romantismo, oficialmente, apareceu no brasil com "suspiros poéticos e saudades", de gonçalves de magalhães, 1836. depois dele, alencar, gonçalves dias e até o garoto castro alves fizeram mais sucesso. as principais marcas desse estilo, por aqui : natureza exuberante, narrativas folhetinescas, adjetivos, fantasia e o tal amor. quer saber mais ? veja-me!
sabia que nos últimos dez anos, até agora, a média de mortes por ano supera 40 mil? isso mesmo: mais de 40 mil mortes por ano. não contei os feridos. só mortes. mais de 3 bilhões, só em 2015, foram gastos em indenizações para mortos e feridos, em acidentes pelas rodovias e ruas do país. e ainda há os imbecis que dizem que o sistema de aferição de velocidade é "fábrica de multas". muita gente -- principalmente de classe média, adora burlar o imposto, sonegar, comprar de ambulantes sem nota, tudo pra levar vantagem. é burrice. é crime. daí, falta ao estado condição para alimentar o s.u.s., para alimentar escolas públicas, a polícia, comprar vacina etc etc etc. daí, essa mesma classe média, cobra dos governos o combate à dengue, cobra escola de primeiro mundo, rua sem buraco...e adora sonegar. enquanto nossas escolas, templos, imprensa e poder público não se unirem pela democracia, pela transparência e ética, ainda vamos viver o inferno do individualismo. o exercício da boa convivência cidadã começa em casa e se estende à rua, para sempre. construir um país não é fácil. ser honesto é. veja:
romance moderno, frases curtas, discurso direto e indireto livre
prevalecem.
narrativa em terceira pessoa, onisciente. Aqui, o enredo expõe os
caminhos de gente abastada como zé maria ou leitão leiria; figuras quase
miseráveis como benévolo ou cacilda e também os de classe média e vida
assalariada como fernanda, honorato e prof. clarimundo. essas figuras vivem
realidade cinzenta, sem gosto, sonhando com outros mundos. é o caso de benévolo, assim como clarimundo ou mesmo noel. numa outra parte do enredo, a vida baseada no status
social expõe fragilidade do caráter de muitos personagens, como d. dodó
buscando fama na pobreza alheia ou mesmo seu marido e a postura adúltera que
assume. os devaneios e fantasias dos personagens são sempre superados pela
realidade.
repare que veríssimo se faz valer da técnica do "contraponto", ou seja, um evento mostrado sob diferentes pontos de vista.
por vezes, a narrativa assume cadência mais lenta, mas a descrição não é
estática e auxilia a compreensão da rotina dos personagens, muitos – se não
todos, levados pelo destino, sem muita iniciativa própria.
a expressão “ver a cara do madruga”,
do cel. pedrosa denota essa vontade de querer existir superando o outro,
apenas vivendo aos olhos do outro. à primeira vista, pode-se pensar que a
história toda é do homem sírio, como sugere professor clarimundo. o nome dele uma provocação: clarear o mundo. a realidade é cruel e
consome os menos corajosos. será? pode
ser que tudo seja obra do homem de sírio... essa dúvida é da arte.
são personagens simplórios no quesito ação ética (ou mesmo moral) mas
descritos com profundidade rara e antecipa, de certa forma, o que se vai ler no
traço de clarice lispector ou guimarães rosa.
passados tantos anos da publicação do livro... hoje, só hoje, foi possível mostrar aos leitores e amantes de histórias esquisitas de onde veio a trama de josé de alencar... veja!
"memórias póstumas de brás cubas" é marca histórica na obra de seu autor, machado, assim como de toda nossa história literária. saiu em 1881, no rio de janeiro, terra natal do autor. inaugura, para muitos, nosso realismo. contudo, desde seu início, sabemos das firulas literárias de seu estilo, apresentando delírio de morte, teoria científica efêmera, frases curtas e a tal metalinguagem. está mais pra pré-modernismo do que qualquer outra coisa. enfim, a vida vale a pena ler e me assistir, por que não?
ser contra a cultura do estupro não significa querer violência contra estupradores... sempre há os que não estudam e saem pedindo castração química desse tipo de gente. não. não vai adiantar. não se combate violência com outra, não resolve. estuprar e sinônimo de inibir, violentar e impor a dominação de "a" sobre "b". é básico defender o respeito, sempre, desde o berço. é básico indignar-se, nunca fazer piada sobre isso porque, no limite, nunca é piada. é crime.