saiba, finalmente, por que uma parte do modernismo brasileiro é chamada "fase 2".
é a geração de 1930 / 45
gente como graciliano e jorge de lima estão lá. e drummond e vinícius também... ai....que fase!
é possível juntar duas entidades como literatura e culinária? pois é, dá sim. em que pese, literatura não fazer parte da cesta básica do brasileiro... dá sim. aqui, vamos fazer um porco. mas não é qualquer porco. prepare-se. é uma viagem... você pode ser perder ... quem nunca?
vicente de carvalho, dezenas e dezenas de anos atrás, publicou "velho tema", um sonetinho quase despretensioso abordando a felicidade que, segundo se lê, existe mas nós não alcançamos porque sempre pomos onde não estamos. o livro é de 1908, "poemas e canções".
o livro se inclui na primeira
fase da obra do baiano lírico, revela a diferença de classe e a violência
contra os mais pobres, vitimados pelo que se acostumou a ler como “os ricos”. de caráter panfletário e feito em forma de uma sequência de episódios, “capitães
da areia” se esforça para expor caráter quase documental, uma vez que as
notícias publicadas antes do primeiro capítulo, dariam verossimilhança à
narrativa, expondo uma necessidade de fazer da obra uma arma contra a miséria
a narrativa envolve pedro bala, líder dos “capitães”, filho de um grevista morto pela polícia, com um
tiro. em torno dele, outros meninos, como sem-pernas, joão grande, professor, gato, querido-de-deus e pirulito, dentre outros.
cometendo furtos e vivendo
como gente grande, os meninos, por volta de quatorze ou
quinze anos, são mostrados como vítimas da sociedade capitalista. Vale lembrar
que o livro sai em 1937, auge do varguismo. os adultos respeitados pelo grupo
são apenas dois: padre josé e aninha, mãe de santo. uma cena emblemática, é o
momento em que professor
(joão josé) toma o capote de um homem que se ofendera com seu desenho, tendo
inclusive apanhado deste homem. o capote torna a figura do adulto um
estrangeiro, alguém fora do ambiente quente de salvador. os policiais também
fazem parte dos sonhos de ódio dos capitães. até a família singela, que adota
Sem-Pernas, padece, vítima do assalto dos meninos, pois eram ricos. Professor
chega a ser reconhecido, na rua, como um futuro desenhista de sucesso, mas não
consegue acreditar na proposta de um homem bem vestido que lhe dá um cartão. o menino prefere ficar com a piteira que recebera, deixando o cartão pela
sarjeta.
marcando época, está a
varíola, que acaba vitimando ricos e pobres. boa-vida, um dos capitães, é
acometido pela “bexiga”, mas fica saudável.
com a chegada de dora ao
trapiche, percebe-se um rito de passagem para todo o grupo. seus pais haviam
morrido de “alastrim”, a varíola. protegida pelo bando, torna-se uma mescla de
menina e menino, ágil, companheira, vestida de homem. presos, dora vai a um
orfanato e Pedro ao reformatório. torturado, não revela a morada dos outros
capitães. É notícia nos jornais. com ajuda dos demais que ficaram fora,
consegue fugir, mesmo enfraquecido por passar oito dias em uma cafua, espécie
de solitária. dora é retirada do orfanato pelo bando, muito doente. ela e pedro
se amam no trapiche e, em seguida, ela morre. impossível não lembrar romeu e julieta, muito menos esquecer iracema, enterrada na praia, deixando seu amado Martim
com sua memória. dora é levada mar adentro, oferecida a iemanjá. sem-pernas também passa por uma espécie de
rito de crescimento, quando se vê seduzido pela quarentona que o acolhe,
envolvida no mesmo plano de outrora: entrar para roubar. a partir daí, os
capitães irão se dispersar. gato vai para ilhéus, professor parte para o rio de janeiro (capital do país), pirulito torna-se frade, padre josé vai ao interior,
em nova paróquia, Volta Seca entra para o bando de lampião, joão Grande vira
marinheiro, sem-Pernas suicida-se e querido-de-deus segue sua vida de
capoeirista. pedro bala deixa o trapiche, torna-se líder comunista, após se
envolver com os doqueiros. fim.
na beira do rio pará, na tapera do arraial, havia um
povoado praticamente abandonado, em função da epidemia de malária. o lugar que
tinha sido belo e bom de se plantar, agora estava, literalmente, às moscas. primo ribeiro e primo argemiro, homens feitos, são os habitantes que restaram no vau
de sarapalha. eles e o cachorro jiló, cheio de marcas na pele, coberto de
vermes. ali, atacados pela febre, tremem, e esperam a morte.
um cuida do outro durante e depois do acesso, bem
unidos, sendo velados pela natureza que parece entristecer-se com aquela
situação.
argemiro se sente muito triste com a fuga de luísa
com outro homem. a moça era casada com primo ribeiro, mas ele, argemiro,
silenciosa e discretamente, amava a mulher. seu plano é contar ao primo ribeiro seu amor platônico por luísa. qur saber como termina ?
chove, nessa quarta-feira ruim, de agosto. fim de um período democrático, porque alguns corruptos não queriam que o processo de caça à corrupção (lava-jato) chegasse até eles. o dia já amanheceu cinza, a tristeza vem à tona. saber que se lutou e ponderou mas que o buraco continua a se abrir é terível. seres humanos, em média, não fazem concessão e nem buscam compreender. são taxativos e, por vezes, definitivos. está na raiz do egoísmo o reino das justificativas. é melhor justificar do que assumir qualquer ato. egoístas demonstram pouco tato, são rancorosos... é ruim.
o que pode haver em comum entre "til" (alencar) e "a cidade e as serras" (eça) ? e entre figuras rudes como jão fera (til) e fabiano (v secas) ? quer mais dicas ?
veja-me!
e, se puder, divulgue! os vestibulandos agradecem.
a pousada "trilha dos tucanos" está inserida numa grande área de preservação ambiental (apa), na região de tapiraí, s paulo. lá, marcão e patrícia comandam um lugar feito para observação de pássaros, natureza e céu magnifíco.
recomendo!
pense numa espiral. pense num quadro de dali. pense em uma narrativa densa, poética. pense na áfrica dos últimos trinta anos. "terra sonâmbula" é muito mais que literatura moderna. é magia. portal de fantasia e história. mítico. crítico e filosófico. mia couto é cirúrgico quando se trata de construir painel para uma determinada ação. cenário que se move, personagens que se desfazem. são duas narrativas : muidinga e tuhair -- uma criança e um idoso -- fugindo da guerrilha, durante a guerra civil, emoçambique. a dupla busca abrigo num velho ônibus queimado (um "machimbombo"). lá, o garoto muidinga encontra um caderno e começa a ler as histórias de kindzu, ali narradas. quer mais ? veja-me!
a revista vogue editou imagens dos modelos cleo pires e paulo vilhena para que representassem atletas paralímpicos, cujas competições começam em setembro próximo. uma avalanche de críticas se deu, por conta da falta de sensibilidade da revista porque simplesmente não escolheram atletas especiais de verdade... retiraram, via edição de imagens, partes do corpo desses modelos para chamar atenção do público-alvo (gente branca, classe média, que não enfrenta situações como a de cadeirantes ou com deficiência visual, por exemplo). não contente com as críticas (típico de gente mimada), um dos modelos disse que quem criticou a campanha era preconceituoso. terrível. a pessoa (um dos modelos citados) acredita que achar que se faz um bem com uma campanha dessas é correto e definitivo. confundir opinião com argumento é de uma ingenuidade atroz.
o que é arcadismo ?
uma escola literária do ocidente. nascida no século 18, representava o espírito racionalista que também gerou o iluminismo.
poetas valorizavam a natureza e o modo de vida rústico...
está complicado ?
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romantismo, oficialmente, apareceu no brasil com "suspiros poéticos e saudades", de gonçalves de magalhães, 1836. depois dele, alencar, gonçalves dias e até o garoto castro alves fizeram mais sucesso. as principais marcas desse estilo, por aqui : natureza exuberante, narrativas folhetinescas, adjetivos, fantasia e o tal amor. quer saber mais ? veja-me!