ainda não saí da ressaca de 2020. estou cansado, estafado.
lembro das cenas imediatamente após a maratona de são silveste, por exemplo. ou qualquer outra maratona. atletas cruzam a linha de chegada, caem ou ficam segurando os joelhos com as mãos. há alguma vibração pela missão cumprida. mas o cansaço é maior.
estou assim, neste fim de janeiro: no asfalto. ainda não saí da raia... e sei que já já outra maratona começa.
olhem, a burrice de muitos governantes, os descasos de parte da população com precauções ao vírus maldito, tudo isso torna a situação desoladora, aqui à minha volta. é uma tortura saber que há, à minha volta, irresponsáveis, ignorantes com diploma na parede, fazendo campanha contra medidas restritivas de circulação com a reles opinião de que a economia quebra com lockdown e similares. triste demais.
daí a necessidade de coragem. resistir, denunciar, valorizar escola e a ciência dentro dela. coragem. até pra ter coragem é preciso coragem. criei um clichê, eu sei. mas meu estado, hoje, só oferece isso mesmo.
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