o fantástico mundo da depressão

há pouco soube que psiquiatra e terapeuta vão trocar ideia sobre o paciente remediado: eu. nada mal. importante esse registro. importante que troquem impressões. o paciente -- no caso, eu -- parece melhorar, mas isso é no campo da comparação e, no limite, especulação. no final dos anos 1960, por exemplo, eu estava ligeiramente melhor que hoje, com a desvantagem de não ter a menor ideia de como seria meu futuro. tinha entre 4 e 5 anos de idade. pelo menos não tinha depressão e nem sabia da existência da ponte preta. depressão é ruim, senhoras e senhores. bem ruim. quem não tem depressão sempre acredita que isso "uma hora passa". outros acreditam nos remédios, nos fitoterápicos, nos alopáticos, enfim, em algo que se possa ingerir ou esfregar e, pumba, começa o show. viva a tarja preta. só que não. há alguns anos, ando por aí cerca de um centímetro do chão: engastalhado de comprimidos, alguma ansiedade e pressão alta. o caminho para o outro lado desse mundo da depressão é alg...