta história misteriosa de guimarães rosa?
só me assistindo!


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

esquerda e direita - que são ?





quando me dizem que os conceitos de "esquerda" e "direita" estão acabados, sinto uma vontade muito grande de chamar a galera para quem certas palavras não se perdem no vento: de um lado, kant, adam smith, napoleão, quase todo o vaticano, henry ford, o pessoal da fiesp... de outro, marx, durkeim, lênin, niemeyer, rosa luxemburgo, graciliano ramos, luís carlos prestes ...
essa gente aí está bem esclarecida quanto aos conceitos de "esquerda" e "direita".
de um lado, privatizações, o liberalismo, o capitalismo e a política ligada a grandes corporações empresariais que beneficia apenas um certo grupo de figuras. no brasil, geralmente brancas, diga-se. do outro, justiça social, direitos trabalhistas e o valor ao estado.
quer saber mais ?
assista-me !
e pare de falar que conceitos e "direita" e "esquerda" acabou.


terça-feira, 4 de outubro de 2016

amor - clarice lispector






amor.
conto que pertence ao livro "laços de família", conta história de ana, uma dona de casa que vive no conforto da tradição mais clichê possível, para classe média da época (década de de 1960) : marido, filhos, apartamento na via urbana do rio de janeiro.

narrativa simples, direta.
ana está no bonde com suas compras. enxerga um cego, no ponto de ônibus, mascando chiclestes.
assustada com tamanha autononia, deixa cair as compras... ovos se quebram.
desce no ponto errado. vai parar no jardim botânico. 
a natureza lhe parece hostil. ela medita sobre a segurança de seu lar, tudo planejado, desde antes de seu nascimento. nascer, crescer, ter filhos, morrer. e o que estava acontecendo? uma vida, finalmente, lhe era apresentada.
com medo do perigo de viver, ana se recompõe e volta pra casa. é recebida por seu filho. vai para a cozinha, prepara jantar, afastando-se do perigo de viver. no quarto, deita-se e apaga a luz para dormir.

quer saber mais ?
assista-me!


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

temas para redação enem 2016





sim, sim, continuo indicando alguns temas para produção de texto, neste próximo vestibular, enem, 2016.

como se sabe, a prova tem priorizado, até agora, o gênero argumentativo.
basicamente, algo assim:

introdução - - nela, apresenta-se o assunto e a tese aparece. a sua tese, sua ideia a respeito da proposta.

desenvolvimento - - - surgem os argumentos que defendem a tese. pelo menos dois.

proposta de solução ao problema - - o vestibulando deve ser objetivo na abordagem do problema que mora na proposta, sempre respeitando direitos humanos

conclusão - - - reforçar a tese. a sua tese.

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alguns temas para você estudar e produzir

1. mobilidade urbana
2. função da arte
3. corrupção 
4. esporte vs. educação física, na escola
5. economia compartilhada (uber, airbnb etc)
6. maioridade penal
7. questão de gênero / sexualidade
8. zoológico ou parque (reservas ambientais)
9. desperdício de alimentos

bom estudo!
boa prova!