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Mostrando postagens com o rótulo roma

teresa teresa

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                                                           [ tereza em êxtase - detalhe - ] o conjunto de mármore e bronze "êxtase de santa tereza"  ( bernini, séc 17 ), dá conta de um estado marcante de contraste, no estilo barroco. Um jovem risonho como um escobar machadiano, segura uma seta fálica bem acima da figura feminina, envolta em panos teocêntricos. ela parece mesmo em êxtase. está na igreja santa maria da vitória, roma. "estou-me a vir", como dizem as portuguesas, seria bom nome para essa obra escandalosa aos valores do século 17.  o jovem, apesar das asas cristãs, bem lembra cupido, filho de vênus, figura tão cara aos amantes universais.  tereza é dita "santa". viveu no século 16 e registrou em texto seus encontros intensoso e divinos com jesus -- ou similar. é o "libro de la vida". pesquisa e crê. [ êxtase de...

cara ou coroa

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                                                          [ criação de c h carneiro via i. a. ]   no divertido "guia do turista brasileiro" ( ed conteúdo ), lúcio rodrigues e bebel enge alertam quem vai à fontana de trevi, em roma, e se entusiasma com o arremesso de moedinhas : "quem joga duas realiza um desejo qualquer (e quem joga três ou mais fica sem trocado para o ônibus)" eu não sei quantas moedinhas você já perdeu, na vida, quer seja na fontana de trevi ou no riacho doce que corta sua cidade, não importa. jogar moedas pra cima ainda é tradição segura para tomada de decisões, por aqui, como numa aposta ou no começo do futebol. agora jogá-las pra perdê-las no fundo de uma fonte, já me parece bobagem, mas brasileiro é supersticioso até para escolher lugar na mesa pra almoçar, que remédio... será que alguém joga outra coisa, nas fon...

último carnaval - olavo bilac - comentário

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            ÚLTIMO CARNAVAL     Íncola de Suburra ou de Síbaris,    Nasceste em saturnal; viveste, estulto,    Na folia das feiras, no tumulto    Dos caravançarás e dos bazares;     Morreste, em plena orgia, entre os esgares    Dos arlequins, no delirante culto;    E a saudade terás, depois sepulto,    Heróis folião, dos carnavais hílares...     Talvez, quem sabe? a cova, que te esconda,    Uma noite, entre fogos-fátuos, se abra,    Como uma boca escancarada em risos:    E saltarás, pinchando, numa ronda    De espectros aos tantãs, dança macabra    De esqueletos e lêmures aos guizos...                            [ T ard e, Bilac, 1919 ]     n ota  íncola  -  morador de algum local  suburra  -  região ...

gil vicente, tragédia grega e o racismo

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  esta semana, conversei com alunos e alunas do curso pré-vestibular sobre gil vicente, dramaturgo português, lá do século 16. num determinado momento, chegamos a "auto da barca do inferno", peça popular, teatro de rua dos mais famosos em língua portugesa. nessa peça, pessoas que morrem, acabam na frente de duas barcas: uma que vai pro céu, outra para o inferno. comandadas pelo anjo e pelo diabo, respectivamente. um dos personagens que chega é o judeu. ele carrega uma cabra consigo.  pausa: na grécia antiga, o termo "tragédia" pode ter se originado da expressão "canção do bode". ele seria sacrificado em honra a dioniso -- assim mesmo, sem o "i" -- dioniso. o que isso significa? após a invasão romana sobre região grega, encontramos a captura desse item da tragédia pelo cristianismo. desta forma, de modo bem maniqueísta, temos a figura do mal --  para os cristãos --  centrada no demônio, cuja representação é um bode. até hoje. voltando a vicente, s...

roma - história da arte #7

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como era a arte em roma, antes de cristo? o que são os arcos? e o coliseu ? o que é e que para que serve o panteon?  e o cimento dos romanos ? e o arco de tito ? saiba tudo isso aqui! assista-me!

história da arte - roma #7

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sétimo vídeo da série "histórias da arte" - a minissérie de 2018 roma antiga arcos aquedutos panteão coliseu  tito cimento romano e eu na capital assista-me!

sermão da quarta-feira de cinza - 1673 - padre vieira

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sermão pregado em roma, século 17, é uma extensão daquele de 1672, na mesma celebração do início da quaresma a questão, aqui, é morrer duas vezes. morrer bem é antencipar-se à morte. "O s que morrem já mortos têm o céu " // " Os que morrem vivos vão inferno " outro trecho fundamental : "Como diz logo a voz do céu a S. João: Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor? Mortos que morrem? Que mortos são estes? São aqueles mortos que acabam a vida antes de morrer. Os que acabam a vida com a morte, são vivos que morrem, porque os tomou a morte vivos; os que acabam a vida antes de morrer, são mortos que morrem, porque os achou a morte já mortos. Estes são os mortos que morrem; (...); estes são os que a voz do céu canoniza por bem-aventurados: Beati mortui . E se os que morrem mortos são bem-aventurados, os que morrem vivos, que serão? Sem dúvida mal-aventurados." morrer duas vezes? como ? assista-me!