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terça-feira, 14 de novembro de 2017

terra sonâmbula - mia couto





terra sonâmbula é narrativa poética, folclórica, histórica e mágica. o livro de mia couto desperta sensações novas, isso é fato.

"um velho e um miúdo vão seguindo pela estrada" ... logo no início do livro.
basicamente, duas narrativas, aqui:

I - Tuhair e Muidinga saem de um campo de refugiados.

Estão numa estrada e se abrigam em um machimbombo queimado (ônibus). É o final do século 20

II - Kindzu parte de sua aldeia em busca do títiulo de “naparama”,
guerreiro defensor do povo moçambicano, contra os desmandos,
na guerra civil (cadernos).

a história II está em cadernos que a dupla da história I encontra no ônibus. veículo chave para entender o que há de comum entre I e II.

saiba mais! assista!



saiba mais sobre história recente do país africano -clica

terça-feira, 6 de junho de 2017

mayombe - resumo - pepetela





romance da segunda metade do século 20, cujo assunto é a guerrilha para conquista da independência de angola. os antagonistas? portugueses. os mocinhos são do "m.pl.a." - movimento pela lbertação de angola. nesse grupo estão os personagens "sem medo" (comandante), "teoria" (professor), comissário, verdade, lutamos, milagre, ondina, andré, muatiânvua, dentre outros guerrilheiros.
enredo base: grupo está na floresta mayombe. horas de distância dali, na cidade dolisie, outro pequeno grupo se incumbe de enviar mantimentos e outros candidatos a ajudar o grupo de "sem medo".
o livro tem 6 partes : a missão; a base; ondina; a surucucu; a amoreira e epílogo.


saber mais ?
assista-me !



sexta-feira, 2 de junho de 2017

o que são vanguardas artísticas





vanguardas, na arte, são tendências de estilo que propunham novas formas de expressão, propunham também acabar com o conservadorismo acadêmico que reinava até, digamos, início do século 20.

foram criticados, tidos como malucos, vaiados, causaram furor nos meios acadêmicos de seu tempo.

gente como salavdor dali, lasar segall, fernando pessoa, kafka, picasso, marinetti ou tristan tzara eram vangaurdistas. 

quer saber mais ?
assista-me !



segunda-feira, 29 de maio de 2017

claro enigma - carlos drummond







claro enigma é um conjunto de poemas de carlos drummond. mais um, dentro de sua vastísisma produção. aqui, por vezes verborrágico, insiste no tema da angústia, o que o torna um tanto repetitivo, já que o livro é curto. pretensioso até o talo, um de seus poemas se chama "a máquina do mundo", uma clara referência ao evento de mesmo nome, em "os lusíadas". vai vendo.
são seis partes: "entre lobo e cão", "o menino e os homens, "selo de minas", "notícias amorosas", "lábios cerrados" e "a máquina do mundo".
prevalecem versos livres, mas há um e outro soneto, além dos 96 versos decassílabos deste "...máquina..."
verso livre predomina, embora haja sonetos -- é a tal pretensão clássica. ficar atento a "oficina irritada", poema que traz a expressão "claro enigma". veja vídeo abaixo.
solidão, renúncia, saudade de um tempo que não viveu, contrastes soltos como art nouveau mal espalhados... não sei... são temas vagos para assuntos cotidianos. drummond de sempre. mas está no vestibular, aqui em são paulo, creiam (e fernando pessoa de fora).
mas dois poemas se salvam : "sonetilho falso a fernando pessoa" e "III - mercês de cima".
mais que isso, só me assistindo.






terça-feira, 25 de abril de 2017

aprendendo redação #10 [ erros mais comuns ]







seis erros mais comuns na produção do texto.

1) sair do tema  - evite divagações

2) mudar o tipo de texto  - muito comum o uso da primeira pessoa e isso é erro, na argumentação, pois o texto acaba ficando parecido com uma carta ou artigo de opinião

3) norma padrão - evite gírias; cuidado com a concordância e a coesão; evite repetir palavras, use sinônimos

4) clichês - evite iniciar seu texto com "no mundo em que vivemos" (só pode ser no que vibemos, não é?); na argumentação, nunca use expressões como provérbios, ditados populares

5) não copie a coletânea - os textos e imagens de apoio -- que vêm com a proposta -- são base para auxiliar na formação da opinião e não para serem usados na redação







. . . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .   .   .   .   .   .    .

comentando post #9 - cola na escola

foi proposto que se fizesse texto argumentativo

vamos a uma estrutura que, no rascunho, pode ajudá-lo a não se perder


tese  ( sua opinião sobre o tema )  - colar é ferir a ética

argumento 1 - a cola não permite que se adquira conhecimento

argumento 2 - colar é contra lei; burla a ordem social

conclusão - a ação da cola é prejudicial à vida social

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veja algumas aulas anteriores:

#1 - https://carneiroliteratura.blogspot.com.br/2017/02/aprendendo-redacao-01.html

#2 - https://carneiroliteratura.blogspot.com.br/2017/02/aprendendo-redacao-02.html

#3 - https://carneiroliteratura.blogspot.com.br/2017/03/aprendendo-redacao-03.html

#4 - https://carneiroliteratura.blogspot.com.br/2017/03/aprendendo-redacao-4.html

#5 - https://carneiroliteratura.blogspot.com.br/2017/03/aprendendo-redacao-5.html

segunda-feira, 3 de abril de 2017

sermão da quarta-feira de cinza - 1673 - padre vieira






sermão pregado em roma, século 17, é uma extensão daquele de 1672, na mesma celebração do início da quaresma

a questão, aqui, é morrer duas vezes. morrer bem é antencipar-se à morte.

"Os que morrem já mortos têm o céu" // "Os que morrem vivos vão inferno"

outro trecho fundamental :
"Como diz logo a voz do céu a S. João: Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor? Mortos que morrem? Que mortos são estes? São aqueles mortos que acabam a vida antes de morrer.
Os que acabam a vida com a morte, são vivos que morrem, porque os tomou a morte vivos; os que acabam a vida antes de morrer, são mortos que morrem, porque os achou a morte já mortos. Estes são os mortos que morrem; (...); estes são os que a voz do céu canoniza por bem-aventurados: Beati mortui. E se os que morrem mortos são bem-aventurados, os que morrem vivos, que serão? Sem dúvida mal-aventurados."

morrer duas vezes? como ?

assista-me!


terça-feira, 21 de março de 2017

este poema de amor não é lamento - jorge de lima






Este poema de amor não é lamento
nem tristeza distante, nem saudade,
nem queixume traído nem o lento
perpassar da paixão ou pranto que há-de

transformar-se em dorido pensamento,
em tortura querida ou em piedade
ou simplesmente em mito, doce invento,
e exaltada visão da adversidade.

É a memória ondulante da mais pura
e doce face (intérmina e tranquila)
da eterna bem-amada que eu procuro;

mas tão real, tão presente criatura
que é preciso não vê-la nem possuí-la
mas procurá-la nesse vale obscuro.




de longe, não é o texto mais legal de jorge de lima, contudo, há vestibulares à vista e vamos estudá-lo.

com influência do parnasianismo, a mensagem se prende à forma clássica do soneto (14 versos metrificados) e à linguagem culta, dentro dessa estrutura sabidamente erudita.

de início, o poeta quer distanciar-se dos amores cantados nesse tipo de gênero (soneto: poema lírico), dizendo que é poema de amor mas não é isso, nem aquilo, nem aquilo outro. retórica. pura retórica.

metalinguagem, leitor, metalinguagem. é a função da linguagem que trata da própria mensagem, explicando-a, explicitando-a. aqui, o eu lírico afirma, como já disse, que seu poema não é lamento, não é queixa, muito menos um texto lavado de paixão. seu poema (ver terceira estrofe) é memória da pessoa amada. aqui, sobra marca romântica, na visão idealizada de sua musa ("doce"; "eterna") que anda perdida num vale obscuro que bem pode ser a morte como apenas a distância.




terça-feira, 14 de março de 2017

vencido está de amor meu pensamento



mais camões para estudar !


Vencido está de Amor meu pensamento
o mais que pode ser vencida a vida,
sujeita a vos servir instituída,
oferecendo tudo a vosso intento.


Contente deste bem, louva o momento
ou hora em que se viu tão bem perdida;
mil vezes desejando a tal ferida
outra vez renovar seu perdimento.


Com essa pretensão está segura
a causa que me guia nesta empresa,
tão estranha, tão doce, honrosa e alta.


Jurando não seguir outra ventura,
votando só por vós rara firmeza,
ou ser no vosso amor achado em falta.      [ Rimas, 1595 ]



o pensamento do poeta está dominado pelo amor​... por isso, contente; e quando a vida estava perdida de amores isso foi bem interessante (estrofe 2).

poeta está assumindo que oferecerá tudo por isso.
a causa que o guia é renovar esse amor, dentro da vida... repare que se refere ao sentimento como "ferida".

veja que essa ferida é muito desejada (verso 7)... e, de modo bem sutil, afirma querer renovar esse "perdimento", esse amor dolorido (verso 8).
o leitor imagina que se trate, então, de um amor mal resolvido... e mesmo sem tê-lo realizado fisicamente, o poeta jura que não vai se meter noutra história, noutro destino (ventura), a não ser este, já vivido e tão desejado.
o eu lírico quer apenas o amor, mesmo que só em pensamento, como se leu no verso 1.
poeta conversa, nos três últimos versos, com objeto de desejo, fazendo a dita confissão amorosa




terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

apenas eu te aceito ... - soneto - jorge de lima




jorge de lima é poeta do século 20. brasileiro. passeou pelo estilo clássico até o moderno de versos livres e brancos. 
um de seus trabalhos é "livro de sonetos". olhem, não é fácil fazer um, quanto mais dezenas... enfim, escolhi este, porque há um vestibular, aqui na região, que irá cobrá-lo. 
vamos a ele.


Apenas eu te aceito, não te quero
nem te amo, dor do mundo. Há honraria
que nos abate como um punho fero
mas aceitamos com sobrançaria.

A um vate grego certo rei severo
vazou-lhe
os olhos para não fugir.
Ó dor do mundo, eu vivo como Homero,
aceito a provação que me surgir.

Homero a tua história sinto-a; e urdo
o teu destino, o meu e o de teu rei.
Mas só teus olhos nossos passos guiam,

e inda tens vozes para o mundo surdo,
e luz para os outros cegos, luz que herdei
com a aceitação dos olhos que não viam.


- é um soneto : 14 versos metrificados e caráter lírico
- decassílabo
- "vate" : escritor
- "sobrançaria" : qualidade de pessoa que age com superioridade
- homero, diz a história, era poeta cego
- aqui, o eu lírico homenageia homero que, mesmo cego, melhora a visão de mundo daqueles que sofrem ("outros cegos")



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

newton não gostava de maçãs




SEGREDOS QUE NÃO CONTEI

isaac newton nasceu no século 17, faleceu no 18. para nossa sorte, sobreviveu às pestes e ao grande incêndio de londres. publicou material vasto sobre cálculo e outros assuntos, como gravitação, cores etc.
"newton e sua maçã" é livro divertido de poskitt. é del que escrevo agora.
a história em si, começa com um capítulo de sugestivo nome: “estranha história de alice”. trata-se de uma semente que, desde o mercado até o intestino de um pássaro, percorre o caminho da terra até transformar-se naquela árvore mítica de newton. aquela que lhe deu a maçãzada na ideia. alice, claro, lembra a própria, do “país das maravilhas”, livro de carrol, por sinal, matemático...
pois este aqui narra a vida do inglês newton, desde dezembro de 1642 até sua morte, março de 1727. figuraça esse isaac, com algumas manias e quase nenhum amigo, desdobrou história da astronomia, da matemática e ainda melhorou a teoria das cores, mesmo tentando enfiar palito no olho.
filósofo, cientista, alquimista, newton foi para cambridge morar com um tal wickins. ficaram juntos por praticamente vinte anos, depois wickins se cansou das manias alquimistas e pagãs de isaac e deu o fora. ah, tinha mania por vermelho. pintou o quarto com essa cor, tirando matéria prima sabem de onde?... de um carneiro. e o desenho no livro é bem sugestivo...
isaac fez parte do parlamento inglês, quando guilherme (holandês) assumiu, para alívio do newton que, vez por outra, falava mal da igreja, contrariando gente do quilate do rei jaime e outras lideranças menores mas não menos violenta. 
e a história da maçã? hãn? verdade ou mito?
olhem, para saber mais sobre o livro e o inglês, assista-me !


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

resumo de "a volta do marido pródigo" - sagarana



lalino é o apelido de eulálio. uma figura ladina, malandra, esperta. minas gerais.
trata-se de mais um conto do fabuloso guimarães rosa.
o livro chama-se "sagarana", uma obra fundamental de nossa literatura.

para saber mais, assista-me!

veja também outras histórias do mesmo livro.









sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

sermão da quarta-feira de cinzas 1672 - padre vieira




barroco e religioso (quase um pleonasmo, em se tratando de latinos), vieira trata da necessidade de reflexão, por parte de seus fiéis. é um sermão pregado no primeiro dia da quaresma. ano: 1672. onde: roma, na igreja de sto antônio dos portugueses.
segundo o texto, o homem deve ter consciência de que é mortal e não comportar-se como um imortal.

trechos fundamentais :


Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais, ambas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, ambas certas. Mas uma de tal maneira certa e evidente, que não é necessário entendimento para crer; outra de tal maneira certa e dificultosa, que nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra futura, mas a futura veem-na os olhos, o presente não a alcança o entendimento. E que duas coisas enigmáticas são estas? Pulvis es, tu in pulverem reverteris: Sois pó, e em pó vos haveis de converter.
Sois pó, é a presente; em pó vos haveis de converter, é a futura. O pó futuro, o pó em que nos havemos de converter, veem-no os olhos; o pó presente, o pó que somos, nem os olhos o veem, nem o entendimento o alcança. (...) -     [parte I ]

Enfim, senhores, não só havemos de ser pó, mas já somos pó: Pulvis es. Todos os embargos que se podiam pôr contra esta sentença universal são os que ouvistes. Porém como ela foi pronunciada definitiva e declaradamente por Deus ao primeiro homem e a todos seus descendentes, nem admite interpretação, nem pode ter dúvida. Mas como pode ser? (...) A razão é esta. O homem, em qualquer estado que esteja, é certo que foi pó, e há de tornar a ser pó.                                                      [ parte II ]


Esta nossa chamada vida não é mais que um círculo que fazemos de pó a pó: do pó que fomos ao pó que havemos de ser. Uns fazem o círculo maior, outros menor, outros mais pequeno, outros mínimo. Quem vai circularmente de um ponto para o mesmo ponto, quanto mais se aparta dele tanto mais se chega para ele; e quem quanto mais se aparta mais se chega, não se aparta. O pó que foi nosso princípio, esse mesmo, e não outro, é o nosso fim (...)                                                  [ III ]


Acalmou o vento, cai o pó, e onde o vento parou, ali fica, ou dentro de casa, ou na rua, ou em cima de um telhado, ou no mar; ou no rio, ou no monte, (...)
Assim como o vento o levantou, e o sustinha, tanto que o vento parou, caiu. Pó levantado, Adão vivo; pó caído, Adão morto: Et mortus est. Este foi o primeiro pó, e o primeiro vivo, e o primeiro condenado à morte, e esta é a diferença que há de vivos a mortos, e de pó a pó. Por isso na Escritura o morrer se chama cair, e o viver levantar-se.         [ IV ]

Abri aquelas sepulturas e vede qual é ali o senhor e qual o servo; qual é ali o pobre e qual o rico? distingui-me ali, se podeis, o valente do fraco, o formoso do feio, o rei coroado de ouro do escravo (...) carregado de ferros? Distingui-los? (...) Não por certo. O grande e o pequeno, o rico e o pobre, o sábio e o ignorante, o senhor e o escravo, o príncipe e o cavador, o alemão e o etíope, todos ali são da mesma cor.  (...)
Se quereis ver o futuro, lede as histórias e olhai para o passado; se quereis ver o passado, lede as profecias e olhai para o futuro. (...) Olhai para o passado e para o futuro, e vereis o presente.                                 [ V ]  

Ou cremos que somos imortais, ou não. Se o homem acaba com o pó, não tenho que dizer; mas se o pó há de tornar a ser homem, não sei o que vos diga, (...). A mim não me faz medo o pó que hei de ser; faz medo que há de ser o pó. Eu não temo na morte a morte, temo a imortalidade; eu não temo hoje o dia de cinza, temo hoje o dia de Páscoa, porque sei que hei de ressuscitar, porque sei que hei de viver para sempre, porque sei que me espera uma eternidade, ou no céu, ou no inferno.                          [ VI ]

Aristóteles disse que entre todas as coisas terríveis, a mais terrível é a morte. Disse bem mas não entendeu o que disse. Não é terrível a morte pela vida que acaba, senão pela eternidade que começa. Não é terrível a porta por onde se sai; a terrível é a porta por onde se entra.
Se olhais para cima, uma escada que chega até o céu; se olhais para baixo, um precipício que vai parar no inferno, e isto incerto. (...)
Tanto medo, tanto receio da morte temporal, e da eterna nenhum temor? Mortos, mortos, desenganai estes vivos.  (...)
E porque espero da vossa piedade e do vosso juízo que aceitareis este bom conselho, quero acabar deixando-vos quatro pontos de consideração para os quatro quartos desta hora. Primeiro: quanto tenho vivido? Segundo: como vivi? Terceiro: quanto posso viver? Quarto: como é bem que viva? Torno a dizer para que vos fique na memória: Quanto tenho vivido? Como vivi?  Quanto posso viver? Como é bem que viva?                    [ VII ]

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

minha vida de menina - helena morley




"minha vida de menina", helena morley, é livro saboroso, modernista, feito em forma de diário, entre os anos 1893 e 95. helena é pseudônimo de alice brant. diamantina, minas gerais.
vale a pena.

saber mais? 
assista-me!




quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

o rapto - carlos drummond de andrade



"claro enigma" não é livro fácil de se digerir, quando comparado a "rosa do povo" ou "sentimento do mundo". aqui, repleto de referências clássicas, o livro soa como uma espécie de pedido de renovação da poesia que deveria dar uma guinada mais à via acadêmica, como faria mário faustino com raro rigor ou mesmo haroldo de campos.
aqui, nota-se a referência ao rapto de ganimedes por zeus. este, rei do olimpo, transforma-se em águia e captura ganimedes, jovem de extrema beleza. zeus faz de ganimedes seu amante e serviçal.
a homossexualidade, no poema, é exposta mas com ressalva... tratada como típica de boates com porta de pérolas falsas e com beijos estéreis. o último verso cita "acerbo amor", ou seja, azedo.
enfim, leia, reflita e veja se é culpa, medo ou incompreensão o que move o discurso do mineiro a respeito do amor homoafetivo, coisa tão comum, diga-se de passagem.

O RAPTO

Se uma águia fende os ares e arrebata
esse que é forma pura e que é suspiro
de terrenas delícias combinadas;
e se essa forma pura, degradando-se,
mais perfeita se eleva, pois atinge
a tortura do embate, no arremate
de uma exaustão suavíssima, tributo
com que se paga o vôo mais cortante; 
se, por amor de uma ave, ei-la recusa
o pasto natural aberto aos homens,
e pela via hermética e defesa
vai demandando o cândido alimento
que a alma faminta implora até o extremo;
se esses raptos terríveis se repetem
já nos campos e já pelas noturnas
portas de pérola dúbia das boates;
e se há no beijo estéril um soluço
esquivo e refolhado, cinza em núpcias,
e tudo é triste sob o céu flamante
(que o pecado cristão, ora jungido
ao mistério pagão, mais o alanceia),
baixemos nossos olhos ao desígnio
da natureza ambígua e reticente:
ela tece, dobrando-lhe o amargor,
outra forma de amar no acerbo amor.



. . . . . .  .  .  .  .  .   .   .   .   .    .    .     .     .





clique e leia matéria da "folha de s paulo" sobre o tema




sábado, 3 de dezembro de 2016

o espelho - machado de assis





"o espelho" não deve ser o texto mais conhecido de machado, se compararmos com "missa do galo", "causa secreta" ou "a cartomante", só para ficar em três campeões de materiais didáticos.
jacobina, personagem central, vai expor aos amigos, numa casa em sta tereza, no rio de janeiro, sua teoria sobre a alma humana. ou melhor: as almas.
saber mais?

veja-me!




sexta-feira, 25 de novembro de 2016

camões para toda a gente






para unicamp, para quem gosta de poesia clássica e de discutir parte das origens de nosso lirismo, "camões em perigo", de carlos h carneiro, eu mesmo. editora clube de autores.

clique aqui para ir à loja ! receba em casa

veja-me !


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

o que é crônica




sabe o que é uma crônica?

gênero textual dos mais lidos nos últimos cem anos... 

quer saber mais ? 

assista-me!





[ agora com o selo "youtube educação" ]

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

o cortiço - resumo




ler "o cortiço", de aluísio azevedo é tarefa obrigatória para o vestibular de domingo próximo!

atenção aqui!

* determinismo

* moradia

* zoomorfia

* ambição

* homossexualidade

quer mais ?

veja-me !



sábado, 19 de novembro de 2016

literatura unicamp






vou colocar aqui duas dicas, apenas, para a prova de literatura, unicamp, que ocorre neste dia 20 de novembro.

de sua lista obrigatória de leitura, selecionei "poemas negros", jorge de lima; e "caminhos cruzados", do veríssimo (pai).

boa prova !

se quiser mais dicas, incluindo fuvest, clique aqui !





quarta-feira, 9 de novembro de 2016

leituras no vestibular agora!



preparando-se para as provas de fuvest e unicamp ?
veja esta lista de aulas sobre as principais leituras deste mês de novembro.
as provas estão chegando!
preparem-se!
boa sorte!