livro publicado em 1934
44 poemas
"mensagem" contém misticismo, lirismo, caráter histórico e ... melhor clicar no vídeo aqui :
livro publicado em 1934
44 poemas
"mensagem" contém misticismo, lirismo, caráter histórico e ... melhor clicar no vídeo aqui :
jaguarê é um jovem caçador da tribo araguaia caminhando em busca de um adversário de valor a quem possa vencer. ele precisa se tornar um verdadeiro guerreiro de sua tribo. jandira, jovem índia, o espera. ele está às margens do tocantins, no território da tribo de mesmo nome. jaguarê precisa de guerreiro para vencer, pois não teme o feras como o jaguar
Os veados saltam das moitas de ubaia e vêm retouçar na grama, zombando do caçador. Jaguarê não vê o tímido campeiro, seus olhos buscam um inimigo capaz de resistir-lhe ao braço robusto. Ele chama-se Jaguarê, o mais feroz jaguar da floresta; os outros fogem espavoridos quando de longe o pressentem.
Não é esse o inimigo que procura, porém
outro mais terrível para vencê-lo em combate de morte e ganhar nome de
guerra. (...)
— Eu sou Araci, a estrela do dia, filha de
Itaquê, pai da grande nação tocantim. Cem dos melhores guerreiros o servem em
sua cabana para merecer que ele o escolha (...). O mais forte e valente me
terá por esposa. Vem comigo, guerreiro araguaia, excede aos outros no trabalho
e na constância, e tu romperás a liga de Araci na próxima lua do amor.
araci parte e,
mais tarde, surge pojucã, guerreiro. lutam ambos noite adentro, até que jaguarê
vence o guerreiro tocantim e o leva preso. festa na tribo araguaia. jaguarê é
tornado ubirajara, senhor da lança, aquele que tem por arma uma serpente. camacã, pai do guerreiro, empunhou o grande arco da nação, grosso como o braço
de um índio, e o apresentou a ubirajara, como símbolo de valor e glória. o jovem
guerreiro, contudo, ainda sonha com araci, filha da luz. jandira cansada de
esperar por aquele que, antes, a escolhera, sai à procura de seu amado.
o guerreiro da
nação araguaia parte para região dos tocantins. é recebido por itaquê, o chefe,
pai de pojucã. lá se apresenta como pretendente de araci e se diz guerreiro,
sem identificar-se como ubirajara, vencedor em combate a pojucã. pelo fato de
ter chegado em paz, lhe é dado nome de Jurandir, aquele que chegou através da
luz do céu.
De longe Araci viu o estrangeiro, sentado entre os
anciões, como o frondoso jacarandá no meio dos velhos troncos das aroeiras.O coração de Araci encheu-se de alegria.
(...)
no dia dos
combates e das provas, jurandir (ubirajara) vence a todos. é então levado
diante de itaquê para que revelasse a verdadeira identidade, uma vez que iria
se casar com araci. ao saberem que o guerreiro era da tribo araguaia, fica
declarada uma guerra, pois o nome de pojucã fora pronunciado como prisioneiro.
na taba dos
araguaias, ubirajara chama pojucã e pede para retornar à sua nação para fortalecê-los
no combate e ter a chance de ser vencido outra vez. nação
araguaia parte para a batalha, chefiada por ubirajara. no trajeto encontram os
tapuias. estes queriam guerra contra os tocantins, pois, num passado recente, pojucã teria incendiado a cabana do pajé. os tapuias eram liderados por canicrã. em respeito, ubirajara ficou apenas observando. no combate, itaquê é ferido nos olhos por flechas, fica cego. em meio à fúria e à dor, itaquê, mesmo sem enxergar, despedaça a cabeça de canicrã. movidos por
mais esta vingança, os tapuias voltam à batalha, tentando honrar o nome do
chefe canicrã. desesperados e sem liderança, -- itaquê cego --, os tocantins pedem a ubirajara que lidere a tribo tocantim no combate. o senhor da lança, amado por jandira e araci, empunha o arco de itaquê e, sob
suas ordens, comanda as duas tribos na guerra contra os tapuias, vencendo seu
novo líder, agniná, e os demais guerreiros. com a união das tribos tocantim e araguaia,
nasce uma só nação, a dos ubirajaras.
saiba mais - - assista-me!
[ laerte ]
é mais do que urgente defender democracia, não só porque está na lei, mas porque é saudável e faz exercitar ações como tolerância, gosto por argumentar quando tiver opinião diversa de outros, respeito ao próximo e, consequentemente, aproximar-se da educação. isso mesmo: livro, escola, essas coisas. daí entra-se na disputa saudável pela sociedade.
historicamente, há violência contra mulher, contra pretos, comunidade lgbt, defensores da natureza etc...e também o mercado é o deus de nossa elite que, como se sabe, há quinhentos anos, explora tudo a seu favor. por isso, disputar a sociedade significa estar próximo a seus anseios e ofertar humanidade: valor à naureza, à cultura indígena, à influência africana por aqui, respeitar diversidade, direito a emprego, fortalecer escolas, acesso a moradia... é preciso repetir o óbvio sempre.
em fevereiro, 2021: coluna de leonardo sakamoto, fala marcelo freixo, deputado pelo psol:
À coluna, Freixo disse (...) "Pode ser estranho dizer isso neste momento em que ele está em queda. Mas, com este episódio, ele [Silveira] sai cacifado para uma disputa de sociedade. Uma disputa tosca, claro, mas que faz parte de um projeto de longo prazo." O deputado do PSOL (...) lembra que o próprio bolsonarismo é uma disputa de poder, mas também de sociedade. E alerta que não são a mesma coisa. "Podemos derrotar Bolsonaro e o projeto de poder bolsonarista, mas a concepção bolsonarista de sociedade vai levar muito tempo para ser derrotada. Uma concepção armada, machista, intolerante, racista, que não foi Bolsonaro que inventou, mas que ele assumiu como sua, e que se alimenta de tradições históricas muito fortes", avalia.
clica : sakamoto e a prisão de silveira
niketche é dança tradicional do meio rural de moçambique, região da zambézia, áfrica.
livro de paulina chiziane, lançado em 2002, lisboa.
romance. naração em primeira pessoa: rami (rosa maria)
rami reclama ausência do pai de seus filhos. ela confidencia sua angústia com o espelho. nele, a sua imagem dança e diz para ela que seu marido cansou. a dança é niketche.
"dançar é orar", diz rami. "a vida é uma grande dança".
rami casada com tony, cinco filhos.
tony -- chefe de polícia -- se envolve com mais quatro mulhres: julieta, saly, mauá e luísa. somados aos cinco filhos de rami, chegam a dezesseis, no total.
rami é conservadora, educada a obedecer vontades masculinas. é a cultura europeia cristã predominando na personalidade dela.
rami se descobre inexperiente nas questões sexuais -- mas esta é uma visão masculina de sua postura... -- rami, ingenuamente, incorpora
leitor fica sabendo que no norte há escolas de amor. um outro tipo de relação com vida amorosa.
no dia do aniversário de cinquenta anos de tony, rami decide uma surpresa. une as quatro mulheres do marido em meio à sua família. tony se esconde, envergonhado
rami, ao longo do livro, sempre ouvirá de figuras diferentes que o sofrimento por que passa, na situação de poligamia, é culpa dela mesma que não soube segurar o marido
rami une as mulheres e elas se tornam empresárias. tony se vê fora do protagonismo. pede divórcio
as mulheres descobrem que tony está com mais outra mulher: eva. é a sexta. elas temem que ele a assuma... têm ciúme e raiva
decididas, esposas -- praticamente "ex-esposas" -- resolvem passar lição em tony: as mulheres expõem a ele a proposta de que deveria casar-se mais uma vez. as mulheres apresentam a noiva: saluá, dezoito anos. ele não aceita, nervoso.
o romance expõe tradições que transcendem a religiosidade trazida por europeus: uma delas é a escola de amor. nela, mulheres são levadas por uma tutora, conselheira, a deixarem de ser crianças para se tornarem mulhres... contudo, a tal escola se mostra um curso para atender melhor os homens
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saber o final ? - - clica no vídeo
amarElo - é tudo pra ontem - documentário - emicida.
onde: netflix
o trabalho base está no teatro municipal, com música de emicida.
convidados bem ilustres, majur e pablo vittar dão o tom da diversidade dentro discurso do documentário que sinaliza que não se luta pela metade. se a ideia é falar de excluídos, como os pretos, então havia espaço para comunidade lgbt e trans.
poesia, história, memória, arte plástica e, principalmente, gente unida, fazem deste documentário uma necessidade urgente.
temas como gentrificação e ressignificar trajetória dos pretos, no brasil, transcedem o caráter artístico do documentário.
como já disse poeta belchior : "o ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro"
noivos a cavalo 1950
vitalino pereira dos santos
(ribeira dos campos, caruaru, pernambuco julho 1909 - alto do moura, caruaru 1963)
ceramista popular e músico. desde criança começa a modelar pequenos animais com as sobras do barro usado por sua mãe na produção de utensílios domésticos, para serem vendidos na feira de caruaru. cria, na década de 1920, a banda zabumba vitalino, da qual é o tocador de pífano principal. muda-se para o povoado alto do moura, para ficar mais próximo ao centro de caruaru
[ fontes:itaú cultural e lelia coelho frota, 1988 ]
crenças populares, folclore, mundo rural, agreste. arte figurativa
saiba mais ! assista-me
ainda não saí da ressaca de 2020. estou cansado, estafado.
lembro das cenas imediatamente após a maratona de são silveste, por exemplo. ou qualquer outra maratona. atletas cruzam a linha de chegada, caem ou ficam segurando os joelhos com as mãos. há alguma vibração pela missão cumprida. mas o cansaço é maior.
estou assim, neste fim de janeiro: no asfalto. ainda não saí da raia... e sei que já já outra maratona começa.
olhem, a burrice de muitos governantes, os descasos de parte da população com precauções ao vírus maldito, tudo isso torna a situação desoladora, aqui à minha volta. é uma tortura saber que há, à minha volta, irresponsáveis, ignorantes com diploma na parede, fazendo campanha contra medidas restritivas de circulação com a reles opinião de que a economia quebra com lockdown e similares. triste demais.
daí a necessidade de coragem. resistir, denunciar, valorizar escola e a ciência dentro dela. coragem. até pra ter coragem é preciso coragem. criei um clichê, eu sei. mas meu estado, hoje, só oferece isso mesmo.
clarice lispector e a bruxaria? onde ?
e o prêmio nobel a bob dylan? merecido?
futebol na copa do mundo e literatura?
virginia woolf zoando a marinha inglesa ? oi?
bilac e coelho neto fazem pose para reproduzir "aula de anatomia" do rembrandt? heim?
saiba sobre essas e outras curiosidades aqui!
texto 1
No trailer revelado, o rapper reflete sobre um ditado Iorubá que diz: “Exu matou um pássaro ontem, com uma pedra que só jogou hoje”, “Esse ditado, é a melhor forma de resumir o que eu tento fazer. Eu não sinto que eu vim, eu sinto que eu voltei. E que de alguma forma, meus sonhos e minhas lutas começaram muito tempo antes da minha chegada”, conta.
https://br.nacaodamusica.com/posts/emicida-trailer-amarelo-e-tudo-pra-ontem/
texto 2
Renato Noguera, doutor em Filosofia, professor na Universidade Fed Rural do Rio de Janeiro (...) Exu é mensageiro, porta-voz, intérprete, ensina a “Enciclopédia brasileira da diáspora africana”, de Nei Lopes. Noguera completa: “É o orixá que abre caminho para o acontecimento. Na mitologia, quando joga a pedra por trás do ombro e mata o pássaro no dia anterior, Exu reinventa o passado. Ensina que as coisas podem ser reinauguradas a qualquer momento”.
https://www.geledes.org.br/as-voltas-que-o-mundo-da/
nota -
exu - último orixá, primeiro humano encarregado de levar pedidos às divindades e trazer
dádivas e também puniões
a) lidos os textos, como explicar o paradoxo do ditado citado pelo rapper emicida?
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resposta:
a ideia é recuperar o passado e rever injustiças sofridas pelo povo preto e construir presente e futuro sem racismo
o tema para redação 2020, enem (prova em janeiro 2021) foi saúde mental e seus estigmas.
vale sempre lembrar que em dezembro 2020, governo federal anunciou que encerraria programas ligados à saúde mental via sus.
os textos motivadores trataram de números sobre saúde mental, dando conta de que o brasil é o primeiro do ranking da depressão.
também se leu que redes sociais contribuíam para prejuízos na saúde mental, uma vez que buscam validar uma vida perfeita.
olhem, importantíssimo tema. assim como coronavírus não é "gripezinha", depressão -- por exemplo -- não é frescura (só pra usar um termo de um dos textos da prova). o estudante poderia seguir o caminho da prevenção, defendendo ideia de mais ofertas de profissionais especializados em espaços públicos -- como os do sus -- e isso levaria a argumentações ligadas aos benefícios da terapia, do apoio psicológico, principalmente em tempos de pandemia. ao final deste post, vídeo que fiz, em 2019, sobre saúde mental e outro sobre drogas (2020), dão ideia de que era importante para estudantes e professores tratarem do tema "saúde mental" permanentemente, quer seja pela depressão, quer seja pela busca de uma saída aos vícios a drogas lícitas ou não, dentre outras causas a esses desconfortos psicológicos.
em 2020, alunos da segunda série do ens. médio -- antonella e cauê, principalmente -- reforçaram uma ideia que tive sobre campanha comunitária ao setembro amarelo. foi ótimo o trabalho, mesmo com aulas remotas. estendi a ação para terceira série, recebi retornos muito bons de vários alunos também: maria fernanda, laura ferragut, joão, goya, bia melo, julia lopes e outros tantos.
numa ação que se chamou "ao vivo em debate" -- que criei com apoio da coordenação --, debati com professora amanda e alunos de nono ano e ensino médio o setembro amarelo, a questão do suicídio... foi bem produtivo.
espero que meus alunos que prestaram enem 2020, assim como outros tantos brasil afora, tenham feito boa prova. estudantes para quem universdade é ascensão social, segurança quanto a uma busca por prazer no trabalho.
primeira edição de "el libro de los abrazos" é de junho, 1991.
eduardo galeano (1940-2015), uruguaio. tradução do eric nepomuceno.
são textos curtos sobre vivências do eu-personagem, tanto pelas américas, como pela europa e dentro de si.
no espeço à dedicatória, lemos :
" Recordar: Do latim re-cordis tornar a passar
pelo coração. "
e o início é assim:
O mundo
Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas. — O mundo é isso — revelou —. Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo. [galeano, eduardo. livro dos abraços]
lembra estilo dos africanos mia couto e valter hugo mãe.
muitos textos tratam do tempo da ditadura militar na américa latina, do qual foi contemporâneo galeano. escreve sobre exilados, indígenas, torturas, arte, censura... outros textos relembram antepassados, aqueles mais antigos na luta pela liberdade e também alegorias do viver em estado de arte e estado de espera para mundo menos rude.
nessa linha, celebra a memória. celebra a necessidade de reconhecer nosso lugar, nossa história latina, deve ser por isso o "abraços", no título. e como são necessários.
vejam :
LÁGRIMAS OCULTAS
Florbela Espanca [ 1894 - 1930 ]
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
[ Livro de mágoas 1919 ]
soneto decassílabo de florbela da conceição espanca.
a palavra "querida" sofreu uma supressão de sílaba para que pudesse manter o verso 2 com a mesma métrica dos demais.
com exclamações e reticências, o poema expõe um eu dilacerado, ferido, pois o presente não é como o passado. nele, houve primaveras, ou seja, felicidades, prováveis amores... depois, como se lê no verso oito, abandono e esquecimento.
o título faz referência á tristeza da alma, interna, daí o termo "ocultas". ninguém pode ver porque caem dentro do próprio eu.
poema pessimista e de influência simbolista: subjetividade; valorização da espiritualidade; apego ao que é vago, impreciso.
saiba mais :
a plataforma disney+ colocou no ar, aqui no brasil, a série "the mandalorian", em 2020.
o ator que (quase) nunca tira seu capacete é pedro pascal.
vários são os diretores: reed, rodriguez e howard, dentre outros.
trilha sonora de de ludwig göransson.
são duas temporadas, 16 capítulos, em média cada um, 50 minutos, pouco mais, talvez. agrada fãs da saga star wars e também quem nunca ouviu falar em mesttes jedi ou darth vader.
síntese: guerreiro mandaloriano precisa cuidar do bebê yoda (grogu) que é perseguido pelas forças do mal, ligadas ao império. durante os capítulos, o mandaloriano faz das tripas coração e protege seu bebê que, além de ser verde, tem superpoderes.
numa das cenas, da segunda temporada, inimigos do mandaloriano explodem sua nave. praticamente tudo vira pó. contudo, em meio a fumaça e cinzas, ele encontra peça em forma de bola de metal, menor que a palma de sua mão, com a qual o pequeno grogu brincava. era uma extensão de um dos controles do painel. o mandaloriano guarda a peça consigo. quem assiste e vê -- em mais de um capítulo --, a referência a esta pecinha, crê que algo acontecerá, mais adiante, com ela. nada. daí, senti falta de algo, no enredo, ligado a ela. achei que fosse fazer parte do desfecho. nada.
outra: ao final, jovem luke skywalker -- feito em computação gráfica -- surge para resgatar seu jovem yoda e poder treiná-lo. é a missão do mandaloriano sendo cumprida. ele, o jedi luke, enfrenta os ferozes robôs do mal. vence. achei que, nessa hora, os poderes do jovem yoda fizessem algo para driblar as tensões, mas nada acontece. ele fica de camarote vendo tudo e, com quase nenhma relutância, segue aquele que irá ensiná-lo a ser um yoda sábio. o mandaloriano e seu protegido se separam como se tivessem acabado de se conhecer. ficou meio sem sal o desfecho, juro.
a questão das relações de trabalho, na atualidade, é ilustrada por essa série. o mandaloriano é um prestador de serviço, sem vida privada que acaba se revoltando contra parte do sistema não por causa das condições ruins e arriscadas de trabalho, mas por causa do elemento de um de seus serviços: o bebê jedi.
vale a pena trecho do "le monde brasil" sobre "mandalorian":
Os filmes críticos de ficção científica falam de um futuro extremamente avançado, ou de uma sociedade que se colapsou por conta do consumo exagerado. Contestam esse processo, mas não mostram alternativas humanitárias, muito menos defendem um ponto de vista no qual concebem as tecnologias como desnecessárias. Apenas defendem que é preciso usá-las com responsabilidade. No fim das contas, o futuro tecnológico continua sendo imaginado. E o presente continua trancafiado nessa expectativa que realiza muito pouco em termos humanitários, mas que rende um lucro altíssimo para as corporações. O consumidor, portanto, encontra na tela, assim como nos romances de ficção científica, o que ele já espera (...)
https://diplomatique.org.br/the-mandalorian-de-guerreiro-a-novo-proletariado-de-servicos/
Violeiros, 1950 cerâmica 18 cm
(...) De início, ele pinta suas composições com pigmentos naturais feitos de barros de diferentes tons. A seguir usa tintas industriais, mas como isso sai caro, passa a dissolver breu em querosene e adicionar-lhes os preparados comerciais. Mais adiante, reserva os esmaltes comerciais para encomendas do público com maior poder aquisitivo e continua a vender trabalhos para seus compadres habituais da feira (...)
FROTA, Lélia Coelho - Pequeno dicionário da arte do povo brasileiro, ed aeroplano
breu – substância escura, inflamável,
obtida na destilação do alcatrão ou
pela resina
de determinadas plantas
1. Lido o texto, sabe-se que a arte de mestre Vitalino não deve ser tratada como
a) regional
b) instintiva
c) figurativa
d) surrealista
2. A obra do artista plástico Vitalino está inserida em um plano conhecido como
a) art nouveau
b) arte abstrata
c) arte popular
d) arte do mamulengo
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reposta
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1b
2c
saiba mais - - -
Vitalino Pereira dos Santos (Ribeira dos Campos, Caruaru PE 1909 - Caruaru 1963)
Ceramista popular e músico. Filho de lavradores, ainda criança começa a modelar pequenos animais com as sobras do barro usado por sua mãe na produção de utensílios domésticos, para serem vendidos na feira de Caruaru. Ele cria, na década de 1920, a banda Zabumba Vitalino, da qual é o tocador de pífano principal. Muda-se para o povoado Alto do Moura, para ficar mais próximo ao centro de Caruaru.
joão cabral, poeta de nomeada, sofria de enxaqueca e dedicou poema para um comprimido. chama-se "num monumento à aspirina". é até bonito. mas poesia a gente não come, não dilui em água, não dá pra dizer que ela cura totalmente a solidão. pode ocupar determinado tempo, depois a solidão volta. há controvérsias...
e há quem chame a dor da gente de nervosismo. outras dizem que é ansiedade. culpa é nome que serve, vez ou outra. medo é nome comum. depressão já ouvi também.
NUM MONUMENTO À ASPIRINA
João Cabral de Melo Neto
Claramente: o mais prático dos sóis,
o sol de um comprimido de aspirina:
de emprego fácil, portátil e barato,
compacto de sol na lápide sucinta.
Principalmente porque, sol artificial,
que nada limita a funcionar de dia,
que a noite não expulsa, cada noite,
sol imune às leis de meteorologia,
a toda a hora em que se necessita dele
levanta e vem (sempre num claro dia):
acende, para secar a aniagem da alma,
quará-la, em linhos de um meio-dia...
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acho que todo mundo já passou por essa de sofrer solidão, angústia. uns mais, outros menos. remédios existem. alguns são de engolir outros de sentir. mas existem.
poesia pode ajudar. pensei em chamar joão cabral e pedir opinião, consulta. poeta geralmente é bom na palavra. mas joão está morto. está sem dores, eu sei. mas morto. poesia e aspirina. vale a pena comparar uma coisa e outra?
[ carta do jogo "trunfo das letras" que inventei ]
escrever melhora sua visão de mundo.
dar nome às coisas clareia o escuro da dúvida.
nomear é também significar.
quem fez isso bem, no século 20, foi clarice lispector. ela e o mago rosa, lá de minas gerais.
cem anos de idade, clarice fez, neste 2020.
escrever por clarice? pode ser.
escrever por você? sempre! basta começar.
escrever como clarice? olhem, difícil... mas como o mundo ainda não acabou, sempre há o que se esperar nesse universo da escrita.
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conheça um conto da escritora!
procure asisitir nesta ordem aqui. bom estudo !