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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

hora de repensar relação ensino-aprendizagem, na quarentena


agosto 2020

a rotina segue muito próxima do que acontecia em abril, maio... julho...


em casa, prepara-se a aula xis, tento acolher a maioria dos alunos de ensino médio ante o tédio... é bem difícil. 

falar, na tela do computador, sem ver as pessoas, muitas vezes até sem o áudio, é desanimador, acreditem. parte disso entendo. outra parte não.
entendo o tédio e o cansaço porque muitas escolas procuraram manter o ritmo de aulas comuns como se nada estivesse acontecendo. 
aula, exercícios, formulários, tarefas, vídeos, leitura, mais tarefas... não é só isso. há pessoas atrás das câmeras... muitos adolescentes, adultos jovens, gente que precisa desabafar, compartilhar algo... mas o espaço é escasso. o adulto educador, do outro lado da câmera, se vê também pressionado a fazer chamada de presença, registrar conteúdos previstos em planejamento, seguir o que seu mestre mandou... e, daí, sobra o cada-um-por-si que a gente conhece bem. professores(as) -- muitos -- estão tensos e cansados mentalmente, isso é fato. e o segundo semestre mal começou.
é mais humanidade que peço. 
dependendo da instituição escolar, é possível juntar mais de dois professores na sala virtual, misturar algumas séries, algumas salas por vez, falar de gente, falar da rotina, mostrar o gato, a janela, o vaso de flor, um brinquedo antigo, qualquer coisa.
mais humanidade ajuda, semeia, engrandece a gente.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

novo ensaio sobre a cegueira


                                                    H. Touluse-Lautrec 


não é vida fácil a ninguém essa circunstância de trabalhos a distância, alémdo refletir sobre a política nacional e, acima de tudo, como isso se resolve, no campo da educação e vivências sociais.

fico lembrando episódio recente que é o crescimento da nova religião: o terraplanismo. por que lembro disto? porque parte do mundo acadêmico, científico, pedagógico e afins deu de ombros para o esfarelamento de instituições como universidade, diante do avanço do consumismo puro e simples.

sei que arrisco ficar sem esta ou aquela amizade, eu sei.
mas vou seguir.
hoje, abril de 2020, vejo professores atordoados, abalroados de tarefas a gerenciar, de todo tipo. professores de ensino fundamental, médio e pré-vestibular. aulas pela internet, aulas através de envio de documentos, áudios... e as demandas próprias burocráticas que tudo isso requer.

então, pergunto, novamente: onde estão os acadêmicos?
sei que há abnegados pelo país arrecadando alimento e roupa para assentamento, livros para quem não tem, eu sei. e a maioria? trabalhar mais com a juventude, sim e com os professores e professoras, sim. somar, na linha de frente da educação.
era momento  de reavivar, por exemplo, algo como o telecurso, século 20. usar a televisão para manter algum aprendizado.
neste governo federal, já se sabe: data das provas do enem foram mantidas. quem possui conforto, internet, material didático, está estudando. os mais necessitados, nem de longe. é contra eles que se luta, a gente sabe bem. daí meu apelo.
olhem, a internet requer menos burocracia que uso da televisão. mas a gente sabe, desde a privatização deste setor, nem todo brasileiro tem acesso a internet. logo, a televisão parece ser mais acessível, hoje. por que não usá-la? há redes públicas, pelos estados. rádios ligados à cultura. por que não mobilizar pacotes de ensino?
vejo acadêmicos, pensadores, muitos deles em mesas redondas de debate, via rádio, podcast, lives pelas mídias digitais fazendo análise desta pandemia. ótimo. necessário. jogam luzes racionais no meio do horror que é a perseguição à ciência que este governo federal, hoje, promove. eu sei, eu assisto, vejo, ouço, tento compreender e acompanhar.
contudo, mais precisa ser feito. não só professores e professoras de ensino fundamental e médio deveriam estar nessa batalha. estamos, como quase sempre, sós. o que fazer
?