jaguarê é um jovem caçador da tribo araguaia caminhando em busca de um adversário de valor a quem possa vencer. ele precisa se tornar um verdadeiro guerreiro de sua tribo. jandira, jovem índia, o espera. ele está às margens do tocantins, no território da tribo de mesmo nome. jaguarê precisa de guerreiro para vencer, pois não teme o feras como o jaguar
Os veados saltam das moitas de ubaia e vêm retouçar na grama, zombando do caçador. Jaguarê não vê o tímido campeiro, seus olhos buscam um inimigo capaz de resistir-lhe ao braço robusto. Ele chama-se Jaguarê, o mais feroz jaguar da floresta; os outros fogem espavoridos quando de longe o pressentem.
Não é esse o inimigo que procura, porém
outro mais terrível para vencê-lo em combate de morte e ganhar nome de
guerra. (...)
— Eu sou Araci, a estrela do dia, filha de
Itaquê, pai da grande nação tocantim. Cem dos melhores guerreiros o servem em
sua cabana para merecer que ele o escolha (...). O mais forte e valente me
terá por esposa. Vem comigo, guerreiro araguaia, excede aos outros no trabalho
e na constância, e tu romperás a liga de Araci na próxima lua do amor.
araci parte e,
mais tarde, surge pojucã, guerreiro. lutam ambos noite adentro, até que jaguarê
vence o guerreiro tocantim e o leva preso. festa na tribo araguaia. jaguarê é
tornado ubirajara, senhor da lança, aquele que tem por arma uma serpente. camacã, pai do guerreiro, empunhou o grande arco da nação, grosso como o braço
de um índio, e o apresentou a ubirajara, como símbolo de valor e glória. o jovem
guerreiro, contudo, ainda sonha com araci, filha da luz. jandira cansada de
esperar por aquele que, antes, a escolhera, sai à procura de seu amado.
o guerreiro da
nação araguaia parte para região dos tocantins. é recebido por itaquê, o chefe,
pai de pojucã. lá se apresenta como pretendente de araci e se diz guerreiro,
sem identificar-se como ubirajara, vencedor em combate a pojucã. pelo fato de
ter chegado em paz, lhe é dado nome de Jurandir, aquele que chegou através da
luz do céu.
De longe Araci viu o estrangeiro, sentado entre os
anciões, como o frondoso jacarandá no meio dos velhos troncos das aroeiras.O coração de Araci encheu-se de alegria.
(...)
no dia dos
combates e das provas, jurandir (ubirajara) vence a todos. é então levado
diante de itaquê para que revelasse a verdadeira identidade, uma vez que iria
se casar com araci. ao saberem que o guerreiro era da tribo araguaia, fica
declarada uma guerra, pois o nome de pojucã fora pronunciado como prisioneiro.
na taba dos
araguaias, ubirajara chama pojucã e pede para retornar à sua nação para fortalecê-los
no combate e ter a chance de ser vencido outra vez. nação
araguaia parte para a batalha, chefiada por ubirajara. no trajeto encontram os
tapuias. estes queriam guerra contra os tocantins, pois, num passado recente, pojucã teria incendiado a cabana do pajé. os tapuias eram liderados por canicrã. em respeito, ubirajara ficou apenas observando. no combate, itaquê é ferido nos olhos por flechas, fica cego. em meio à fúria e à dor, itaquê, mesmo sem enxergar, despedaça a cabeça de canicrã. movidos por
mais esta vingança, os tapuias voltam à batalha, tentando honrar o nome do
chefe canicrã. desesperados e sem liderança, -- itaquê cego --, os tocantins pedem a ubirajara que lidere a tribo tocantim no combate. o senhor da lança, amado por jandira e araci, empunha o arco de itaquê e, sob
suas ordens, comanda as duas tribos na guerra contra os tapuias, vencendo seu
novo líder, agniná, e os demais guerreiros. com a união das tribos tocantim e araguaia,
nasce uma só nação, a dos ubirajaras.
saiba mais - - assista-me!
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