pense numa espiral. pense num quadro de dali. pense em uma narrativa densa, poética. pense na áfrica dos últimos trinta anos. "terra sonâmbula" é muito mais que literatura moderna. é magia. portal de fantasia e história. mítico. crítico e filosófico. mia couto é cirúrgico quando se trata de construir painel para uma determinada ação. cenário que se move, personagens que se desfazem. são duas narrativas : muidinga e tuhair -- uma criança e um idoso -- fugindo da guerrilha, durante a guerra civil, emoçambique. a dupla busca abrigo num velho ônibus queimado (um "machimbombo"). lá, o garoto muidinga encontra um caderno e começa a ler as histórias de kindzu, ali narradas. quer mais ? veja-me!
animado com a chance de melhorar o mundo todo com um canal no youtube, resolvi fazer um tutorial singelo, técnico, sobre uma ferramenta que edita vídeos. de repente, algum neófito pode precisar de minhas dicas. qual foi o tema ? como criar uma imagem-capa para seu vídeo, como esta que você está vendo aqui abaixo. vamos lá!
quem aqui nunca ouviu falar dessa dupla inoxidável e açucarada? pois é... "romeu e julieta", famosa tragédia, remonta o século 15 e saiu da cabeça de william shakespeare, dramaturgo inglês. pode sim ter sido história verídica. quer saber mais? veja-me !
romance moderno, frases curtas, discurso direto e indireto livre
prevalecem.
narrativa em terceira pessoa, onisciente. Aqui, o enredo expõe os
caminhos de gente abastada como zé maria ou leitão leiria; figuras quase
miseráveis como benévolo ou cacilda e também os de classe média e vida
assalariada como fernanda, honorato e prof. clarimundo. essas figuras vivem
realidade cinzenta, sem gosto, sonhando com outros mundos. é o caso de benévolo, assim como clarimundo ou mesmo noel. numa outra parte do enredo, a vida baseada no status
social expõe fragilidade do caráter de muitos personagens, como d. dodó
buscando fama na pobreza alheia ou mesmo seu marido e a postura adúltera que
assume. os devaneios e fantasias dos personagens são sempre superados pela
realidade.
repare que veríssimo se faz valer da técnica do "contraponto", ou seja, um evento mostrado sob diferentes pontos de vista.
por vezes, a narrativa assume cadência mais lenta, mas a descrição não é
estática e auxilia a compreensão da rotina dos personagens, muitos – se não
todos, levados pelo destino, sem muita iniciativa própria.
a expressão “ver a cara do madruga”,
do cel. pedrosa denota essa vontade de querer existir superando o outro,
apenas vivendo aos olhos do outro. à primeira vista, pode-se pensar que a
história toda é do homem sírio, como sugere professor clarimundo. o nome dele uma provocação: clarear o mundo. a realidade é cruel e
consome os menos corajosos. será? pode
ser que tudo seja obra do homem de sírio... essa dúvida é da arte.
são personagens simplórios no quesito ação ética (ou mesmo moral) mas
descritos com profundidade rara e antecipa, de certa forma, o que se vai ler no
traço de clarice lispector ou guimarães rosa.
escolher carreira, na juventude, não é tarefa fácil. ainda mais quando se trata de classe média, para quem tudo tem um preço e o prazer é consequência. muitos jovens que conheço -- trabalho com ensino médio -- se sentem pressionados, ora pela famíla, ora pela comunidade (colegas, mídia e até professores) a buscar um curso universitário que lhes dê garantias financeiras, como se isso fosse possível. todas as escolhas permitem ascensão em qualquer sentido... basta escolher com gosto e entregar-se. felicidade rima com felicidade e ponto. grana é consequência. veja :