"uma pergunta por dia" é um livro interativo interessante. bem mais do que aquelas manias de colorir, garanto. dezenas de perguntas, uma por dia, página a página. dura cinco anos. parece bom. parece longo.... saber mais? me veja:
semana passada, falava sobre barroco com meus alunos de ensino médio. convidei então professor rodrigo, de música, da própria escola, e ele veio para falar um pouco do estilo barroco de bach e tocar alguns trechos. foi ótimo! obrigado, rodrigo, professor mariana (português), alunos super bacanas e à direção da escola!
de novo, essa barbárie fundamentalista. e olhe que muito jornalista chamou de "terrorista", só pra esconder a verdadeira causa dos crimes. 12 de junho, 2016. madrugada. uma pessoa e uma AR-15. uma pessoa. atirando em centenas de pessoas, matando 50, esse tal omar não queria matar homossexuais... queria matar uma ideia, um conceito.... não conseguiu. atingiu pessoas. não é diferente daquilo que muitos países (incluindo a terra natal de omar) fazem quando dizem que lutam contra as drogas: matam pessoas. fica claro que a luta não é contra as drogas, mas isso é outra conversa. o debate sobre gênero e intolerância sexual está latente. veja o que fiz:
a cara de safado desse depenado eros é
equivalente àquele quase meio sorriso de mona lisa. difícil fazer sombra a leonardo, mas esse aqui é o que há.
com deuses mais humanizados, herança barroca, talvez, david faz provocação bem legal. é possível,
então, viver o amor dos deuses. isso mesmo.
do jeito que está pintado, os super mitos
se satisfazem como humanos. cama, lençóis, nudez, sexo, pós-coito. ou
seria o contrário? artistas e suas criações de mundos. a satisfação pelo gozo é obra dos gregos, certeza.
hoje, produção de texto se tem alguma dificuldade, preste atenção nestas dicas! o exame nacional do ensino médio está chegando... e mais: pode ser que eu acerte o tema ! então, não me perca!
"memórias póstumas de brás cubas" é marca histórica na obra de seu autor, machado, assim como de toda nossa história literária. saiu em 1881, no rio de janeiro, terra natal do autor. inaugura, para muitos, nosso realismo. contudo, desde seu início, sabemos das firulas literárias de seu estilo, apresentando delírio de morte, teoria científica efêmera, frases curtas e a tal metalinguagem. está mais pra pré-modernismo do que qualquer outra coisa. enfim, a vida vale a pena ler e me assistir, por que não?
iracema é o livro mais famoso de josé de alencar, mesmo com carlos gomes gesticulando, não adianta: nem "guarany", nem "senhora", muito menos "lucíola" chegam aos pés do alcance desse romancete aventureiro, adocicado e triste. romantismo na medida exata do exagero, "iracema" irrita até o leitor mais experiente. frases pretensamente poéticas, comparações em excesso, sensualismo que resvala no artificial... ah, sei lá...
clarissa lima, carioca, professora, negra. seu livro "cor de pele" é leitura fundamental para quem se interessa pela educação, pela cultura racial e quer mais debate positivo a respeito da negritude, hoje, nas escolas. estive com ela, maio de 2016, no rio de janeiro. li seu livro, entrevistei autora. imperdível. não vou me esquecer.
— Sim, eu. Trata-se dum homem que lá de
Sírio... O senhor sabe o que é Sírio? É uma das estrelas mais brilhantes do
firmamento. Pois, como eu dizia, trata-se dum homem que lá de Sírio, por meio
dum telescópio mágico, olha a terra e descobre a verdade das coisas. [ Caminhos cruzados, E Veríssimo ]
publicado em 1935, traz histórias na vida de camadas da classe burguesa, em meados do século XX. o tempo das narrativas dura cinco dias: sábado até quarta-feira. porto alegre.
romance urbano, caráter psicológico e moderno
narrativa em terceira pessoa, onisciente. o enredo expõe os caminhos de gente abastada como zé maria ou leitão leiria; figuras quase miseráveis como joão benévolo ou cacilda e também os de classe média e vida assalariada como fernanda, honorato e clarimundo.
essas figuras vivem uma realidade cinzenta, quase sem gosto, e sonham com outros mundos. os devaneios e fantasias dos personagens são sempre superados pela
realidade.
não é de hoje que vemos a história da possível intervenção de fundamentalistas-capitalistas querendo interferir na escola brasileira, sob argumento de que são "partidárias". bizarro. a educação é feita para construir cidadania e transmitir história, construir senso crítico. o crescimento desse pensamento, no mínimo tendencioso, é culpa também de pseudo-democratas que simplesmente não lutaram para manter nossa democracia que é sim recente. dese a eleição de collor até início de 2016 não se passaram 30 anos. era necessário estar na linha de frente da democracia lutando por suas instituições, valorizando o que é público e de direito, como transporte, educação, nossas divisas, fauna, flora, acompanhando as políticas internacionais do país ligadas à onu e mercosul, no mínimo. é preciso sim discutir gênero, pluralidade das crenças, folclore, educação sexual, drogas, tudo! canalhas ultra-conservadores travestidos de religiosos usurpam a democracia em benefício apenas do próprio bolso e querem acabar com a educação. por quê? óbvio: quem tem cérebro ativo questiona. simples assim. esses fundamentalistas são sim os mais partidários e tendenciosos. a liberdade é do homem e, por acaso, está em nossa constituição.
quando se diz que um texto é literário, logo lembramos de uma frase comum: "está no sentido figurado". sim, pois há figuras de linguagem regendo significados... vamos às principais figuras!
uma das fases mais marcantes de nossa história da arte, depois da idade média, o barroco mais liberta que condena... condenar no sentido de impulsionar ao academicismo, se é que me entendem... é possível gostar do estilo mesmo sendo leigo, jejuno no tema. gente como bach, aleijadinho, velasquez, gregório de mattos, bernini e tantos outros, nos arrastam para emoções sempre diversas... é bom é barroco
aqui estamos nós se você que me lê é educador ou tem alguma responsabilidade diante de jovens, não deixe de se expor contra a violência e mostrar indignação educar é libertar valorizar diferenças para respeitá-las o debate sobre gênero não é imoral, muito menos proibitivo a luta é dura, mas temos nossos neurônios