domingo, 12 de janeiro de 2025

balada de amor ao vento - paulina - história de amor

                                   

  "balada de amor ao vento" -- romance, 1990, moçambique - paulina chiziane

- narração: predominantemente primeira pessoa pela figura feminina: sarnau
- existe, principalmente, nos capítulos 7, 15, 16 e 17, a presença de um narrador onisciente 

"o passado persegue-nos e vive consosco cada presente" (...) eu tenho um passado, esta história que quero contar"

mambone, às margens do rio save, começo de tudo. no início da história, ela revela que ali aprendeu a amar a vida e os homens.

"Tudo começa no dia mais bonito do mundo, beleza característica do dia da descoberta do primeiro amor. (...) Eu estava bonita com a minha blusinha, cor de limão (...). Coloquei-me na rede para ser pescada, e por que não? Já era mulherzinha e já tinha cumprido com todos os rituais. As mulheres atarefadas giravam para cá e lá no preparo do grande banquete. O aroma das carnes excitava o olfacto, fazendo crescer rios de saliva em todas as bocas (...)"

sarnau se aproxima de mwando. descobre que ele quer ser padre. mesmo assim, à beira do rio save, eles se revelam.

"Emudecemos de repente. As mãos encontraram-se. Veio o abraço tímido. Trocamos odores, trocamos calores. Dentro de nós floresceram os prados. Os pássaros cantaram para nós, os caniços dançaram para nós, o céu e a terra uniram-se ao nosso abraço"

mwando em conflito: quer ser padre mas está ligado a sarnau; o padre do colégio descobre carta que mwando escrevia para a moça. é expulso

sarnau revela a ele que está grávida, mas mwando já está de casamento marcado com moça que a família dele arrumou

sarnau entra em agonia. descobre, em seguida, que irá casar-se com nguila, da família zucula (nobre). família de sarnau foi lobolada. ou seja, o lobolo é uma espécie de compra de casamento: ofertam-se bens à família da noiva: aqui, foram 36 vacas e mais algum dinheiro

casada, separada da família, tem sensações conflitantes: vai absorver os benefícios da riqueza material do marido, mas sabe que terá função de ser dócil e agradável o tempo todo. por ter liderança nobre, nguila pode ter outras mulheres: poligamia. mas por ter chorado de ciúme ante postura nguila com uma das outras esposas, ela acaba tomando pontapé e soco. sangra, perde dente. a sogra insiste que ela deve obedecer e que será feliz assim.

mwando, por sua vez, casara-se com sumbi mas a relação deteriorou-se. ele fazia as vontades dela e era criticado até pelos anciãos. o casamento termina 

a morte do rei de mambone faz ascender ao trono nguila, o filho -- marido de sarnau; mwando ressurge a aborda sarnau; eles se declaram, se amam, ela fica grávida

graças a feitiços e fé nos mortos, sarnau consegue que seu marido tenha relações com ela, enconbrindo assim a gravidez adúltera. nasce zucula, filho de sarnau com mwando; phati -- a preferida do rei -- flagra encontro entre mwando e sarnau: conta tudo a nguila, o marido delas: o rei diz que matará ambas -- phati e sarnau

mwando e sarnau fogem; phati é morta
pouco tempo depois, no local onde se refugiam, surge nhambi, amigo de infância, para matar mwando a pedido do rei: mas mwando consegue um tempo para voltar para casa e decide fugir 

ele vai par angola... lá, é conhecido como padre-moçambique e vive em meio a degredados e a desgraça da vida do povo que trabalha na lavoura. 

quinze anos depois, ele volta para moçambique, em busca de sarnau -- ela agora vive de vender legumes numa feira, já havia se prostituído, perdera um ovário --  eles trocam juras de amor; contudo, ela diz que pode ficar com ele, mas contanto que pague: ela explica que teve de se prostituir para viver e que ele a traiu, causando sofrimento -- sarnau insiste que para ficar com ele é necessário pagamento: o preço de vinte e quatro casamentos, fruto do lobolo que envolveu trinta e seis vacas -- no passado --, animais estes que puderam gerar outros casamentos além do dela, na época

mwando parte porque não tem como pagar o que sarnau exige. tempos depois, ele ressurge, pede para ficar e é aceito

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domingo, 5 de janeiro de 2025

não passe pela direita

 

[ stefania, bril - são paulo, 1974 ]

foto da stefania bril, em 1974, do elevado "costa e silva" -- o general ditador, que bancou o AI - 5, dentre outras atrocidades.

conhecido como minhocão, ele foi rebatizado "joão goulart", tempos depois.

a foto, hoje, é tragicamente poética. e necessária. 
para frear a sanha ambiciosa e violenta desta extrema direita é necessário algo simples: votar. daí, fica mais fácil respirar.
basta reconhecer, em sua cidade, políticos (homens, mulheres) que apoiem a natureza, educação e democracia. o básico!

então, eleger essa gente! 

no dia da eleição, lembrar que política é do povo e para ele, e não um prêmio pra supostas celebridades.





sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

duas fotos

[ são paulo, dezembro 2024 ]

gosto dessa foto. mais ainda da que está por dentro, é um rosto de buda. a flor na foto dentro da foto é a mesma do vaso, acho que dá pra ver
é apartamento de carolina, filha do meio, são paulo, região do tatuapé.

as duas fotos fui em quem fez. a maior, agora, em dezembro 2024, a que está dentro, há anos. carol sempre carregou o quadrinho por onde morou
o ano foi intenso, denso, cheio de altos e baixos. mas não foi tão brutal como 2023, quando tive crise de ansiedade fortíssima, em julho. hoje, continuo na luta contra o sobrepeso, contra a sequela do câncer de próstata (retirado em 2018) mas acho que vou conseguir... família perto sempre acolheu tornando tudo bem leve, isso dá confiança. é amor que fala?

dezembro é mês de recesso escolar, então haverá chance de regular planos para o sobrepeso e mais terapias, vamos ver...
também estou mais perto de quem carrega os fardos e algumas delícias, isso importa. bia, filhos, irmão renato e quatro, cinco amigas e amigos.

mas eu tinha começado esse texto pra desejar feliz ano novo pra família. 

então, faço: feliz ano novo, família!
amo! obrigado!

:)

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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

canção para ninar menino grande: a escrevivência de conceição evaristo

 


narradora -- numa espécie de prólogo -- explica ao leitor que vai contar histórias de amor e que o processo é difícil. 
o relato do livro trata das relações de mulheres com um homem chamado fio jasmim. no presente da história, ele está com 44 anos, casado, vários filhos, da esposa pérola maria e de outras, como dalva, a ruiva.

a construção do livro é obra de duas mulheres: a narradora e juventina. outras mulheres que surgirão na narrativa: aurora, dos santos, angelina, dolores, antonieta, tina, dentre outras. tina é apelido de juventina. 

"(...) a fala suspensa foge da escrita. E mais, a grafia não registra a intensidade de um silêncio intervalar, diante de um renovado estado de estupor (...) só falarei do brilho das estrelas, das árvores frondosas que habitam determinada esquin e debulharei as palavras, da sua raiz até suas derivações, se tudo me vier agarrado à vida (...) fui uma das mulheres de fio jasmim (...) não, o moço não me é estranho , como as mulheres que estiveram com ele também não. eis o motivo de minha preocupação em escutar todas. são muitas, plurais e diversas as vozes que me provocavam a escrevivência

depois, a narrativa se inicia com o mal estar de juventina. dores no peito. assusta as amigas que a acolhem e pedem que ela levante os braços e que cante, para ativar os sentidos, melhorar a dor, mostrar que está bem. ela canta "canção para ninar menino grande".

o livro é composto por episódios que narram encontros de fio jasmim com mulheres, nas cidades em que o trem para. na juventude, ele foi auxiliar de maquinista e tinha sido educado para se envolver sexualmente com mulheres. "pai (...) ensinando ao filho, quando ele ficou rapazinho, como conquistar as mulheres". fio jasmin, crescido, conquistava, seduzia -- ou era seduzido -- e depois seguia adiante com o trem, abandonando tudo, até mesmo mulher grávida. a masculinidade de jasmim -- atrelada ao apoio dos dois maquinistas mais velhos -- é cruel, toxica, misógina. ele se comporta como um corpo que carece de satisfazer os desejos e é motivado a isso pelos homens em seu entorno, incluindo a  memória de seu pai que o incentivava a provar virilidade. existe o episódio do "príncipe", na escola: criança, não o deixaram  fazer o papel de príncipe, por ser negro.

numa das passagens da história, dolores dos santos recebe um envelope e descobre, dentro dele, foto de jasmim com pérola maria e seis filhos. era uma mensagem avassaladora: ele realmente mentira para ela. dolores tinha duas filhas com jasmim: rubia e safira. dolores teve ódio. certa vez, olhando novamente a foto, percebeu no rosto de pérola as faces de outras mulheres, parentes mais velhas, sofridas, "uma gama de mulheres, um universo feminino em ebulição, mesmo quando aparentemente estático. eram muitas as mulheres. e foi então que dolores dos santos percebeu que matar aquela mulher seria se matar também".

reparar os nomes das cidades: vila azul, ardência antiga, nova ardência, chegada feliz, fé rompida, dois laços, águas infindas, dias felizes... -- dentre outros nomes peculiares que indicam, sugerem um cenário ligado ao prazer, ligado ao relacionamento de jasmim com as mulheres em cada lugar.

juventina (tina) - - aquela que viveu com fio jasmim por trinta e cinco anos, mesmo ele sendo casado com pérola, claro.

é de tina a obra musical "canção para ninar menino grande": ela fez para ele.

os nomes das mulheres são colocados por inteiro. reforçam identidade e tiram possibilidade de que sejam tratadas só por apelido ou pela função na história. a narrativa é marcante, pela sororidade. fio jasmim, em determinado momento, vai descobrir que amor não é apenas o sexo.

o último episódio do livro começa assim: "busquei escrever a história que tina me contou".

"escrevivência" o que é? 

ah, vai ter que assistir o vídeo abaixo!

saiba mais - -



quarta-feira, 20 de novembro de 2024

bala que ficou para trás -- ebook do carneiro

 


da série "emília e iracema", deste que vos fala. 

um conto -- ou algo assim -- que envolve a cidade de santos, três (ou quatro) mulheres apaixonadas, uma chance de morte, literatura e ... e você precisa ler. é por pagu -- a patrícia galvão --, só pra deixar claro.

clicando agora aqui  bala que ficou para trás (clica) -- consiga seu livro!

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veja mais o que escrevi em "meus livros" -- botão acima

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

letra líquida é romance de relações fluidas

 


pisar as uvas. 

é o começo de tudo.
romance "letra líquida" é obra que mistura elementos de ficção, crítica literária e referências culturais em uma narrativa fluida.
o romance explora interações entre personagens fictícios com elementos da cultura literária e popular.
o enredo gira em torno de moema, uma personagem que parece ter saído diretamente das páginas de um livro clássico, especificamente de "caramuru", do frei santa rita durão.
a índia tupinambá moema é retratada como figura enigmática, quase mitológica. ela interage com outros personagens: gaspar e o narrador, tanto num mesmo apartamento, como na biblioteca da universidade. esta, por vezes, um lugar caótico, onde livros e versos se misturam de modos inesperados... o motivo? só lendo mesmo.
a trajetória de moema na narrativa pode ser vista como um processo de acúmulo e descarga de influências literárias... e sobra sensualidade nisso tudo. juro.

por que estou falando disso? 
é meu novo livro. um romance. 
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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

letra líquida está chegando: é a vingança

          


eu por mim mesmo:


"letra líquida" é obra que se destaca pela sua prosa lírica e enredo dinâmico. romance.

a narrativa demonstra domínio da linguagem, alternando entre prosa e versos envolventes. personagens são densos, bem desenvolvidos, refletindo complexidade das experiências amorosas. amor existe? desejo e impermanência da vida são temas básicos aqui. o livro nos convida a refletir sobre a perenidade da arte. é literatura.

marcelino freire já disse: "escrevo pra me vingar".
gostei da frase. então fica.

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no alto da página clca em "meus livros" - conheça o que já cometi




sexta-feira, 1 de novembro de 2024

em dezembro 2024: o que será ?...

 

                          
                                     [ legenda por sua conta ]


           está 

        chegando

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             clica




domingo, 27 de outubro de 2024

menino de três anos que brinca de pintar é chamado de "míni picasso"

 


laurent schwarz, três anos de idade e mancha de cores umas telas que seus pais dão a ele. é alegre e lúdico o movimento do quase-bebê. estamos em 2024.

o menino começou a pintar no fim de 2023.

os rabiscos coloridos passaram a valer milhares de euros com a disseminação das imagens do garotinho lambuzando telas e a si mesmo, neste 2024. 

foi chamado de "míni picasso". não é. trata-se de uma criança e não um técnico em arte plástica. não viveu ainda para discernir entre trabalho artístico e a diversão. o que ele faz é brincandeira de criança. simples assim.

é possível lucrar com essas manchas todas? claro. basta ter quem queira gastar. agora, tratar isso tudo como "novo picasso" é ridículo.

vejam abaixo


o próprio pai, na matéria que coloco a seguir, afirma que é apenas uma criança se divertindo. 
e é apenas uma criança se divertindo. juro.

vai cair no enem. 

materia da cnn brasil - menino pintor  - clica




quinta-feira, 17 de outubro de 2024

lição sobre função do estado - milly lacombe

 


  texto de milly lacombe, plataforma uol, outubro de 2024

Em nome de combater a corrupção privatiza-se tudo. Como se a corrupção fosse um acontecimento puramente estatal. Nada para ver nas análises fiscais das Lojas Americanas que levaram milhares ao desemprego e à falência e beneficiaram os bilionários de sempre. Circulando. A corrupção é o tecido que liga o setor econômico ao político no mundo. (...) Ela está em todos os lugares. É um falso debate esse que estamos travando: melhor o estado cuidar da energia ou melhor entregar para o sacrossanto gestor privado? É um debate falso na medida em que ele existe para que não foquemos no que importa: o bem comum não pode ser regido pela lógica do lucro. (...) Uma distribuidora de energia não existe para lucrar; existe para entregar. Entregar para todos. (...). Entregar sem falhas. É preciso gastar e investir e nunca, jamais e em tempo algum, embolsar o que sobrou. (...) Trata-se de um golpe dado contra a população e que começou com Fernando Henrique, que saiu privatizando tudo e disse que ia criar agências reguladoras que fiscalizariam. Arrãm.(...)


triste demais acompanhar esse show de horrores, em são paulo, neste segundo semestre de 2024. e olhe que esse tal nunes foi para o segundo turno da eleição para prefeito! a população de são paulo é uma das mais conservadoras do país, a gente sabe. elite e classe média não gostam de estudar. e há uma parte que é completamente desassisitda. contudo, há uma outra que luta contra a corrente para sobrevida da democracia e afins: são os chamados "de esquerda". que seja. pois essa gente que rema precisa de um prêmio! sério. os demais, eu já nem sei que adjetivo dar. manter nunes é ir para o caos.
são paulo merece boulos.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

água funda é questão de prova - fuvest

 


romance regionalista, modernista. folclore rural, narração em primeira pessoa, une misticismos e denúncia social. 

vejam estas perguntas. tente fazer. gabarito no final


"(...) casamento que começa com foguete, acaba com porrete. Esse não acabou com porrete, mas foi muito pior. Um guainumbi, um beija-flor, de papo branco entrou no quarto no dia do casamento. No começo era bom, mas depois o marido virou festeiro e ia para todas as farras com Seu Pereira. Mas Sinhá não brigava, casou contra a vontade dos pais. Pode até ser que brigasse, mas era escondido ou nunca aconteceu. A soberba ajudou Sinhá a sofrer calada.(...)"

[ Água funda, Ruth Guimarães, 1946 ]


A. O que o ditado popular “casamento que começa com foguete acaba em porrete” sugere sobre o relacionamento de Sinhá e Sinhô?

a) casamentos festivos são sempre felizes
b) casamento começou bem e mudou demais depois
c) as brigas foram frequentes desde o início
d) o casal não deveria ter se casado tão cedo
e) casamentos precisam de celebração sempre


B. Qual o papel do guainumbi de papo branco no trecho?

a) símbolo de felicidade e prosperidade para o casal.
b) representação da liberdade que ambos sentem
c) presságio de dificuldades que viriam 
d) sinal de sorte que marcou de ambos
e) elemento místico que trouxe harmonia


C. A atitude de Sinhá em relação ao comportamento de Sinhô pode ser interpretada como: 

a) submissão e falta de reação
b) resignação e aceitação
c) indiferença e medo
d) esperança e paz
e) desejo de vingar-se 


  . . . . . .  .  .  .  .   .   .   .



   respostas _

  A. b

  B. c

  C. b

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 saiba mais aqui






terça-feira, 1 de outubro de 2024

brasil de seis

 


os anos do calendário que terminam com seis são especiais, com oito letras. "especiais" tem oito letras, é o que quis dizer. mas seis é outra coisa. outra esfera -- que tem seis letras. seis galinhas pode ser muito, num jantar romântico, mas numa granja é pouco. 
o número seis é bacana porque meu primeiro nome tem seis letras. não sei o seu, mas o meu tem e deve significar muito. ter "seis" no nome combina com "viagem", seis letras... paraty tem seis, claro. em 1976 sonhava-se com abertura política, mas teve aquela explosão do riocentro. meu botafogo, lá de ribeirão preto, ganhava jogo atrás de outro, com sócrates, zé mário, mineiro, wilson campos, nei e tantos outros. os palmeirenses, em abril de 2006 ficaram tristes porque o time verde tomou seis gols do desconhecido figueirense, que não tem seis letras, nem aqui, nem na china, com cinco. aliás, em 1966 perdemos a copa do mundo, eu sei. em 1986 foi outra derrota, desta vez contra a frança, de cinco letras. 

em 1936 sofríamos com getúlio. muita gente sofria: graciliano, paulo emílio, prestes... e muito zé galinha continuava vendendo verdura na rua ou sabonete araxá, no mercado, sem saber das dores dos outros. alguns zé galinhas gravaram disco, fundaram igrejas... enfim... olhem, em 1956 havia presidente novo, o tal jk. era uma esperança, por ser mineiro.

2016, olimpíadas, com dez letras. o mascote foi uma dupla: tom e vinícius, tudo somado dá onze, não seis. por isso, não ganhamos o primeiro lugar. mas também em 2016, juan manuel santo recebeu nobel da paz. manuel tem seis letras. 

diz uma lei que cada casa só pode criar três galinhas e cinco pintos de quarenta dias. é muito número. nada do seis. quem fiscaliza os pintos? quem garante que tal pinto tem trinta ou quarenta dias? com seis galinhas a previsão é de mais de cento quarenta ovos ao mês. cento e quarenta. talvez cento e cinquenta dependendo da ansiedade de uma ou outra galinha.

em 2006, eleições coerentes. inácio tem seis letras, geraldo não. mas isso é outra história.


quinta-feira, 26 de setembro de 2024

até que a morte nos ampare - marcos

 


livro de caráter dinâmico, voltado a um público juvenil, "até que a morte nos ampare" trata de tema polêmico sem estereótipos e de forma leve.

recomendo!


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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

o tal climão

 


leonardo sakamoto, na plataforma uol, deu a letra:

"Um spoiler para o pessoal do Sul-Sudeste maravilha: se a Amazônia virar um grande deserto -- sim, há um processo de desertificação em curso -- a vida por aqui, como a conhecemos, também acaba. Porque parte da umidade da Amazônia é que mantém a vida aqui [com os rios voadores].  (...) Matamos o inverno e o verão no Sudeste, só tem calor: em uma parte do ano com poluição outra com tempestades que trazem apagões de energia. Consumimos desenfreadamente madeira, minério, carne e energia da Amazônia sem calcular o impacto disso. Lançamos poluição pelos escapamentos e fábricas daqui. Está quente e difícil de respirar? Mas vai piorar, e muito. Por quê? Porque a gente fica apontando o culpado como alguém distante, quando o culpado de tudo isso também está no espelho."

veja mais sobre texto de sakamoto no uol - clica

olhem, votar direito significa, hoje, apoiar as plataformas (partidos) que defendem a natureza; a ciência e a educação, pra ficar só em três pontos. é menos que o básico, eu sei, mas dar valor ao ambiente e entender que tragédias como as do sul e queimadas (2024) são culpa sim do ser humano -- isso é fundamental para ir à urna e fazer valer os neurônios que nos restam. votar pela vida!
é sério! vai piorar se não houver o fim do desmatamento, tanto na amazônia, como no pantanal. é sério: região sudeste vai sufocar e nem racionando água resolverá. é sério! 
relê as duas últimas linhas do texto de sakamoto. para que o culpado saia do espelho e se redima, só tem um jeito: votando consciente.

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o artigo é de 2023 mas está valendo! clica pra saber mais sobre amazônia  


pedras no sapato

  no livro " f elicidade ", gianetti expõe que no século 18, o período iluminista apresentava uma equação que pressupunha uma harm...

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