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sexta-feira, 14 de junho de 2024

mão na cabeça, freud!

 


dizem que terapia é exercício para cérebro, mas nos últimos tempos tem sido mais que isso. pra começar, não caio na armadilha do "corpo e alma", como se uma coisa existisse por si só, separada dessa outra (anima) sem forma nem definição. fim da idade média. o humano, desde aristóteles, é animal racional e, aí, já entramos noutro problema com palavras. por que só ele o racional? uma coruja elabora seu trajeto até o ninho, depois até a presa, prepara seu vôo, ataca, enfim, está usando algum tipo de lógica, seu insitinto, digamos, racional. qualquer bicho articulado (com exceção do macunaíma) elabora, pensa e age de acordo com seu meio também, mesmo que seja para mudá-lo, como os castores e os humanos. pensar não dói.

olhem, tanto lou marinoff quanto marc sautet  defendem o bem-estar do homem pela fiolosofia. se ainda não conhece, deveria ler "mais paltão, menos prozac", do primeiro, e "um café para sócrates", do segundo.

 

segunda-feira, 25 de março de 2019

mais platão menos prozac - marinoff






seguindo a linha aberta, com sucesso, por sautet (um café para sócrates), Marinoff procura seduzir o leitor com a tentação do momento : filosofia. filosofia aplicada ao cotidiano, assinala o subtítulo. 
logo de cara, o filósofo diz a que veio : 
"na medida que as instituições religiosas estabelecidas perdem cada vez mais a sua autoridade e que a psicologia e a psiquiatria excedem os limites de sua utilidade na vida das pessoas (e começam a fazer mais mal que bem), muitas pessoas estão passando a ser dar conta de que a especialização filosófica abarca lógica, ética, valores, racionalidade, tomada de decisão em situações de conflito ou rico e todas as vastas complexidades que caracterizam a vida humana. (...) durante todo este século [XX], um grande abismo se abriu debaixo de nós quando a religião retrocedeu, a ciência avançou e o significado se extinguiu."

marinoff defende a ideia de que a filosofia deveria fazer parte de todo processo de educação. na verdade, hoje, recuperar valores comuns, mínimos de convivência entre pessoas e o próprio meio-ambiente parece não ser tarefa fácil, no ocidente voltado apenas para a estrada do "compro-vendo-financio".
nesse ritmo, o grande embuste do século vinte, a psicologia, colaborou para que se fizessem, no máximo, relatos de posturas, síndromes ou justificativas (quase sempre superficiais) para suicídio, depressão, dificuldade em se relacionar ou facilidade para fazer contas mentalmente. daí a brincadeira com "prozac"... marinoff traz relatos de como a filosofia ajudou, de fato, pessoas a resolver conflitos como separação matrimonial, postura ética na escola, dúvidas sobre opção ideológica (vida comum ou monástica, por exemplo), o que vem a ser "o bem", essas coisas. o crescimento de cafés filosóficos e aconselhamentos, tanto informalmente como em clínicas, numa tentativa — segundo marinoff — de superar as limitações de trabalhos psicoterápicos, tornou-se uma tônica, nesse mundo cheio de catástrofes, como as guerras, exploração econômica ou verticalização de conhecimento como sinônimo de progresso.
o livro é pretensioso, direto, defende bem o peixe do autor e ainda ataca a ferida de muita gente ligada às humanidades, na medida que contrapõe filosofia e psicologia. e esta última fica devendo a que veio.

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