o conto da aia - margaret atwood
1985,
romance distópico "o conto da aia", de margaret atwood, canadense.
é ficção futurista,
ambientada num estado teocrático, totalitário. nele, as mulheres são vítimas preferenciais de opressão,
tornando-se propriedade do estado, e o fundamentalismo se fortalece como força
política.
"o conto da aia" é uma distopia narrada em primeira
pessoa por offred,
uma mulher designada para ser aia. ela, mulher de 33
anos, era casada e tinha uma filha.
país chama-se gilead. a poluição e condições climáticas alteram a taxa de natalidade e, no passado, presidente foi morto a tiros e o exército delcarou estado de emergência
mulheres são presas, perdem direito e o nome e as que não procriam são fiscais e/ou educadoras; as férteis são aias e usam uniformes vermelhos -- elas devem fornecer filhos para a elite
offred é uma aia e está confinada em um ginásio esportivo
na parede do armário de offred se lê "nolite te bastardes carborundorum"; mais tarde, através do comandante, ela saberá que significa: "não deixe que os bastardos esmaguem você".
chama atenção a justificativa religiosa para dominação e violência masculinas sobre as mulheres
há mulheres fiscalizam as aias e as mantêm sob controle. são as "tias". sarah e elizabeth andavam entre as camas do dormitório com aguilhões elétricos de tocar o gado. o medo reina soberano.
offred é obrigada a ficar entre as pernas da esposa do comandante e manter relações sexuais -- violentada -- uma vez ao mês até engravidar e entregar o filho a esta família.
num determinado momento da narrativa, offred passa a frequentar quarto do comandante quando sua esposa não está
eles se tornam amantes.
para ir a determinados lugares é necessário companhia, pois uma aia fiscalizaria outra. com a parceira de passeio, ofglen, ambas estão na rua, acabam vendo-se, olho no olho, enquanto observam uma vitrine. estão mais à vontade, questionam se deus saberia tudo, ambas concordam que não.
em casa, é abordada pela esposa do comandante que a ameaça pois descobriu seu caso com o marido. o grupo "mayday" está lá fora, para buscar a narradora.
comandante e serena joy nada podem fazer.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a narrativa expõe o fenômeno das ascensão de um fundamentalismo totalitário e cáustico, valorizando individualismo masculino sob argumento de segurança para a espécie humana
sempre houve desrespeito para com o universo feminino quando este resvala em ações independentes. principalmente quando põem em risco a autoridade masculina que se faz através do sexo.
o fenômeno do crescimento do autoritarismo sustentado pela via religiosa é reflexo do quão permissivo o estado é diante das ações dessa falsa religiosidade que, no limite, se apodera da liberdade de pensar do outro, tira-lhe a auto-estima, corrói suas finanças e faz o fiel crer que tudo está programado por algum deus xis. o fiel, então, passa a depender dos discursos e ordens do sacerdote mais próximo, uma vez que, é claro, deuses só falam pelas bocas desses seres, geralmente de vestes diferentes e que pregam o medo como arma de dominação. pior: julgam e condenam que não acredita nessa mitologia.
eles se tornam amantes.
para ir a determinados lugares é necessário companhia, pois uma aia fiscalizaria outra. com a parceira de passeio, ofglen, ambas estão na rua, acabam vendo-se, olho no olho, enquanto observam uma vitrine. estão mais à vontade, questionam se deus saberia tudo, ambas concordam que não.
em casa, é abordada pela esposa do comandante que a ameaça pois descobriu seu caso com o marido. o grupo "mayday" está lá fora, para buscar a narradora.
comandante e serena joy nada podem fazer.
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a narrativa expõe o fenômeno das ascensão de um fundamentalismo totalitário e cáustico, valorizando individualismo masculino sob argumento de segurança para a espécie humana
sempre houve desrespeito para com o universo feminino quando este resvala em ações independentes. principalmente quando põem em risco a autoridade masculina que se faz através do sexo.
o fenômeno do crescimento do autoritarismo sustentado pela via religiosa é reflexo do quão permissivo o estado é diante das ações dessa falsa religiosidade que, no limite, se apodera da liberdade de pensar do outro, tira-lhe a auto-estima, corrói suas finanças e faz o fiel crer que tudo está programado por algum deus xis. o fiel, então, passa a depender dos discursos e ordens do sacerdote mais próximo, uma vez que, é claro, deuses só falam pelas bocas desses seres, geralmente de vestes diferentes e que pregam o medo como arma de dominação. pior: julgam e condenam que não acredita nessa mitologia.
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