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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

descreve a vida escolástica - gregório do matos

 



DESCREVE A VIDA ESCOLÁSTICA

Mancebo sem dinheiro, bom barrete,
Medíocre o vestido, bom sapato,
Meias velhas, calção de esfola-gato,
Cabelo penteado, bom topete.

Presumir de dançar, cantar falsete,
Jogo de fidalguia, bom barato,
Tirar falsídia ao Moço do seu trato,
Furtar a carne à ama, que promete.

A putinha aldeã achada em feira,
Eterno murmurar de alheias famas,
Soneto infame, sátira elegante.

Cartinhas de trocado para a Freira,
Comer boi, ser Quixote com as Damas,
Pouco estudo, isto é ser estudante.

 [Gregório de Matos - Poemas escolhidos, ed Cultrix]

* esfola-gato - provavelmente brincadeira entre jovens, região do minho, portugal
* falsídia - mentira

 soneto do século 17: barroco.

satiriza e desmerece a vida do estudante, uma vez que não havia universidade, no brasil. pode ser uma referência ao jovem da afamada escola de jesuítas (1553-1759), em salvador, por onde passou gregório.

o estudante, no soneto, é desprezível, porque faz graça com freira, se envolve com moças tidas como vulgares e estuda pouco.
um dado triste: o grau de vulgaridade de um jovem é dado pelo tipo de mulher com quem ele se envolve: aquela que vende seu corpo por pouco preço -- daí, o diminutivo "putinha", provavelmente -- , e também com freiras que recebem assédio de gente como este estudante vulgar. muita masculinidade tóxica. infelizmente, cultura que ainda perdura.

lembra, neste caso, parte do caráter de raposão, personagem de "a relíquia", eça de queiroz, século 19.




terça-feira, 10 de novembro de 2020

seis temas de redação - dicas enem 2020

 

seis temas para treinar produção de texto --  ENEM, UNESP, FUVEST

desenvolver pesquisa sobre cada item e, de pois, produzir texto argumentativo

1. gentrificação

2. meio ambiente / queimadas / cultura indígena

3. necropolítica

4. meios digitais / "dilema das redes sociais"

5. vacinas / covid

6. trabalho remoto / benefícios e prejuízos

  - -  -  saber mais sobre os assuntos ?

assista-me !





sexta-feira, 6 de novembro de 2020

caverna de platão nos dias atuais

 

                                                 [ alexandee beck - armandinho ]

sim, faz tempo que seres humanos estão na caverna de platão.

mito da caverna -- séc VI a.C. -- dá conta de pessoas que enxergavam sombras projetadas no fundo de uma caverna... estando presas, essa gente acreditava que as sombras eram a realidade e não uma projeção. alguém conseguiu sair e, lá fora, viu que outros seres é que produziam as sombras. voltou à caverna para contar o que viveu. esse alguém foi punido por ter mostrado algo diferente.

não é muito distante a refelxão quando o assunto é "prometeu acorrentado", do ésquilo. mais ou menos mesma época do filósofo.

voltando: sim, estamos na caverna porque muita gente delega aos mitos as responsabilidades de seus atos ou de suas omissões. é triste. ciência na berlinda. muito achismo. notícia falsa. até violência. 

se escolas lidassem mais com ações práticas como prevenção ao uso indevido de drogas, orientação sexual, primeiros socorros, mais feiras de ciência e arte, combate à fome etc, talvez tivéssemos menos políticos ultra-conservadores à solta dentro de congressos... e menos fundamentalistas dinheiristas com canal de televisão para enriquecê-los. 

. . . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .   .   .   .   .

veja mais sobre "mito da caverna" com prof henrique subi - -



segunda-feira, 2 de novembro de 2020

nova onda de contaminações por covid expõe crise de inteligência

                                 

novembro 2020

europa entra para uma nova onda de contaminações, mortes e tensões. 

anuncia-se novo lockdown, toque de recolher, campanhas por não aglomeração e afins. igualzinho abril, deste ano. 

em s paulo, 01 de novembro, figuras humanas fazem manifestação contra vacina que não existe ainda. são os "anti-vacina". teóricos da conspiração que nunca tiveram uma aula de história na vida e acreditam que ser alguém é ter bens materiais. 

sutilmente denominados "o gado", essa gente divulga notícia falsa sobre origem do vírus e, por tabela, sobre a própria sanidade. quem age contra a ciência é sim conivente e cúmplice ante milhões de mortes. dá muita raiva.

mais do que nunca é preciso divulgar a ciência, a verdade, o óbvio. 

muitas escolas estão  deixando de tratar deste assunto para lidar com as leis de newton, regras de acentuação ou mitose. depois, quando aparecem os rubem alves da vida jogando pedra na escola, muitos reclamam. tudo perde importância diante não mais do covid em si, mas da ascensão do horror das fake news, os anti-vacina, egoístas, os que pensam apenas em si mesmos. os que desprezam a verdade. 

o avanço na produção de vacinas, como se vê em alguns países, se dá por conta de altos investimentos. é uma pandemia. é urgente. daí, aquele processo comum de dois ou três anos acaba mesmo diminuindo. isso dá falsa impressão de que estão fazendo vacina sem critério, às pressas. bobagem. quem nunca gostou de estudar tem mesmo dificuldade em entender processos desse nível. daí, a necessidade de se fazer perguntas. sempre é bom. perguntar para quem existe e estuda, de preferência.

o que é quase incompreensível são festas, gente nas calçadas, praias, centros de compras, tudo sem máscara. usar o artefato irrita, eu sei. cansa. mas se não for feito, o vírus passa a outras pessoas. daí, mais tempo usando máscara. quanto mais cedo controlar a doença, mais cedo deixaremos de usá-las. onde está a dificuldade em compreender?

a continuar essa toada de negação à ciência o rebanho será contaminado. provavelmente extinto. lei de darwin. 


quarta-feira, 28 de outubro de 2020

saga das aulas online castiga professor normal


continuo na saga das aulas online.

estudantes, 99% deles, com câmeras fechadas, microfones idem.

existem aqueles ainda que se conectam, aparecem na sala, mas não ficam, saem, vão fazer outra coisa, deixam a conexão ativa. daí sou obrigado a retirar a pessoa da reunião para poder desligar, quando acaba aula.

estudantes estão estressados, eu sei. alguns não querem mostrar o local em que estão, eu também entendo... mas todos?? enfim, lamento, mas eu também tenho muito pra carregar. sem contar que o custo dos aparelhos e conta de luz são meus também, nesse tal de rôme-ófis.

existem aqueles que absolutamente nada fazem: nem "oi-bom-dia", nem respondem aos chamados no meio da aula, nem tarefas, avaliações, nada. é distopia. melhor: burrice mesmo.

mas sei que a responsabilidade dessa história não é só dos estudantes, enfim.

assim como sei que, em 2020, não se deve nem sonhar com a volta ao esquema presencial, ponto.

eu vim só desabafar mesmo. tá um saco isso de aula sem contato algum e sei que a maioria poderia interagir etc etc... dá raiva, às vezes. muita. babá eletrônica. me sinto bem assim. não nasci pra isso.

você escolheu essa profissão, dirão alguns.

vão t#*&*  no  #*, direi eu. 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

borracharia e medicina - questão de prova

 

                                                                                              [ laerte ]

quadrinho da cartunista laerte entre a fábula e a sociologia.


fiz esta pergunta

1. o que o termo "romantismo" significaria,  no último quadrinho

a) vício em tanque de água

b) fazer aquilo que se gosta

c) amor ao dinheiro

d) gosto pela medicina

.

.

.

.


resposta 

B

sábado, 24 de outubro de 2020

contos de cães e maus lobos - valter hugo mãe

 

narrativas supostamente dirigidas a público jovem...crianças, até.

sabidamente, não são apenas para eles... 

excelente dica universal de leitura. 

todas as idades. 

confira!



quarta-feira, 14 de outubro de 2020

dilema das redes e mentes humanas

                    


sim, eu vi o documentário, na plataforma "netflix":
"o dilema das redes sociais". lançado em 2020, festival sundance, estados unidos. tive zero impacto. 

agora, é documentário necessário? certeza que sim.

o documentário traz depoimentos de figuras que trabalharam e trabalham em redes como facebook, instagram, twitter, google, google mail, pinterest e outras. todos concordam que o sistema de algoritimos colabora para disseminação de notícias falsas, produtos de consumo baseados em curtidas, interefere em eleições, além de criar lideranças políticas autoritárias e populistas. 

sim, jair, presidente do brasil, está no documentário como um dos exemplos de horror gerado pelo facebook. engendrado nas redes digitais e apoiado na ignorância de muita gente.

há mais polarização política sim graças às tais redes digitais. há mais ódio também. 

é necessário rever as releações que se tem com essas plataformas.

ver o documentário é um início. certeza que há pessoas a quem o impacto será grande.

agora, é importante ter cuidado para com essa demonização da tecnologia. são teorias apocalípticas que pregam a saída total das redes como se o movimento seguinte fosse ir morar em uma caverna. aliás, o documentário traz o depoimento do escritor jaron lenier que publicou "dez argumentos para você deletar suas redes sociais". puro catastrofismo. piada. não é sair da internet que vai fazê-la melhor. é o mesmo pensamento mesquinho de quem acredita que deixar de votar é passar uma lição ao congresso. patético.

encerrei minha conta do twitter em junho. diminuí postagens no linkedin, há semanas, essas plataformas cansam. 

individualismo tóxico e discursos de ódio são premiados, no facebook, isso é inegável. 

tratar das relações entre as pessoas é anterior ao ataque a redes sociais. 

desinstalei o facebook de meu telefone celular, em julho. era um prejuízo à minha inteligência. sempre uma chuva de postagens com pregações negativas, sangue, ridicularização infantil de figuras de extrema-direita, vídeos de autoajuda, lives para denunciar abandono de bicho, propagandade de ações financeiras que fazem a gente enriquecer em segundos... e, claro, notícias falsas. era demais pro meu cérebro criado nas relações sociais comuns, dentro de traumas humanos comuns, prazeres físicos, planos baseados na realidade. era demais pra mim. parei quase totalmente de interagir com o tal face. ainda uso, claro, por causa da página em que divulgo postagens como esta. mas não dá pra se alimentar de facebook. 

"dilema das redes sociais". você precisa ver.

a gente precisa fazer alguma coisa.

- - - -  -  -   -

assista-me!



sábado, 10 de outubro de 2020

macunaíma: livro que diverte e educa




poucos livros, no brasil, são tão legais como "macunaíma"... talvez "mem de um sgto de milícias" ou "vaca de nariz sutil"... existe outro também com nome bovino: "a vaca voadora". há muitos livros sim divertidos, eu sei. mas "macunaíma" é o primeiro da lista.

folclore, ditos populares, sacanagens mil, linguagem imovadora, paráodia do romantismo, invenção da modernidade, tudo isso e muito mais, publicado lá em 1928.

saiba mais me assisitindo :


terça-feira, 6 de outubro de 2020

o black power de akin - kiusam de oliveira

 

leitura para todas as idades! ótima para se usar na escola, em educação infantil, fundamental 1.

clica a assiste !



nove noites - bernardo carvalho

 


romance do início do século 21

nove noites é narrativa de ficção baseada em fatos históricos

fato: morte do antropólogo norte-americano buell quain, aos 27 anos, em 1938, agosto.

suicídio.

estava em meio aos índios krahô, região de carolina, cabeceira grossa, maranhão.

a partir daí a narrativa trata da busca do narrador em desvendar os mistérios que envolvem a causa desta morte. 

saiba mais !

assista-me!




sábado, 3 de outubro de 2020

meu professor polvo - documentário

 


meu professor polvo, documentário na plataforma netflix. lançado em 2020, é produção sul-africana. indicação da natália carneiro.

direção : pippa ehrlich e jamess reed  

o documentário trata dos mergulhos de craig foster que acompanha a rotina de um polvo fêmea, suas aventuras com tubarão, métodos de caça, maneiras de se camuflar e, principalmente, a relação que ela cria com o mergulhador.

tudo isso em mais de trezentos dias.

tempo mais que suficiente para que craig descubra -- em sua relação com a natureza --, o lado instintivo de existir e, também, a sintonia necessária para perceber que o oceano pode ser uma grande mente.

na escola, sugerir que estudantes -- desde o meio do ensino fundamental 2 até o médio -- façam uma resenha, um comentário e descubram que não se trata apenas de uma temática científica. não é algo específico da área de biologia, por exemplo. 

conceito de inteligência; tempo para respirar; ciclo da natureza a se respeitar; métodos de comunicação...

filosofia, sociologia, produção de texto, arte, educação física, matemática, praticamente todas as áreas podem explorar o documentário em suas aulas... sugerir atividade interdisciplinar e também combinar esse documentário com o livro "ideias para adiar o fim do mundo", do ailton krenak, poderia ser a salvação de tudo, juro.

recomendo.