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cidade de deus é narrativa impactante e pai de bacurau

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  filme de fernando meirelles -- baseado no livro de paulo lins, " cidade de deus " ( 2002 ) --, é obra impactante também em função do modo como se resolve contar a história, através de dois narradores: terceira pessoa e o personagem buscapé. a trama toda acontece entre as décadas de mil novencentos e sessenta até o final da década de setenta e inícios da seguinte, num rio de janeiro do subúrbio.  cidade de deus é complexo habitacional, no rio de janeiro, criado para abrigar quem sofria com as enchentes, mas também resolvia, de modo cruel, a questão do inchaço do grande centro. buscapé e zé pequeno ( dadinho ) sempre se esbarraram em cidade de deus. ironicamente, um precisou do outro para maior reconhecimento público, via fotografia. mais triste que violento, filme usa de cenas com tomadas em plano infinito, mostrando muitas pessoas, dando um caráter turbulento às cenas o que combina com a personalidade do perssonagem zé pequeno. com direção impecável, o...

junho 2020 - lockdown necessário

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junho 2020, últimos dois dias. perto de 60 mil mortos, no país. em campinas, mais de sete mil casos, perto de duzentos mortos. pessoas estão nas ruas.  comércio força situação para reabrir. governos estaduais, municipais e federal não fazem lockdown. ao contrário, há campanhas para retorno de restaurantes, futebol e até volta às aulas! por quê? porque governantes, em geral, assumiram compromissos com conglomerados econômicos, não com eleitores. parte da imprensa também. por que não fazer lockdown e achatar um pouco a curva ascendente de mortes? ... negócios! há, ainda, quem possa ficar em casa e ache que ir ao açougue, padaria, mercado está tudo bem. há quem não use máscara para levar o lixo na rua ou o cachorro pra calçada. há quem ainda apoie o silêncio e a falta de ação de governo federal ao não c hamar para si a questão do lockdown. a falta de educação política e cidadã de muita gente com diploma na parede e função de educador é parte da causa desse horr...

pixadores, uni-vos

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o prefeito de são paulo, dória jr, insiste em declarar guerra às pichações acreditando que elas sujam a cidade. é relativo. os pichadores são voz de parcela da população. por que não ouvi-los? assim como dependentes químicos de drogas não são, necessariamente, bandidos, esses artistas das ruas são parte ativa da população urbana paulista e merecem todo respeito. o prefeito usa de um artifício extremamente preconceituoso e elitista ao considerar aquilo que faz o cidadão quase anônimo um crime.  falta espaço aos pichadores, sr, prefeito. falta dar voz a eles e a tantos outros ... falta espaço pra muita gente, até para os garis, malabaristas de farol, circenses, pessoas comuns que, detalhe, gostam da cidade viva, diferente do senhor.  clica abaixo - - os gêmeos - - cidade cinza trailer cidade cinza - muito necessário