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domingo, 27 de outubro de 2024

menino de três anos que brinca de pintar é chamado de "míni picasso"

 


laurent schwarz, três anos de idade e mancha de cores umas telas que seus pais dão a ele. é alegre e lúdico o movimento do quase-bebê. estamos em 2024.

o menino começou a pintar no fim de 2023.

os rabiscos coloridos passaram a valer milhares de euros com a disseminação das imagens do garotinho lambuzando telas e a si mesmo, neste 2024. 

foi chamado de "míni picasso". não é. trata-se de uma criança e não um técnico em arte plástica. não viveu ainda para discernir entre trabalho artístico e a diversão. o que ele faz é brincandeira de criança. simples assim.

é possível lucrar com essas manchas todas? claro. basta ter quem queira gastar. agora, tratar isso tudo como "novo picasso" é ridículo.

vejam abaixo


o próprio pai, na matéria que coloco a seguir, afirma que é apenas uma criança se divertindo. 
e é apenas uma criança se divertindo. juro.

vai cair no enem. 

materia da cnn brasil - menino pintor  - clica




sexta-feira, 3 de março de 2017

anita malfatti e a exposição de 1917




pintora, professora, ilustradora, enfim, uma artista completa, dentro de um cenário genuinamente masculino, acabou produzindo uma tensão que, a mim, também passa pela questão do gênero.
em 1917, malfatti fez uma exposição com 53 obras modernas, na líbero badaró, 111, são paulo. era dezembro. dentre as obras, "o homem amarelo", "mulher de cabelos verdes", "o farol de monhegan" (uma ilha, nos e.u.a.) e "o japonês".

a técnica de influência expressionista, após temporadas entre berlin e estados unidos não combinava com o conservadorismo quatrocentão do paulistano bandeirante pai de família. a famosa "gente de bem", que tanto se conhece por aqui. 
lobato, legítimo representante dessa estirpe, na época, destruiu verbalmente a exposição, num artigo chamado "paranoia ou mistificação". anita ficou um ano sem pintar. modernistas como mário de andrade e oswald saíram em sua defesa. contudo, a vida artística de anita malfatti não seria mais a mesma.

em 2017 completam-se cem anos dessa mostra importantíssima. uma batalha, não necessariamente contra o conservadorismo, mas sim pela liberdade de fazer arte a seu modo. isso, ela conseguiu.

para saber mais, assista-me!