marlon brando sempre atual

há dois filmes marcantes, na linha da necessidade de superação, quer seja ante a máquina ou diante de opressores de carne e osso. um é "tempos modernos" (chaplin), 1936. outro, é "sindicato de ladrões" (on the waterfront), 1954, com o impagável marlon brando em seu melhor papel. a tradução, em português, ficou uma bomba, mas reina mesmo por aqui mania de destruir os títulos originais. brando faz terry maloy, irmão de um alto escalão na máfia portuária, mas que, desde o início da narrativa, se mostra sensível. câmera em movimento, apelo à trilha sonora e belíssimo figurino, "sindicato..." tem a seu favor, não só a boa mão do diretor elia kazan, mas a denúncia da época do macartismo. parte do filme se passa no alto de um prédio, local de criação de pombos-correio, viveiro pertencente ao operário morto no início. simbólico o momento em que, após denunciar seus opressores (ex-amigos da máfia sindical), maloy (brando) volta ao prédio e vê os pombos que cu...