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sábado, 5 de setembro de 2020

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

a não-metáfora do iceberg




febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos
a vida inteira que poderia ter sido e que não foi 
  [ Bandeira ]



brasileiro, em geral,  embarcou nessa nova plataforma política e elegeu jair, do p.s.l. com uma objetividade de fazer inveja aos kamikazes da segunda guerra mundial.

foi a entrada no titanic: classe média ouvindo música com champagne parcelado em doze vezes. e achando que são elite, rumo ao icberg. no porão, pobres de direita felizes por servirem os botes aos da classe média... muitos deles ainda afirmam que o afundamento é chamado de jesus-amén. 

enquanto isso, parte da esquerda contabiliza o que ganhou com hashtags... teve o "elenão", também "lulalivre", "haddad", "marielle" ... o que, nada nada, foi nada mesmo.
quem se diz de esquerda deve sim propor união de cara limpa. ir às redes sociais com esclarecimentos sobre poder do capital humano, importância da educação, das vacinas etc etc.... fazer trabalho de base.

na política, quando a gente não ocupa um espaço, alguém vai fazê-lo porque voto não se despreza. voto, no brasil, é sim assinar cheque em branco. melhor entregar o seu a alguém de confiança.
o que significa?

fazendo desenho:
eleger e apoiar quem está com a educação livre, com valorização da carteira de trabalho, apoiando diversidade cultural, não aprovando projetos de desmonte da educação superior, muito menos essa história medonha de "escola sem partido". 
e quem faz isso?
não necessariamente partidos de esquerda, mas em sua maioria são eles mesmos que carregam essa bandeira humanitária.
exemplo : partido dos trabalhadores, psol, pc do b e alguns abnegados do pdt ou psb. estes dois últimos, casos isolados porque, no caso do congresso, cada partido tem sua liderança e isso significa que os deputados vão votar o que a liderança indicar.

de novo: o iceberg está visível. a velocidade inalterada. 
saída: pedir a orquestra pra tocar um tango argentino.

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podem ajudar também:








segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

recife : arte e frevo




viagem a recife, neste início e 2018. muito impactante. calor, praia de boa viagem extensa que permite o clichê "a perder de vista". igrejas, bolo de rolo, rios, pontes, muita história, arte de francisco brennand e a memória holandesa que pulula pela cidade.

saber mais?
assista-me!


terça-feira, 1 de agosto de 2017

pequena história de petrópolis




cidade imperial.
tudo começa com d pedro primeiro que, na década de 1820 adquire terras próximas às da fazenda de padre correa. após a morte de pedro, na década de 1830, pedro segundo, exatamente em 1843, assina decreto de criação da cidade, ação que fica a cargo do engenheiro koeller. 
sim, petrópolis é a primeira cidade planejada do país.
e a importância de osvaldo cruz, santos dumont ou mesmo manuel bandeira, dentro da cidade?
não sabe?

então, assista-me!


terça-feira, 25 de julho de 2017

o impossível carinho





                 O IMPOSSÍVEL CARINHO

 Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
          Quero apenas contar-te a minha ternura
         Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
         Eu te pudesse repor
          - Eu soubesse repor -
        No coração despedaçado
        As mais puras alegrias de tua infância!


Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu em 1886, Recife, dia 19 abril de 1886. Faleceu no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, em outubro de 1968.

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Manuel Bandeira é poeta que sabe estruturar seus temas. Seus temas são simples: recordações da infância, um amor irrealizável, a sombra de uma doença grave, um enterro que passa, uma linda tarde de despedidas, uma velha casa que vai abaixo e na qual se sofreu e se amou muito.
                                                                         Otto Maria Carpeaux

Manuel Bandeira chamou-se um dia “poeta menor”. Fez por certo uma injustiça a si próprio, mas deu, com essa notação crítica, mostras de reconhecer as origens psicológicas de sua arte : aquela atitude intimista (...) um lirismo confidencial, auto-irônico, talvez incapaz de empenhar-se num projeto histórico, (...). O esforço de romper com a dicção entre parnasiana e simbolista de Cinza das Horas foi plenamente logrado enquanto fez de Bandeira um dos melhores poetas do verso livre em português e, a partir de Ritmo Dissoluto, talvez o mais feliz incorporador de motivos e termos prosaicos à literatura brasileira.
                                                                                          Alfredo Bosi

De qualquer maneira, sabe-se que a poesia de Manuel Bandeira é de um lirismo bondoso. Mário de Andrade o chamou de São João Batista do Modernismo. Aquele do batismo. Que coisa. Devoto de simplicidade que extasia, o poeta brinca com a vida através de seu passado, através da forma quase coloquial de escrita em versos, com um sensualismo nada ingênuo e musicalidade. Com ironia e concisão. Predomínio do verso livre. A literatura de Manuel Bandeira é repleta de outras referências modernas; e temos nela um dos quatro pontos de sustentação da poesia brasileira do século XX, junto com Jorge de Lima, Carlos Drummond e mais alguém que bem poderia ser a Cecília Meireles, mas sei que não é.                              
                                                                                                      Carlos H. Carneiro