novíssimo dicionário do carneiro!
ALENCAR – escritor nacionalista
brasileiro que adorava imitar o modelo europeu de folhetins; ficou famoso por
ter inventado Iracema, a virgem dos lábios de mel, da tribo Tabajara... O nome
da índia, aliás, é anagrama de “américa”, mas isso você já sabia. Famosa mesmo
é Jesuína, a primeira figura da literatura nacional a se apaixonar por outra
mulher, assim, sem rodeios... está lá, em “Lucíola”... e dizem que romântico é
moralista. Eita, cearense porreta!
AMOR – estado em que dor e prazer se
confundem. Sinônimo de aventura. “Roma” de trás pra diante. Sentimento bem inferior à paixão. Palavra que
fez a fama de Freud. Diz-se de certa personagem, Ofélia, em “Hamlet”. Ou
Isabel, em “O Guarani”. Todos acreditam que é isso, o amor, que acontece em
“Werther”, mas não é.
BEIJO – convenção social
de pele, significa “salivei em você”; atividade intra-labial que
produzia, antigamente, sapinho, hoje dá uma grana preta quando seguida de gravidez de roqueiro
ou jogador de futebol; existe o “da mulher-aranha”, o de Judas e aquele
“desentope o tanque”. Beijo ótimo é o que se ganha de repente, seguido de
abraço. Leia “O Primeiro Beijo”, de Clarice Lispector, ou o capítulo “O
Penteado”, em “Dom Casmurro”.
CAETANO – Diz-se de entidade supra religiosa de origem
baiana. Um dos iniciadores da Tropicália e dono de profundo mau-humor quanto à
imprensa ou a quem quer que possa criticá-lo... ou a João Gilberto. Compositor
de uma música só (Sampa), acredita ser o enviado do destino para curar os males
do país. Entra para a história como cantor de festival de televisão.
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