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o cais em pessoa : durban dentro dele

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  um dos primeiros portugueses que, oficialmente, deixou sua marca por durban, áfrica do sul, foi bartolomeu dias, em 1488. no mesmo lugar, viveu parte da adolescência, o poeta fernando pessoa. ele chegou em 1896, em função do trabalho do padrasto, o cônsul joão rosa. na cidade de durban, pessoa escolheu um heterônimo: c.r. anon (brincadeira com "anônimo"). em 1905, o português das múltiplas personalidades deixava a áfrica do sul. na cidade, há um relógio em sua memória e uma estátua para bartolomeu dias, a quem pessoa dedicou versos:       Jaz aqui, na pequena praia extrema    O Capitão do Fim     Dobrado o Assombro,     O mar é o mesmo:     Já ninguém o tema!                         (...)                  [in "M ensage m"]    . . . . . . .  .  .  .  .  ....

canção - cecília meireles - comentário

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        CANÇÃO  Pus o meu sonho num navio  e o navio em cima do mar;  — depois, abri o mar com as mãos,   para meu sonho naufragar.  Minhas mãos ainda estão molhadas  do azul das ondas entreabertas,  e a cor que escorre dos meus dedos  colore as areias desertas.  O vento vem vindo de longe,  a noite se curva de frio;  debaixo da água vai morrendo  meu sonho, dentro de um navio...  Chorarei quanto for preciso,  para fazer com que o mar cresça,  e o meu navio chegue ao fundo  e o meu sonho desapareça.  Depois, tudo estará perfeito:  praia lisa, águas ordenadas,  meus olhos secos como pedras  e minhas duas mãos quebradas.      Cecília Meireles [ Viagem, 1939 ]   . . . . . . . . . .  .  .   .   .   .   .   . versos de oito sílabas poéticas, isso mesmo. octassílabos. ritmo regular com um pa...

sagres é memória de pedra

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o que aconteceu com a "escola de sagres"? portimão? o que é?  por que são importantes? para saber mais, clica no vídeo:

o infante - fernando pessoa

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        O INFANTE Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. Deus quis que a terra fosse toda uma, Que o mar unisse, já não separasse. Sagrou-te, e foste desvendando a espuma. E a orla branca foi de ilha em continente, Clareou, correndo, até ao fim do mundo, E viu-se a terra  inteira, de repente, Surgir, redonda, do azul profundo. Quem te sagrou criou-te português. Do mar e nós em ti nos deu sinal. Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal!         F Pessoa - Mensagem 1934 . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .  .   .   .   .    . o poema pertence ao livro "mensagem", originariamente concebido com o nome  "portugal", de pois  modificado para o que conhecemos hoje.  participa, o livro todo,  de  um  concurso  oferecido  pelo  governo  luso ma...