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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

além da fábula: toy story e frankenstein

                                                          

na televisão, passa um dos filmes "toy story" (pixar). famosa fábula infantil e adulta ao mesmo tempo. num dado momento, um dos bonecos diz a seu parceiro de plástico: "você é um brinquedo!", tentando expor a realidade dura daquele instante. era necessário fazer com que o boneco de astronatuta reconhecesse que não tinha super poderes, era descartável... e também não voaria. sobra o  desespero de quem quer ser amado... os brinquedos são imagem e semelhança de seus criadores. tanto cebolinha quanto a barbie. é assim como mitos ou fábulas.
impossível não lembrar a criatura de "frankenstein" (séc 19), narrativa de mary shelley. o tempo frio, a agonia das noites longas e a ambientação gótica reforçam, no leitor, uma sensação de desespero e de muita coisa errada. num dado momento do livro, criatura e criador conversam, em região gelada da suíça. victor expõe a sua criatura que ela é única e é melhor que desapareça. ela não passava de um fetiche de cientista que, como se imagina, era homem estranho. sobra desespero de quem quer ser amado...

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   saiba mais!






terça-feira, 28 de dezembro de 2021

um café para houaiss - enriqueça seu vocabulário

 


 FAÇA SOPA DE LETRINHAS COM MAIS NUTRIENTES

 A - primeira vogal, primeira letra do alfabeto. inicia palavras legais como "amor" ou "açúcar". Pode aparecer no fim, mudando o gênero. símbolo do ampère. pode ser pronome... maneira de representar o "alef" (semita) ou alfa. primeira coisa que você diz quando a cerveja vem pra mesa quase sem colarinho 

2022 - cem anos da "semana" mais famosa da história das artes brasileiras; a soma dos números dá seis, o que quer que isso signifique

ÁGUA - lugar onde os peixes transam; reflexo do céu e um dos principais componentes do corpo humano. é usada estupidamente para lavar carro no domingo e poodle de madame. também serve para tornar a história “a terceira margem do rio” (guimarães rosa) bem mais simbólica.

ABREVIATURA - ato de se abrir um carro de policia.

ALGUMA POESIA – livro de estreia de poeta mineiro (drummond) cheio de referências prolixas à paisagem mineira, definida por ele mesmo como “besta”. Conjunto de poemas pretensamente irônicos onde só se salvam “outubro 1930” e “nota social”, sendo este último a prévia do que seria o próprio poeta no futuro:  a cigarra era justamente manoel de barros.

alencar – escritor nacionalista brasileiro que adorava imitar o modelo europeu de folhetins; ficou famoso por ter inventado iracema, a virgem dos lábios de mel, da tribo tabajara... o nome da índia, aliás, é anagrama de “américa”, mas isso você já sabia. famosa mesmo é jesuína, a primeira figura da literatura nacional a se apaixonar por outra mulher, assim, sem rodeios... está lá, em “lucíola”... e dizem que romântico é moralista. eita, cearense porreta!

alopatiadar um rápido telefonema para a irmã da mãe. 

antigo – tudo que é relativo a museu ou às roupas do sílvio santos; diz-se do modo como machado de assis escreve, mas não é antiquado gostar de capitu e quincas borba.

ansiedade – um passo para a vitória, meio passo para a angústia eterna

amizade -  ligação entre pessoas que se respeitam. transparência, bom senso e liberdade compõem o mínimo que um termo desse carrega. tem gente que acha que “amizade” é enviar, pela internet, aquelas baboseiras sobre anjos, frases feitas sobre amor ou mesmo deus... e ai daquele que reclamar dizendo que não quer receber o que não pediu... amigos da onça, isso sim.  “a amizade é um amor que nunca morre." -  mário quintana.

amor – estado em que dor e prazer se confundem. sinônimo de aventura. “roma” de trás pra diante.  sentimento bem inferior à paixão. palavra que fez a fama de freud. diz-se de certa personagem, ofélia, em “hamlet”. ou isabel, em “o guarani. todos acreditam que é isso, o amor, que acontece em “werther”, mas não é.

angústia - inquietação; ansiedade; diz-se de romance de graciliano ramos, cujo personagem central, luís, passa pela vergonha de ser abandonado pela quase noiva, e ainda por cima se vê diante de um crime... o pior da angústia é ver-se a si próprio.

amador - o mesmo que masoquista.

arte - aquilo que a natureza não dá; tudo o que  michelângelo fazia; diz-se das coisas que romero britto vende.

b – mais gorda das letras do alfabeto, só perde para o “o” maiúsculo. faz lembrar bossa nova (tem gente que gosta), bicicleta, bilac, bandeira e banda “b”. nome do estado mais perfumado e colorido do país, a bahia produziu gente famosa sem a tal letra : é castro alves pra cá, gregório pra lá, até joão ubaldo! ironicamente, o filho de dona canô e o marido da zélia gattai também estão órfãos da bela letra.

bacanal - reunião anual de bacanas.

bruxa – certo tipo de borboleta ou boneca; diz-se de mulher feia ou má, o que é tremendo preconceito. bruxa é figura detentora do saber, principalmente aquele chamado de “mal”. mulheres sábias, por isso perseguidas... aliás, quem divide as coisas entre “bem” e “mal” é católico, eterno maniqueísta. até hoje o nome “bruxa” traz certa dose de medo, desconfiança... ô herança medieval que não sai ! 

camões - nome de famoso poeta português, autor de "os lusíadas" e também de façanhas no recife ! é sério. já leu "em nome do bispo", da zulmira r tavares? pare de fazer essa cara.

canguru – animal que carrega seus próprios problemas. líder espiritual de cachorros.

campo geral – história poética e quase infantil sobre um garoto míope, cuja referência é o irmão. migulim adora passarinhos e gosta de carinho.. que singelo. por outro lado, seu pai o espanca e seu irmão morre. vida trágica. fora a miséria. o final é emblemático : ao ganhar um par de óculos, vê o mundo de outra forma, incluindo o amor. guimarães rosa. quem mais?

campinas – cidade paulista que apareceu na primeira metade do século xviii, através do povo de jundiaí, por volta de 1721. governo de rodrigo cezar de menezes... a região envolvia a rocinha (hoje vinhedo) até o rio atibaia. contudo, o fundador de fato foi francisco barreto leme, nascido em caçapava velha (1704-1782) que, em 1774, recebeu ordens para povoar a região onde morava com a família, vivendo da agricultura. quem ordena o povoamento da região foi um tal morgado mateus, de são paulo. de 1721 até 74, tudo era jurisdição de jundiaí. pois bem, a rua barreto leme está ao lado da prefeitura, cruzando o riacho já canalizado. tomara que nenhum “notável” do esporte ou música desapareça para que um outro “notável” vereador queira dar seu nome no lugar do ilustre plantador de cidade.

      (colaborou :  duílio b filho / “campinas” ed pontes)

castiça -  de boa casta; pura; aquela que não está degenerada. colocando-se um l no final a palavra ganha mais luz e significado.

cemitério – local onde se depositam mortos e vasinhos com flores igualmente não vivas. lugar, em princípio democrático, embora nunca haja eleição lá. carlos gomes, fernando pessoa, joana d’arc ou gonçalves dias, por exemplo, nunca entraram num cemitério, e nem lá se encontram, o que torna a palavra “morte” bem mais simbólica...

cerveja – refrigerante de quem não é criança; líquido de tom amarelado e escuro que sai de nosso corpo quase o mesmo como entrou, com diferença de temperatura; suco de cevada que torna as pessoas mais sonolentas ou mais francas. engraçado que quem toma cerveja, geralmente não gosta de café sem açúcar...

carneiro  - mamífero lanífero, símbolo daquele que se oferece à morte para perdão dos pecadores... quem diria.

caetano – diz-se de entidade suprarreligiosa de origem baiana. um dos iniciadores da tropicália e dono de profundo mau-humor quanto à imprensa ou a quem quer que possa criticá-lo... ou a joão gilberto. compositor de uma música só (sampa), acredita ser o enviado do destino para curar os males do país. entra para a história como cantor de festival de televisão.

ciência – conjunção de conhecimentos próprios para o bem comum, mas na verdade serve à natureza dos negócios. raramente, no mundo, se fez ciência fora de tribunais ou em subsolo alheio. boa ciência era a de aristóteles, galileu, freud, marx e nina horta. há quem jure ser a arte uma ciência... (está ouvindo ? eu gargalhando)

corínthians – entidade social ligada a são jorge e ao esporte radical que é ficar debaixo daquela bandeirona mofada e úmida. conhecido clube que gera taquicardia, lágrimas e muito dinheiro (só para quem joga nele). gente como neco, luizinho, rivellino, sócrates ou fagner jogaram neste time e por ele. o resto passa como uma “ola” gigante...

cosmonauta – profissão criada por cosme, parceiro de damião.

culpa - transgressão; conduta negligente, segundo direito penal. agravo. mal. aquilo que se sente ao comprar mais uma obra do jorge amado. sensação inerente aos católicos, eternos devedores.

deus  -  entidade que, antigamente, andava com barbas longas e um caderninho para anotar nossos pecados. função psicológica necessária ao homem. é representado também por uma cobra que morde o próprio rabo. está ultimamente em descrédito depois que fernando pessoa passou a ser mais lido. deus é sempre de direita, notem: muitas pessoas foram queimadas em seu nome ou mesmo castradas, torturadas... algumas se mataram ou se deixaram matar, em arenas cheias de leões ou numa cruz. outras matam em nome dele. pegue o conto "vicente", miguel torga (bichos). ou o prefácio de “terra” (sebastião salgado). no quesito "teimosia" continua o mesmo, porém, lá no céu, decisões agora são de freud.

demônios - figuras ligadas geralmente ao mal. diabos. segundo a demonologia cristã, são anjos que traíram a natureza de si mesmos. não são de todo maus, pois, se assim fosse, não teriam derivado do bem. isso dá o que falar. costumam aparecer em túneis, parques abandonados, em igrejas onde três pessoas entraram de costas, às vezes em chaleiras com o bico entupido, esquecidas entre a pia e a janela da cozinha virada para o leste. chega. vá ler "o evangelho segundo jesus cristo", saramago. ou o singelo "eu e o bebu",  rubem braga.

espelho – do latim, “speculum”, é a parte da casa que mais mente.

estante – lugar onde se colocam estatuetas de aparecida do norte e garrafinhas com areia do maranhão. pouso para vasinhos com violeta. às vezes livros. expressão usada para evitar confusão: “espere um estante”.

elefante – mamífero pesado e patético. prova cabal de que a natureza não é justa; animal cheio de estrias e celulite nervosa, capaz de simbolizar falta de tato, o inverso da sutileza ou o tamanho daquela sua tia sexagenária; dizem que este é um animal muito inteligente, mas se peso e altura fossem sinal de sabedoria, as girafas teriam descoberto o anticoncepcional há mais tempo.

fé – confiança plena em algo; tipo de aceitação inerente aos seres humanos em desespero

felicidade -  situação própria de quem está com muito dinheiro ou conseguiu suportar "amor de perdição" até o final. nome de uma das personagens de "o primo basílio" (eça). lugar pra onde você vai quando a pessoa amada toca seu braço sem você ter pedido. é o mesmo que ter asas. "estado de orgasmo acima de 7 segundos" 

frankenstein – resultado de uma lipoaspiração malfeita, a criatura, uma modelo, saiu às pressas procurando ivo ptanguy, mas só achou joãosinho trinta e aquela besta da emília, do lobato. trata-se de sobrenome de médico que inventou uma criatura que aprendeu a ler, na alemanha, com “werther” (goethe) e “paraíso perdido” (milton)... imaginem se ela topasse com algum livro do drummond ou “mar morto”...! hoje seria ministro da educação ! cadê a chave!

genitália  - órgão reprodutor dos italianos.

guarani – nome de romance entre um índio e uma moça filha de portugueses, peri e ceci. quem escreveu foi alencar. não o da ópera, o do livro  mesmo. amor casto, heroísmo e vida selvagem movem a história, escrita com excesso de adjetivos e comparações. ceci é amada por três caretas, mas dois não têm metade da coragem de peri, que acaba ficando com a moça no fim. vejam do que é capaz a criatura das selvas : peri, num acesso de inteligência ou extremo da sandice, toma veneno para poder matar os índios inimigos que cercavam a casa de sua amada... estes, os aimorés, tinham o peculiar hábito de jantar os prisioneiros... peri esperava vencê-los depois de morto. já o time de campinas...

inês de castro - nome de famosa personagem da história de portugal, aquela que foi fênix sem ter sido rainha ou amada com muita densidade. em 1355 foi imolada e morta a mando de afonso iv, seu ex-futuro sogro, pai de pedro. está num caixão de pedra em alcobaça, junto a pedro. é aquela que no peito escrito tinhas etc etc.... (o resto em camões)

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

10 coisas para fazer antes de morrer

 

                                                [ rob gonsalvez ]

corria o ano de 2004 e maria rita kehl, convidada pelo jornal "folha de s paulo", listou dez coisas a fazer antes de morrer.

instigado por ela, também fiz uma lista.
logo depois, se tiver paciência, você pode ver a dela e comparar.

  10 COISAS PRA FAZER ANTES DE MORRER
  esta é a minha:

 1. filmar "abolição via vargas", romance histórico e surreal

 2. fazer um soneto só de consoantes

 3. ter algum controle sobre todas as partes do corpo

 4. criar um decreto acabando com sentimento de culpa

 5. ler os lusíadas de trás pra diante

 6. invadir lisboa, recuperar ouro todo, deixando espelhinhos no cais

 7. publicar "a moreninha de mary shelley", um arraso gótico pornô

 8. escrever palíndromos em tupi-guarani

 9. criar escola para terraplanistas sem mesa nem cadeiras, lousa no chão e nenhum teto

 10escrever um livro engraçadíssimo somente feito de listas com as dez coisas que pessoas fariam antes de morrer.

e tu? faça sua lista!
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confira os itens da psicanalista:

10 COISAS PARA FAZER ANTES DE MORRER --    Maria R Kehl 

1. Viver a vida de uma outra mulher, muito diferente de mim. Uma mulher da roça, como eu gostava de brincar na infância. Das que acordam antes do sol, trabalham na horta, dormem ao escurecer, sem luz e sem televisão.

2. Descobrir, em qualquer parte do Brasil, uma reserva de escuro e silêncio absolutos. Caminhar no escuro no meio das estrelas uma noite inteira. Com um pouquinho de medo: o medo é uma espécie de embriaguez.

3. Gravar um CD cantando, sozinha, as músicas que mais gosto de cantar. Ou, radicalizando, mudar de profissão. Virar cantora. De boate, se é que ainda existem.

4. Ficar amiga do Chico Buarque. Só amiga. Andar a pé pelo Rio conversando com ele, horas a fio. Recordar letras de música, sambas antigos. Contar e ouvir coisas da vida.

5. Conhecer um compositor  (não precisa ser o Chico Buarque) que me peça letras para as músicas dele. Virar parceira, ouvir nossos sambas no rádio.

6. Virar artista plástica. Trocar a noite pelo dia em um ateliê enorme, brincando com os materiais, com as tintas, com o peso e a densidade da matéria.

7. Virar escritora de ficção. Acordar todos os dias com saudades de meus personagens, ansiosa para entrar mais uma vez na vida deles.

8. Queimar -isso é urgente- todos os meus diários, dos 15 aos 45 anos. Uma fogueira e tanto.

9. Ir a um pai ou mãe-de-santo para me iniciar no candomblé; virar mãe-de-santo também, receber entidades, aprender a jogar búzios. Gostaria de ter acesso à experiência do inconsciente pré-freudiano - o inconsciente revelado a contrapelo da psicanálise.

10. Saber como é a morte. Ficar acordada até o fim. Despedir-me de tudo. Dizer a meus filhos, como o Coelho, de John Updike: "Não é tão mau assim".

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

céu líquido






em "vestido de noiva" (n rodrigues), a personagem alaíde sofre alucinações em cama de hospital, vê figuras do passado, revive realidades... a criatura de "frankenstein" (shelley) com certeza deve ter sofrido um tanto, antes de abrir os olhos amarelos, na alemanha. há outros tantos, na estante, sofrendo do mesmo mal, como naziazeno (os ratos), luís (angústia), quixote (cervantes), mersault (o estrangeiro), sidonio rosa (venenos de deus, remédios do diabo) ou mesmo o tal pequeno príncipe (exupèry) que devia ser mesmo de outra galáxia por  curtir viver boiando no limbo e conversando com uma flor, dentro de um planeta do tamanho de um fusca. muita alucinação.
a depressão é a primeira curva na estrada das alucinações, não sei como se viraram esses personagens, porque estão sempre na curva, encostados uns nos outros, na estante do quarto, um empurra-empurra secular, às minhas costas, agora, enquanto escrevo. não é boa a sensação, quando se tem à mente "a queda da casa de usher" (poe) ou "fantasma de canterville" (wilde)... isso parece não ter fim. mas é só literatura, não é?

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

frankenstein é ficção científica





mary shelley.
1818.
europa.

romance byronista; gótico; filosófico e dinâmico.

frankenstein
[ moderno prometeu ]

saiba mais, na conversa literária abaixo!



quarta-feira, 26 de abril de 2017

use literatura na sua redação - dica #3







use literatura na redação argumentativa


a metamorfose  (kafka)

conto da ilha desconhecida (saramago)

frankenstein  (shelley)

assista-me e descubra como!