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Mostrando postagens de janeiro, 2025

aflita - narcisa amália - comentário

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      AFLITA   Per lui solo affido sull' ali dei venti Il suon lusinghiero di garruli accentil Deh riedi, deh riedi... mi stringi al tuo cor E giorni beati vivremo d'amor!             Il Guarany   Desde a hora fatal em que partiste, Turbou-se para mim o azul do céu! Velei-me na mantilha da tristeza, Como Safo na espuma do escarcéu! Até então o arcanjo da procela Não enlutara o lago das quimeras, Onde minh'alma, garça langorosa, Brincava à luz de etéreas primaveras. Mas um dia atraindo ao vasto peito Minha pálida fronte de criança, Murmuraste tremendo: "Parto em breve: Mas não te aflijas, voltarei, descansa!" Ai! Que epopeia túrgida de lágrimas Na comoção daquela despedida! Eu soluçava envolta em véu de prantos: "Quando voltares, já serei sem vida!" Desde então, comprimindo atrás angústias, Vou te esperar à beira do caminho; Voltam cantando ao sol as andorinhas, Só tu não volves ...

nebulosas - livro de narcisa amália - comentário

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  narcisa amália de campos (1852-1924) nasceu em são joão da barra, rio de janeiro e faleceu na cidade do rio de janeiro "nebulosas": poesias românticas com algum teor crítico. isso a aproxima do que fez castro alves, na mesma época, ou seja, na segunda metade do século 19. o livro de narcisa é de 1872.  o livro apresenta três partes: a primeira com um poema apenas, " nebulosas "; a segunda com 27 poemas e a terceira, 16 poemas. o texto que abre esta última parte é justamente "castro alves". no geral, o que chama atenção do leitor, hoje, é o excesso de termos raros, uma escolha lexical que pode cansar o leitor apressado, dificultando a interpretação, num primeiro momento. é preciso estar sempre próximo a um dicionário. no conjunto, a obra "nebulosas" é de lirismo denso, místico, lavado de cristianismo e melancolias.  a natureza é constantemente citada como cúmplice das emoções, em muitos poemas. o livro  "nebulosas" também traz atmosfe...

opúsculo humanitário - nísia floresta brasileira augusta

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                       dionísia pinto lisboa  - -  nome oficial     nísia floresta brasileira augusta  - -  pseudônimo - "floresta" faz referência ao sítio onde nasceu - "augusta" é o nome do marido falecido, "augusto" filha do português dionísio pinto lisboa e da brasileira antônia clara freire, dionísia nasceu no rio grande do norte, em 1810. morreu na frança, em 1885.  no início de " opúsculo humanitário ", nísia expõe o modo como mulheres foram tratadas em épocas distantes, como na grécia, pérsia e egito, por exemplo, antes de cristo. passa pelos pensamentos de platão, sócrates, cita dario, safo, perictione (mãe de platão), aspasia, indo à idade média, chegando até -- mais recente --, a cornelia bororquia. vale explicação: " cornelia bororquia " é nome de um livro anticlerical, do final do século 18, com subtítulo: " a verdadeira história da judith espanhola ". o livro é de luiz gutierre...

balada de amor ao vento - paulina - história de amor

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                                       "b alada de amor ao vent o" -- romance, 1990, moçambique - paulina chiziane - narração: predominantemente primeira pessoa pela figura feminina: s arna u - existe, p rincipalment e, nos capítulos 7, 15, 16 e 17, a presença de um narrador onisciente  " o passado persegue-nos e vive consosco cada presente" (...) eu tenho um passado, esta história que quero contar " mambone, às margens do rio save, começo de tudo. no início da história, ela revela que ali aprendeu a amar a vida e os homens. "Tudo começa no dia mais bonito do mundo, beleza característica do dia da descoberta do  primeiro amor. (...)  Eu estava bonita com a minha blusinha, cor de limão (...) . Coloquei-me na rede para  ser pescada, e por que não? Já era mulherzinha e já tinha cumprido com todos os rituais.  As mulheres atarefadas giravam para cá e lá no preparo do ...

não passe pela direita

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  [ stefania, bril - são paulo, 1974 ] foto da stefania bril, em 1974, do elevado "costa e silva" -- o general ditador, que bancou o AI - 5, dentre outras atrocidades. conhecido como minhocão, ele foi rebatizado "joão goulart", tempos depois. a foto, hoje, é tragicamente poética. e necessária.  para frear a sanha ambiciosa e violenta desta extrema direita é necessário algo simples: votar . daí, fica mais fácil respirar. basta reconhecer, em sua cidade, políticos (homens, mulheres) que apoiem a natureza, educação e democracia. o básico! então, eleger essa gente!  no dia da eleição, lembrar que política é do povo e para ele, e não um prêmio pra supostas celebridades.    saiba mais sobre stefania bril - clica