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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

fuvest: últimos temas de redação



temas dos últimos vestibulares!


as propostas da universidade estadual de são paulo (usp) têm sido no gênero argumentativo.

estrutura básica :  tese  - -  argumentos  - -  conclusão

treine; faça projetos de texto, leia bastante sobre atualidades

veja comentários das últimas redações, nos vídeos aqui!

janeiro 2020


janeiro 2019



janeiro 2018



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

romanceiro da inconfidência - cecília meireles






ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA  - -  -
narrativa que revê, no século 20, as atrocidades e frustrações do movimento libertário do século 18, em minas gerais.

prevalece o tom evocativo e espiritualista, estilo da poetisa.

há clima de ansiedade e mistério

apesar da subjetividade inerente ao estilo da autora, há marcas do gênero épico, que se percebem no caráter nacionalista e histórico. além, claro, de certo teor heroico na caracterização dos chamados "inconfidentes".

já escrevi, mas repito: "inconfidente" é designação que portugueses deram aos brasileiros que reclamavam das cobranças injustas de impostos sobre o ouro -- dentre outras questões. "confidente"é quem confia. "inconfidente" é traidor. logo, brasileiros chamarem outros brasileiros de "traidores" é incoerente. 
contudo, esse nome -- título do livro de cecília -- está absorvido pela cultura brasileira, parece difícil mudar. prefiro usar "conjura".

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SAIBA MAIS
- assista !

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

minhas dicas fuvest janeiro 2020


                                                                                              dicas quentes!

leia, pesquise, estude, veja os vídeos, se puder...

TEMAS PARA PESQUISA E ESTUDO

* quincas borba e o humanitismo - - romance satiriza, genericamente, teorias científicas do final do século 19

* angústia e o existencialismo  - - ser humano fadado a fazer escolhas... e se responsabilizar por elas

* minha vida de menina - -  personalidade de helena e o contraste com as posturas das figuras masculinas

* o cortiço - -  questão da moradia; negritude criminalizada; bertoleza é a iracema do realismo (um português abusa de seu corpo e de sua origem, por isso morre)

* epígrafes de "sagarana" - - releia as epígrafes e estude como elas se relacionam com seus respectivos contos
                            -- clique aqui -   epígrafes de sagarana - leia agora cada uma - clique aqui!

* mayombe - - floresta é tratada como "prometeu" africano: quem foi prometeu? por que tratar a floresta desta forma?

saiba mais - -







quarta-feira, 20 de novembro de 2019

vestibular fuvest tem a cara de angústia e quincas borba




sim, domingo, 24 de novembro, tem mais vestibular
FUVEST

a quem interessar possa

os livros "angústia" - graciliano e "quincas borba" - machado, têm minha preferência para este primeiro round

dois romances de caráter crítico
o primeiro, modernista, década de 1930; o segundo, realista, final do século 19.

temas ?
veja :


  • interrupção da gravidez
  • loucura
  • ascensão social via relacionamento amoroso
  • existencialismo
  • coronelismo
  • comunismo



fica a dica - veja mais sugestões !




segunda-feira, 26 de agosto de 2019

unicamp e fuvest - temas recorrentes chamam atenção de quem estuda






as listas de leitura de unicamp e fuvest permitem aproximações temáticas que levantam discussões importantes que, não só ajudam no dia do exame, como servem de ilustração para possível produção de texto

1. o gênero "DIÁRIO" está em três obras, entre estas duas listas (fuvest & unicamp)

DIÁRIO DE UM DETENTO - racionais mc's
MINHA VIDA DE MENINA - helena morley
QUARTO DE DESPEJO -  carolina de jesus

2. a questão RELIGIOSA

"A RELÍQUIA" - eça - se aproximaria do soneto "A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR", gregório de matos : "Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado / Da vossa alta clemência me despido / Antes, quanto mais tenho delinquido / Vos tenho a perdoar mais empenhado. (...)


- - aqui e em eça de queiroz, a igreja enquanto instituição, é tratada com sarcasmo

ainda em "A RELÍQUIA", a viagem surreal de raposão e topsius, até dia da morte de cristo pode ficar perto de "EVOCAÇÃO MARIANA", drummond, em "CLARO ENIGMA": dois episódios surreais... em eça, soa como paródia do novo testamento; em drummond, fantasia ligada à fuga da realidade mesmo... o eu lírico, em "claro enigma", é muito fraco

3. figura FEMININA

vários são os olhares possíveis à figura feminina, nas leituras de fuvest ou unicamp
mas aquela que sofre chama atenção

escolhi algumas

CAROLINA - diário de uma favelada
MARINA  -  angústia
TINA  -  caminhos cruzados
CAMILA  - a falência
BERTOLEZA  - o cortiço

releia as histórias citadas e veja de que sofrem essas mulheres, cada uma a seu modo: violência física, sexual, moral, violência social, racismo, desprezo, assédio sexual... a lista é grande

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saiba mais
assista-me !













quinta-feira, 21 de março de 2019

angústia - graciliano ramos - resumo




ANGÚSTIA
romance - - - -

narrado em primeira pessoa, luís da silva relata sua vida, em alagoas, como funcionário de repartição pública e de um jornal, ligado ao governo do estado, onde faz crítica literária, em maceió. século 20. década de 30.
muitos crimes depois da revolução de 30. valeria a pena escrever isto? impossível, porque eu trabalhava em jornal do governo.

órfão do pai -- camilo -- luís se mostra, na vida adulta, muito rejeitado. solitário profissional. seus companheiros são moisés e pimentel.
vivo agitado, cheio de terrores, uma tremura nas mãos (...) dão-me um ofício, um relatório, para datilografar, na repartição. até dez linhas vou bem. daí em diante a cara balofa do julião tavares aparece em cima do original, e os meus dedos encontram no teclado uma resistência mole de carne gorda. (...)
em duas horas escrevo uma palavra: marina. depois, aproveitando as letras desse nome, arranjo coisas absurdas: “ar”, “mar”, “rima”, “ira”, “amar”. uns vinte nomes.  (...)  o artigo que me pediram afasta-se do papel. é verdade que tenho cigarro e tenho o álcool, mas quando bebo demais ou fumo demais, a minha tristeza cresce. tristeza e raiva. “ar”, “mar”, “ria”, “arma”, “ira”. passatempo estúpido.


trinta e cinco anos de idade,  luís se ressente da vida que leva, recebendo ordens para escrever artigos, ora datilografando relatórios, sempre de cabeça baixa.
numa tarde, durante a leitura de um romance, divisou a vizinha, unhas pintadas.

eu estava debaixo da mangueira, de onde via através da cerca baixa o banheiro da casa vizinha, paredes pegadas com o meu, algumas roseiras, algumas roseiras e um vulto que se mexia (...) era uma sujeitinha vermelhaça, de olhos azuis e cabelos tão amarelos que pareciam oxigenados. não havia nada interessante nela. devia ser moradora nova. cabelos pegando fogo e a cara pintada. lambisgóia, falei comigo mesmo. depois notei que ela me observava. encabulei. sou tímido. sei que sou feio. olhos, braços e boca muito grande, além de um nariz grosso. (...)

      a tal moça vermelha era marina

       naturalmente gastei meses construindo esta marina que vive dentro de mim, que é diferente da outra, mas se confunde com ela. antes de eu conhecer a mocinha dos cabelos de fogo, ela me parecia dividida numa grande quantidade de pedaços de mulher, e às vezes os pedaços não se combinavam bem, davam-me a impressão de que a vizinha estava desconjuntada. Agora mesmo temo deixar aqui uma sucessão de peças e de qualidades: nádegas, coxas, olhos, braços, inquietação, vivacidade, amor ao luxo, quentura, admiração a d. mercedes. (...) além disso ela era meiga, muito limpa. (...) passava uma hora no banheiro, e a roupa branca que vestia cheirava. (...)


á memória de luís, conforme o relato caminha, aparecem tanto a figura do pai, camilo pereira da silva, como a de josé baía, contador de histórias de onça, além de outras passagens do tempo de menino, como assistir ao trato com o gado, por mestre amaro ou lembrar o dia em que uma cobra se enrodilhou no pescoço do velho trajano.

o tempo passa e o narrador percebe que seria patética uma disputa com tavares, mais rico, mais poderoso. além do mais, marina estava pendendo para o lado do sujeito, roupas bem cortadas, indo a passeios, teatro e cinema.


do seu próprio banheiro, tempos mais tarde, percebe que a moça cuspia no chão e a voz de d. amélia, preocupada: ela estava grávida e tavares não aparecia mais como antes... possuído de raiva pensa em matar julião.

se marina voltasse... por que não? se voltasse inteiramente esquecida de julião tavares, seríamos felizes. Absurdo pretender que uma pessoa passe a vida com olhos fechados e vá abri-los exatamente na hora em que aparecemos diante dela.

compõem o dia-a-dia de luís, a figura de ivo, homem simplório, às vezes bêbado; antônia, moça que vive procurando homem; rosália e seus gemidos ouvidos de seu quarto, quando chega o marido que ele nunca vira; as histórias repetidas de seu ramalho, como a do moleque, retalhado à faca por ter deflorado uma moça; além do café onde, quase sempre, esbarra no próprio ex-amante de marina.

medo da opinião pública? não existe opinião pública. o leitor de jornais admite uma chusma de opiniões desencontradas, assevera isto, assevera aquilo, atrapalha-se e não sabe para que banda vai. (...) penso no tempo em que os homens não liam jornais. penso em filipe benigno, que tinha um certo número de ideias bastante seguras, no velho trajano, que tinha ideias muito reduzidas, em mestre domingos, que era privado de ideias e vivia feliz. e lamento essa balbúrdia, essa torre de babel em que se atarantam os frequentadores do café. quero bradar:
— eles escrevem assim porque receberam ordem para escreverem assim. depois escreverão de outra forma. é tapeação, é safadeza


sem muito esforço, descobre que tavares estava tendo um caso com uma moça que trabalhava numa loja de miudezas. pela madrugada, seguiu-o até a casa, nas cercanias da cidade. esperou que saísse e o atacou com uma corda, sufocando-o. influenciado pela visão do velho evaristo, enforcado, luís tenta transformar o crime em suicídio e procura pendurar o corpo na árvore, mas acaba se machucando nas mãos e rasgando parte da roupa. desiste, quase esquece o chapéu, tenciona voltar, mas acaba mesmo no rumo de casa. lá, mal descansa, fica assustado. 


falta ao trabalho no dia seguinte, assusta-se com um pedinte, à porta, acreditando ser a polícia. cai de cama, com delírios, vendo fatos passados, misturados, vagando por sua mente.


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IMPORTANTE


a narrativa inicia-se cerca de trinta dias após o narrador recuperar-se do assassinato de tavares, e dura praticamente um ano — no tempo da narrativa, apesar de prevalecer o tempo psicológico. luís vive num cenário por onde passeiam prostitutas, velhacos, aproveitadores, pobres de espírito, enfim, um beco sem saídas. vez por outra, surgem imagens de afogamentos, pesadelos com figuras enforcadas ou a cobra enrolada no pescoço de trajano. quanto ao tempo, confundem-se o psicológico e o cronológico. misturam-se. da primeira à última página, dura o romance cerca de um ano. este é o tempo que cobre desde o conhecimento de  marina até a morte de julião. contudo sobram memória, reminiscência e dor. referências à infância, o momento presente é evocado com a tensão que os comunistas sofreram, na era vargas. a auto-estima baixa do narrador traz à tona cenas da vida na época da adolescência, no campo, sua relação curta e “inaugural” com berta, as imagens da fazenda, na época do avô e a escola do antônio justino. pois bem, em meio ao dia-a-dia sofrido, cujo ponto principal de dor é o rompimento com Marina, pululam imagens do passado, desde o homem enforcado, o pai morto ou a tal cobra no pescoço do avô trajano. há quem diga que a dor de luís mora na sua extrema carga de realidade que suporta na frente dos olhos, mas isso é conversa de psicanalista


     repare num trecho -- registrado acima -- quando luís se refere à imprensa: muita gente é enganada, acaba acreditando na realidade que lhes entregam... é tapeação, diz luis... imprensa é paga (comprada) para favorecer coronéis, acobertar crimes


a técnica do monólogo interior,é, aqui, motivo de comoção junto ao leitor. a alternância do uso do tempo, em planos diferentes, dá ao texto uma intensidade e carga emotiva que poucos neste século XX conseguiram... talvez lúcio cardoso, talvez clarice... 

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

introdução - redação argumentativa - dissertação




muita gente apresenta dificuldade para inciar uma redação, principalmente quando o texto é um exame vestibular ou uma prova escolar.

vamos lá!


aristóteles já dizia: 
 "a introdução é aquilo que não pede nada antes, mas que exige algo depois".
ele tinha razão, pois a introdução  inicia o leitor no assunto

  na introdução
APRESENTAR AO LEITOR  - -

1 assunto a ser abordado, localizá-lo no tempo e no espaço
2 - contextualizar
3-  apresentar sua tese (ideia) a respeito do tema sugerido


se o tema para sua redação for, por exemplo, o lixo e a necessidade de cuidados com reciclagem, vai a sugestão: nunca use clichês! são expressões de autoria universal, são praticamente ditos populares, de domínio público, não vale. começar um texto com "era uma vez uma garrafa pet boiando no riacho" não dá. muito menos "numa linda manhã, o bueiro chorava com a chuva e os detritos", não. pior é "no mundo em que vivemos". é de moer o pâncreas de quem lê

se não está seguro quanto a termos que não sejam considerados clichê, use o tema como sujeito de seu discurso

assim:

"os cuidados com o reaproveitamento do que se descarta, na vida urbana, são importantes ..."

ou

"lixo pode ser reaproveitado. nele mora uma série de ações que geram emprego ..."

contextualizar significa colocar sua frase em algum lugar no tempo e espaço. não seja genérico, usando termos como "mundo", "universo" ... particularize. se o tem é lixo, com certeza tratamos das relações dos humanos com ele na vida urbana.

assim:

"os cuidados com aproveitamento do que se descarta, na vida urbana, são importantes, uma vez que desde o final do século 20 até aqui, a atividade da reciclagem gera emprego e diminui índices de poluição ..."

na sequência, em sua introdução, faça uma afirmação segura a respeito do tema
ela -- a afirmação -- é sua tese, sua ideia

qual sua ideia? num rascunho, arrisque, por exemplo: lixo reciclado é saúde

pronto: basta juntar a tese à introdução

desta forma:

"os cuidados com aproveitamento do que se descarta, na vida urbana, são importantes, uma vez que desde o final do século 20 até aqui, a atividade da reciclagem gera emprego e diminui índices de poluição [ parágrafo ] importante destacar que, nesse sentido, reaproveitar o lixo é atividade saudável em uma sociedade organizada"

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Descreve com galharda propriedade o labirinto confuso de suas desconfianças - gregório de matos




Descreve com galharda propriedade o labirinto 
confuso de suas desconfianças


Ó caos confuso, labirinto horrendo,
Onde não topo luz, nem fio achando,
Lugar de glória, aonde estou penando,
Casa da morte, aonde estou vivendo!

Ó voz sem distinção, Babel tremendo,
Pesada fantasia, sono brando,
Onde o mesmo, que toco, estou sonhando,
Onde o próprio, que escuto, não entendo!

Sempre és certeza, nunca desengano,
E a ambas propensões, com igualdade
No bem te não penetro, nem no dano.

És ciúme martírio da vontade,
Verdadeiro tormento para engano,
E cega presunção para verdade.


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  • poema de caráter subjetivo, lírico e reflexivo
  • pessimista


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notas -

     Babel –
      bíblico: torre inacabada por castigo divino, daí seus idiomas se diferenciaram;
                   confusão

     Paradoxos

             1.sofrimento no lugar de glória  - verso 3
             2.morte e vida – verso 4

     Antíteses    certeza / desengano
       penando  / vivendo
      engano  / verdade


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

queixa-se o poeta da plebe ignorante e perseguidora das virtudes - gregório de matos




QUEIXA-SE O POETA DA PLEBE IGNORANTE E PERSEGUIDORA DAS VIRTUDES

Que me quer o Brasil que me persegue?
Que me querem pagastes que me invejam?
Não veem que os entendidos me cortejam,
E que os nobres é gente que me segue?
Com seu ódio a canalha que consegue?
Com sua inveja os néscios que motejam?
Se quando os néscios por meu mal mourejam
Fazem os sábios que a meu mal me entregue.
Isto posto, ignorantes e canalha,
Se ficam por canalha e ignorantes
No sol das bestas a roerem a palha:
E se os Senhores nobres e elegantes
Não querem que o soneto vá de valha,
Não vá, que tem terríveis consoantes.
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- poeta expõe sua indignação com quem lhe censura
- o alvo é a elite (senhores nobre e elegantes)

notas - - - - - - - - - - -  -  -  -  -   -   - 

néscio
ignorante

canalha
patife; miserável; infame

mourejar
trabalhar muito; suar

consoante
harmonioso; afinado; ajustado; rima

motejar
grecejar; escarnecer; sugerir motes
para desenvolver poemas

vá de valha
o soneto vai além do que está registrado

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

a cabra vadia - nelson rodrigues - comentário





antes do século XIX, crônica era uma compilação de fatos históricos apresentados segundo a ordem de sucessão no tempo

                          cronos - relativo ao tempo

MODERNAMENTE
CONSIDERA-SE CRÔNICA

narrativa curta - prosa
linguagem simples
crítica à hipocrisia da classe média urbana
crítica ao conservadorismo moral da sociedade
recorte de realidade
temporal


"cabra vadia" é coleção do que ele mesmo chamou de "confissões".
relatos da vida urbana carioca recheadas de episódios históricos.

vejam, na crônica  "festa de cabeças cortadas" importante reparar:


Alexandre Dumas - escritor francês - séc 19 “Os três mosqueteiros”

Revolução de 1789 versus 1968

Cronista entediado com certo caráter oficial da manifestação e das greves

Por esse clima um tanto artificial, idiotas estariam à frente do movimento, daí o tédio

Idiotas e imbecis são maioria

Faz ressalva, elogia o idioma com certa bajulação… o idiota francês não é trivial

Ao final, diz que viu Sartre ao lado dos grevistas, fingindo-se de idiota para sobreviver

J P Sartre (1905-1980) filósofo existencialista, escritor, ativista social progressista



saber mais ?

assista-me !









quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

lista de leitura fuvest 2020 com gregório de mattos



confira a nova lista de leitura para os exames de novembro 2019 (primeira fase) e janeiro 2020, da usp - - fuvest



  • Poemas Escolhidos,  Gregório de Matos
  • Quincas Borba,  Machado de Assis
  • Claro Enigma,  Carlos Drummond de Andrade
  • Angústia,  Graciliano Ramos
  • A Relíquia,  Eça de Queirós
  • Mayombe,  Pepetela
  • Sagarana,  Guimarães Rosa
  • O Cortiço, Aluísio Azevedo
  • Minha Vida de Menina, Helena Morley







quarta-feira, 22 de agosto de 2018

perguntas & respostas #2 - vidas secas


VIDAS SECAS
graciliano ramos


por que as crianças, filha de vitória e fabiano, não têm nome?
como identificar a necessidade de reforma agrária, no país, pela história de fabiano?

essas e outras perguntas, no vídeo abaixo!

assista-me!


quarta-feira, 20 de junho de 2018

sete chaves - ana cristina césar - a teus pés




   sete chaves

 Vamos tomar chá das cinco e eu te conto minha grande história passional,
 que guardei a sete chaves,
 e meu coração bate incompassado entre gaufrettes.
 Conta mais essa história, 
 me aconselhas como um marechal-do-ar fazendo alegoria.
 Estou tocada pelo fogo. 
 Mais um roman à clé? 
 Eu nem respondo.
 Não sou dama nem mulher moderna.
 Nem te conheço.
 Então:
 É daqui que eu tiro versos, desta festa 
 — com arbítrio silencioso e origem que não confesso — 
 como quem apaga seus pecados de seda, 
 seus três monumentos pátrios, 
 e passa o ponto e as luvas.


* gaufrettes - wafers; tipo de biscoito doce
* roman à clé - "roman à clef" - narrativa: autor trata pessoas reais através de   personas fictícias

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a poesia de ana crsitina cesar (1952-83) não conseguiu tempo de maturar. resvalou-se na arte da literatura marginal, mas não se mostrou coesa nesse campo.
"sete chaves" parece tratar o tema da morte com colcha de retalhos de eufemismos.
imagens coladas como num diário despretensioso tornam seu estilo bem isso: despretensioso.
falta novidade para se considerar "a teus pés" uma obra de peso. e qual o parâmetro? leminski, pedro tierra, cacaso, leila míccolis, torquarto neto, chacal, só pra ficar em seis bem mais encorpados. claro está que a morte de ana ceifou a chance de sua obra crescer. mesmo assim, vestibulares aqui no estado de são paulo vão cobrar a leitura de sua obra " a teus pés", em novembro 2018 e janeiro 2019.

saber mais ?

assista-me!


segunda-feira, 4 de junho de 2018

história do cerco de lisboa - saramago - resumo




história do cerco de lisboa [ romance ]
séculos 20 e 12

fácil entender:

raimundo silva tem tarefa de revisar texto antigo sobre a tomada de lisboa pelos cristãos liderados por afonso henriques, 1147

movido por inquietações psicológicas -- ou literárias -- raimundo escreve um "não" em uma das frases que revisa.

os portugueses não teriam sido auxiliados pelos cruzados na luta por retirar os mouros de lisboa

advertido pela editora, raimundo não é demitido. seus patrões decidem colocar uma "errata" nas publicações que saem para livrarias

maria sara, uma figura chamada pela editora para supervisionar o trabalho de raimundo, se interessa pela personalidade do revisor

é dela a ideia de que ele escrevesse uma história do cerco de lisboa como imaginasse...
que desse vazão à imaginação

o que acontece depois ?
assista-me!


terça-feira, 29 de maio de 2018

o bem-amado - resumo - dias gomes





peça teatral de dias gomes 
1962
modernismo brasileiro

sucupira
bahia

no enterro de mestre leonel fixa-se a ideia de que a cidade de sucupira precisa de um cemitério... estão levando o velho pescador morto para outra cidade.

prefeito : odorico paraguaçu
secretário : dirceu borboleta

amante do prefeito : dulcinea
esposa de dirceu : dulcinea
coveiro : chico moleza
jornalista : neco pedreira
primo : ernesto
irmãs de dulcinea : judicea e dorotea

jagunço : zeca diabo

depois de pronto o cemitério era necessário inaugurá-lo e, com isso, expor a imagem de um prefeito trabalhador. contudo, necessário um defunto.
nesse meio, dirceu desconfia que sua mulher tem um amante. o secretário de odorico fez voto de castidade. passa o tempo caçando borboleta. sem metáfora.

quer saber como termina essa história ?

assista-me!