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_GUIA DO VOTO_
ciro gomes (pdt)
prós - quer ser terceira via contra bolsonaro; é contra armamento
contras - seu partido aliou-se ao p.s.l. (então de jair), em 2018, para eleição de governadores em cinco estados; ciro sempre se ligou a partidos de direita, em sua trajetória, como "arena" e "pds" -- grupos que jamais se ligaram às necessidades de gente pobre; ciro responsabiliza partido dos trabalhadores pela ascensão de bolsonaro, quando ele mesmo teve chance de unir-se ao candidato de oposição a jair, no segundo turno 2018, mas resolveu ir a paris
simone tebet (mdb)
prós - crítica da gestão bolsonaro
contras - seu partido é colcha de retalhos do clientelismo; abriga também políticos a favor do bolsonarismo como michel temer
emicida (sem partido)
prós - valoriza diversidade étnica e de gênero; pensador; compositor; agregador e militante pró-negro
contras - não é candidato
as eleições 2020 continuam expondo que o brasileiro tem apostado no conservadorismo.
grupos de direita, conservadores, saíram vencedores, como em 2018. são maioria, em prefeituras e no legislativo.
brasileiro médio ainda quer ser casa grande, ou seja, poder exercer algum poder, ter a sensação de mandar. tem sido assim há séculos. gritar, submeter, humilhar, violentar, matar... tudo que se aproxime desse tipo de discurso é bem-vindo para essa gente. zero nível intelectual.
a questão nem é votar no fulano da farmácia, na delegada beltrana ou no saci pererê. a questão é cobrar por cidadania, cobrar por administrações decentes na questão da saúde, o apoio à rede pública de ensino, melhorias no transporte coletivo etc etc.
essas pautas, contudo, não são de partidos que oferecem fulano da farmácia ou a delegada xis, muito menos o eleito que faz arminha com a mão.
essas pautas -- chamadas "sociais" -- sempre estão com partidos de esquerda ou quase isso. e esses partidos também por incompetência comunicativa não souberam capitalizar o óbvio. atiraram no próprio pé apostando que apenas discutir se "todos" pode ser escrito com "x" ou então apenas criticar fake news, seria suficiente para eleger gente boa (como manuela, boulos ou arraes), em 2020. não deu.
os ganhos desde o início do século 21, como respeito à diversidade, transparência nas questões ambientais e acesso a informações importantes via mundo digital foram sendo dinamitados por fake news, censura, assassinato de lideranças civis, ameaças a educadores e, por último, prega-se o fim da urna eletrônica. difícil manter serenidade.
os governantes, neste 2020, em geral, que se recusaram a fazer lockdown, que se recusaram a lidar de modo equilibrado com aglomerações, lideranças que muito contribuíram para mortes por covid-19 são reeleitas. é desesperador.
queria estar melhor. mas é muito difícil.
educar é uma solução, qualquer um entende. a questão é o prazo. no curto, depende-se do giro de informações via mundo digital e televisivo. daí o conflito, pois nesse mundo de comunicações de curto prazo a intelctualidade perde. a verdade perde. sobra o individualismo, o ódio.
educação é de longo prazo. precisa começar. quem começou não pode desistir, nem jogar toalha.