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segunda-feira, 25 de março de 2019

mais platão menos prozac - marinoff






seguindo a linha aberta, com sucesso, por sautet (um café para sócrates), Marinoff procura seduzir o leitor com a tentação do momento : filosofia. filosofia aplicada ao cotidiano, assinala o subtítulo. 
logo de cara, o filósofo diz a que veio : 
"na medida que as instituições religiosas estabelecidas perdem cada vez mais a sua autoridade e que a psicologia e a psiquiatria excedem os limites de sua utilidade na vida das pessoas (e começam a fazer mais mal que bem), muitas pessoas estão passando a ser dar conta de que a especialização filosófica abarca lógica, ética, valores, racionalidade, tomada de decisão em situações de conflito ou rico e todas as vastas complexidades que caracterizam a vida humana. (...) durante todo este século [XX], um grande abismo se abriu debaixo de nós quando a religião retrocedeu, a ciência avançou e o significado se extinguiu."

marinoff defende a ideia de que a filosofia deveria fazer parte de todo processo de educação. na verdade, hoje, recuperar valores comuns, mínimos de convivência entre pessoas e o próprio meio-ambiente parece não ser tarefa fácil, no ocidente voltado apenas para a estrada do "compro-vendo-financio".
nesse ritmo, o grande embuste do século vinte, a psicologia, colaborou para que se fizessem, no máximo, relatos de posturas, síndromes ou justificativas (quase sempre superficiais) para suicídio, depressão, dificuldade em se relacionar ou facilidade para fazer contas mentalmente. daí a brincadeira com "prozac"... marinoff traz relatos de como a filosofia ajudou, de fato, pessoas a resolver conflitos como separação matrimonial, postura ética na escola, dúvidas sobre opção ideológica (vida comum ou monástica, por exemplo), o que vem a ser "o bem", essas coisas. o crescimento de cafés filosóficos e aconselhamentos, tanto informalmente como em clínicas, numa tentativa — segundo marinoff — de superar as limitações de trabalhos psicoterápicos, tornou-se uma tônica, nesse mundo cheio de catástrofes, como as guerras, exploração econômica ou verticalização de conhecimento como sinônimo de progresso.
o livro é pretensioso, direto, defende bem o peixe do autor e ainda ataca a ferida de muita gente ligada às humanidades, na medida que contrapõe filosofia e psicologia. e esta última fica devendo a que veio.

mais dicas ?
assista-me !

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

erros e a chance de acertar





terra plana, campanha contra vacinação, feminicídios, homofobia, invasão de terras indígenas, parcela da justiça permissiva diante dos crimes da cia. vale do rio doce, campanhas para armar o cidadão comum, nada de buscar assassinos de marielle franco, nada de buscar quem ameaça deputado humanista... a lista é interminável, desde os começos de 2018...

onde está o erro?
primeiro, a ascensão do fundamentalismo através do rádio, tv e congresso ligados ao que eles mesmos chamam de "bancada evangélica". é estarrecedor como cresceu esse tipo de postura que, no limite, prega o ódio a quem pensa e quer agir como vivente de um país laico. homossexualidade, interrupção de gravidez e senso crítico sobre a história não são temas bem-vindos no universo de quem então se diz religioso, cristão, cidadão de bem. há exceções eu sei, mas são tão poucos religiosos como irmã dorothy (assassinada), pedro casaldáliga, evaristo arns, frei betto ou francisco (argentino papa) que pouca diferença fazem, apesar de seus reconhecidos esforços.

segundo, o desmanche do sistema educativo, desde a ditadura militar. o projeto era justamente este: emburrecer o brasileiro médio e dar ele circo e meio pão. redes de tv aberta, rádios infestadas de evangelismo dinheirista, canais de tv por assinatura com esse conteúdo bíblico anti-democracia, parte da imprensa comprada pelas verbas de publicidade do governo e isso resulta numa alienação sem precedentes, a ponto de existir quem questione a contribuição do professor paulo freire para educação, no planeta, por exemplo. é estarrecedor.

terceiro, as notícias falsas facilmente plantadas nesta era digital em que tudo vale, tudo pode ser verdade, não há menor pudor em compartilhar ameças de morte, repúdio aos diferentes e uso de robôs para curtir mensagens de ódio... etc etc...

o que fazer?
apostar na educação, na leitura de mundo, no compartilhamento de conteúdos básicos de cidadania.
filosofia, matemática, pesquisa científica, lazer, jogos e dinâmicas de grupo, leitura, debate, isso tudo tem sido alvo de figuras como a aberração "escola sem partido" e seus companheiros de coche. valorizar o pensamento crítico, ter argumentos simples, sólidos para o que se quer sustentar. compartilhar conteúdo educativo... precisamos de toda ajuda.

e não soltar a mão de ninguém.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

bolsonarismo convoca estudantes a filmar professores -- veja como se defender





saiu da boca do eleito, neste 2018, que professores devem ter suas aulas filmadas. professor deve ser constrangido e dizer apenas o que seguidores de jair querem. e a gente sabe bem o que se quer: calar a verdade e censurar espírito crítico.
veja o que fazer.

primeiro: ninguém pode filmar aula do professor sem autorização. é crime. se filmar e ainda publicar com críticas -- sem autorização -- é calúnia, passível de pena. é crime.

segundo: em caso de ameaça ou ofensa, registre o episódio, assegure-se de testemunhas, comunique direção da escola e faça boletim de ocorrência. procure ajuda jurídica do sindicato de sua região. e eu aqui lembrando quantos professores e professoras conheci que jogavam -- e ainda jogam -- pedra no sindicato...
voltando: tenha perto de si o telefone do sindicato. evite sair da sala se seu pedido para não filmar não for atendido. algumas instituições de ensino possuem câmeras, na sala, o que facilita essa relação. 

terceiro: se o pedido para não ser filmado não surtir efeito, não saia da sala: peça a que outros alunos chamem alguém da coordenação ou direção. 

quartocaso seu pedido para ser filmado não tenha sido atendido, faça boletim de ocorrência; pior ainda se professor(a) não tenha percebido que foi filmado e teve imagens divulgadas sem autorização. isso é calúnia. crime. 

trocar ideia é a base da relação entre pessoas civilizadas desde as cavernas.
porém, há pessoas que querem simplesmente calar a história, censurar o debate sob argumento de que combater autoritarismo é doutrinação. fascismo, não!

vejam, a tendência é que o discurso sobre criacionismo, versão militarizada para o golpe de 1964 ou mesmo ensino de catolicismo nas escolas, tudo isso volte. é ruim para a humanidade o retrocesso científico e histórico. pior: com respaldo de amadores, sub-coronéis ligados à direita e á criminalização da pobreza, muitos educadores podem se sentir constrangidos sim. 

o espírito crítico diante da sociedade ocidental não para. o próprio sistema vem produzindo tragédias sociais. não entender que fascismo, nazismo, racismo ou homofobia são um mal é atestado de incompetência intelectual e também resvala no crime.
repito : professor, professora, há respaldo para seu trabalho! procure o sindicato de sua região e informe-se. muitos fazem até o atendimento via internet. informe-se. 
cabeça erguida.

professores, educadores, pais e famílias conscientes, leiam :

como se defender a censura em sala de aula - clica


procure também enviar seu depoimento para as seguintes plataformas :

justificando - envie seu depoimento- clica

outras palavras - envie seu depoimento - clica

quatroV - envie seu depoimento - clica

apeoesp -- sindicato de professores do estado de s paulo - clica antes que fechem

sinpro - sindicato professores rede particular s paulo - clica




quarta-feira, 29 de agosto de 2018

senhora - josé de alencar - resumo




romance romântico
porém, já aponta para o realismo


  • casamento por dinheiro
  • idealização da amada
  • cenário burguês e aristocrático
  • narrativa lenta
  • aspecto de conto de fadas
atenção:

- aurélia se sente traída por fernando que a abandona por outra mais rica
- aurélia -- a tal "senhora" do livro, resolve vingar-se

saber mais?

assista-me!

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

aula expositiva o tempo todo é desperdício




é comum, na área do ensino, aqui pelo meu mundo, o desconforto da clientela com determinado professor, professora. muitas das vezes a culpa é do próprio aluno, porque quem tem a última palavra é sempre o adulto da relação, pelo menos como pede  a carteira de identidade.
quando alunos se dispersam ou vão mal nas avaliações (que muita gente insiste em chamar de prova) é comum cravar que a culpa é do aluno.
olhem, se a maioria, na sala, usa de artifícios para fugir da aula, mesmo de corpo presente, há algo errado sim com a aula e os métodos de quem a ministra. se a maioria vai mal numa avaliação, é preciso considerar umas tantas variáveis para se achar a causa, como: não se reforçou a data do evento; as questões tratadas na avaliação foram retiradas de manuais de vestibular (nada de própria autoria); professor(a) não explicou como estudar o conteúdo; professor(a) nunca fez ou propôs tarefas condizentes com os objetivos das aulas ou a emília, do sítio, embaralhou as perguntas e todo mundo ficou confuso.

insisto: melhorar a relação professor-aluno implica diretamente em rendimentos melhores, não só na sala de aula como nas avaliações -- caso elas se mostrem coerentes, diga-se.
não falo de relações subjetivas, pessoais, como ir ao churrasco da galera, jogar vôlei no intervalo ou dar carona aos alunos em dia de chuva. é a relação dentro da sala, em linguagem de dia-de-semana, perguntando, chamando atenção, mantendo a plateia unida a seu conteúdo.
é difícil? talvez, quando a maioria dos professores, professoras, ignora os alunos e dá aula independente da postura deles... muitos usam da avaliação seguinte como arma para ameaçar seu público, afirmando que o assunto é conteúdo de avaliação, como se isso mudasse a situação dos imigrantes sírios ou a gravidade em saturno.
se o professor, professora não sabe como lidar com essa relação, é preciso dividir com colegas, fazer reunião de professores e não com professores.  pedir ajuda à coordenação, cobrar mais proximidade com departamento pedagógico, mas não vale desistir do aluno. por favor.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

interação constante permite aula mais produtiva


quando o assunto é sala de aula, no brasil, sabe-se que há muita gente que se arrepia. incluindo professores. não vou posar de olimpo e ditar regras de sucesso nesse campo. mas, por estar nele desde 1986, dá pra sugerir algumas coisas

1. disciplina
pedir ajuda ao centro pedagógico ou orientação quando perceber dispersão ou desmotivação; dividir a inquietação com colegas e, necessariamente, mudar a estratégia de aula
sugestão: o foco deve ser o aluno, mais do que aquilo que se está tratando; aula-palestra não produz, necessariamente, aprendizado; questione seus alunos a cada momento da aula, pergunte o que acham, se estão entendendo, se estão com material sobre as mesas etc etc...

um dos motivos da desmotivação e dispersão é a aula ruim, isso é fato. não exite aula interessante por si só. é preciso conquistar isso, ao invés de demonizar a família, o fato da aula acontecer no fim da tarde ou a culpa é das estrelas. professor precisa sim encarar seus alunos e colocá-los como agentes, em qualquer que seja o tema da aula, pode ser números complexos, império romano, semana de arte moderna ou reprodução dos anfíbios. o professor precisa manter essa ligação com os alunos o tempo todo. pedir que escrevam algo também ajuda. pode ser a partir de um exercício do material didático ou simplesmente o professor(a) pede uma síntese do que foi vivido, na aula.

IMPORTANTE : muitos professores reclamam que os jovens não são mais os mesmos, que as famílias não são mais as mesmas e ainda sentem, estes professores, saudades de um aluno que nunca tiveram: sério, dedicado, submisso e, nem sempre, emitindo uma pergunta. uma catástrofe. muita gente sabe que o par ensino / aprendizagem é mesmo para funcionar numa via de mão dupla. daí a questão: como o professor age para que alguma relação exista, em sala? berra por silêncio? ameaça? continua falando apenas para os interessados (reforçando a seleção de quem ganhará nota e quem ficará no breu do desconhecimento)? usa de seu poder e autoridade e expulsa alunos de sala?
insisto: interagir, questionar, aguçar curiosidade. o tempo todo.











2. avaliação
perrenoud  (2000): “certas aprendizagens só ocorrem graças a interações sociais, seja porque se visa ao desenvolvimento de competências de comunicação ou coordenação, seja porque a interação é indispensável para provocar aprendizagens que passem por conflitos cognitivos ou formas de cooperação”

esta lista de ações é também do sociólogo perrenoud:

a. organizar e dirigir situações de aprendizagem; 
b. administrar a progressão das aprendizagens; 
c. conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; 
d. envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho; 
e. trabalhar em equipe; 
f. participar da administração da escola; 
g. informar e envolver os pais; 
h. utilizar novas tecnologias; 
i. enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão; 
j. administrar sua própria formação contínua.

uma boa avaliação não deve se comportar como um exame que, no mínimo, elimina, ceifa os feitos do estudante até aquele ponto... de novo: avaliação mede. exame excluí, como naquele de motorista ou concurso vestibular.
pedir a refacção de avaliações é importante, porque aí a prova começa, de fato: na devolutiva. corrigir a avaliação, comentar etc.

olhem, numa avaliação dissertativa, é impossível ser coerente quando se tem cinco perguntas com o mesmo peso para cada questão. para se atingir nota 10, digamos, o professor(a) elege, para cada questão, dois pontos. como assim?
se tenho perguntas sobre o livro "iracema", por exemplo, veja que não se deve considerar de igual peso (dificuldade/profundidade) essas duas abaixo:

Icomo foi a relação entre martim e iracema, ao longo da narrativa? dê exemplo.
II. caracterize o tipo de narrador e sua linguagem.

claro está que a questão I requer mais conteúdo para se alcançar resposta ótima quando comparada á questão 2. é de se esperar, portanto, que as questões não tenham validade igual.

o mesmo para uma questão sobre reconhecer tal figura de linguagem numa tirinha e, na mesma avaliação, uma questão sobre diferenças entre linguagens dos personagens (variação linguística) da tira.
é muito cômodo fazer dez questões, numa avaliação e delimitar um ponto para cada uma. cômodo e trágico. se o professor não sabe resolver essa equação ligada ao peso das notas, deve pedir ajuda aos pares, à coordenação... e, claro, cabe ás instâncias superiores supervisionar essas posturas durante o processo avaliativo. isso vale para português, biologia, línguas, tudo, qualquer tema. tudo.

deixo alguns vídeos relacionados à educação e leitura. de repente, ajudam!


















domingo, 15 de julho de 2018

escola evita que a terra seja considerada plana


                                                           [ carlos ruas ]

nesses tempos em que a gente encontra figuras adultas, muitas vezes diplomadas, falando em terra plana ou afirmando que vacina é arma química, fico pensando onde foi que erramos. a imprensa brasileira, por exemplo, é -- em geral -- sustentada pelo que dizem agências internacionais, como francepress, cnn, bbc, rai, el país ou deutsche welle, além de mais duas ou três... isso limita demais o acesso a uma necessidade de discussão das notícias. muita gente letrada, por exemplo, se alimenta desse tipo de conteúdo que, nada, nada, serve apenas para vender produtos nos intervalos dos noticiários. 

a questão da terra plana, em si, é produto dos estados unidos e, em parte, advinda das verdades que interessem a eles mesmos mais do que a qualquer outra parte do mundo, incluindo o mundo todo, se é que me entendem. vide episódio que vem do século 20 conhecido como "criacionismo". uma mistura de fé com negação da verdade que em nada contribui para civilidade. não estou contra religiões, nada disso. agora, quando essa cultura dos mitos sai da esfera do foro íntimo e avança para o caminho da realidade comum, então, há o retrocesso, o ódio e a ignorância tomam conta.

queria mesmo saber onde educadores, profissionais de comunicação em geral, hoje pisamos no tomate e permitimos que uma geração triste de egoístas, solitários e ignorantes brotasse. terra plana? como assim? é a pós-verdade se espalhando feito praga. 

escola precisa ser mais ativa nesse campo. muitas que conheço até tratam de temas polêmicos, como racismo, gênero ou bullying, mas o fazem fora do horário de aula, tornando a questão um espetáculo com hora pra acabar.
é preciso falar de gênero, orientação sexual, racismo, feminicídio, democracia, ciência, a vida real enfim, todo dia... assumir e educar país pobre que tem bolsonaro como político ativo não é fácil.

parece que acontece uma autofagia em parte da humanidade que se refugia nos mitos para bombardear hospitais, expulsar cidadãos de suas terras ou simplesmente impedir que uma mulher, no brasil, possa escolher ter ou não um filho.


segunda-feira, 2 de abril de 2018

histórias da arte - a minissérie de 2018





está estudando para vestibulares ? gosta de arte ? prefere vídeos de até 10 minutinhos ?

está no lugar certo!

não perca esta minissérie! 
histórias da arte : cultura rupestre, china, índia, vênus de boticelli, leonardo da vinci, grécia,  goya, di cavalcanti e muito mais!

clique nos vídeos abaixo:


pintura rupestre  # 1



mesopotâmia - aula #2




egito -  aula #3




índia  -  #4



china    #5




grécia #6




roma #7



vênus de botticelli 




leonardo da vinci





goya e picasso




vanguardas artísticas





di cavalcanti 





terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

história da arte -neolítico #1




através da o.n.g. "tempo bom", marcelo, joão, olívia e guillermo (dentre outros) abriram o curso pré-vestibular "contexto", em valinhos, estado de são paulo. lá, sou professor voluntário, assim como todos os demais. não há custo para os estudantes que, previamente, passam por entrevista e avaliações. 

veja notícia:
matéria com cursinho contexto - na foto, não é que sou eu?  (clica)

saiba mais sore a o.n.g. "tempo bom"
tempo bom - via facebook

além de falar sobre livros dos vestibulares de u.s.p. e unicamp, tenho iniciado uma série de vídeos com noções de história da arte. periodicamente, vou dividir aqui, neste espaço, os vídeos dessas aulas. de repente ajuda mais gente.

aula 1 - o que é arte e período neolítico.





dica sobre descoberta recente de arte rupestre clica - [ neanderthalis em ação !]

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

lista de livros - fuvest 2018




a lista de livros para a prova deste domingo, 26 de novembro, 2017, fuvest:

iracema - alencar
mem p de b cubas - machado
o cortiço - azevedo
a cidade e as serras - eça
vidas secas - graciliano
claro enigma - drummond
minha vida de menina - morley
sagarana - rosa
mayombe - pepetela

. . . . . . . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .   .   .   .

resumo em vídeo de todos os livros - fuvest 2018 - clica

anote aí:

iracema - romantismo nacionalista; licor verde; tatuagem de martim, colonização da américa

mem p de b cubas - realismo; metalinguagem; prepotência; arrogância; rio de janeiro; adultério; emplasto

o cortiço - naturalismo; portugal versus brasil; adultério; homossexualismo; exploração humana

a cidade e as serras - realismo; nacionalismo; sebastianismo; paris; dom miguel; felicidade é progresso; felicidade é a o campo

vidas secas - modernismo; indústria da seca; cachorra baleia; patrão versus vaqueiro; soldado amarelo e o jogo de cartas; era vargas

claro enigma - modernismo; poesia; introspecção; linguagem culta e erudita; "oficina irritada"; "dissolução"; "a máquina do mundo"

minha vida de menina - modernismo; diário; diamantina; aula de redação; esperteza; magistério

sagarana - modernismo; filosofia; neologismo; folclore do sertão; fábula; as epígrafes de cada conto e a do livro como um todo

mayombe - modernismo; livro com caráter histórico; guerra de independência de angola; século 20; colônia versus metrópole; mayombe é o prometeu africano; zeus vergado a prometeu



todos os resumos em vídeo - fuvest 2018 - clica

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

ascensão da intolerância é omissão da educação





não é de hoje que se sabe que o processo educativo vem sendo solapado pelo tecnicismo, pela setorização do conhecimento. e não me venham com história que a rede privada é melhor que a pública porque não cola. a rede particular, na real, é quem perde mais porque menos autônoma que a pública. mal e mal, a pública pode viver de projetos. mas isso é outra conversa.
professores das duas últimas gerações -- anos 1980 e 2000 -- omitiram-se demais na questão social, ética e cidadã. não bastou o exame nacional do ensino médio (enem) ter cobrado, em suas redações, temas humanitários como violência contra mulher, poder da leitura, inclusão ou indivíduo frente a ética ... etc... não bastou porque muitos professores, coordenadores, diretores e afins se recusaram a lidar com trabalhos interdisciplinares, não promoveram café filosófico, não fizeram seminários para tratar do cotidiano da comunidade jovem preferindo insistir na importância do movimento uniformemente variado, as funções da conjunção integrante ou a fórmula de bhaskara. há exceções. mas são quase nada, num país com tantas instituições rarefeitas. insisto: nada contra gramática, fórmulas disso, regra daquilo ou as marcas de estilo do poeta gonçalves de magalhães. seria legal se tudo viesse unido a um modus vivendi que agregasse humanidade, preocupação social, respeito ao outro, preocupação com a coletividade, como melhorar seu bairro, porque mobilidade urbana não melhora, como entender a internet para divertir e aprender,educar pelo esporte, essas coisas.
deveria ser simples. a omissão da classe educativa é proporcional ao crescimento de muitos canais de educação, tv, internet, que se esmeraram em propor modos novos, interessantes, quase lúdicos para se aprender a fórmula do sal, as funções do "que" ou cálculo estequiométrico. mas ainda faltava a cidadania. ainda faltou a humanidade.
é inacreditável que, de 2016 pra cá tenhamos, visto tanta violência contra arte, contra educação e liberdade como agora. o ataque é contra a escola. vide essa incoerente e débil proposta de "escola sem partido", como se falar contra o nazismo, a escravidão ou ditadura fosse ter um "partido". bizarro, absurdo, nojento, odioso, triste.
com a omissão da classe educativa, abriu-se espaço para esse evangelismo doutrinador anti-liberdade, abriu-se espaço para um conservadorismo egoísta e agora essa gente que gosta de pobre morto está nos canais de televisão, no congresso, na imprensa, no supremo e... de repente, até nas escolas.
precisamos sim de ação. precisa ser logo. do contrário, amanhã vamos acordar numa caverna e fugindo dos dinossauros, pedindo socorro ao australopitecus.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

aula : barroco e contrastes




                                                                        [ banksy ]

hoje, barroco :

o que é ?
segundo alfredo bosi, o estilo “enraizou-se com mais vigor e resistiu mais tempo nas esferas da Europa neolatina que sofreram impacto vitorioso de  novos tempos mercantis. é na estufa da nobreza e do clero espanhol, português e romano que se incuba a maneira barroco-jesuítica: (...) mundo  (...) organicamente preso à Contrarreforma e ao império filipino (...)”

         [história concisa da literatura brasileira, ed cultrix]

o estilo barroco ficou marcado, vulgarmente, pela ideia de contrastes. claro-escuro. teocentrismo versus antropocentrismo, mas é um tanto mais que isso.

continuando o barroco, aqui vai mais uma proposta de aula :

análise de texto com gregório de mattos e guerra, século 17:


Discreta e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos e boca o Sol e o dia,
Enquanto com gentil descortesia
O ar, que fresco Adônis te namora,
Te espalha a rica trança voadora
Quando vem passear-te pela fria,
Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda ligeireza,

E imprime em toda a flor sua pisada.
Oh, não aguardes, que a madura idade,
Te converta essa flor, essa beleza,
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.


maria parece ser uma figura à altura de um mito grego – adônis – e capaz de agregar em sua feição, a aurora, o sol etc.

contudo, algo pode pôr fim às virtudes da moça: o tempo. melhor é viver do que esperar.
questione seus alunos sobre o que seria aproveitar o tempo. o que é, afinal, aproveitar? 

sempre que começar um projeto, uma aula, sempre que começar seu dia, pergunte a si mesmo se a educação é o que gostaria de fazer se, de repente, o dinheiro não fosse um problema.
passada essa etapa, caso a resposta seja sim, vale a pena continuar perguntando se você é capaz de fazer seu aluno feliz.

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professor(a),  
a ideia, aqui no blog, nesta série, não é ser definitivo, com algo muito extenso, em cada post... mas sim deixar material suficiente para uns 50 ou 40 minutos

algo para, de repente, um exercício, depois do seu debate, uma avaliação, uma tarefa de casa...
use este material como lhe convier!


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melhorar sua aula? projetos interdisciplinares? clique aqui !




sexta-feira, 15 de setembro de 2017

alunos e o celular: até quando só eles serão culpados?




esta é uma imagem típica dos século 21 e vem servindo de  sustentação para discursos geralmente conservadores que demonizam a juventude e, por consequência, a tecnologia. vamos direto ao ponto. por que o senso comum vai afirmar que a partir desta imagem os jovens nada querem saber da arte e sim da internet? porque há adultos com preguiça de entrar nesse debate. é sempre assim? sempre alunos com preguiça? respondo: os estudantes só irão se distair se não houver projeto, se não houver motivo para sustentar ida ao museu. antes do educador reclamar do possível descaso com a arte, deixar claro o que será feito nesse museu. de início, parar de chamar a atividade de "passeio" e sim "estudo do meio". bolar atividade para o dia da visita e outra para a sala de aula. dá trabalho. isso se chama "educar".  

outra coisa: é bem possível que, na imagem acima, os alunos estejam completando um trabalho a pedido da escola. eles têm um blog? rede social? eles podem sim estar trabalhando em função do estudo, ora pois. por que sempre crer que há algo errado, na imagem descontextualizada? pode ser que estejam distraídos? sim, pode. mas já adianto: responsabilidade do educador. toda. e não me venham dizendo que a saída é sequestrar os celulares. eles não terão como se distrair com celulares, disco-voadores ou a porta de saída se tiverem um projeto. como foi montado o estudo? um simples "vamos ao museu!". errado, lógico.
perdoem a franqueza, mas a ideia aqui é ajudar: professor(a), melhore sua aula.
procure colega, coordenação, livros, experiências similares, pelas redes sociais. não sabe o que fazer em um museu com seus alunos? comece propondo que definam a função de um museu, após toda a visita. peça que reflitam sobre a função da arte. Se o foco for algum artista específico, proponha pesquisa, uma questão específica sobre seu estilo ou o da época.


só reclamar de alunos desinteressados é sofrer depois quando eles, já crescidos, forem fechar exposições de arte.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

a tal baleia azul e a arte de ensinar





ouço de gente com diploma na parede que o que falta na "molecada" (pura citação) que flerta com "baleia azul" é chinelada, pancada, cinta. 
um horror.
quem bate, ensina ao que apanha que conflitos podem ser resolvidos pelo medo, pela violência, pela vingança... como, por exemplo, proibir algum tipo de prazer por causa de uma ação ruim. é ridículo.
anos atrás, recebi em reunião escolar um responsável pelo aluno xis. o jovem ia de mal a pior, na escola, com notas baixas e auto-estima idem. pra piorar, o tal responsável disse que ia tirar o skate do garoto. eu não resisti, soltei; "senhor, de escola, seu filho sabe nada; skate é a única coisa que ele consegue e você vai tirar??
o problema das notas baixas nunca é o celular, o computador, a janela aberta, a televisão, skate, surf, nada disso. é o desinteresse pelo resto. dizer que o desinteresse é pura e simplesmente má vontade do jovem é um passo inteiro para jogá-lo na depressão e, hoje, na tal "baleia sem fundo". o que fazer com o desinteresse? algo de positivo se faz necessário, nunca o reforço negativo. quem dera que um médico só atendesse pessoas com saúde! não. é dos doentes que vive um educador, se não, ele não serve pra função. é preciso ter humildade e perguntar o que fazer diante desses problemas, ao invés do escárnio e da suposta busca de fazer graça. propor estratégias diferentes para abordar tal tema, em sala de aula; questionar; procurar ajuda, dentro da escola mesmo, dividindo experiência com colegas e direção (coordenação).
não dá pra tratar todo mundo igualmente. acho mesmo espantoso que ainda existam adultos que acreditam que o que falta na educação é pancada. dá muita raiva.


veja também



terça-feira, 18 de abril de 2017

castrando livro didático




                                 [ página do livro que se pretende castrar, digo, censurar ]

é conhecida a história de famílias adoentadas que protestaram, formalmente, junto prefeitura de ji-paraná (rondônia) contra um livro escolar. não foi no brasil colônia. foi agora, 2017. no livro,  estudos sobre anatomia humana, órgãos genitais, texto, números e orientação saudável. o básico. nesse sentido, só podem estar mesmo adoentadas as famílias que se indignaram com o assunto.
é revoltante, triste, um retrocesso civil essa questão da moralidade em tempos de transparência e debate sobre gênero. pior: há religiões que apoiam os protestos. se bem que entre religião e bom senso sempre há uma distância. 
o medo da liberdade corrói o cérebro. fundamentalismo corrói o cérebro. isso realmente é um problema de saúde pública!
não sei qual lugar melhor para se discutir sexualidade se não for na escola. essa ação de censura combina bem com a acefalia que sustenta outra aberração: "escola sem partido". é preciso combater a censura na educação. sempre. agora.
eliane brum escreveu sobre o tema, em sua coluna no "el país", neste mês. "escola sem pinto" é o texto. leia. está no link abaixo.
se puder, compartilhe. a vida sadia agradece.

escola sem pinto  [ clique ]


segunda-feira, 17 de abril de 2017

aprendendo redação #9 [ cola na escola ]






texto 1

REFLEXÕES SOBRE A COLA
André Luiz dos Santos

Estou plenamente convencido de que a cola tanto aumenta quanto maior é o descrédito do aluno pela prova. A cola justamente contesta o sistema de avaliação de provas, sobre o qual debruça-se grande parte de nosso ensino. A prova é uma avaliação das capacidades individuais do aluno entregue aos seus próprios conhecimentos. A cola perverte essa avaliação, suprindo o aluno por outras fontes. 
O aluno já sabe que a carreira de engenheiro é imensamente diferente de uma prova, daí seu ceticismo. Um problema real não possui nem sequer a sombra de semelhança com uma avaliação de faculdade. O engenheiro trabalha em equipe, possui a sua disposição consulta a literatura, estará livre para pensar em várias soluções, e sempre haverá revisões de seu trabalho final. Sua ferramenta é a capacidade de análise, não a memória. Em contrapartida, o ambiente de uma prova é artificial: Ser cobrado em duas horas a fazer manipulações complexas e específicas de matérias extensas, enclausurado e incomunicável preso numa carteira nem sempre confortável sob a vigilância de alguém pronto a suspeitar de seus menores movimentos. E a correção posterior não é mais justa, pressupõe a pergunta: “O aluno teve capacidade de guardar (não importa se decorado e memorizado ou aprendido e assimilado) a resolução destes n exercícios dos quais uma fração nem sempre amostral lhe será cobrada totalizando um índice de desempenho de 0 a 10?”.
Essa contestação vem desde o estudo. “Estudar para a prova” é uma grande elucubração, verdadeiramente forçar nos dias que antecedem o teste conhecimento no cérebro para demonstrá-lo na prova. Depois, se algo não for esquecido, tanto maior o lucro. E a isto se chama aprendizado. Verdadeiramente uma osmose reversa, usa-se uma pressão artificial e mecânica para fazer algum conhecimento penetrar na mente quando o contrário é o natural. Se permitem uma experiência minha, não me lembro de haver aprendido menos nas matérias sem prova (cuja avaliação era feita pela presença e trabalhos, com eventualmente alguma breve provinha) do que nas exaustivas sessões de esgotamento e desestímulo que antecediam a grandes provas de disciplinas pesadíssimas. (...)

http://www.hottopos.com/regeq9/andre.htm

texto 2

    COLA NA ESCOLA
 Em março de 2006, um grupo de estudantes da Mount Saint Vincent University em Bedford, Nova Scotia, Canadá, convenceram a reitoria da instituição a proibir que os professores usem qualquer auxílio informatizado anti-plágio. O pretexto da solicitação dos alunos? Para o líder do diretório acadêmico daMount San Vincent, o esforço dos docentes em desvendar casos de trabalhos copiados de outros textos disponíveis na rede mundial de computadores “cria na universidade uma cultura da desconfiança”.
Na Bósnia, os alunos da Universidade de Banja Luka protestaram, em fevereiro de 2006, contra a decisão da direção da faculdade de Economia de instalar câmeras de segurança nas salas de aula no intuito de vigiar os alunos durante a realização das provas. A justificativa dos líderes do protesto? Para eles, “colar nas provas é parte da mentalidade dos Bálcãs e seriam necessários muitos anos para que os alunos mudassem de atitude.”
Aqui no Brasil, Vicente Martins, professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Ceará, declarou na edição da Revista Espaço Acadêmico de junho de 2004, que vê “a cola como liberdade de aprender, (…)não como fraude ou ato clandestino do aluno, mas como manifestação ou recurso de liberdade de aprender do aluno e estratégia de recuperação dos alunos de baixo rendimento”. Para ele, a cola é uma solução para o baixo rendimento escolar dos alunos e para os altos índices de reprovação; em sua questionável visão de educação, Martins vê no “procedimento da cola um instrumento para assegurar, na verificação do rendimento escolar, um princípio de ensino como preconiza a Constituição Federal, no seu inciso II, do artigo 206, que enumera, entre os princípios de ensino, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”. Em sua defesa da cola como expressão da indignação dos alunos diante de um sistema escolar opressor, “o poder reconhecido aos alunos, pelos estabelecimentos de ensino, de só aprenderem aquilo que quiserem e como quiserem”, Martins esboça um pequeno código de direitos dos colantes, abaixo reproduzido em sua totalidade:

http://locutorio.blog.com/2006/04/07/cola-e-escola/


texto 3




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A partir das leituras que fez aqui e em seu próprio conhecimento,
redija um texto argumentativo com o tema :

                            “ Por que colar ? ”

Lembre-se: todo texto argumentativo-dissertativo deve conter uma tese, a introdução, os argumentos e uma conclusão.
Não use 1ª pessoa.
Não esquecer título.

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comentário post anterior #8

sugestões para um texto argumentativo a partir da proposta abaixo
[ use suas palavras e construa seu texto, em 30 linhas ]

tese (sua opinião sobre a proposta):  ócio é necessário / ócio contribui com a criatividade

- foi tratado como inação, como vadiagem, pois desde a colonização, nativos e escravos vindos de áfrica foram obrigados a construir o país com as mãos

- conceito de trabalho, para nobreza de elite, até hoje, passa pelo movimento, passa pelo suor

-  o trabalho intelectual acaba entrando nesse conceito ... em "vidas secas" o próprio fabiano criticava o patrão tomás por "estragar os olhos" em cima dos livros

conclusão:
- ócio é necessário porque permite diálogo consigo próprio / permite criatividade