trovadorismo é o começo da nossa história literária. nossa, da língua portuguesa, pode-se dizer. o momento histórico escolhido como início oficial da literatura de idioma luso é o século da independência do país, o doze. de lá pra cá, todas as fases da literatura apresentam, de alguma forma, influência do trovadorismo. mas o que é mesmo esse trovadorismo? veja-me! compartilhe!
nunca uma imagem falou tanto. imagine um zilhão de imagens? "o mingau de fabiano" -- baseado na história de "vidas secas" -- é fruto de anos e anos e anos e anos de trabalho intenso, motivado pelo amor à arte. é o filme do ano. da década ... não perca. veja agora! e sua vida não mais será a lesma. a mesma.
quem diria!
a galinha pintadinha veio morrer bem na minha varanda!
cozinha serve pra muita coisa, mas celebridade merece céu aberto e comemoração.
vejam como ficou a penosa com um refogado de cebola e óleo de coco.
neste século 21, a economia compartilhada ganha status de pré-revolução. isso mesmo. quase um tsunami no gosto de muita gente pelas moedas. processos como "airbnb", "uber", "tripadvisor", "unicaronas" e aqueles outros tantos de gastronomia, sustentabilidade, troca, enfim, vão fazendo com que a gente repense o que é preço e o que é valor. saiba mais!
“dom casmurro” parece ser livro mais conhecido que lido. pelo menos, durante muito tempo, foi assim. hoje, com a retomada de Machado nos
vestibulares, a situação do romance machadiano toma outros ares. referências
como “othelo”, augusto, nero, “fausto”, metalinguagem, digressão, tornam o
texto menos difuso para o leitor desavisado.
mais que a questão do adultério, cometido ou não por capitu, temos aqui
uma história centrada na personalidade de Bento Santiago. filho único, muito
protegido pela mãe, bentinho é o “inocente útil” dessa história, pretendido
tanto por josé dias como por capitu -- cada um a seu modo, diga-se. narrador pouco confiável, Bento destila o egocentrismo e a carência afetiva com
quem quer que seja, desde Manduca e escobar, até mesmo capitu ou o filho ezequiel, quase morto pelo café envenenado que não chegou a tomar. As
digressões de bento adulto e a recorrência à metalinguagem, dão o sabor íntimo
a essa história que possui características tanto do classicismo, como a coesão
e busca da clareza, como também do Impressionismo, quando se trata da recriação
do passado. o dado “realista” está na preocupação com o psicológico; no modo ora cáustico, ora sensível
com que o narrador se refere às pessoas, como na caracterização de tio cosme;
do vizinho que ele conhece “de vista e de chapéu” ou nas referências a capitu e
seus olhos. não temos aqui a idealização da mulher e do amor como encontramos
no romantismo, mas sim uma preocupação em comparar, filosoficamente ou apenas
por ironia (valorizando o leitor inteligente) a sua vida a uma ópera. compará-la também à tragédia othelo, ou mesmo valorizando sua “ingenuidade”
diante da perspicácia de pessoas como josé dias, capitu e escobar.
tarsila do amaral nasceu em 1886 e faleceu em 1973. pintora famosa pela fase antropofágica (década de 1920), a artista plástica encantou gente importante como blaise cendars, oswald de andrade, mário de andrade e eu. em agosto de 2016 fui a seu encontro. eu, bianca, gabi carvalho, gabi cavalcante e iza cesco. veja como foi.
saiba, finalmente, por que uma parte do modernismo brasileiro é chamada "fase 2".
é a geração de 1930 / 45
gente como graciliano e jorge de lima estão lá. e drummond e vinícius também... ai....que fase!
é possível juntar duas entidades como literatura e culinária? pois é, dá sim. em que pese, literatura não fazer parte da cesta básica do brasileiro... dá sim. aqui, vamos fazer um porco. mas não é qualquer porco. prepare-se. é uma viagem... você pode ser perder ... quem nunca?
vicente de carvalho, dezenas e dezenas de anos atrás, publicou "velho tema", um sonetinho quase despretensioso abordando a felicidade que, segundo se lê, existe mas nós não alcançamos porque sempre pomos onde não estamos. o livro é de 1908, "poemas e canções".
o livro se inclui na primeira
fase da obra do baiano lírico, revela a diferença de classe e a violência
contra os mais pobres, vitimados pelo que se acostumou a ler como “os ricos”. de caráter panfletário e feito em forma de uma sequência de episódios, “capitães
da areia” se esforça para expor caráter quase documental, uma vez que as
notícias publicadas antes do primeiro capítulo, dariam verossimilhança à
narrativa, expondo uma necessidade de fazer da obra uma arma contra a miséria
a narrativa envolve pedro bala, líder dos “capitães”, filho de um grevista morto pela polícia, com um
tiro. em torno dele, outros meninos, como sem-pernas, joão grande, professor, gato, querido-de-deus e pirulito, dentre outros.
cometendo furtos e vivendo
como gente grande, os meninos, por volta de quatorze ou
quinze anos, são mostrados como vítimas da sociedade capitalista. Vale lembrar
que o livro sai em 1937, auge do varguismo. os adultos respeitados pelo grupo
são apenas dois: padre josé e aninha, mãe de santo. uma cena emblemática, é o
momento em que professor
(joão josé) toma o capote de um homem que se ofendera com seu desenho, tendo
inclusive apanhado deste homem. o capote torna a figura do adulto um
estrangeiro, alguém fora do ambiente quente de salvador. os policiais também
fazem parte dos sonhos de ódio dos capitães. até a família singela, que adota
Sem-Pernas, padece, vítima do assalto dos meninos, pois eram ricos. Professor
chega a ser reconhecido, na rua, como um futuro desenhista de sucesso, mas não
consegue acreditar na proposta de um homem bem vestido que lhe dá um cartão. o menino prefere ficar com a piteira que recebera, deixando o cartão pela
sarjeta.
marcando época, está a
varíola, que acaba vitimando ricos e pobres. boa-vida, um dos capitães, é
acometido pela “bexiga”, mas fica saudável.
com a chegada de dora ao
trapiche, percebe-se um rito de passagem para todo o grupo. seus pais haviam
morrido de “alastrim”, a varíola. protegida pelo bando, torna-se uma mescla de
menina e menino, ágil, companheira, vestida de homem. presos, dora vai a um
orfanato e Pedro ao reformatório. torturado, não revela a morada dos outros
capitães. É notícia nos jornais. com ajuda dos demais que ficaram fora,
consegue fugir, mesmo enfraquecido por passar oito dias em uma cafua, espécie
de solitária. dora é retirada do orfanato pelo bando, muito doente. ela e pedro
se amam no trapiche e, em seguida, ela morre. impossível não lembrar romeu e julieta, muito menos esquecer iracema, enterrada na praia, deixando seu amado Martim
com sua memória. dora é levada mar adentro, oferecida a iemanjá. sem-pernas também passa por uma espécie de
rito de crescimento, quando se vê seduzido pela quarentona que o acolhe,
envolvida no mesmo plano de outrora: entrar para roubar. a partir daí, os
capitães irão se dispersar. gato vai para ilhéus, professor parte para o rio de janeiro (capital do país), pirulito torna-se frade, padre josé vai ao interior,
em nova paróquia, Volta Seca entra para o bando de lampião, joão Grande vira
marinheiro, sem-Pernas suicida-se e querido-de-deus segue sua vida de
capoeirista. pedro bala deixa o trapiche, torna-se líder comunista, após se
envolver com os doqueiros. fim.
na beira do rio pará, na tapera do arraial, havia um
povoado praticamente abandonado, em função da epidemia de malária. o lugar que
tinha sido belo e bom de se plantar, agora estava, literalmente, às moscas. primo ribeiro e primo argemiro, homens feitos, são os habitantes que restaram no vau
de sarapalha. eles e o cachorro jiló, cheio de marcas na pele, coberto de
vermes. ali, atacados pela febre, tremem, e esperam a morte.
um cuida do outro durante e depois do acesso, bem
unidos, sendo velados pela natureza que parece entristecer-se com aquela
situação.
argemiro se sente muito triste com a fuga de luísa
com outro homem. a moça era casada com primo ribeiro, mas ele, argemiro,
silenciosa e discretamente, amava a mulher. seu plano é contar ao primo ribeiro seu amor platônico por luísa. qur saber como termina ?
chove, nessa quarta-feira ruim, de agosto. fim de um período democrático, porque alguns corruptos não queriam que o processo de caça à corrupção (lava-jato) chegasse até eles. o dia já amanheceu cinza, a tristeza vem à tona. saber que se lutou e ponderou mas que o buraco continua a se abrir é terível. seres humanos, em média, não fazem concessão e nem buscam compreender. são taxativos e, por vezes, definitivos. está na raiz do egoísmo o reino das justificativas. é melhor justificar do que assumir qualquer ato. egoístas demonstram pouco tato, são rancorosos... é ruim.
o que pode haver em comum entre "til" (alencar) e "a cidade e as serras" (eça) ? e entre figuras rudes como jão fera (til) e fabiano (v secas) ? quer mais dicas ?
veja-me!
e, se puder, divulgue! os vestibulandos agradecem.