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memórias de martha - julia lopes de almeida

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  memórias de martha  -  julia lopes - romance - 1888 narração em 1a pessoa  -  martha cenário: rio de janeiro martha narra sua história de infância e juventude, até 24 anos de idade, quando se casa quando pai falece -- suicídio --, ela e mãe vão morar num cortiço, em são cristóvão. a mãe lava e passa roupas para outras famílias martha sofre com a miséria, tem vergonha da pobreza martha sonha ser professora e consegue, com auxílio de d. aninha -- martha é dedicada aos estudos a ascensão social de martha não irá acontecer pelo casamento, herança ou o que quer que seja vindo de outras pessoas, mas sim da educação, eis a revolução deste livro que, como se viu, é do século 19, escrito por uma mulher julia lopes, inclusive, foi barrada na academia brasileira de letras que ela mesma ajudou a criar! mas isto é outra conversa. voltemos ao livro martha se apaixona pelo primo de d. aninha, luiz, mas nada se desenvolve, para frustração da narradora (martha) o ambiente do c...

terça-feira gorda - caio fernando abreu - comentário

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                                                        caio fernando abreu (1948 - 96) o texto se inicia com a descrição de uma dança sedutora de um homem para outro homem,  sendo este último, o narrador.  D e repente ele começou a sambar bonito e veio vindo para mim. Me olhava nos olhos quase sorrindo, uma ruga tensa entre as sobrancelhas, pedindo confirmação. Confirmei, quase sorrindo também, a boca gosmenta de tanta cerveja morna, vodca com coca-cola, uísque nacional, gostos que eu nem identificava mais, passando de mão em mão dentro dos copos de plástico. Usava uma tanga vermelha e branca, Xangô, pensei, lansã com purpurina na cara, Oxaguiã segurando a espada no braço levantado, Ogum Beira-Mar sambando bonito e bandido. Um movimento que descia feito onda dos quadris pelas coxas, até os pés, ondulado, então olhava para baixo e o movime...

seis personagens pretos - literatura para vestibular

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                                                    [ carolina m de jesus ] assunto visceral esse do racismo na literatura, chama atenção o tema pouco explorado atenção para estes nomes: [ ordem aleatória ] mãitina campo geral - rosa bertoleza o cortiço - azevedo sancha a falência - julia   prudêncio m p brás cubas - machado chica da silva romanceiro da inconfidência - cecília carolina de jesus quarto de despejo - carolina mãitina - adepta do candomblé; trabalhava com empregada; região do mutum,  contrasta com vó izidra, idosa católica e muito conservadora bertoleza - confia em romão - português, branco - e se vê traída pelo amado quando este consegue frequentar a elite, depois de enriquecer com aluguel de quartos, no cortiço; bertoleza suicida-se assim que percebe que irá voltar a ser escravizada sancha ...

o cortiço - teste múltipla escolha

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Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas. Os sinos da vizinhança começaram a badalar. E tudo era um clamor. A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e...