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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

emicida é questão de prova, por aqui


“AMARELO – É TUDO PRA ONTEM”

       texto 1

No trailer revelado, o rapper reflete sobre um ditado Iorubá que diz: Exu matou um pássaro ontem, com uma pedra que só jogou hojeEsse ditado, é a melhor forma de resumir o que eu tento fazer. Eu não sinto que eu vim, eu sinto que eu voltei. E que de alguma forma, meus sonhos e minhas lutas começaram muito tempo antes da minha chegada”, conta.

https://br.nacaodamusica.com/posts/emicida-trailer-amarelo-e-tudo-pra-ontem/

            texto 2

Renato Noguera, doutor em Filosofia, professor na Universidade Fed Rural do Rio de Janeiro (...) Exu é mensageiro, porta-voz, intérprete, ensina a “Enciclopédia brasileira da diáspora africana”, de Nei Lopes. Noguera completa: “É o orixá que abre caminho para o acontecimento. Na mitologia, quando joga a pedra por trás do ombro e mata o pássaro no dia anterior, Exu reinventa o passado. Ensina que as coisas podem ser reinauguradas a qualquer momento”.

https://www.geledes.org.br/as-voltas-que-o-mundo-da/


nota -

exu - último orixá, primeiro humano encarregado de levar pedidos às divindades e trazer  

dádivas e também puniões  


a) lidos os textos, como explicar o paradoxo do ditado citado pelo rapper emicida?

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resposta:

a ideia é recuperar o passado e rever injustiças sofridas pelo povo preto e construir presente e futuro sem racismo

domingo, 23 de agosto de 2020

seis personagens pretos - literatura para vestibular



                                                    [ carolina m de jesus ]

assunto visceral esse do racismo

na literatura, chama atenção o tema pouco explorado

atenção para estes nomes:

[ ordem aleatória ]

mãitina
campo geral - rosa

bertoleza
o cortiço - azevedo

sancha
a falência - julia  

prudêncio
m p brás cubas - machado

chica da silva
romanceiro da inconfidência - cecília

carolina de jesus
quarto de despejo - carolina


mãitina - adepta do candomblé; trabalhava com empregada; região do mutum,  contrasta com vó izidra, idosa católica e muito conservadora

bertoleza - confia em romão - português, branco - e se vê traída pelo amado quando este consegue frequentar a elite, depois de enriquecer com aluguel de quartos, no cortiço; bertoleza suicida-se assim que percebe que irá voltar a ser escravizada

sancha - trabalha na casa de tia de camila, é explorada, humilhada; ruth, filha de camila, chega a sugerir que ela fugisse -- vale notar que ruth, branca, não sugere que as tias parem de maltratá-la... é a negra que precisa fugir

prudêncio - viveu parte da infância sob as humilhações de brás cubas, da mesma idade; ao chegar à vida adulta, alforriado, comprava escravos e os tratava da mesma forma quando ele, prudêncio, era menino, usando do mesmo jargão de seu ex-dono: "cala boca, besta"

chica da silva - "é a chica que manda!" diz um dos versos do livro de cecília meireles; século 18, assim que se vê rodeada de joias e acolhida pelo homem branco, comporta-se como tal

carolina - no seu diário, carolina de jesus relata a vida paupérrima que vivia, na favela canindé, s paulo, século 20; carolina pensa em matar seus filhos e suicidar-se para evitar a chance de que a fome os consumisse e a raiva da miséria a que era submetida

- importante questionar como eram as relações dessas figuras com as demais da sociedade em que se inserem
- perceber as consequências de séculos de escravidão, no país
- perceber que boa parte da igreja católica foi conivente com escravatura -- o que explica, em muito, o silêncio da maioria de sua liderança, quando o assunto é racismo
- mesmo filho de mulher preta com um português, machado de assis nunca deu protagonismo a personagem preto; a bem da verdade, ele não teria obrigação alguma de fazer isso, mas que chama atenção, chama... talvez isso -- não dar destaque a pretos -- explique porque há uma quase unanimidade em torno de seu nome como melhor escritor etc... se abraçasse mais causas populares -- como fez lima barreto -- talvez perdesse o posto ... brasileiro, em geral, é conservador demais

outros destaques: negrinha (negrinha, lobato); grupos pretos; favelados (sobrevivendo no inferno, racionais); pedro (demônio familiar, alencar)





quinta-feira, 30 de abril de 2020

navio negreiro e o desespero


                                              [ rugendas, século 19 ]

falei com meus alunos, esta semana, sobre castro alves.
claro, o destaque é navio negreiro

a negritude.

a denúncia social.

há os excessos de interjeições, hipérboles e exclamações. 
forças previsíveis do estilo.

a juventude inerente à subjetividade de seus versos também conta.

com certeza, melhor poeta que casemiro de abreu, álvares ou mesmo gonçalves de magalhães. 

em "navio negreiro" há revolta, nas palavras do poeta, mas, no limite, ela clama por deus, chama as ondas do mar, os ventos, até um tufão é gritado.

não se trata, neste caso, de crítica social como se viu em "o primo basílio" (eça) ou "quincas borba" (machado), livros do período posterior ao romantismo.

é um clamor de desespero.

é castro alves

é o romantismo.

. . . . . .  .  .  .  .  .  .  .  .   .   .   .   .

saiba mais



domingo, 7 de maio de 2017

rio de janeiro e o samba




o rio de janeiro continua cantando.
cento e um anos de samba, em 2017. "pelo telefone", de donga, é um marco na história da música negra no país e, por acaso, continua linda.





quarta-feira, 21 de setembro de 2016

poemas negros
















jorge de lima, pota moderno que produziu literatura de quase todo jeito: épica, lírica, clássica, folclórica...
seu estilo mais marcante é o que a crítica chama de "modernismo fase 2", geração de 1930 / 45.

"poemas negros" é um bom destaque. linguagem próxima da oralidade, vocabulário afro, verso livre. vale a pena. e está nos vestibulares aqui dom sudeste.



quinta-feira, 9 de junho de 2016

questão de pele ?





clarissa lima, carioca, professora, negra. seu livro "cor de pele" é leitura fundamental para quem se interessa pela educação, pela cultura racial e quer mais debate positivo a respeito da negritude, hoje, nas escolas.
estive com ela, maio de 2016, no rio de janeiro. li seu livro, entrevistei autora. 
imperdível. não vou me esquecer.