no livro "felicidade", gianetti expõe que no século 18, o período iluminista apresentava uma equação que pressupunha uma harmonia entre a busca da felicidade e o progresso da civilização.
não é de hoje que se tem como senso comum que mais conforto material pode gerar melhoria nas ansiedades e até mais longevidade. o romance "a cidade e as serras" (séc 19) do eça de queiroz, vai na mesma linha, quando resume a felicidade ao grau de civilidade de uma pessoa. no final do livro, a teoria é mudada, mas fica o registro de um senso comum à época de eça: civilização é tudo.
hoje, por onde houver um estudante de classe média fazendo vestibular, país afora, saberemos que a busca é por um curso que "dê dinheiro". nenhum curso dá dinheiro, a gente sabe, mas essa ideia é a cenoura na frente do cavalo. é a busca de felicidade que despreza o lado humano da coisa. e o que nasce primeiro : a busca de felicidade ou a do dinheiro ?
o iluminismo perdeu ?