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sexta-feira, 28 de julho de 2023

garganta profunda

 

junho e julho. neste meio de ano, 2023, tive pelo menos duas crises brabas de ansiedade. já havia assistido outras pessoas próximas com isso, mas nunca vivido. vivi. sobrevivi.
com impressão de que havia gripe ou algo do tipo, tive sensação de que sufocava... ora com secreção pela garganta, ora narinas inchadas dificultando respirar. some-se a isso entraves para cuidar de dente, medo de sair de casa, sono truncado, coração acelerado. o caos.
em terapia, medicado e com família por perto, emergi.
garganta é espaço de muita coisa, aqui. falar. calar. devia ser simples... falar é meu trabalho, há 37 anos. sala de aula. agora se há entrave aí, é recado da mente, do inconsciente, das estrelas, ou o que quer que seja, na obra das coisas vivas.
resultado dos cuidados e reflexões: falar o que ainda não se disse é preciso... e o principal: pedir desculpas. é um caminho.




segunda-feira, 29 de outubro de 2018

acovardados ainda culpam partido dos trabalhadores pela derrota em 2018



leio em mino carta ("carta capital" 29/10/2019) que o sacrifício de lula, hoje, é inútil; que não houve aceno a ciro gomes, que fernando haddad isso e aquilo. cita norberto bobbio que, por sinal, conheço. bobbio, aliás, exímio pensador e muro de resistência ao fascismo de mussolini, lá no meio do século 20. ética é sua base de trabalho, além, claro, dos direitos individuais.
voltando às chicotadas no partido dos trabalhadores. por que é o p.t. quem deveria sempre liderar movimentos de resistência e ser coerente? para governar um país repleto de coronéis e fascistoides, é necessário negociar com o centro e conservadores... e num país onde vale a fake news e a repressão. e por que só o p.t. deveria ser a resistência e servir, de bandeja, todas chances de se enfrentar, mano a mano, esse império de insensatez e miséria intelectual? tenho profundo respeito a mino carta pois, inclusive, permite movimentos como este: discordar dele. é preciso sim responsabilizar quem se disse democrata e ficou na varanda coberta ouvindo as batidas de panela, em 2016, é preciso responsabilizar quem se diz democrata e foi atrás de um ciro gomes nada pragmático e aprendiz de caudilho e, hoje, não faz mea culpa... ciro foi incapaz de fazer aceno formal a haddad, dois dias atrás e cuspiu nos votos que recebeu simplesmente porque o partido preferiu manuela a um político ligado ao "dem" de maia e que apoiava o partido de bolsonaro em alguns estados... não faz mea culpa hoje porque em anos anteriores fez a mesma coisa, preferindo marina, aécio, covas ou mesmo quércia a uma ideia de apelo social quase sempre deixando à deriva lideranças petistas que tinham de, sozinhas, ceder às pressões de sarney, renan calheiros, cunha ou mesmo temer para manter, por exemplo, a petrobrás como empresa nacional, não aumentar o judiciário, retirar icms de produtos de consumo à classe média, baixar taxa de juros, resistir ao desmatamento da amazônia, enfim... todo esse esforço é inútil diante da direita golpista, mas é pior quando se olha em volta e percebe-se que na sua trincheira há quem apenas jogue pedra dizendo que faltou isso, faltou aquilo, culpa do petê, culpa do lula... cansa. o partido -- como qualquer outra entidade social e política -- traz erros e acertos, mas faltou mesmo, de verdade, quem assumisse caminhar com ele e agregar mais ideais sociais do que simplesmente virar o rosto e votar em marina em 2010 ou em ciro em 2018. e os 40 milhões de votos perdidos, no domingo 28 de outubro? entre nulos, brancos e abstenções o número passa de 40. já a diferença entre os presidenciáveis foi em torno de 10. dez. entende o que é pôr a mão na massa? muito se perdeu porque o partido que, hoje, poderia ter batido os fascistas foi abandonado por pura covardia e individualismo.