sábado, 9 de janeiro de 2021

mandalorian: série não decepciona, mas trai algumas expctativas

                             

a plataforma disney+ colocou no ar, aqui no brasil, a série "the mandalorian", em 2020. 

o ator que (quase) nunca tira seu capacete é pedro pascal.

vários são os diretores: reed, rodriguez e howard, dentre outros.

trilha sonora de de ludwig göransson.

são duas temporadas, 16 capítulos, em média cada um, 50 minutos, pouco mais, talvez. agrada fãs da saga star wars e também quem nunca ouviu falar em mesttes jedi ou darth vader.

síntese: guerreiro mandaloriano precisa cuidar do bebê yoda (grogu) que é perseguido pelas forças do mal, ligadas ao império. durante os capítulos, o mandaloriano faz das tripas coração e protege seu bebê que, além de ser verde, tem superpoderes. 

numa das cenas, da segunda temporada, inimigos do mandaloriano explodem sua nave. praticamente tudo vira pó. contudo, em meio a fumaça e cinzas, ele encontra peça em forma de bola de metal, menor que a palma de sua mão, com a qual o pequeno grogu brincava. era uma extensão de um dos controles do painel. o mandaloriano guarda a peça consigo. quem assiste e vê -- em mais de um capítulo --, a referência a esta pecinha, crê que algo acontecerá, mais adiante, com ela. nada. daí, senti falta de algo, no enredo, ligado a ela. achei que fosse fazer parte do desfecho. nada. 

outra: ao final, jovem luke skywalker -- feito em computação gráfica -- surge para resgatar seu jovem yoda e poder treiná-lo. é a missão do mandaloriano sendo cumprida. ele, o jedi luke, enfrenta os ferozes robôs do mal. vence. achei que, nessa hora, os poderes do jovem yoda fizessem algo para driblar as tensões, mas nada acontece. ele fica de camarote vendo tudo e, com quase nenhma relutância, segue aquele que irá ensiná-lo a ser um yoda sábio. o mandaloriano e seu protegido se separam como se tivessem acabado de se conhecer. ficou meio sem sal o desfecho, juro.

a questão das relações de trabalho, na atualidade, é ilustrada por essa série. o mandaloriano é um prestador de serviço, sem vida privada que acaba se revoltando contra parte do sistema não por causa das condições ruins e arriscadas de trabalho, mas por causa do elemento de um de seus serviços: o bebê jedi. 

vale a pena trecho do "le monde brasil" sobre "mandalorian": 

Os filmes críticos de ficção científica falam de um futuro extremamente avançado, ou de uma sociedade que se colapsou por conta do consumo exagerado. Contestam esse processo, mas não mostram alternativas humanitárias, muito menos defendem um ponto de vista no qual concebem as tecnologias como desnecessárias. Apenas defendem que é preciso usá-las com responsabilidade. No fim das contas, o futuro tecnológico continua sendo imaginado. E o presente continua trancafiado nessa expectativa que realiza muito pouco em termos humanitários, mas que rende um lucro altíssimo para as corporações. O consumidor, portanto, encontra na tela, assim como nos romances de ficção científica, o que ele já espera (...)

https://diplomatique.org.br/the-mandalorian-de-guerreiro-a-novo-proletariado-de-servicos/


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